Por: Carlos Chagas - Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - A previsão é de que só no fim do mês o pleno do Supremo Tribunal Federal decidirá sobre a constituição da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados. A demora não se coaduna com a urgência da investigação, pois todos os dias, em todos os aeroportos do País, registram-se atrasos, cancelamentos de vôos, filas quilométricas, desprezo das empresas pelos passageiros e outros horrores. O Executivo, pelo presidente da República, pediu relatórios às entidades envolvidas no assunto. O Legislativo tenta, pelas minorias, obrigando-se a respeitar o rolo compressor da maioria, e o Judiciário, agora, trata a questão apenas como uma tertúlia jurídica.
Enquanto isso, a temperatura sobe. Ninguém se espante caso explosões em cascata comecem a acontecer nos aeroportos. A paciência popular tem limites. Um belo dia começa a depredação, claro que uma reação abominável, mas inevitável.
A massa, quando começa a agir por ela mesma, assemelha-se a manada incontrolável. Já que as empresas e as autoridades tratam os passageiros feito gado, haverá que esperar o estouro da boiada. Não sobrará um balcão de check-in, uma sala de espera e quem sabe até uma aeronave que não venha a sofrer.
Nessa hora, vão acordar o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto. Não há como marcar dia, hora e minuto para a explosão, mas ela surge tão certa quanto o atraso do próximo vôo que o caro leitor estiver para tomar. Será o colapso do transporte aéreo em pleno início do século XXI.
Responde a Vale
Esclarece a Vale do Rio Doce não estar pleiteando o perdão nem preparando o calote na dívida que tem para com a extinta Rede Ferroviária Federal. A empresa está contestando o valor, depois da correção unilateral feita pelo governo, que chega a R$ 1,2 bilhão. A Vale, pela sua direção, informa estar buscando um acordo e até ofereceu saldar a dívida em obras, proposta recusada faz pouco. Fica o registro.
Queda de braço
Não demorou um dia para surgir a primeira queda de braço no novo ministério. O ministro do Desenvolvimento Industrial, Miguel Jorge, reivindica nomear o presidente do BNDES, entidade a ele subordinada. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não gostou e pretende manter o atual presidente, Demian Fiocca. O presidente Lula inclina-se por atender o novo ministro, a quem pediu, no dia em que o convidou, para dedicar-se prioritariamente ao mercado interno, deixando de cuidar com exclusividade das exportações. Ora, para incentivar e inflar o mercado interno, o BNDES é peça fundamental.
Semanas atrás correu em Brasília o rumor de que o presidente Lula poderia convidar Delfim Neto para o BNDES, mas o ex-ministro e ex-deputado recusou a ilação, ainda que se disponha, como fez nos últimos quatro anos, a dar bons conselhos para a equipe econômica.
Algoz da Varig
Veemente protesto foi feito pelo senador Pedro Simon contra a venda do que restava da Varig para a Gol. O representante gaúcho lamentou a morte da empresa que por 70 anos foi modelo internacional e não contou com um único gesto de boa vontade das autoridades econômicas e do governo federal.
Acusou o presidente Lula de algoz da Varig, convidou os colegas para a missa de sétimo dias e pediu que as coroas de flores fossem entregues no Palácio do Planalto, para onde irão as cinzas da empresa, que morreu incinerada. "O Lula que leve essas cinzas para casa, no final do seu mandato" - disse Simon, mais emocionado do que indignado.
Para o senador, o BNDES financiou a maioria das privatizações de empresas públicas, muitas vezes de forma escandalosa, mas não houve por parte do governo Lula a menor iniciativa para salvar uma companhia sui generis, que pertencia aos seus próprios empregados, através de uma fundação. Ficou pior, disse Simon, assistir à compra da Varig por uma empresa especializada em linhas de ônibus.
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