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terça-feira, março 01, 2022

Enorme comboio russo se aproxima de Kiev; veja os últimos acontecimentos da guerra na Ucrânia




Comboio militar russo está se dirigindo a Kiev

Rússia e Ucrânia realizaram na segunda-feira (28/2) seu primeiro encontro para discutir um armistício entre os dois países. As negociações, contudo, não avançaram.

Em território ucraniano, os confrontos se intensificaram no quinto dia de conflito.

Imagens de satélite divulgadas na noite desta segunda revelaram um enorme comboio de blindados russos em direção a Kiev. Fotos tiradas antes do meio-dia na Ucrânia mostram unidades militares russas perto do aeroporto de Antonov, a cerca de 27 km do centro da capital.

De acordo com a Maxar Technologies, empresa de imagens de satélite que divulgou as fotos, o comboio tem quase 65 km (40 milhas) de extensão e "contém centenas de veículos blindados, tanques, artilharia rebocada e veículos de apoio logístico". A Maxar divulgou inicialmente uma estimativa de que a fila de veículos tinha 27 km, mas corrigiu a informação horas depois.

A capital permanece nas mãos da Ucrânia, mas segue sendo duramente atacada. Passam por situação semelhante Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, e Chernihiv (leia mais abaixo).

À medida que o conflito se aproxima dos centros urbanos, o ministério da Defesa da Ucrânia divulgou em sua conta no Twitter um infográfico destacando os pontos vulneráveis dos veículos militares russos, indicando os locais que poderiam ser alvo dos coquetéis molotov preparados pelos civis.

Veja, a seguir, os acontecimentos mais recentes e importantes do conflito.

Negociações para cessar-fogo terminam sem decisão

'Primeira reunião para negociar acordo de paz foi realizada em Belarus'

O primeiro encontro entre as delegações russa e ucraniana ocorreu sem muita expectativa de acordo - o cenário que, de fato, se concretizou.

Após a reunião, realizada em Belarus - país vizinho considerado aliado da Rússia -, representantes russos declararam que ambos os lados se comprometeram a manter o diálogo aberto e se reunir novamente "em alguns dias".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia dito que seu país exigiria um cessar-fogo e a retirada das tropas russas do seu território.

O Kremlin, por sua vez, que não antecipou sua posição - os negociadores russos falaram apenas em fechar um acordo que fosse do interesse de ambos os lados.

Três quartos das tropas russas estão na Ucrânia, diz Pentágono

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse que quase 75% das forças russas reunidas nas fronteiras da Ucrânia estão agora dentro do país.

O principal front de avanço das tropas está agora posicionado a cerca de 25 km da capital Kiev, um ganho de cerca de 5 km desde domingo (27/2).

As tropas não estão fazendo o progresso que haviam planejado devido a questões logísticas e forte resistência por parte dos combatentes ucranianos.

"Eles estão usando praticamente tudo o que têm em seu arsenal, desde armas pequenas até mísseis de superfície e mísseis aéreos para tentar desacelerar os russos", disse funcionário do alto escalão da Defesa americana.

A disputa por Kiev

'Militares ucranianos patrulham as ruas da capital'

O toque de recolher foi suspenso na manhã de segunda-feira (28/2) na capital.

Moradores chegaram a deixar os abrigos subterrâneos onde a maioria da população tem procurado se proteger, como porões e estações de metrô, mas tiveram de retornar às pressas apenas meia hora depois, quando as sirenes de ataque aéreo voltaram a soar.

O subúrbio de Troyeshchyna foi alvo de um ataque com mísseis, segundo a agência de notícias Interfax. Vídeos e fotos publicados em redes sociais — verificados pela BBC — mostram fumaça saindo do pátio de um prédio residencial cercado por carros destruídos.

O enviado da BBC News a Kiev Clive Myrie relatou que o local que tem usado como base para trabalhar foi "abalado pelo fogo de mísseis nas proximidades" e que as "janelas tremeram" durante a explosão mais próxima do ponto em que se encontra.Segundo ele, os combates parecem estar se aproximando do coração da capital da Ucrânia.

Batalhas em outras cidades do país

'Russos e ucranianos disputam controle de Kharkiv'

A cidade de Chernihiv, no nordeste da Ucrânia, enfrentou fortes bombardeios de tropas russas durante a noite de domingo (27/2), quando um edifício residencial foi atingido por um míssil.

A cidade permanece, no entanto, sob controle ucraniano até o momento.

Há combate intenso em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, com 1,4 milhão de habitantes, onde o confronto já entrou na área urbana.

Na manhã de segunda, explosões mataram dezenas de civis e deixaram outras centenas feridos na cidade, conforme as autoridades ucranianas. Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior de Kiev, escreveu no Facebook que as tropas russas atacaram áreas residenciais com mísseis. A Rússia negou ter tido como alvo essas áreas.

A alta-comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, informou que pelo menos 102 civis morreram e outros 304 ficaram feridas.

"A maioria destes civis foi morta por armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeios de artilharia pesada e sistemas de multilançamento de foguetes e ataques aéreos. Os números reais são, eu receio, consideravelmente mais altos", afirmou Bachelet.

Até o momento, os russos controlam partes das regiões no sul, norte e leste do país, como mostra o mapa a seguir, atualizado com as posições após os quatro primeiros dias de conflito:

Áreas controladas pela Rússia

Fifa bane seleções e clubes russos

'Rússia sofreu sanções também no futebol'

Os clubes de futebol russos e as seleções nacionais foram suspensos de todas as competições pela Fifa e pela Uefa após a invasão da Ucrânia pelo país.

