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domingo, junho 02, 2024

Entenda o que pode ocorrer nos quatro processos criminais contra Trump


Por Fernanda Perrin | Folhapress

Entenda o que pode ocorrer nos quatro processos criminais contra Trump
Foto: Reprodução / Redes Sociais

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Donald Trump tornou-se o primeiro ex-presidente americano condenado em uma ação criminal, e nada o impede de tornar-se o primeiro mandatário dos EUA diretamente de uma prisão.
 

A sentença do republicano será divulgada apenas em 11 de julho, e pode assumir diversos formatos, de serviço comunitário até reclusão por um período máximo de quatro anos para cada um dos 34 crimes cometidos.
 

Trump já afirmou que vai recorrer do veredicto e, enquanto a apelação estiver tramitando, é provável que não comece a cumprir sua pena.
 

"Seria incomum que as coisas sejam tão aceleradas a ponto de obtermos uma decisão sobre qualquer apelação antes da eleição de novembro, e quase certamente não seria da corte mais alta de Nova York ou da Suprema Corte", escreve o professor de direito e ciência política Rick Hansen, autor do Blog de Direito Eleitoral.
 

Uma situação inusual pode emergir caso Trump esteja cumprindo pena de prisão no dia da eleição, em 5 de novembro: ele poderia vencer a disputa pela Presidência, mas seria impedido de votar --a Flórida, domicílio eleitoral de Trump, não permite que detentos cumprindo pena participem do pleito.
 

Além do julgamento concluído nesta quinta-feira (30), que trata da falsificação de documentos para encobrir pagamentos para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels às vésperas da eleição de 2016, há outros três processos criminais contra o empresário pendentes.
 

Veja o que pode acontecer com Trump em cada um dos processos e o futuro da Casa Branca a depender do resultado da eleição.
 


 

1.Compra de silêncio de Stormy Daniels para manipular a eleição de 2016
 

No primeiro processo criminal contra um ex-presidente na história dos Estados Unidos, Trump foi condenado por ter falsificado registros empresariais para encobrir pagamentos a atriz pornô Stormy Daniels e, assim, evitar que ela revelasse durante a campanha de 2016 ter supostamente mantido relação sexual com o empresário em 2006. O pagamento de US$ 130 mil foi feito pelo ex-advogado e "faz tudo" de Trump, Michael Cohen.
 

Trump pode ser preso?
 

Sim. A legislação prevê até quatro anos de prisão pelos crimes pelos quais ele foi condenado por um júri em Nova York. Acredita-se, no entanto, que o juiz vá optar por uma sentença mais branca, como liberdade condicional, considerando que Trump é réu primário e as infrações, leves.
 

Se ele for preso, pode concorrer à Presidência?
 

Sim. Nada na Constituição americana impede que um criminoso condenado, e mesmo preso, concorra à Presidência. Os únicos requisitos para um candidato são ter ao menos 35 anos de idade, ser um cidadão americano nascido no país, e residir em seu território há ao menos 14 anos.
 

E o que acontece se ele for preso e vencer a eleição?
 

Assim como a Constituição não trata de um candidato à Presidência condenado, ela tampouco fala o que acontece com se alguém encarcerado for eleito. Assim, esse cenário abriria uma grande crise legal nos EUA, que deve chegar à Suprema Corte. Por um lado, poderia-se invocar a 25ª emenda, que trata do que acontece quando um presidente é incapaz de exercer seus poderes e deveres, para transferir o cargo ao seu vice. Isso exigiria, no entanto, que tanto o vice de Trump, quanto a maior parte de seus secretários (equivalentes a ministros) apoiem essa ação -algo pouco provável, já que o republicano deve escolher aliados leais para esses postos.Assim, o que se considera mais factível é que o empresário argumente na Justiça que deve ser solto para que possa cumprir os deveres constitucionais da Presidência, uma vez eleito.Como a condenação ocorreu na Justiça estadual de Nova York, Trump não pode se conceder um indulto presidencial -essa ferramenta só pode ser usada para condenados pela Justiça federal.
 


 

2. Posse ilegal de documentos sigilosos após deixar a Casa Branca
 

Após deixar a Casa Branca, Trump teria levado consigo, ilegalmente, documentos sigilosos que tratam da segurança nacional dos Estados Unidos. Fotos mostram caixas de papéis empilhadas até em um banheiro do resort Mar-a-Lago, na Flórida. Além do ex-presidente, há mais dois réus nesse caso: Walt Nauta, ajudante de Trump, e o português Carlos De Oliveira, gerente da propriedade.
 

