Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, abril 23, 2008

CPI da pedofilia mira mais de 3 mil suspeitos

Comissão recebe hoje identificação de usuários do Orkut
BRASÍLIA - Criada há menos de um mês, a CPI da Pedofilia colhe hoje seu primeiro resultado, com o recebimento do sigilo de 3.261 usuários do site de relacionamento Orkut suspeitos de estimularem o crime por meio da divulgação de material pornográfico relacionado a crianças e adolescentes.
A entrega ao presidente e ao relator da comissão, senadores Magno Malta (PR-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO), será feita pelos dirigentes da empresa Google, dona do site acusado pelo Ministério Público de dificultar a investigação contra pedófilos na internet.
Por intermédio da CPI, a Google concordou em assinar termo de ajustamento de conduta, proposto pela Ministério Público e Polícia Federal, cujas apurações ficavam incompletas, segundo o MP, por falta da colaboração da empresa. Os dirigentes da Google também entregarão aos senadores os "logs", onde ficam registrados o histórico de operações realizadas pelos usuários suspeitos.
De acordo com a Central Nacional de Crimes Cibernéticos, o Orkut concentra 90% das 56 mil denúncias recebidas nos últimos dois anos sobre o uso da internet na divulgação de material pornográfico infantil no Brasil. Na sessão de ontem, a CPI concordou em atender ao pedido do juiz de Direito da Comarca de Niquelândia, em Goiás, Rinaldo Aparecido Barros, quanto à inclusão da pedofilia no rol de crimes hediondos.
Com isso, o tamanho da pena para os condenados por pedofilia passará de 4 a 10 anos para 10 a 20 anos. "É uma situação até pior do que o tráfego de droga, porque é mercantilizado o corpo de uma pessoa que não tem meios de se defender", alegou o senador Demóstenes Torres.
A CPI também se prontificou em transformar em lei outro pedido do juiz e do promotor de Justiça de Niquelândia , Bernardo Boclin Borges. Eles querem alterar a redação do artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para impedir que pessoas efetivamente envolvidas com o crime de prostituição de crianças e adolescentes continuem sendo inocentadas.
Isso ocorre, segundo eles, porque o texto refere-se aos culpados como sendo aqueles que "submetem criança e adolescentes à prostituição", o que leva certos juízes a limitar a culpa apenas ao aliciador e não a quem manteve relações ou abusou de menores.
Niquelândia foi palco, no ano passado, de episódios envolvendo autoridades - como o prefeito Ronan Rosa Batista e seu então chefe de gabinete Geraldo Gavazza Pedroni - com prostituição de menores. Os dois foram convocados a depor na comissão, juntamente com outros supostos envolvidos, o ex-secretário da Indústria e Comércio Gláucio Almeida Soares; o ex-secretário de Agricultura Rusley Olegário Dias, vereador Neira Matos Ribeiro de Araújo e o motorista Anderson da Silva Rocha.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

Dos 31 ministros do STJ, 15 têm parentes que advogam no tribunal

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Miguel (Arquivo Google) Carolina Brígi...

Mais visitadas