Os órgãos dirigentes do futebol mundial e europeu disseram que eles estão banidos "até novo aviso".

Isso significa que a equipe masculina russa não jogará seus jogos na classificatória para a próxima Copa do Mundo em março, e a equipe feminina foi banida da competição Euro 2022.

O Spartak Moscou também foi suspenso da Liga Europa e seu adversário nas oitavas de final, o RB Leipzig, avançará para as quartas de final.

A Uefa também encerrou seu patrocínio com a gigante de energia russa Gazprom.

"O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia", disseram Fifa e Uefa em comunicado conjunto.

"Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre as pessoas."

ONU faz reunião de emergência

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza uma reunião de emergência da Assembleia-Geral da ONU para discutir a invasão russa à Ucrânia.

O encontro, que começou na segunda-feira (28/2), reúne seus 193 países-membros.

A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança - Estados Unidos, França, Reino Unido e China são os outros quatro - e, portanto, tem poder de veto.

O país de fato votou contra a realização da reunião, mas, por conta de uma das resoluções da organização de cooperação internacional, sua posição não teve poder de veto nesta ocasião.

O presidente da Assembleia, Abdulla Shahid, foi o primeiro a falar. Ele disse que a assembleia representa a consciência coletiva da humanidade e sua força está enraizada em sua autoridade moral.

Shahid pediu a todas as nações que demonstrem coragem moral e usem o debate nos próximos dias não para "incitar a retórica da guerra, mas para dar uma chance à paz".

Ele reforçou que a ONU foi fundada para tomar medidas coletivas eficazes para a prevenção e remoção de ameaças à paz.

'ONU deve votar resolução sobre guerra na Ucrânia'

Esta é apenas a 11ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU desde a primeira, em 1956. A natureza rara desta reunião ressalta a enorme preocupação em torno desta crise.

O Conselho de Segurança convocou esta sessão depois de ter sido impedido de agir quando a Rússia vetou um projeto de resolução dos Estados Unidos na sexta-feira (26/2), que condenava a ação russa e exigia a retirada imediata de todas as suas tropas do país.

Diplomatas esperam a votação de um projeto de resolução - que ainda está sendo negociado - na quarta-feira (2/3).

O projeto deve ser aprovado, porque nenhuma nação tem poder de veto nesta câmara, que no entanto não é juridicamente vinculativa como as resoluções do Conselho de Segurança.

Rússia deixa arsenal nuclear a postos

'Presidente russo reagiu a declarações de membros da Otan'

No domingo (27/2), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que colocou as forças nucleares do país em alerta máximo.

A ação foi um protesto contra "declarações agressivas" sobre a Ucrânia por líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

Também é uma reação de Putin às sanções econômicas aplicadas contra a Rússia.

Muitos acreditam, no entanto, que o gesto tem um valor mais simbólico do que indica uma intenção real de usar tais armas, porque haveria uma retaliação nuclear por parte do Ocidente.

UE aplica sanções contra poderosos da Rússia

A União Europeia (UE) lançou uma onda de sanções sem precedentes contra as pessoas mais poderosas da Rússia.

Entre os alvos, estão:

    O secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov;
    Alexander Ponomarenko, presidente do conselho do Aeroporto Internacional Sheremetyevo em Moscou;
    Igor Sechin, presidente da estatal Rosneft Oil Company;
    Nikolay Tokarev, presidente da Transneft, a maior empresa de oleodutos do mundo;
    Apresentadores e jornalistas da TV estatal russa.

'Situação é grave, mas estável'

'O ministro do Interior ucraniano falou à BBC'

O ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrskyy, disse à BBC que seu país está se preparando para um ataque russo ainda mais poderoso, incluindo em Kiev e em outras cidades.

"Todos os dias o presidente me pergunta, todos os dias coordenamos nossos esforços, sobre a situação e o que está acontecendo, e todos os dias respondemos que a situação é grave, mas estável", disse ele.

"Sim, de fato, todos os dias o inimigo envia mais e mais forças. Mas nossas gloriosas forças armadas estão basicamente destruindo tudo o que chega a Kiev. Kiev continua sendo o local do ataque principal..."

"Estamos criando grupos móveis para procurar e capturar sabotadores. Temos até 100 desses grupos ativos em Kiev, dependendo da hora do dia. Você pode ouvir tiros na cidade [enquanto eles operam]. Muitas pessoas são capturadas, nossos especialistas estão trabalhando com elas."

Europa envia armas à Ucrânia

'Ursula von der Leyen anunciou novas sanções da UE à Rússia'

A UE está tomando a medida sem precedentes de enviar armas para a Ucrânia, fechar o espaço aéreo para aeronaves russas e proibir os meios de comunicação estatais russos.

Será a primeira vez em sua história que o bloco comprará armamentos para entregar a uma nação em guerra.

Ao anunciar a medida, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também divulgou uma série de novas sanções contra a Rússia, entre elas o fechamento do espaço aéreo europeu - e também para aeronaves de Belarus, que ajudou na invasão russa.

A Suécia anunciou o envio de 5 mil lançadores de mísseis antitanque, 5 mil coletes, 5 mil capacetes e 135 mil pacotes de ração militar à Ucrânia.