Em que pé está este processo?
 

O julgamento chegou a ser marcado para começar em 20 de maio, mas foi adiado indefinidamente pela juíza Aileen Cannon -nomeada por Trump- enquanto questões pré-julgamento não são resolvidas.
 

Trump pode ser preso?
 

Sim. São 40 acusações, referentes a retenção intencional de informação de defesa nacional e conspiração para obstrução da Justiça. Desse total, 32 preveem reclusão de até 10 anos cada, 6 de até 20 anos, e 2 de até 5 anos.
 

O que acontece se ele for eleito antes de ser julgado?
 

Como o caso tramita na Justiça federal, é provável que o Departamento de Justiça sob uma Presidência Trump arquive as acusações. Há um precedente que poderia ser utilizado para isso: em um memorando em 1973, conhecido como "memorando Nixon", a pasta estabeleceu que não acusa presidentes no cargo.
 

E se ele for condenado e eleito?
 

Trump poderia usar o indulto presidencial para se "autoperdoar". No entanto, há um debate entre juristas nos EUA -muitos afirmam que esse uso inédito da prerrogativa presidencial poderia ser questionada na Justiça ou até base para um pedido de impeachment no Congresso.
 


 

3.Tentativa de reverter a derrota na eleição de 2020
 

Derrotado por Joe Biden nas eleições de 2020, Trump afirmou, sem provas, que a eleição foi fraudada e buscou formas de se manter no poder, desrespeitando o resultado das urnas, afirma a acusação. O ápice desses esforços foi a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão de apoiadores do republicano tentou impedir a confirmação da vitória dos democratas. É o primeiro processo referente a crimes que Trump teria cometido enquanto era presidente.
 

Em que pé está este processo?
 

O julgamento chegou a ser marcado para começar em 4 de março, mas foi suspenso enquanto a Suprema Corte decide se Trump possui imunidade presidencial por crimes supostamente cometidos enquanto estava no cargo, como argumenta sua defesa. Se os juízes decidirem em favor dessa tese, o processo é arquivado. No entanto, na audiência em que o caso foi discutido, os juízes sinalizaram que devem reconhecer a imunidade em algumas situações, e direcionar a discussão para definir em quais ela se aplica para instâncias inferiores. Ou seja, a conclusão deve demorar.
 

Trump pode ser preso?
 

Sim. São 4 acusações, referentes a obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial e conspiração para defraudar os Estados Unidos, contra direitos e para obstruir um procedimento oficial. Duas preveem pena de até 20 anos cada, uma de 10 anos e outra de 5 anos.
 

O que acontece se ele for eleito antes de ser julgado?
 

Como o caso tramita na Justiça federal, é provável que o Departamento de Justiça sob uma Presidência Trump arquive as acusações. Há um precedente que poderia ser utilizado para isso: em um memorando em 1973, conhecido como "memorando Nixon", a pasta estabeleceu que não acusa presidentes no cargo.
 

E se ele for condenado e eleito?
 

Trump poderia usar o indulto presidencial para se "autoperdoar". No entanto, há um debate entre juristas nos EUA -muitos afirmam que esse uso inédito da prerrogativa presidencial poderia ser questionada na Justiça ou até base para um pedido de impeachment no Congresso.
 


 

4. Interferência eleitoral na Geórgia em 2020
 

Trump e aliados teriam se organizado para mudar o resultado da eleição na Geórgia, estado onde o republicano perdeu por uma diferença de apenas 0,02 ponto percentual. Em uma ligação por telefone vazada, ele pede a uma autoridade do estado que "encontre" cerca de 12 mil votos -o necessário para reverter o placar no estado. A procuradoria montou seu caso com base em uma legislação usada no combate ao crime organizado conhecida como Rico ("Racketeer Influenced and Corrupt Organizations"). Além de Trump, há outros 18 nomes listados como réus, o que torna o caso o mais amplo de todos os quatro.
 

Em que pé está este processo?
 

Não há previsão de data de julgamento. Trump e outros corréus pedem que a promotora do caso, Fani Willis, seja removida e que o processo seja arquivado -ela admitiu que manteve um relacionamento amoroso com um membro de sua equipe, que foi obrigado a renunciar. O pedido já foi negado, mas o republicano recorreu. Não há data para que a apelação seja analisada.
 

