Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, fevereiro 17, 2008

Ministro ignora opositores à transposição

Geddel desqualifica discurso de artistas contrários às obras no Velho Chico


BRASíLIA - O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), desqualificou o movimento de artistas contrários à transposição do rio São Francisco, que protagonizou na última quinta-feira, em Brasília, um bate-boca com o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) sobre o assunto. Para Geddel, tal movimento nem existe. “Aqueles dois que estavam lá na audiência? Eu nem vi”, disse, em visita a Fortaleza.
“Aqueles dois” citados pelo ministro eram na verdade três, a atriz Leticia Sabatella e os atores Osmar Prado e Carlos Vereza. Sabatella foi quem mais discutiu com Ciro na audiência, interrompendo-o até quando estava com o microfone desligado. Além dos artistas, também falou contra o projeto o bispo de Barra (BA) dom Luiz Flávio Cappio, que fez duas greves de fome para tentar impedir a obra.
Na discussão com a atriz, Ciro, que é pré-candidato a presidente, chegou a se comparar a ela: “Eu, ao meu jeito, escolhi a opção de meter a mão na massa, às vezes suja de cocô, às vezes, mas minha cabeça, não, meu compromisso, não”. Para Geddel, Ciro fez seu discurso “com brilhantismo” e demonstrou o quanto a obra é importante para o combate à seca. O projeto de transposição deverá custar, para ser implementado, R$6 bilhões, e deve levar água do rio São Francisco para partes do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco.
O governo argumenta que a água irá beneficiar 12 milhões de pessoas. Para os críticos, a água beneficiará apenas o agronegócio, sem acabar com a seca. Geddel esteve anteontem em Fortaleza para anunciar investimentos de R$500 milhões para a construção de barragens e projetos de irrigação. Em entrevista, ele afirmou que já não há mais resistência política à transposição, como havia até pouco tempo atrás, especialmente de políticos da Bahia, de Sergipe e de Alagoas, “doadores” de água.
Ele próprio, baiano, era contra, mas mudou de idéia assim que assumiu o ministério, no ano passado. “Pensavam que eu era intransigente, fechado, inelutavelmente contra a obra por ser baiano, mas não sou assim”. Para ele, as pessoas que ainda demonstram ser contrárias ao projeto não discutem com boa-fé. “Os demais já perceberam que o projeto é bom para todos”, disse o ministro. “Essa obra é irreversível”.
Fonte: Correio da Bahia

Em destaque

Afinal, por que Costa Neto foi indiciado no inquérito do golpe?

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email De repente, Costa Neto virou um tremendo conspir...

Mais visitadas