Deputado se recusou a trocar de assento e teria sido xingado por passageiros
Reuters e AE
Andre Dusek/AE
Clodovil se esconde atrás de assessor antes de embarcar em outro vôo para SP
SÃO PAULO - O deputado federal Clodovil Hernandes (PTC-SP) foi obrigado a sair do avião da Gol a pedido do comandante da aeronave por ter se desentendido com uma passageira. O episódio ocorreu na tarde desta quinta-feira, 31, quando o deputado embarcava no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, para São Paulo.
Segundo a assessoria do deputado, ele se recusou a atender ao pedido de um comissário para que trocasse de assento, alegando ser deputado federal e ter 70 anos. O parlamentar teria sido xingado por outros passageiros e retrucado os insultos.
Muito nervoso e esbravejando contra a passageira, com a qual teria trocado empurrões, Clodovil dirigiu-se ao posto da PF. Mas como não houve queixa da vítima, ele acabou sendo liberado e embarcou às 2014, no vôo 3563, da TAM.
Antes, prestou depoimento espontâneo e assinou termo de declaração perante a delegada Sílvia Régia, que chefiava o plantão da PF. Se em 24 horas a passageira prestar queixa, ele terá de comparecer porque o flagrante estará caracterizado pelo seu termo de declaração, segundo informou a PF. Procurada pela Reuters, a Gol não se posicionou imediatamente.
Não é o primeiro incidente envolvendo Clodovil desde que ele tomou posse como deputado federal. Ele já discutiu com a deputada Cida Diogo (PT-RJ), a quem chamou de "feia". A briga entre os dois começou após declaração de Clodovil, segundo a qual "as mulheres ficaram muito ordinárias, ficaram vulgares, cheias de silicone e hoje em dia as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé".
(Colaborou Vannildo Mendes)
Fonte: estadao.com
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sexta-feira, junho 01, 2007
PF prende 4 em operação contra crime financeiro
Quadrilha falsificava títulos de créditos em nome de instituições financeiras do País
Solange Spigliatti
SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 1º, quatro pessoas em uma operação contra a falsificação de títulos de créditos em nome de instituições financeiras brasileiras. O valor da fraude pode chegar a US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões).
Entre os presos na operação, batizada de Bruxelas, estão empresários, um funcionário público federal e um advogado que intermediou operações na Dinamarca e nos Estados Unidos.
A quadrilha é suspeita de falsificar e negociar diversos títulos de crédito internacionais e documentos de autenticação, dentre eles o documento denominado Swift.
A sigla Swift significa Society for Wordwide Interbank Financial Telecommunication. A Swift está sediada na Bélgica no National Bank of Belgium, o banco central da Bélgica com sede em Bruxelas, capital do país.
Os integrantes negociaram garantias bancárias, notas promissórias, contratos de joint venture, e letras de crédito em mais de 20 países como Estados Unidos, África do Sul, Equador, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra Eslovênia,Rússia, Peru, México, Holanda, Romênia, Espanha, Ucrânia, Coréia do Sul, Hong Kong, China, Canadá, Emirados Árabes, Áustria, Suíça e Argentina.
A Operação Bruxelas irá cumprir 22 mandados de busca e apreensão em cinco Estados do País - São Paulo, Goiás, Paraná, Pará e Rio de Janeiro - e Distrito Federal. A PF não quis divulgar quantos mandados de prisão serão cumpridos para não interferir na operação.
Fonte: estadao.com
Solange Spigliatti
SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 1º, quatro pessoas em uma operação contra a falsificação de títulos de créditos em nome de instituições financeiras brasileiras. O valor da fraude pode chegar a US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões).
Entre os presos na operação, batizada de Bruxelas, estão empresários, um funcionário público federal e um advogado que intermediou operações na Dinamarca e nos Estados Unidos.
A quadrilha é suspeita de falsificar e negociar diversos títulos de crédito internacionais e documentos de autenticação, dentre eles o documento denominado Swift.
A sigla Swift significa Society for Wordwide Interbank Financial Telecommunication. A Swift está sediada na Bélgica no National Bank of Belgium, o banco central da Bélgica com sede em Bruxelas, capital do país.
Os integrantes negociaram garantias bancárias, notas promissórias, contratos de joint venture, e letras de crédito em mais de 20 países como Estados Unidos, África do Sul, Equador, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra Eslovênia,Rússia, Peru, México, Holanda, Romênia, Espanha, Ucrânia, Coréia do Sul, Hong Kong, China, Canadá, Emirados Árabes, Áustria, Suíça e Argentina.