Trump pode ser preso?
 

Sim. São 10 acusações contra Trump, referentes a associação criminosa, apresentação de documento falso, solicitação para que um oficial público violasse seu juramento, e conspiração para falsificar documentos e fazer declarações falsas, entre outras.
 

O que acontece se ele for eleito antes de ser julgado?
 

Como esse caso tramita na Justiça estadual da Geórgia, a defesa de Trump poderia argumentar que um presidente só pode ser julgado em um circuito federal e que, portanto, o estado não teria legitimidade para processá-lo. Mais uma vez, isso deve ser uma batalha legal.
 

E se ele for condenado e eleito?
 

Como no caso Stormy Daniels, esse cenário abriria uma grande crise legal nos EUA, que chegaria à Suprema Corte. Por um lado, poderia-se invocar a 25ª emenda, que trata do que acontece quando um presidente é incapaz de exercer seus poderes e deveres, para transferir o cargo ao seu vice. Isso exigiria, no entanto, que tanto o vice de Trump, quanto a maior parte de seus secretários (equivalentes a ministros) apoiem essa ação -algo pouco provável, já que o republicano deve escolher aliados leais para esses postos. Assim, o que se considera mais factível é que o empresário argumente na Justiça que deve ser solto para que possa cumprir os deveres constitucionais da Presidência, uma vez eleito. Por tramitar na Justiça estadual da Geórgia, Trump não pode se conceder um indulto presidencial -essa ferramenta só pode ser usada para condenados pela Justiça federal.
 

 

Abertura do Arraiá do Povo inicia hoje; veja o horário das atrações

 

em 1 jun, 2024 14:04
CULTURA

Calcinha Preta é uma das atrações da festa de hoje (Foto: Moema Costa)

A programação no Arraiá do Povo 2024 começa neste sábado, 1º, na Orla da Atalaia, em Aracaju. A expectativa é que cerca de um milhão de pessoas circule pelos eventos juninos deste ano.

Assim como no ano passado, artistas nacionais e sergipanos, quadrilhas juninas, trios pé de serra e grupos folclóricos compõem as mais de 300 atrações da programação dos 60 dias do Arraiá do Povo.

Saiba o que pode e não pode levar para o evento. 

Confira o horário das atrações musicais

01/06- sábado

19h- Pedro Lua
21h- Fogo na Saia
23h- Calcinha Preta
01h- João Gomes

Novidades

O Arraiá do Povo este ano tem algumas novidades na estrutura, como a ampliação da arena de shows. Com temática da renda irlandesa, o palco principal tem 26 metros de largura e 12 de profundidade, totalizando mais de 300 metros quadrados. Na programação musical, todas as terças-feiras estarão reservadas para as atrações do arrocha, e nas noites de quinta-feira só haverá atrações com mulheres vocalistas no palco principal, embalando o projeto ‘Elas no Comando’.

Vila do Forró 

O Arraiá do Povo está dividido entre a arena de shows, onde se apresentam as atrações musicais sergipanas e nacionais, e a Vila do Forró, espaço mais intimista, com a proposta de receber as famílias. Para o espaço da Vila do Forró estão programadas apresentações artísticas no Coreto da Eneva e no Barracão da Sergipe. Na primeira noite da vila, dia 1º, se apresentam no coreto Décio Nunes, às 17h30, e Edinho do Acordeon, às 19h30. Enquanto isso, no barracão, a diversão continua com Wagner Lima, às 19h, seguido por Peneirou Xerém, às 20h30, Josa Rosa, às 21h30. A noite na vila encerra às 23h, com Forró Brasil.

A programação completa dos festejos juninos está disponível no endereço https://www.se.gov.br/calendario

País do forró

Durante 60 dias, o clima junino tomará conta do estado, fortalecendo o turismo, a cultura popular e aquecendo a economia em vários setores envolvidos na realização dos eventos. A programação do Arraiá do Povo e Vila do Forró é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Secretaria Especial da Comunicação (Secom), Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e Banese, com apoio da Energisa, Netiz e Shopping Jardins, e patrocínio da Eneva, Pisolar, Deso, Maratá, GBarbosa e Serviço Social do Comércio (Sesc).

