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domingo, fevereiro 17, 2008

Advogado e universitária assassinados no Retiro

José Nilton era professor de direito da Ucsal e Edjane, sua estagiária


Bruno Wendel
O advogado e professor da Universidade Católica do Salvador (Ucsal) José Nilton Silva Oliveira, 53 anos, e sua estagiária Edjane Bastos de Santana, 32, estudante do curso de direito da Faculdades Jorge Amado, foram encontrados mortos a tiros no interior do veículo Suzuki de placa JNS-1377, anteontem à noite, na localidade do Arraial do Retiro. O crime foi cometido por dois homens que, segundo a polícia, tentaram simular um latrocínio (roubo seguido de morte). O duplo homicídio está sendo investigado por agentes da 11ª Delegacia (Tancredo Neves).
Depois de praticarem a execução, por volta das 20h30, na Rua Fonte da Bica, os criminosos fugiram em direção do bairro do São Gonçalo levando a bolsa de Edjane e o celular de José Nilton, mas deixaram para trás R$100 e dois cheques, totalizando pouco mais de R$920, que estavam em sua carteira de cédulas, além de outros objetos das vítimas.
José Nilton foi encontrado debruçado sobre o volante, com três tiros na cabeça, enquanto Edjane foi morta no banco de trás do veículo com sete disparos, nas costas, braço e tórax. Em seguida, policiais militares foram acionados via Central Única de Telecomunicações da Polícia (Centel) e chegaram a realizar diligências na região, mas não encontraram os criminosos.
A delegada Marly Margareth Oliveira, plantonista da 11ª DP, esteve no local e presidiu o levantamento cadavérico. Peritos do Departamento de Polícia Técnica encontraram dentro do Suzuki, além dos dois cheques e os R$100 de José Nilton, um relógio de pulso, cartões de crédito, dois pen drives (armazenador de dados) e a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil de José Nilton.
Moradores do Arraial do Retiro disseram ter ouvido vários tiros, mas poucos se arriscaram a sair de suas casas para saber o que tinha acontecido. Foi o caso do pedreiro A.S.S., 47, que, ao escutar os estampidos, correu para sua janela e viu dois rapazes (um deles negro) saindo do carro com armas em punho e correndo em direção a um matagal que dá acesso ao bairro de São Gonçalo. Até ontem, a polícia ainda não tinha pistas dos assassinos.
José Nilton atuava nas áreas trabalhista e cível. Era casado e tinha dois filhos. Era também diretor da Associação dos Portadores de Deficiência (Aspod) e morava no Caminho das Árvores. Foi sepultado ontem à tarde, no Cemitério Jardim da Saudade. Já o enterro de Edjane será realizado hoje, às 11h, no Cemitério de Quintas dos Lázaros. Ela deixou uma filha de 14 anos.
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Família da estudante é informada pela imprensa
Ao receber duas equipes de reportagem em sua residência, localizada na Segunda Travessa da Rua Boa Vista, bairro de Marechal Rondon, pouco depois das 11h, a dona de casa Edite Bastos de Santana, mãe de Edjane, ainda não tinha conhecimento da morte brutal da filha. Questionada sobre o paradeiro da vítima, disse que Edjane tinha saído anteontem de casa, por volta das 18h, para ir à residência de uma amiga e depois seguiria para a faculdade, onde cursava o 5º semestre de direito. Disse ainda que a filha estagiava no escritório de advocacia, tendo José Nilton como chefe, com quem era vista com freqüência no bairro.
Através dos jornalistas, a família foi informada do ocorrido, pois a polícia sequer esteve na residência. Joelson Bastos, irmão caçula de Edjane, já estava desconfiado por ela não ter retornado para casa e também porque seu telefone estava desligado. Coube a ele a missão de informar à mãe da morte da filha. Edite passou mal e precisou ser amparada por vizinhos.
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Casal encontrado morto no Bom Juá
Já em estado avançado de decomposição e com as mãos amarradas para trás, os corpos do jovem Rodrigo Rosa e de sua mulher, Joseneide Liberato da Rocha, ambos de 25 anos, foram encontrados anteontem à noite, no bairro de Bom Juá, onde residiam. Ele foi morto a tiros, enquanto ela foi estrangulada. O caso está sendo investigado pelo delegado Cláudio Meirelles Miranda, plantonista da 4ª Delegacia (São Caetano), que ainda não possui pistas dos assassinos.
O mau cheiro que exalava da residência de número 114, localizada sobre a casa de material de construção São Francisco, fez com que moradores da Rua Direta do Bom Juá acionassem agentes da 4ªDP, que estiveram no local por volta das 19h. Ao entrarem no imóvel, encontraram o corpo de Rodrigo no banheiro com três tiros no peito. Em seguida, acharam Joseneide em um dos quartos com um pano envolto ao pescoço. Todos os cômodos tinham sido revirados. Vizinhos disseram que o casal foi visto com vida pela última fez na terça-feira à noite.
Elivaldo da Cruz Soares, tio de Joseneide, compareceu horas depois na delegacia, mas o conteúdo do depoimento não foi revelado. Carioca, Rodrigo morava de aluguel no bairro há cerca de seis meses.
Fonte: Correio da Bahia

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