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sábado, abril 07, 2007

Herpes genital atinge um grande número de mulheres

Alan Rodrigues
Comportamento sexual promíscuo, aliado ao sexo sem proteção. Os fatores de risco para qualquer doença sexualmente transmissível (DST) são também a principal causa do herpes genital, que atinge 75% das mulheres no Brasil, segundo estimativa dos médicos. Uma vez contraído, o vírus da herpes permanece no organismo do paciente e se manifesta de tempos em tempos, variando de acordo com a pessoa. Estados de estresse emocional contribuem para essas manifestações, mas ainda não há nenhum método para prevenir ou evitar que elas ocorram.
O herpes genital, como o nome sugere, atinge as regiões próximas aos órgãos sexuais. No homem, a pele que envolve o pênis e o escroto, e na mulher, o tecido em torno dos grandes lábios, lembrando sempre que as manifestações do vírus acontecem na pele e não nas mucosas. Após o contágio, mediante contato sexual, o vírus leva de dois a três dias para provocar o surgimento de bolhas que estouram em até quatro dias, deixando pequenas lesões que cicatrizam por si só. Não é recomendável o uso de pomadas ou qualquer outro medicamento. Passada a manifestação, o vírus permanece incubado, podendo reaparecer, sempre no mesmo local, no intervalo de semanas ou anos.
Segundo o urologista paulista Ricardo de La Roca, o contágio se dá exclusivamente pelo contato com as lesões provocadas pelo vírus, daí a importância de usar o preservativo, principalmente entre os que já tiveram manifestações do herpes. “Um a dois dias antes das erupções, é possível perceber uma queimação acompanhada de dor na parte interna das coxas e no púbis”, esclarece de La Roca, aconselhando cuidado redobrado quando isso ocorrer.
Conhecido como “vírus do amor”, o herpes atinge basicamente as mulheres e pode causar danos ao feto em casos extremos. “Se houver uma infecção de herpes no momento do parto, a criança em contato com a pele lesionada pode sofrer contaminação, provocando inflamação das meninges e aumento da pressão intra-cerebral”, explica o médico.
Nos últimos anos, os especialistas vêm detectando a incidência de herpes genital em locais antes atingidos apenas pelo herpes tipo um, bem menos agressivo. Isso se deve ao comportamento sexual “mais aberto” da população, segundo de La Roca. “A prática de sexo oral leva à contaminação e pode provocar o surgimento de lesões nos cantos dos lábios e nas mucosas da boca. “Esse tipo de contágio pode levar a quadros de gengivite, estomatite e laringite”, adverte o urologista, que aponta a monogamia e/ou o uso de preservativos, como única proteção contra o herpes.
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ANOTE
EM COMEMORAÇÃO ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, que transcorre amanhã, o Centro Estadual de Oncologia (Cican), unidade da Secretaria de Saúde do estado, promoverá uma série de palestras e uma apresentação da Orquestra Sinfônica da Juventude. De acordo com a assistente social Eliana Lobão, coordenadora do Núcleo de Educação em Saúde na área de desenvolvimento de pessoal/humanização, a programação deste ano será voltada especialmente para pacientes e funcionários, para que possam refletir que, “apesar do câncer, existem outras possibilidades ainda na vida”. A programação terá início na segunda-feira, às 9h, com palestra da psicoterapeuta Sandra Brasil, com o tema Restaurando conexões, construindo pontes para a vida.
Por: Correio da Bahia

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