*Com informações do Governo de Sergipe

INFONET

Condenação não afeta Trump, e os eleitores independentes decidirão quem vence

Publicado em 1 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Trump incentiva a polarização, que é tradicional nos EUA

Hélio Schwartsman
Folha

Como a condenação criminal de Donald Trump afeta a eleição presidencial? A resposta tem algo de paradoxal. Não se esperam grandes movimentações nas pesquisas de intenção de voto. Com a polarização afetiva, eleitores fiéis ao ex-presidente devem tornar-se ainda mais trumpistas. Verão na decisão do júri nova-iorquino um ato de perseguição política, uma nova tentativa de “roubar” a Presidência ao magnata laranja.

Já os democratas tenderão a ler o episódio como uma confirmação do que sempre souberam: Trump não passa de um bandido, indigno de ocupar o cargo mais alto do país.

INDEPENDENTES – Só que nem todo mundo reage de forma tão emocionalmente intensa a eventos do mundo da política. Há um grupo, o dos chamados independentes, que não tem um envolvimento tão passional nem com os candidatos nem com seus partidos, podendo ir tanto para um lado como para o outro, dependendo de fatores tão diversos quanto o estado da economia, preferências em questões concretas, como o aborto, e eventualmente também a ficha criminal dos postulantes.

De um modo geral, sempre foram os independentes que decidiram eleições. Até pouco tempo atrás, candidatos competitivos moldavam seus posicionamentos justamente para conquistar esse grupo.

O resultado era uma certa moderação. Para não desagradar a ninguém, os postulantes fugiam de radicalismos e questões polêmicas. A polarização mudou um pouco essa dinâmica.

FOGO NO CIRCO – Um candidato como Trump prefere tocar fogo no circo, radicalizando os eleitores que já tem e os motivando a sair para votar no dia da eleição ou para invadir o Capitólio, dependendo do caso.

Nos EUA, dadas as particularidades do colégio eleitoral, que tem algo de lotérico, o pleito acabará sendo decidido por um grupo muito restrito de eleitores:

os independentes dos seis estados em que a disputa está indefinida. Aí, mesmo que a condenação mude muito poucos votos, eles poderão fazer toda a diferença.


Parceria espúria com Lula derruba para 14% o índice de aprovação do Supremo


O cão que fuma...: Compensa, ou não compensa?

Charge do Zappa (humortadela.com)

Carlos Newton

Como ex-funcionário do IBGE, onde comecei a trabalhar antes de ser jornalista, não acredito muito em pesquisa eleitoral, devido às manipulações a que podem ser submetidas. Mas outros tipos de pesquisa podem e devem ser considerados da maior importância. É o caso da mais recente pesquisa do PoderData, uma das empresas subsidiários do Poder360, o importante portal de notícias originário do blog do jornalista político Fernando Rodrigues, que fez longa carreira na Folha de S. Paulo

O levantamento, realizado semana passada, de 25 a 27 de maio, indica que a avaliação positiva do Supremo Tribunal Federal caiu incríveis 17 pontos percentuais desde o início do terceiro mandato do presidente Lula da Silva.

DESPENCANDO – Notem que em dezembro de 2022, logo depois das eleições, a Suprema Corte desempenhava um trabalho “ótimo” ou “bom” para 31% dos eleitores – a maior taxa desde que o PoderData começou a fazer a pergunta, em junho de 2021, quando o Supremo já sofria dura críticas pela libertação e descondenação de Lula.

Agora, os percentuais de “ótimo” ou “bom” estão em 14% – os mais baixos desde o início da série histórica. Já a taxa dos que acham que o STF faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” saltou 11 pontos percentuais, de 31% para 42%, em um ano.

Assim, retomou o patamar registrado ao final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era 40%. Há ainda 33% da população que avaliam a Corte como “regular”. Outros 11% não souberam responder.

EFEITO BOLSONARO – Segundo os analistas do PoderData, a avaliação do STF havia tido um refresco de setembro de 2022 a junho de 2023 – possivelmente. um reflexo da menor influência do ex-presidente Jair Bolsonaro na percepção da população.

Bolsonaro tinha uma relação conflituosa com a Corte e sua escalada retórica contribuía para que as taxas de “ruim”/”péssimo” avançassem, pois atingiram o ápice de 46% em setembro de 2022, em plena campanha eleitoral.