Segundo a primeira-ministra do país, Magdalena Andersson, esta é a primeira vez que a Suécia manda armas para uma região em conflito desde a invasão soviética à Finlândia em 1939.

A Alemanha suspendeu bloqueio para envio de armas à Ucrânia por meio de outros países. Na prática, a medida permite que a Holanda envie 400 lançadores de mísseis ao Exército ucraniano.

A decisão marca uma mudança importante na postura alemã e poderia abrir espaço para um aumento da ajuda militar à Ucrânia vinda de outros países do continente.

Isso porque uma parte das armas fabricadas na Europa são pelo menos parcialmente manufaturadas na Alemanha - o que significa que o país pode interferir na decisão de enviá-las a outras regiões.

Horas depois do anúncio por parte da Alemanha, a Holanda confirmou o envio de armas e, na sequência, a França informou que também enviaria armamentos à Ucrânia, além de combustível.

    Como nasceu a Ucrânia - e quais seus vínculos históricos com a Rússia

EUA expulsam diplomatas russos da ONU

Os Estados Unidos expulsaram 12 diplomatas russos das Nações Unidas por questões de segurança nacional, disseram membros dos corpos diplomáticos americanos e russos.

"Aqueles diplomatas que foram solicitados a deixar os Estados Unidos estavam envolvidos em atividades que não estavam de acordo com suas responsabilidades e obrigações como diplomatas", disse o vice-embaixador dos EUA, Richard Mills, ao Conselho de Segurança da ONU, sem dar mais detalhes.

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse a repórteres que eles foram convidados a sair até 7 de março, segundo a agência de notícias Reuters.

Ministros europeus se reúnem para debater a crise

O representante da União Europeia para assuntos externos e política de segurança convocou uma reunião com os ministros da Defesa do bloco para discutir o conflito na Ucrânia.

Na agenda, "necessidades urgentes" e a coordenação da assistência do bloco aos ucranianos.

Baixas nas forças russas

A Ucrânia divulgou uma estimativa de perdas russas que teriam sido provocadas pelos ucranianos até agora.

A BBC não conseguiu verificar de forma independente essas alegações — e a Rússia não divulgou números de vítimas.

Segundo post publicado no domingo no Facebook da vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, os russos perderam: 4,3 mil soldados, 27 aviões, 26 helicópteros, 146 tanques, 706 veículos blindados de combate, 49 canhões, 1 sistema de defesa aérea Buk, 4 sistemas de lançamento de foguetes múltiplos Grad, 30 veículos, 60 veículos de abastecimento, 2 drones e 2 barcos.

Um funcionário do alto escalão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse à agência de notícias Reuters que comandantes russos têm se frustrado com o ritmo lento de avanço no território ucraniano e enfrentado dificuldades logísticas.

Segundo a autoridade, Moscou não teria fornecido combustível suficiente para algumas unidades e comandantes têm tido de se adaptar.

Vídeos compartilhados nas redes sociais no sábado (26/2) mostravam tanques parados em algumas áreas do país.

Ucrânia pede para entrar na UE

'Presidente ucraniano fez pedido formal à UE'

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu à UE para que seu país seja admitido "imediatamente" como membro do bloco.

"Estamos gratos aos aliados que estão do nosso lado. Mas o nosso objetivo é estar com todos os europeus e, acima de tudo, sermos iguais", disse Zelensky em um vídeo publicado na segunda-feira (28/2).

"Eu tenho certeza de que isso é justo. Eu tenho certeza de que merecemos. Eu tenho certeza de que é possível."

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, respondeu dizendo que há "diferentes opiniões e sensibilidades dentro da União Europeia sobre o alargamento", segundo a agência de notícias AFP.

No domingo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou em entrevista à TV EuroNews que a Ucrânia é "um de nós e queremos eles conosco" na UE, mas não definiu um horizonte concreto para ingresso do país no bloco.

"Nós temos um processo com a Ucrânia que é, por exemplo, a integração do mercado ucraniano ao mercado único" e "uma cooperação muito estreita na rede de energia, por exemplo. Portanto, há muitas questões sobre as quais trabalhamos muito próximos juntos", disse ela sem dar mais detalhes.

Fontes da comunidade diplomática disseram no domingo que, "neste momento, não há unanimidade na perspectiva europeia" sobre o ingresso ucraniano no bloco, noticiou a Agência EFE.

Para que a Ucrânia faça parte do bloco europeu, é preciso haver unanimidade no conselho.

Moscou tenta conter impacto de sanções

Moscou está lutando para atenuar o impacto das severas sanções ocidentais em sua economia, proibindo corretores de vender títulos de propriedade estrangeira e aumentando as taxas de juros.

A UE, os Estados Unidos, Reino Unido e aliados concordaram em remover bancos russos selecionados do sistema de mensagens Swift, que permite a transferência tranquila de dinheiro através das fronteiras.

A medida visa cortar a Rússia do sistema financeiro internacional e "prejudicar sua capacidade de operar globalmente".

Os líderes ocidentais também concordaram em congelar os ativos do Banco Central da Rússia, para limitar sua capacidade de acessar suas reservas internacionais em dólares de US$ 630 bilhões.

Grandes bancos russos estão tendo seus ativos congelados e sendo excluídos do sistema financeiro do Reino Unido. Isso os impede de acessar a libra esterlina e liberar pagamentos no Reino Unido.

E os governos ocidentais também impuseram sanções a alguns indivíduos, incluindo Putin, o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov e vários membros da elite oligárquica russa.

