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quinta-feira, novembro 01, 2007

Governo livra nove de indiciamento na CPI do Apagão Aéreo

BRASÍLIA - O governo conseguiu derrubar o relatório final produzido por Demóstenes Torres (DEM-GO) e aprovou, na CPI do Apagão Aéreo do Senado, texto no qual foram excluídas nove pessoas da lista de 23 sugestões de pedidos de indiciamento. Por seis votos a um o Planalto conseguiu livrar, entre outros, o ex-presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), deputado Carlos Wilson (PT-PE). A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu permaneceu no relatório aprovado ontem.
O relatório aprovado pela base governista - apenas um senador da oposição (o próprio relator) estava presente no momento da votação (os outros integrantes saíram em protesto contra manobras do Planalto para excluir apadrinhados do texto final) - prevê, além da exclusão de nove pessoas, a inclusão da empresária Silvia Pfeifer, proprietária da Aeromídia, e de José de Oliveira Sobrinho, da Associação Brasileira de Mídia Aeroportuária. Ao todo, o texto aprovado com "as bênçãos" do Planalto sugere o indiciamento de 16 pessoas.
Oposição
A sessão de votação do texto final ontem foi marcada pelo protesto dos oposicionistas. Depois de terem visto o governo manobrar para adiar a apreciação do relatório de Demóstenes por duas vezes - uma na semana passada e outra na terça-feira - o líder dos Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN), chegou a pedir novo adiamento, desta vez argumentando que o PDT cedera sua vaga ao DEM e que a votação só deveria ocorrer com a substituição do posto.
O pedido de Agripino foi imediatamente indeferido pelo presidente da CPI, senador Renato Casagrande (PSB-ES). A negativa fez com que os oposicionistas deixassem a comissão. Saíram da sessão, além de Agripino e do presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), os senadores Papaleo Paes (PSDB-AP), Mário Couto (PSDB-PA), Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) e Raimundo Colombo (DEM-SC).
Da oposição, só o relator Demóstenes presenciou a sessão até o fim e viu a reprovação de seu texto e a aprovação do relatório em separado da base governista.
O relatório de Demóstenes foi derrotado também por seis votos a um. Participaram da votação além dele, os senadores João Pedro (PT-AM), que fez a leitura do relatório vencedor, os líderes do PT, Ideli Salvatti (SC), e do PMDB, Valdir Raupp (RO), e os senadores Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Gilvam Borges (PMDB-AP) e Wellington Salgado (PMDB-MG).
Casagrande, na condição de presidente, só votaria em caso de empate, o que não ocorreu. Em seu relatório, Demóstenes acusa Carlos Wilson de ter chefiado um esquema montado na Infraero para fraudar licitações. Os desvios, conforme avaliou, podem ter chegado a R$ 500 milhões.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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