Na reta final das eleições de 2022 e no início do governo Lula, em especial depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro, o discurso de que a Corte teria sido responsável por supostamente “salvar a democracia” parece ter arrefecido as críticas, egundo a análise do PoderData.

APOIO DE LULA – Agora, sem Bolsonaro e com apoio de Lula, o STF tem discutido temas sensíveis (aborto, responsabilização de jornais, 8 de Janeiro e porte de drogas) e entrado em conflito, inclusive, com o Congresso – que até já aprovou, no Senado, uma PEC para reduzir os poderes dos ministros togados, e agora falta a decisão da Câmara.

A sequência de duras decisões monocráticas e o ativismo do Supremo, pelo que indicam os dados acima, não tem agradado aos eleitores que elevam as críticas com mais rigor.

Espera-se que haja respeito a esse tipo de pesquisa e os ministros façam uma autocrítica de que é preciso parar com estranhas inovações, interpretações extravagantes e julgamentos eivados de suspeição.

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P.S.
 – Neste sábado, dia 1º, houve um avanço, porque o ministro Alexandre de Moraes foi duramente criticado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e se declarou suspeito, abandonando o inquérito sobre ameaças a ele próprio e sua família.  Se estivesse entre nós, Machado de Assis repetiria sua célebre pergunta: “Mudou o Natal, mudamos nós ou mudou Moraes?”. (C.N.)

Não está certo o silêncio dos ministros do Supremo sobre as decisões de Toffoli


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Toffoli usou provas ilegais para inocentar o amigo Odebrecht

José Paulo Cavalcanti Filho
Jornal do Commercio

A decisão do ministro Dias Toffoli semana passada (em 22/05), cancelando as penas de Marcelo Odebrecht, não veio sozinha. Na mesma penada, também foram absolvidos José Dirceu, Renan Calheiros e Romero Jucá. Poucos dias antes havia já anulado todas as provas contra o mesmo Marcelo e suspendido o pagamento das multas milionárias de sua construtora, a Odebrecht.

Empresários e políticos na mesma barca. Sobre essa decisão de agora considero que pode ser vista por, ao menos, três ângulos ‒ o jurídico (1), o ético (2), e o dos comportamentos (3). Em breves linhas, vamos ao primeiro deles.

ESCUTAS TELEFÕNICAS – Nossa legislação sobre escutas telefônicas, em parte, baseia-se na norte-americana dos Ware Tips. Com tratamentos iguais em alguns temas, como o de reconhecer como prova gravações autorizadas por juízes. E diferentes, como no caso das Consensual Ware Tips, não autorizadas, que nos Estados Unidos são equiparadas a provas circunstanciais. Em outras palavras, sozinhas, não; mas quando junto de outras provas, e diferentes do Brasil, lá são aceitas.

As fitas da Intercept, base de todas as decisões contrárias à Lava Jato, não tiveram autorização judicial. E um dado curioso, sobre elas, é que não temos nem certeza de que sequer existem. Provavelmente sim, mas talvez não. Com dúvidas sobre se as transcrições apresentadas correspondem às gravações.

Só para lembrar, hoje, o Ministério Público processa a mesma Intercept, criminalmente, por ter editado imagens e fraudado transcrições no caso Mary (Mariana) Ferrer ‒ está na internet, quem quiser pode conferir. Se falseou, nesse caso da Ferrer, quem garante não ter também falseado no da Lava-Jato?, eis a questão.

SEM PERÍCIA – Perdão, senhores, mas é inaceitável que o Supremo não tenha efetuado perícia nas fitas, nada foi anunciado nesse sentido. Como é estranho que a Grande Mídia não tenha insistido nisso. Mais parecendo uma parceria. Como consideram tão relevante, qual a razão de não provar a veracidade das transcrições? Até para dar dignidade às (supostas) provas.

É como se todos desejassem apenas um pretexto, um argumento qualquer para usar na proteção dos que lhe são caros.