A UE, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá lançaram uma força-tarefa transatlântica para identificar e congelar os bens de indivíduos e empresas sancionados, visando mais "funcionários e elites próximos ao governo russo, bem como suas famílias".

Rússia reprime protestos

'Manifestantes contrários à guerra foram presos em diversas cidades da Rússia'

A polícia russa prendeu no domingo (27/2) mais de 900 pessoas que protestavam contra a invasão da Ucrânia em 44 cidades, de acordo com dados divulgados por um grupo de monitoramento independente.

O grupo OVD-Info diz que 4 mil manifestantes foram detidos na Rússia desde que o conflito começou.

A BBC não conseguiu verificar de forma independente esses números.

Os protestos de hoje coincidiram com o sétimo aniversário do assassinato do político da oposição e crítico de Putin, Boris Nemtsov.

Presidente dos EUA faz reunião com líderes ocidentais

O presidente americano, Joe Biden, fez uma reunião por telefone com aliados para discutir a guerra na Ucrânia.Participaram da chamada:

    O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau;
    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen;
    O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel;
    O presidente francês, Emmanuel Macron;
    O chanceler alemão, Olaf Scholz;
    O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi;
    O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida;
    O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg;
    O presidente da Polônia, Andrzej Duda;
    O presidente romeno, Klaus Iohannis;
    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

UE alerta para crise humanitária

'Ucranianos se refugiaram em países vizinhos para fugir da guerra'

A UE declarou que o continente está diante de uma crise humanitária de grandes proporções. O bloco estima que até 7 milhões pessoas tenham sido desalojadas até agora com a invasão do território ucraniano.

"Estamos testemunhando o que pode vir a se tornar a maior crise humanitária no nosso continente europeu em muitos, muitos anos", afirmou em coletiva de imprensa Janez Lenarčič, comissário europeu para ajuda humanitária e gerenciamento de crises.

Segundo ele, estimativas preliminares apontam que 18 milhões de ucranianos podem ser afetados do ponto de vista humanitário e que cerca de 4 milhões deixem o país.

Dados da ONU apontam que, até o momento, 368 mil pessoas entraram em nações vizinhas vindas da Ucrânia.

As autoridades da Eslováquia disseram que em 24 horas cerca de 10 mil pessoas entraram no país vindas da Ucrânia.

Mais de 43 mil ucranianos fugiram para a Romênia nos três dias desde a invasão da Rússia; mais de 150 mil pessoas foram para a Polônia.

Brasileiros fogem da Ucrânia

O Itamaraty informou que 80 brasileiros conseguiram até o momento sair da Ucrânia e entrar nos países vizinhos, especialmente Polônia e Romênia.

"Ainda constam cerca de 100 brasileiros, registrados na lista da embaixada brasileira em Kiev, que permanecem em solo ucraniano", afirmou o comunicado divulgado na noite de domingo.

Estima-se que, no total, haja 500 brasileiros no país.

Ainda segundo o Itamaraty, há funcionários da embaixada brasileira em Chernivtsi, perto da fronteira ucraniana com a Romênia.

"Diplomata da embaixada do Brasil na Romênia também se deslocou para a fronteira para auxiliar o traslado, em ônibus providenciado pela Embaixada, de brasileiros para a capital Bucareste."

Bolsonaro: 'Brasil será neutro no conflito'

Em coletiva dada à imprensa do Guarujá, em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que o Brasil adotaria um posicionamento neutro no conflito, para evitar "prejuízos para o Brasil".

"O Brasil depende de fertilizantes", declarou o presidente.

Segundo o portal G1, Bolsonaro disse ter falado por duas horas ao telefone com Putin e afirmou que o povo ucraniano "confiou em um comediante".

"O comediante que foi eleito presidente da Ucrânia, o povo confiou em um comediante para traçar o destino da nação. Eu vou esperar o relatório da ONU para emitir a minha opinião."

BBC Brasil

Guerra da Ucrânia deve acelerar inflação da comida no Brasil e preocupa Paulo Guedes

por Nathalia Garcia e Vinicius Torres Freire | Folhapress

Guerra da Ucrânia deve acelerar inflação da comida no Brasil e preocupa Paulo Guedes
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A guerra na Ucrânia deve fazer com que a inflação da comida volte a acelerar no mundo e, claro, nos Brasis. Os preços de trigo, milho e soja deram saltos nesta segunda-feira (28) em vários mercados dessas commodities, em Chicago e em Londres. Milho e soja mais caros também salgam o preço de rações, logo de carnes, e também de óleos.
 

Os preços do milho subiram mais de 5,5%; da soja, em torno de 3,5%; do trigo, quase 10%. A Rússia e a Ucrânia exportam cerca de 30% do trigo comprado no mercado mundial e pouco mais de 20% do milho.
 

As exportações desses dois países podem ser prejudicadas pelas ruínas causadas pela guerra, pelas dificuldades de financiamento provocadas pelas sanções ao sistema financeiro russo e pelo bloqueio dos portos da Ucrânia pela Marinha de guerra russa.
 

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta segunda estar preocupado com a pressão inflacionária mundial devida à guerra.
 

"No caso da Ucrânia, a questão são os grãos; da Rússia, são os fertilizantes, no que diz respeito ao Brasil. Estamos preocupados com a inflação mundial. É muito mais o impacto na economia global, porque estamos começando a nos recuperar da pandemia. Então, não é nada bom para o mundo", afirmou em entrevista à TV Bloomberg, especializada em informações econômicas e financeiras.
 

