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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Juíza acusada de envolvimento com narcotraficante volta a trabalhar

Olga Regina assume a 2a Vara de Acidentes de Veículos de Salvador


A juíza Olga Regina Santiago Guimarães vai assumir a 2ª Vara de Acidentes de Veículos de Salvador. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Poder Judiciário de ontem. Olga Guimarães responde a dois inquéritos no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) – um criminal e outro administrativo – sob a acusação de associação com o narcotraficante colombiano Gustavo Durán Bautista. Durante a Operação São Francisco, no ano passado, a Polícia Federal gravou ligações telefônicas entre ela, o marido da magistrada, Baldoíno Santana, e o colombiano. As falas sinalizam um pagamento de Gustavo Bautista em troca de a juíza ter facilitado o desbloqueio de alta soma financeira junto à PF.
“Estive lá na Polícia Federal e está tudo ok com as fichas de antecedentes”, disse a juíza em uma das conversas. “Ah, que bom”, respondeu o narcotraficante, complementando: “Tá bom, doutora, amanhã eu vou colocar aquele negócio que o senhor Baldoíno me falou”. Em outro telefonema, agora falando com Baldoíno, Durán informou ter efetuado um depósito de R$14 mil. Em 2001, quando atuava na comarca de Juazeiro, a juíza inocentou Durán Bautista, processado por ter sido encontrado um lote de cocaína na fazenda Mariad, de sua própriedade.
Instauradas após matéria do Jornal Nacional divulgando as descobertas da Polícia Federal, as investigações do TJ estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público do estado, que nomeou para o caso o procurador José Edivaldo Rotondano. Ontem, ele disse que começará a ouvir testemunhas num prazo de 30 dias. O procurador pediu à Justiça as quebras do sigilo fiscal, bancário e telemático (telefônico e de informações por meio da informática), sendo atendido. O material não foi divulgado, pois o caso corre em segredo de Justiça.
Dois dias depois de o escândalo ter estourado na TV, Olga Guimarães foi empossada na Vara de Substituições da capital. Até então, ela era lotada na comarca de Cruz das Almas. À época, o TJ alegou que sua promoção se deu pelo critério de antiguidade. Após as denúncias, Olga Regina tirou férias e licenças. Agora, logo após o Carnaval, volta à ativa no Judiciário.
Tendo à frente o advogado Maurício Vasconcelos, a defesa de Olga Regina declarou, desde o começo das investigações, que colocará todas as informações bancárias e de outra natureza que forem solicitadas e que no inquérito ficará provada a inocência da magistrada.
Fonte: Correio da Bahia

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