De resto a decisão do ministro contraria jurisprudência do Supremo. Já assentado, no Brasil, que gravações não autorizadas, como as apresentadas pela Intercept, valem só como defesa. Imprestáveis, pois, para acusar. Ou provar nada, fora dessas defesas individuais. Razão pela qual, em minha modesta opinião, essas transcrições não valem como prova para embasar as decisões do ministro Toffoli. No plano jurídico, portanto, a decisão do ministro NÃO ESTÁ CERTA.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Publicado no Jornal do Commercio do Recife e transcrito na Folha, o artigo do advogado e escritor josé Paulo Cavalcantimembro da Academia Brasileira de Letras, merece ser manchete de toda a imprensa. E como o texto é longo, dividimos em três artigos. Nesta segunda-feira, publicaremos o segundo, sobre a descondenação do empresário Marcelo Odebrecht pelo ministro que ele próprio denunciou como corrupto(C.N.)


"Reflexão Junina: Um Chamado à Responsabilidade e à Redenção"




Certamente, o momento dos festejos juninos oferece uma oportunidade única para reflexão e ação por parte do prefeito de Jeremoabo e seu conluio. Em vez de se dedicar exclusivamente à dança e à política em favor de seu sobrinho, seria mais significativo aproveitar a presença do padre e demonstrar um verdadeiro compromisso com a comunidade.

Uma atitude nobre seria reconhecer publicamente os erros cometidos em relação às vítimas das enchentes, oferecendo apoio concreto e buscando soluções para mitigar os danos causados. Além disso, pedir desculpas à população pelos desvios milionários de verbas destinadas à saúde e à educação, que estão atualmente em processo judicial, seria um passo crucial para reconstruir a confiança e a credibilidade perdidas.

Ao invés de apenas usufruir dos momentos festivos, o prefeito poderia utilizar sua posição para promover a verdadeira justiça social e demonstrar um compromisso genuíno com o bem-estar de todos os cidadãos. Esta seria uma maneira de se redimir perante a comunidade e de mostrar que está verdadeiramente comprometido em governar para o benefício de todos.

sábado, junho 01, 2024

Tribunal anula concurso público que aprovou parente de prefeito

 

Membro da comissão organizadora e o autor das perguntas das provas de seleção para o cargo de odontólogo também estavam na lista de aprovados

Publicado em 14/04/2015 às 18:46

A aprovação de parentes do prefeito, membro da comissão organizadora e a constatação de que o candidato aprovado em 1º lugar para vaga de odontólogo foi o autor das perguntas da prova de seleção para o cargo, foram algumas das irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no concurso público para a Prefeitura de Araçagi, na gestão do ex-prefeito Onildo Câmara Filho, anulado na tarde desta terça-feira (14) pelos integrantes da 2ª Câmara do TCE. Além da invalidação do certame o ex-gestor foi condenado a pagar multa de R$ 9.856,70

A seleção, organizada pela empresa Meta Concursos em 2011, teve entre os aprovados o irmão do prefeito Oscar Câmara Neto - um dos membros da comissão do concurso, classificado em segundo lugar para o cargo de fiscal de tributos.

A Câmara também determinou a abertura de processo específico para apurar a idoneidade da empresa Meta Concursos, responsável pelo certame, que ofereceu 84 vagas sendo 53 imediatas e 31 para cadastro reserva, de todos os níveis de escolaridade com salários de R$ 545 a R$ 5.101,80.

https://jornaldaparaiba.com.br/cotidiano/vidaurbana/tribunal-anula-concurso-publico-que-aprovou-parente-de-prefeito

Nota da redaçaõ deset Blog - Na Paraiba a Câmara de Vereador ao receber reclamações da população  " A Câmara também determinou a abertura de processo específico para apurar a idoneidade da empresa Meta Concursos, responsável pelo certame," aqui em Jeremoabo a Câmara manda é os prejudicados que procurem a Justiça. É lamentável os vereadores fugirem da luta e abrir mão dos seus poderes.

Falta de aviso e incompetência da gestão municipal de Jeremoabo geram caos no trânsito e indignação da população

 



Jeremoabo, 01 de junho de 2024 - A interdição da Goela da Ema sem qualquer aviso prévio pela gestão municipal de Jeremoabo causou transtornos caóticos no trânsito da cidade na tarde de ontem. Motoristas se depararam com engarrafamentos na Rua da Alegria e na transversal, sem qualquer orientação por parte das autoridades. A situação gerou grande indignação entre a população, que já vinha sofrendo com a péssima qualidade das vias públicas.