A Rússia é o maior exportador mundial de fertilizantes. As sanções americanas contra bancos russos por ora excluem negócios com produtos agrícolas, assim como permitem transações relativas à produção e ao comércio de energia, entre outros. No entanto, também é possível que dificuldades de pagamentos e financiamentos do comércio desses produtos causem escassez, atrasos e altas de preços.
 

"O mundo está em desaceleração sincronizada. A inflação está crescendo em todo o mundo, e isso poderia agravar o futuro da economia global", continuou o ministro.
 

Segundo Guedes, a inflação brasileira é fruto, sobretudo, da inflação global, e usou os Estados Unidos como comparativo. "Não há pressão inflacionária. A inflação no Brasil passou de 3% para 10%. A inflação nos Estados Unidos foi de 0% a 7%. Então, basicamente é inflação global", disse.
 

A prévia da inflação oficial no Brasil teve variação de 0,58% em janeiro e segue em dois dígitos no acumulado de 12 meses, com 10,20%, apontam dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). Nos Estados Unidos, a inflação chegou a 7,5%, a maior alta em 40 anos.
 

Já a inflação de alimentos no país chegou a 19,1% ao ano em fevereiro de 2021 (de "alimentos no domicílio", segundo o IPCA-15). Em janeiro, ainda crescia em ritmo veloz, mas desacelerara para 8,5% ao ano. Em fevereiro, voltou a acelerar, para 9,5%.
 

Em um ano, os preços do milho no mercado mundial aumentaram mais de 25%; o da soja, 17%; do trigo, 42%. No entanto, apenas em dois meses deste 2022, a cotação do milho subiu quase 18%. A da soja mais de 22%; a do trigo mais de 18%. A guerra teve influência maior nessa disparada.
 

O barril de petróleo (tipo Brent) foi cotado ontem a US$ 101,1, em alta de 3% no dia. Neste ano, a alta acumulada é de quase 30%.
 

A equipe de Guedes teme que o avanço nos preços internacionais do petróleo intensifique a busca do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do Congresso por iniciativas populistas e, na prática, ineficazes para tentar segurar os preços dos combustíveis.
 

Hoje, as medidas estão concentradas na desoneração dos tributos federais sobre o diesel e na mudança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A possibilidade de um pico de inflação no auge da campanha eleitoral havia impulsionado a decisão de Bolsonaro de patrocinar a PEC do corte de tributos sobre os combustíveis.
 

Os preços dessas commodities no Brasil refletem as condições do mercado mundial —?sejam grãos ou o petróleo vendido pela Petrobras e cotado por política declarada da estatal a valores de "paridade internacional". Uma valorização do real em relação ao dólar poderia conter a disparada da carestia de grãos básicos, carnes e combustíveis. Mas o modesto avanço da moeda brasileira neste ano fica muito atrás da inflação de commodities.
 

Paulo Guedes também negou que haja pressão fiscal, afirmou que o déficit primário brasileiro recuou de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020 para 0,4% do PIB em 2021 e disse ainda que o gasto social está dentro do teto.
 

A expectativa da equipe econômica é de queda na inflação, segundo o ministro, que diz acreditar que o Brasil pode novamente "surpreender para o positivo". "Estou mais preocupado com vocês", comentou.
 

"O Fed [Federal Reserve] está bem atrás da curva, o BCE [Banco Central Europeu] também. Estou muito preocupado sobre vocês aqui, o Fed está dormindo no volante e a inflação global está chegando", disse. Na opinião de Guedes, ambos estão atrasados no combate à inflação.
 

O titular da Economia comentou o aumento do preço dos grãos em viagem a Nova York, nos Estados Unidos. Aproveitou o feriado de Carnaval para realizar contatos com bancos de investimento e investidores institucionais, em Nova York, nos Estados Unidos.
 

Ao ser questionado sobre a posição "neutra" do presidente Jair Bolsonaro sobre a guerra, o ministro ressaltou o posicionamento oficial do país.
 

"O Brasil, no Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas], votou duas vezes —e votaremos de novo—? condenando a invasão da Ucrânia. Ao dizer isso, nós desejamos que, de forma pacífica, a situação seja resolvida o mais rápido possível", declarou.
 

No domingo (27), o presidente Bolsonaro defendeu que o Brasil permaneça neutro no conflito. "Nós não podemos interferir. Nós queremos a paz, mas não podemos trazer consequências para cá", afirmou o presidente brasileiro durante entrevista coletiva em um hotel em Guarujá (SP).
 

Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, nesta segunda (28), o Brasil condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia. O embaixador Ronaldo Costa Filho pediu que os órgãos das Nações Unidas trabalhem conjuntamente em busca de soluções. "Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar isso."
 

No período da tarde, o Brasil voltou a criticar o risco de escalada de tensões em reunião do Conselho de Segurança.? "As severas sanções podem trazer efeitos na economia global com consequências sentidas muito além da Rússia. Possivelmente, as populações nos países em desenvolvimento serão as que vão sofrer mais", disse João Genésio de Almeida Filho, representante permanente alterno do país na ONU.

