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domingo, outubro 28, 2007

EBDA se destacada na pesquisa do pinhão-manso

A pesquisa desenvolvida pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) sobre o pinhão-manso vem atraindo a atenção de produtores, empresas e cooperativas de todo o país. Esta semana, as unidades experimentais da EBDA de Amélia Rodrigues e Alagoinhas receberam a visita do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Rio de Janeiro (OCB-RJ), Francisco de Assis França, e de técnicos da Veracel Celulose. “A escolha da Bahia, para a visita, foi em função da conclusão de uma pesquisa da OCB-RJ que identificou a EBDA, juntamente com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Embrapa Semi-Árido, como referências, no Brasil, na área de pesquisa com o pinhão-manso”, afirmou França. Espaçamento, densidade, consórcio com culturas de ciclo curto, métodos e épocas de poda, além de adubação química e orgânica, são algumas das práticas e observadas pelos especialistas. “Nesta visita, estamos coletando dados específicos que comprovem a viabilidade da planta para a produção de biodiesel. Queremos passar essa realidade para os agricultores familiares do Rio de Janeiro e apresentar a cultura como uma alternativa comercial”, disse o presidente da OCB-RJ. O trabalho realizado nas unidades para avaliação de variedades e do comportamento da cultura em diferentes condições agroecológicas do estado são fruto de parceria com as universidades Federal da Bahia (Ufba), Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e Católica de Salvador (Ucsal). Para atender ao projeto, foram instaladas Unidades de Observação nos municípios de Amélia Rodrigues, Irará, Alagoinhas, Conceição do Almeida, Irecê, Itaetê, Utinga, Ourolândia, Ribeira do Pombal, Itaberaba, Iraquara, Paripiranga, Jacobina, Feira de Santana e Cruz das Almas. “Nas unidades também estão sendo identificadas as melhores características agronômicas para a produção de biodiesel”, assegurou o pesquisador da EBDA e coordenador dos trabalhos, Edson Alva. Em algumas dessas áreas, são realizados os registros da incidência de ataque de pragas e de doenças, deA? floração e frutificação, altura de planta, número de ramificações/planta, de cachos/planta, número de frutos/cacho e ainda a tomada de dados pluviométricos. Em algumas áreas, as plantas apresentam excelente aspecto vegetativo, já em frutificação, enquanto em outras áreas a cultura ainda está em fase de floração. Com grandes vantagens, como a perenidade (vive até 100 anos) e a alta produtividade, além de ser adaptável a diversos tipos de solo, clima e altitude, o pinhão-manso suporta longas estiagens, tem baixo custo de produção e apresenta amplas possibilidades de cultivo em todo o estado. Considerado um combustível limpo (menos poluente), o biodiesel tem como fonte as plantas oleaginosas. O óleo extraído da semente do pinhão-manso é considerado um dos mais indicados para a produção de biodiesel, em função de não produzir fumaça nem deixar resíduos no ambiente. O pinhão-manso, já cultivado em diversas partes do mundo, tem na Índia e na Tailândia seus maiores produtores. Nesses países, o óleo produzido é utilizado, principalmente, para fins medicinais e na produção de sabão. Na antiguidade, também foi utilizado na iluminação pública e de residências.
Projeto Mata Branca beneficia 1.500 famílias de 4 municípios
Cerca de 1.500 famílias dos municípios de Jeremoabo, Curaçá, Contendas do Sincorá e Itatim serão beneficiadas com o Projeto de Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga (Projeto Mata Branca), que pretende contribuir para a preservação, conservação e uso sustentável deste bioma. O lançamento do projeto em Jeremoabo, no norte da Bahia, e teve a participação de representantes da sociedade, de comunidades tradicionais e do poder público municipal, estadual e federal. A iniciativa é uma parceria do Banco Mundial (Bird) com os governos da Bahia e do Ceará, priorizando áreas de maior relevância do bioma, pelo alto nível de degradação, além de modelos de uso da terra e áreas instituídas como unidades de conservação. As ações estão previstas para começar em janeiro de 2008, com prazo de cinco anos para conclusão. O investimento será de R$ 23 milhões, sendo R$ 10 milhões do Bird, via Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), e R$ 13 milhões referentes à contrapartida dos governos dos estados envolvidos. O patrimônio histórico, cultural e ambiental da aldeia indígena Tumbalalá, na região de Curaçá, está garantido pelo projeto. As 4 mil pessoas que vivem na comunidade serão beneficiadas com ações de fomento à produção de frutas, aproveitamento de plantas para a medicina natural e artesanato. Com a fibra natural da caatinga, o caruá, a índia Maria José Gomes, 46 anos, tira o sustento da família. Ela produz tapetes, bolsas e arranjos de buchas a partir da riqueza existente na biodiversidade em pleno semi-árido baiano. “É uma oportunidade pra gente continuar trabalhando e ganhar o nosso próprio dinheiro, como também salvar a natureza”, disse. A espécie nativa mais ilustre de Jeremoabo, a arara-azul-de-lear, tornou o município conhecido internacionalmente. Presente na fauna da caatinga, a ararinha está ameaçada de extinção e só pode ser encontrada em Jeremoabo e no município de Canudos. Trabalhando há 30 anos na preservação da espécie, o membro do Comitê Internacional de Manejo e Preservação da Arara-azul-deA?-lear, Otávio Farias, 60 anos, comprou até propriedades na região para acompanhar o desenvolvimento de programas educacionais para a sua preservação. “A arara é a razão da minha vida, e pela primeira vez, nesses 30 anos, senti firmeza, como dizem os sertanejos”, afirmou, ao se referir às expectativas do Projeto Mata Branca, que prevê investimentos para a reprodução da espécie. A antropóloga e coordenadora do projeto no Bird, Juditi Lisaiski, explicou que o GEF contribui para o desenvolvimento sustentável em mais de 200 países, desenvolvendo ações para minimizar os efeitos do aquecimento global e para preservar e conservar a biodiversidade do planeta. Segundo Lisaiski, o ecossistema, exclusivamente brasileiro, está recebendo a atenção do mundo. “A caatinga é o único meio de sobrevivência de muitos nordestinos, por isso queremos colaborar na proteção desse importante bioma”, disse.O secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Juliano Matos, ressaltou que não dá para construir política pública sem diálogo e escuta popular. “E quando há a participação e o envolvimento de outros órgãos do governo e das comunidades envolvidas, o resultado é imediato. A identidade do nosso estado é construída pelos baianos que vivem na região da caatinga, bioma existente em mais de 65% do nosso território”, justificou.
Fonte: Correio da Bahia

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