Moradores indignados

Um cidadão jeremoabense, que preferiu não se identificar, expressou sua revolta com a situação: "É inadmissível que a prefeitura tome decisões tão importantes sem se preocupar com o bem-estar da população. A Goela da Ema é uma via essencial para o trânsito da cidade, e interrompê-la sem aviso prévio causou um transtorno enorme. As ruas estão todas esburacadas, e o prefeito só está pensando em festas juninas. Será que ele está tentando desviar a atenção dos escândalos de corrupção, ou fazer politicagem?".

Falta de planejamento e priorização equivocada

A falta de planejamento por parte da gestão municipal é evidente. A interdição da Goela da Ema deveria ter sido feita de forma gradual, com a devida comunicação à população e alternativas de rotas disponíveis. Além disso, a priorização das festas juninas em detrimento de serviços essenciais como a manutenção das vias públicas demonstra uma postura equivocada por parte da prefeitura.

Escândalos de corrupção e descaso com o povo

A população de Jeremoabo já vinha sofrendo com a falta de qualidade dos serviços públicos, além dos recentes escândalos de corrupção que envolvem a gestão municipal. A interdição da Goela da Ema sem aviso prévio apenas serve para aumentar a indignação da população e reforçar a sensação de descaso por parte da prefeitura.

É necessário que a gestão municipal tome medidas urgentes para solucionar os problemas do trânsito e das vias públicas de Jeremoabo. A população merece respeito e serviços públicos de qualidade.

"Desafios e Esperanças: O Combate à Corrupção na Política Local"

 

                                                                  Foto Divulgação


Todo aquele que acredita estar acima da lei, apenas por acreditar na morosidade da justiça e no fato de ter alguns políticos corruptos em esfera superior dos entes públicos estadual e federal, caminha a passos largos para perder a liberdade e todo patrimônio adquirido, sujeitando-se a ser reduzido a lixo e levando consigo a própria família; tudo em razão da apropriação indébita, materializada por atos reprováveis por qualquer pessoa de bem. É lamentável vermos que em esferas diferentes da nossa sociedade, essa prática tenha se tornado algo corriqueiro, devido sua constância no dia a dia, é lamentável, mas é uma verdade presente, tornou-se algo cultural, perdeu-se a decência em nome da esperteza reprovável, que em um bom português, é roubo qualificado, mediante o previsto em lei. Dar nome aos bois é desnecessário, todos já são velhos conhecidos, cabendo perplexidade ao homem de bem, já não pelo ato desvirtuado, mas o amparo que esse ato recebe das vítimas que compõem a própria sociedade vilipendiada, virou moda o ladrão ser aplaudido, mesmo que isso cause muita estranheza entre os poucos cidadãos de bem que ainda restam. Apoiar atos desonestos é apoiar quem te rouba e usurpa os seus direitos, a total prejuízo da família do vilipendiado. Embora esta seja uma análise genética, ela é válida para todos os que permitem ser enganados pela cultura da omissão e em alguns casos, pela própria conveniência e conivência daqueles que apanham diuturnamente, sendo que para esses, resta dizer que são dignos de pena, são Zumbis que não sabem o que fazem, apenas obedecem a ordens recebidas, pois o caráter já perderam há muito tempo passado, agora vivendo um quadro irreversível de degradação ética e moral, contudo, ainda há tempo para uma autocrítica e realinhamento dos seus propósitos, ciente de que se a missão anda em desconformidade, que se caminhe no sentido de atingir de forma melhorada e que se restou em termos de visão.

Nota da redação deste Blog ´- Ao deparar-me com a mensagem de José Mário Varjão, é impossível não lamentar que a lista dos indivíduos que deveriam prestar contas à justiça por atos de corrupção não seja mais extensa. Tal lacuna, porém, não se deve unicamente àqueles vereadores que optam por denúncias seletivas.

 Esta omissão tem como consequência direta a probabilidade de muitos responsáveis por desvios de recursos públicos escaparem da responsabilização, alimentando ainda mais o corporativismo que favorece os legisladores ímprobos.

Entretanto, mesmo diante desse cenário desafiador, há um aspecto positivo a ser destacado: a limpeza na prefeitura está sendo gradualmente efetivada. É uma constatação tímida, é verdade, mas não menos relevante. Cabe, agora, aos eleitores exercerem com sabedoria o seu papel na escolha de seus representantes. A responsabilidade de moldar um ambiente político mais ético e transparente recai sobre todos nós, e é imprescindível que façamos escolhas conscientes e informadas para garantir um futuro melhor para nossa comunidade.

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