Bahia Notícias

Feira: Operação apreende mais sete equipamentos em casos de poluição sonora

Feira: Operação apreende mais sete equipamentos em casos de poluição sonora
Foto: Divulgação / Prefeitura de Feira de Santana

A operação de combate à poluição sonora em Feira de Santana apreendeu sete equipamentos sonoros entre os dias 24 e o domingo (27). A informação foi divulgada pela prefeitura nesta segunda-feira (28) e faz parte de mais um balanço da operação Feira Quer Silêncio. Durante a fiscalização, uma pessoa foi encaminhada à polícia por conta de desobediência.

 

Os bairros fiscalizados neste último período foram os de: Lagoa Salgada, George Américo, Mangabeira, Tomba, Queimadinha, Panorama, Campo Limpo, Gabriela e o Calumbi. Segundo a Lei Complementar 120/18, é considerado abuso o volume do som acima de 70 decibéis, de dia, e de 60 decibéis, à noite.

 

Ainda segundo a prefeitura, donos de estabelecimentos podem solicitar a fiscalização do volume de som com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). Na data programada, que deve coincidir com a data de um show, fiscais do órgão vão ao local e aferem o volume sonoro com uso de um decibelímetro.

 

O objetivo é fazer com que os estabelecimentos se adequarem à lei. Nos casos de respeito à medida, o local recebe o selo Som Legal. Moradores também podem fazer denúncias de poluição sonora pelo canal Fala Feira 156 ou pelos telefones 153 (Guarda Municipal) e o 190 (Polícia Militar).


Nota da redação deste Blog - Nas cidades onde a civilização já chegou, onde o povo sabe conviver em sociedade,  onde o prefeito tem autoridade, a poluição sonora é combatida como nessa matérai acima exposta.

Levando-se em conta que Jeremoabo é banda voou, com um brefeito alheio a tudo de ineresse da coletividade, quem não " aguentar se deite" palavras do " ilustre " (des)governo.

Bolsonaro diz que, com vistos humanitários, o Brasil receberá ucranianos em fuga da guerra

Publicado em 28 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Bolsonaro repetiu que o Brasil manterá neutralidade

Luiz Felipe Barbiéri
G1 Brasília

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (28) que o Brasil concederá vistos humanitários para receber ucranianos que deixarem o país em razão da guerra motivada pela invasão do país pela Rússia. Segundo ele, até esta terça-feira, será publicada uma portaria conjunta dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores que permitirá acolher ucranianos em fuga da guerra.

“Vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem para o Brasil através do visto humanitário, que é a maneira mais fácil de vir para cá”, declarou o presidente em entrevista ao vivo para a rádio Jovem Pan. “Estamos dispostos a receber ucranianos”, afirmou.

FUGA EM MASSA – Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 422 mil pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa, há cinco dias. Na entrevista à rádio, Bolsonaro não informou o número de ucranianos que admitirá receber.

Bolsonaro ainda não disse se é contrário à invasão da Ucrânia pelos russos, embora o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho tenha votado a favor da resolução que condena a Rússia pela conflito.

Neste domingo (27), em entrevista no Guarujá, onde passa o feriado de carnaval, o presidente afirmou que o Brasil adotará um posicionamento “neutro” em relação ao conflito.

DIPLOMATA CRITICA – Nesta segunda-feira, a declaração foi objeto de comentário do encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, para quem Jair Bolsonaro “está mal informado”.

Em entrevista à GloboNews, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que, ao falar em “neutralidade”, Bolsonaro queria dizer “imparcialidade”. “Não é no sentido de indiferença. A posição do Brasil é uma posição balanceada”, afirmou França.

O diplomata Tkach afirmou que “seria interessante” Bolsonaro conversar com o presidente ucraniano “para ver outra posição e ter uma visão mais objetiva”.

NÃO TEM CONVERSA – Na entrevista à rádio, Jair Bolsonaro afirmou que não tem o que conversar com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.

“Nós temos que ter equilíbrio. Vamos resolver o assunto, não vai ser na pancada. Afinal de contas, você está tratando com uma das maiores potências bélicas nucleares de um lado. Do outro lado, está a Ucrânia, que resolveu abrir mão de suas armas no passado. Alguns querem que eu converse com o Zelenski, o presidente da Ucrânia. Eu, no momento não tenho o que conversar com ele”, declarou.

Na semana anterior à do início do conflito, Bolsonaro fez uma visita à Rússia e se encontrou com o presidente Vladimir Putin, a quem manifestou solidariedade.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O chanceler Carlos França é bem diferente de seu antecessor, o americanófilo Ernesto Araújo, de triste memória. França usou uma expressão adequada, ao citar “imparcialidade”, ao invés de “neutralidade”, para amenizar as críticas a Bolsonaro, que, de forma surpreendente, está agindo corretamente na política internacional, pela primeira vez. Como se dizia nos bons tempos, antes tarde do que nunca. (C.N.)


Depois de uma era viciada em mitos, é bom que o debate seja baseado nas evidências

Publicado em 28 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmenteJoão Gabriel de Lima
Estadão

“Evidências” não é apenas a música mais cantada nos karaokês da pequena Tóquio encravada no centro de São Paulo. A palavra é recorrente no jargão acadêmico atual, a ponto de ser a marca da nova geração de intelectuais brasileiros. Dizer que o conhecimento se baseia em evidências é, claro, uma obviedade.

Toda boa pesquisa acadêmica se assenta em fatos. Num país onde as “fake news” se tornaram moeda corrente, no entanto, a “geração evidências” se destaca por trazer algum rigor à conversa.

