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quinta-feira, abril 12, 2007

População baiana está desplugada da internet

Por Alessandra Nascimento
TRIBUNA DA BAHIA Notícias
Dos 32,1 milhões de usuários de Internet no País, com 10 anos ou mais, apenas 12,9% são baianos. O dado coloca a Bahia na 20ª colocação no ranking dos 27 Estados a acessarem Internet. A informação veio do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad, de 2005, realizado pelo IBGE. Segundo a pesquisa, a Bahia está a frente apenas de Sergipe, com 12,6%, Paraíba, com 12,4%, Pará, 10,9%, Amazonas, 10,5%, Piauí, 10,4%, Maranhão, com 7,7% e Alagoas, 7,6%. Os Estados que mais acessaram a internet foram: Distrito Federal, 41,1%, São Paulo, 29,9%, Santa Catarina, 29,4% e Rio de Janeiro com 26,6%. A pesquisa ainda revelou que somente 21% da população na faixa etária pesquisada acessou pelo menos uma vez a Internet no referido ano da pesquisa. A maior parte era de homens – 16,2 milhões e se encontrava entre os 30 a 39 anos. A média de idade dos internautas é de 28 anos, com 10,7 anos de estudo e rendimento médio mensal domiciliar per capita de R$ 1 mil. Outra informação vem do tipo de acesso a rede mundial de computadores: a conexão discada é mais difundida entre a população de usuários que a banda larga. Para o chefe do setor de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues, há três circunstâncias que ajudam a promover ou dificultar o acesso à Internet: infra-estrutura, escolaridade e renda. “A Bahia é um Estado com mais de 1/3 da população morando em zona rural. Isso vai influenciar no acesso porque temos que pensar em energia como pressuposto para o computador funcionar e comunicação para acessar a Internet com telefonia e cabos”, cita. Para Rodrigues esses pontos servem de explicação para compreender o porquê de um Estado com uma das maiores economias do País está nesta posição de acesso à web. “Temos que entender também que o acesso a Internet também está associado ao nível de instrução da população. Para ter acesso a esse tipo de serviço é necessária uma competência mínima para se relacionar com novas tecnologias”, observa.
Jovens são os mais conectados
Entre os dados apontados na pesquisa, os percentuais de pessoas que acessaram a rede nas regiões Norte era de 12% e Nordeste 11,9%. Os índices foram inferiores aos verificados nas regiões Sudeste 26,3%, Sul 25,6% e Centro-Oeste 23,4%. Nas regiões metropolitanas, o mais baixo acesso foi verificado na Região Metropolitana de Belém 19,2%, única abaixo da média nacional, e o maior, da Região Metropolitana de Curitiba 34,8%. A pesquisa ainda detectou que 1/3 dos jovens entre 15 a 17 anos eram internautas e 7,3% estava na faixa dos 50 anos ou mais de idade. A proporção de pessoas que acessaram a Internet no grupo etário de 10 a 14 anos era de 24,4% e ficou acima daqueles das idades a partir de 30 anos, tanto na parcela feminina como na masculina. Cerca de 76,2% das pessoas com 15 anos ou mais de estudo acessam a Internet. Outro ponto importante envolve o nível de instrução: entre os internautas ele era bem mais elevado que o das pessoas que não utilizaram a rede. O número médio de anos de estudo dos usuários da Internet foi de 10,7 anos, enquanto o das pessoas que não utilizaram a rede ficou em 5,6 anos. Aproximadamente 35,9% dos estudantes eram internautas. No Distrito Federal o índice era de 57,5% e em São Paulo 51,2%, mais da metade dos estudantes acessavam a Internet. A pesquisa do IBGE revelou, também, que o percentual de pessoas que acessaram a Internet na população ocupada 22,9% superou o do contingente que não tinha trabalho 18,5%. A pesquisa mostrou que o acesso em estabelecimento de ensino atingiu 25,7%. Na população dos estudantes usuários da Internet, a proporção dos que a utilizaram para educação e aprendizado foi de 90,2%, seguido dos que a acessaram para comunicação com outras pessoas 69,7% e atividades de lazer 65,5%. A proporção dos estudantes que a acessaram para a leitura de jornais e revistas alcançou 40,7%. No contingente dos usuários da Internet que não eram estudantes, o maior percentual foi o das pessoas que acessaram a rede para comunicação com outras pessoas 67,8%, seguido dos indivíduos que a utilizaram para educação e aprendizado 57,5%, leitura de jornais e revistas 51,7% e atividades de lazer 45,7%. A pesquisa detectou ainda que, na população de 10 anos ou mais de idade usuária da Internet no domicílio, cerca de 52,1% tinha somente a conexão discada, 41,2% unicamente por banda larga e 6,7% ambas as formas de acesso. A região Centro-Oeste foi a única em que a proporção de pessoas que tinham somente a conexão discada 38,7% foi menor que a das que dispunham unicamente da banda larga para acessar a Internet com 57,1%. A região Nordeste teve para conexão discada 47,1% e 46,2% para a ligação por banda larga. A influência do crescimento do rendimento mensal domiciliar também interfere no percentual de pessoas que tinham conexão à Internet no domicílio por banda larga. No contingente de pessoas de zero a 1 salário mínimo de rendimento mensal domiciliar per capita que acessaram no seu domicílio, 20% utilizaram somente a banda larga e, na faixa de mais de 5 salários mínimos, esta proporção atingiu 59,8%. A pesquisa apontou que o usuário com banda larga acessa a Internet mais vezes que aqueles de acesso discado.

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