Queda beneficiará principalmente os consumidores residenciais, que correspondem a 80% dos clientes da Coelba
Graciela Alvarez
Apartir da próxima terça-feira, 4,3 milhões de clientes atendidos pela Coelba pagarão menos pelo consumo de energia. A redução das tarifas é resultado da revisão periódica promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), anunciada ontem. O índice médio da distribuidora será de -12,12%, variando de acordo com a classe de consumo. Dentre os consumidores, os residenciais, que correspondem a 80% do total de clientes da concessionária, serão os mais beneficiados, pois as suas contas de energia ficarão 13,89% mais baratas. Já para as indústrias e outros clientes de alta-tensão, a diferença para menos vai variar de 3,43% a 12,04%.
Segundo a assesoria de imprensa da Aneel, a diminuição nos índices da Coelba reflete ganho de produtividade e redução do custo dos serviços. “Entretanto, a diminuição nas tarifas, aprovada hoje (ontem), poderia ser maior caso não houvesse a incidência do repasse da cobertura tarifária para o encargo de serviços do sistema (ESS), que tem como atribuição garantir a segurança energética. Esse valor é resultante da ultrapassagem da curva de aversão a risco (CAR) e do despacho das usinas termoelétricas determinada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) no final de 2007 e no início de 2008”, diz a nota.
Vale ressaltar que a Aneel tinha proposto, de forma preliminar, uma redução de 14,34% sobre a tarifa vigente na Bahia, durante reunião de diretoria do órgão realizada no último dia 26 de fevereiro. Este índice foi colocado sob consulta pública no site da Aneel (www.aneel.gov.br) para recebimento de contribuições da empresa e sociedade em geral e ontem foi aprovado pela agência os índices finais de revisão tarifária da Coelba, que é hoje a terceira maior distribuidora do setor elétrico brasileiro e a primeira do Norte/Nordeste em número de clientes. De acordo com a Aneel, as novas tarifas valem até o dia 21 de abril de 2009.
Economia - Apesar de não saber a partir de quando a sua conta de energia elétrica virá mais barata, a dona de casa Eulália Raña Pimentel já comemora a redução de 13,89% nas suas futuras contas de energia. Segundo ela, que paga em média R$265 de luz por mês, para economizar já tinha aposentado o forno elétrico e o ferro de passar roupa há mais de um ano. “Pela primeira vez, os consumidores estão sendo beneficiados. Só tínhamos reajuste. Agora, vou poder voltar a usar o microondas com mais freqüência e quem sabe até juntar um dinheirinho para ajudar nas outras despesas da casa”, comemora. Levando em consideração a fatura no valor de R$265, a partir de agora a dona de casa poupará R$36,80 por mês. “Estou achando o máximo”, finaliza ela.
Procurada pela reportagem, a Coelba, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que só se pronunciará sobre o assunto hoje à tarde, através de uma coletiva de imprensa.
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Redução pode se refletir nos preços dos produtos
O gerente de compras da Panificadora e Mercearia Costa, Valdo Nunes Costa Júnior, avalia que a redução nas contas de luz das empresas é bem-vinda e, além de motivar o empresariado a investir, beneficiará o consumidor. Ele diz que a conta de energia da empresa, que custa em média R$1 mil, chega a representar quase 30% do custo fixo da companhia. “Como empresário acho os custos da tarifa de energia altos, o que, às vezes, acaba inviabilizando preços mais justos e competitivos para os clientes, uma vez que os custos da energia estão embutidos no preço final do produto”, revela, complementando que o corte vai contribuir para melhorar as condições de competitividade e lucratividade dos negócios.
A empresária baiana Mia Ferreira, que há 12 anos a-tua no ramo de bebidas, também considera a redução dos índices uma conquista. “Agora acredito que vamos poder diminuir os preços das mercadorias, uma vez que nossos custos também serão reduzidos”, afirma. Ela comenta que os gastos com energia elétrica são, hoje, um dos principais itens que pesam no seu orçamento. “Quando o movimento está fraco, quase da metade do dinheiro que ganho vai para o bolso da Coelba. Sem alternativa, acabo repassando esse prejuízo para os meus clientes. Pagando menos, todo mundo vai lucrar com isso”, opina a empresária, que pretende economizar R$200 por mês com as reduções das tarifas de energia para clientes de alta tensão, que terá uma redução de 3,43% a 12,04%, a depender da classe de consumo.
Fonte: Correio da Bahia
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