CARTÃO DE VISITAS – Será lançado na próxima semana o livro “Reconstrução”, um belo cartão de visitas da “geração evidências”. Ele reúne ensaios sobre o Brasil escritos por intelectuais que juntam as duas características: o amor pelos fatos e – como destaca o economista Persio Arida no prefácio – a juventude. A média de idade dos autores é 34 anos. A orelha do livro ficou a cargo de Arminio Fraga.

O livro, organizado por João Villaverde, Laura Karpuska e Felipe Salto – os dois últimos são colaboradores fixos do Estadão –, nasceu de uma angústia.

“Todos víamos a destruição que este governo vem perpetrando em várias áreas das políticas públicas”, diz João Villaverde, professor da Fundação Getúlio Vargas e entrevistado no minipodcast da semana. “Montamos um grupo para ver o que poderíamos fazer a respeito.”

POLÍTICAS ÓBVIAS – A constatação do grupo é de que há, nas academias, nos “think tanks”, e até tramitando no Congresso, um número enorme de políticas bem desenhadas e baseadas em evidências, do meio ambiente à educação, da saúde ao combate às “fake news”. Os artigos de “Reconstrução”, assim, não se resumem a críticas e diagnósticos. “Todos eles trazem pelo menos uma solução prática para os problemas apresentados”, diz Villaverde.

A “geração evidências” sucede, no debate brasileiro, não apenas à de Persio e Arminio, mas também à “geração Cebrap” – a dos intelectuais que lutaram pela redemocratização, que teve entre seus expoentes Fernando Henrique Cardoso e Paul Singer. Singer e Cardoso, aliás, mantiveram um diálogo produtivo ao longo da vida, apesar de divergirem nas posições políticas – um foi para o PT, outro fundou o PSDB. É sempre assim: os inteligentes dialogam, enquanto os obtusos se refugiam nas bolhas da polarização.

Como Fernando Henrique e Paul Singer, ou Arminio Fraga e Persio Arida, alguns dos autores de Reconstrução certamente entrarão na política – o lugar onde, nos regimes democráticos, as ideias se tornam realidade. Serão bem-vindos. Depois de uma era viciada em mitos, paranoia e conspirações, teremos um ganho se o debate do futuro for baseado em evidências.

segunda-feira, fevereiro 28, 2022

O que quebra a Prefeitura são os cabides de empregos para atender os conchavos políticos, diz Dedé Montalvão

Luiz Brito DRT BA 3.913

                                           Foto Divulgação



As nomeações feitas pelo prefeito Derisvaldo José dos Santos (PP), provocaram  reação do jornalista Dedé Montalvão revelada na edição desta terça-feira (28) do seu Blog. Tudo isso acontecendo e nenhum vereador  fala sobre os impactos negativos  provocados pelo excesso de cargos comissionados na atual gestão do prefeito Derí do Paloma e das consequências que o Município tem sofrido por causa dos cabides de emprego na Prefeitura de Jeremoabo.

O que quebra a Prefeitura são os cabides de empregos para atender os conchavos políticos, diz Dedé Montalvão. Essa omissão dos vereadores já está causando náuseas.O Derí não deu reajuste aos professores alegando que não tem dinheiro, mas se está nomeando é porque tem dinheiro. Não existe crise!, concluiu.  

Nota da redação deste Blog - "O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas, acima de tudo, o tempo trás verdades" (https://br.pinterest.com/) 

A verdade é que o prefeito Deri do Paloma desmente a si mesmo quando diz que não exuste dinheiro para pagar a insalubridade do pessoal a saúde, para conceder o aumento do funcionalismo, para pagar  o reajuste de 33,24% piso salarial dos professores da educação básica.

Como é que não tem dinheiro se nunca parou de encharcar a folha do pessoal com abusivas nomeções de cargos comissionados, com inúmeras contratações sem o devido concursos público, com o nepotismo desenfreado, e com nomeações de seus cabos eleitorais?

No mínimo está zombando da inteligência do povo de Jeremoabo.

CPI da Covid cobra Aras e STF e tenta reviver popularidade após 4 meses

por José Marques e Renato Machado | Folhapress

CPI da Covid cobra Aras e STF e tenta reviver popularidade após 4 meses
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Quatro meses após a aprovação do relatório final, a cúpula da CPI da Covid aposta na pressão sobre o procurador-geral Augusto Aras para tentar destravar os processos contra as autoridades com foro, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (PL), e também para manter em evidência as ações da comissão.
 

Além disso, após o feriado de Carnaval, os senadores prometem reviver um pouco dos populares e polêmicos depoimentos da CPI, que atraíram grande atenção e se tornaram tópicos mais comentados nas redes sociais.
 

A CPI da Covid concluiu seus trabalhos no dia 27 de outubro, com a aprovação do relatório. O documento sugere o indiciamento de Bolsonaro e outras 77 pessoas, como seus filhos, ministros de Estado e parlamentares.
 

Desde então, os senadores que integraram o colegiado centraram as suas ações no Observatório da Pandemia, uma instância para acompanhar o andamento das recomendações do relatório, tanto no âmbito judicial como legislativo.
 

Mais recentemente, a cúpula da CPI -formada por Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP)- declarou guerra a Aras.
 

"Pela terceira vez, reencaminhamos as provas, agora com o devido detalhamento. Não encontramos agora nenhuma razão para a Procuradoria-Geral da República se manter inepta", afirmou Randolfe na quarta-feira (23).
 

O parlamentar se refere ao pedido mais recente de Aras, de que as informações levantadas pela CPI fossem enviadas com maior detalhamento, indicando de forma separada os supostos autores de crimes, as provas e as tipificações. O material foi enviado.
 

Os membros da comissão reclamam da série de petições enviadas por Aras ao Supremo Tribunal Federal, que eles consideram meramente protelatórias. Apontam que nenhuma outra instância do Ministério Público exigiu tal detalhamento e que as investigações avançaram nas mãos dos outros procuradores.
 

Procurada, a PGR diz que desde dezembro do ano passado tem dado seguimento à apuração realizada pela CPI, "como já foi amplamente informado".
 

A pressão exercida pela CPI para que as investigações tenham encaminhamento rápido tem sido feita por diversos meios.
 

O principal são críticas públicas a Aras e até ameaça de pedido de impeachment contra ele. O chefe do Ministério Público também foi alvo de dois requerimentos de convite para prestar esclarecimentos no Legislativo. Como se trata de convite, a presença não é obrigatória.
 

Senadores pretendem continuar aprovando requerimentos para dar pretexto a um eventual pedido de impeachment, argumentando que Aras teve a oportunidade e se recusou a explicar a falta de ações.
 

Também houve um pedido de investigação de Aras por suposta prevaricação em inquérito conduzido pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que também investiga o presidente Jair Bolsonaro.
 

Tanto o impeachment como a investigação são improváveis. Logo após o pedido de Randolfe, o ministro Dias Toffoli decidiu em outra ação que juízes e integrantes do Ministério Público não podem responder por crime de prevaricação no exercício da função.
 

Mas parte das cobranças feitas por Randolfe, Renan e Omar tem surtido efeito, ainda que pequeno.
 

Em 9 de fevereiro, o trio se reuniu com o presidente do Supremo, Luiz Fux, para pedir que as dez petições encaminhadas à corte após a entrega do relatório final fossem retiradas do sigilo e transformadas em inquérito.
 

O pedido dos senadores é incomum, já que é a Procuradoria-Geral da República quem deve, em geral, fazer essa solicitação ao Supremo. Além disso, as petições foram distribuídas a seis outros ministros relatores, e não a Fux.
 

No STF, os relatores são Rosa Weber, Kassio Nunes Marques, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
 

Fux não disse aos senadores, à época, se tomaria alguma decisão.
 

Em decisão assinada na última quarta (23), Kassio atendeu a pedido da PGR e levantou o sigilo da petição a respeito de suspeitas sobre o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
 

No mesmo dia, Rosa Weber também determinou a retirada do sigilo da petição que apura, preliminarmente, se Bolsonaro cometeu crime de charlatanismo. A ministra deu cinco dias para o presidente se manifestar nos autos.
 

"Mostra-se inequívoco o interesse da sociedade em acompanhar os desdobramentos do relatório final apresentado pela Comissão Parlamentar de Inquérito em questão, máxime quando em jogo ações supostamente ilícitas cuja prática, em tese, foi atribuída à pessoa do chefe de Estado", disse.
 

Em paralelo, os membros da CPI decidiram "invadir" a Comissão de Direitos Humanos e usá-la também como forma de fiscalizar as ações do governo na pandemia. A comissão é presidida por Humberto Costa (PT-PE), um dos membros de maior destaque na CPI.
 

"Quero pedir a anuência dos senadores que compõem a Comissão de Direitos Humanos para que possamos utilizar esta comissão para que, junto com o Observatório da CPI, a gente possa trazer algumas pessoas para explicar algumas questões que estão aí, depois de cem dias, sem explicação nenhuma", disse recentemente em sessão da comissão Omar Aziz.
 

O primeiro depoimento da nova fase aconteceu sem muito alarde, com o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.
 

As polêmicas e discussões devem ficar guardadas para os próximos, previstos para depois do Carnaval. Isso porque a comissão aprovou a convocação dos ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
 

Queiroga vai precisar explicar nota da Saúde que defendeu o chamado kit Covid e questionou a eficácia das vacinas. Damares, por sua vez, será duramente questionada pelas ações de sua pasta contra o passaporte vacinal.
 

O uso da Comissão de Direitos Humanos foi decidido após uma tentativa frustrada de criação de uma nova CPI da Covid, dessa vez para investigar principalmente falhas na vacinação infantil. O requerimento, no entanto, não obteve as 27 assinaturas necessárias e acabou retirado.
 

Procurada, a PGR informou por meio de nota que adotou medidas desde o ano passado. Inicialmente, afirma, elas tiveram o propósito de garantir a entrega do material colhido pelos parlamentares conforme os requisitos legais para indiciamento.
 

Ou seja, diz, com "correlação individualizada de fatos e provas que sustentam as imputações".
 

Com a entrega desses pedidos pela CPI no último dia 18, a PGR diz que se abre a possibilidade de análise da higidez e cadeia de custódia das provas pela Polícia Federal e Ministério Público, para decidir quais providências serão tomadas.
 

"Nesse momento, a PGR tem enviado aos relatores das PETs no Supremo Tribunal Federal manifestações requerendo a abertura de prazo de 15 dias para que os indiciados possam 'requerer ou apresentar novos elementos de prova a respeito dos fatos investigados'", diz o órgão.
 

"Tal medida está prevista no regramento que trata dos inquéritos policiais."

Bahia Notícias

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