A Operação Bruxelas irá cumprir 22 mandados de busca e apreensão em cinco Estados do País - São Paulo, Goiás, Paraná, Pará e Rio de Janeiro - e Distrito Federal. A PF não quis divulgar quantos mandados de prisão serão cumpridos para não interferir na operação.
Fonte: estadao.com
Para explicar dinheiro, Renan dá uma versão a cada dia
Presidente do Senado não tem comprovantes de que pagamentos de pensão para uma filha, de março de 2004 a novembro de 2005, eram de recursos próprios
Guilherme Scarance e Isabela Salgueiro
BRASÍLIA - Em março de 2004, Renan Calheiros, à época líder do PMDB, ganhou prestígio no governo, ajudando a enterrar dois pedidos de CPI. Já presidente do Senado, em novembro 2005, apoiou manobra do Planalto para frear a CPI dos Correios. Foi nesse período conturbado, de março de 2004 a novembro de 2005, que Renan pagou R$ 8 mil de pensão para uma filha e R$ 4 mil de aluguel para a jornalista Mônica Veloso - e é justamente sobre esses pagamentos que se assistiu nos últimos dias a um ziguezague de justificativas.
Na segunda-feira, o senador, bacharel em direito, se defendeu no Senado e afirmou que tinha prova de todos os pagamentos. Mas só comprovou os gastos após o reconhecimento da paternidade, em dezembro de 2005. “Todos os recursos foram pagos por mim, são recursos meus”, garantiu.
Na terça-feira, o cacique apresentou uma versão divergente - admitiu que não tinha provas dos pagamentos feitos antes de oficializar a paternidade. “Por que ia haver depósitos se a relação não era oficial? Só houve depósito quando eu assumi a paternidade.”
Pela denúncia, os R$ 12 mil eram entregues em dinheiro vivo, em envelope timbrado que Mônica retiraria todos os meses no escritório da empreiteira Mendes Júnior em Brasília. Ela confirma.
A versão de Renan mudou de novo quarta-feira, quando o advogado Eduardo Ferrão entregou uma série de documentos para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). De acordo com Ferrão, extratos comprovam que os pagamentos anteriores a dezembro de 2005 saíram das contas do senador. Renan se contradisse, segundo Ferrão, porque não havia visto todos os extratos.
O advogado não quis mostrar as provas, alegando segredo de Justiça. Tuma se disse satisfeito com as explicações - “ele não precisava pedir recibo, o importante é provar que tinha recursos para os pagamentos” - e na quinta-feira amenizou ainda mais o tom. Para o PSOL e alguns parlamentares, porém, o caso ainda não foi totalmente esclarecido.
Fonte: estadao.com
Guilherme Scarance e Isabela Salgueiro
BRASÍLIA - Em março de 2004, Renan Calheiros, à época líder do PMDB, ganhou prestígio no governo, ajudando a enterrar dois pedidos de CPI. Já presidente do Senado, em novembro 2005, apoiou manobra do Planalto para frear a CPI dos Correios. Foi nesse período conturbado, de março de 2004 a novembro de 2005, que Renan pagou R$ 8 mil de pensão para uma filha e R$ 4 mil de aluguel para a jornalista Mônica Veloso - e é justamente sobre esses pagamentos que se assistiu nos últimos dias a um ziguezague de justificativas.
Na segunda-feira, o senador, bacharel em direito, se defendeu no Senado e afirmou que tinha prova de todos os pagamentos. Mas só comprovou os gastos após o reconhecimento da paternidade, em dezembro de 2005. “Todos os recursos foram pagos por mim, são recursos meus”, garantiu.
Na terça-feira, o cacique apresentou uma versão divergente - admitiu que não tinha provas dos pagamentos feitos antes de oficializar a paternidade. “Por que ia haver depósitos se a relação não era oficial? Só houve depósito quando eu assumi a paternidade.”
Pela denúncia, os R$ 12 mil eram entregues em dinheiro vivo, em envelope timbrado que Mônica retiraria todos os meses no escritório da empreiteira Mendes Júnior em Brasília. Ela confirma.
A versão de Renan mudou de novo quarta-feira, quando o advogado Eduardo Ferrão entregou uma série de documentos para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). De acordo com Ferrão, extratos comprovam que os pagamentos anteriores a dezembro de 2005 saíram das contas do senador. Renan se contradisse, segundo Ferrão, porque não havia visto todos os extratos.
O advogado não quis mostrar as provas, alegando segredo de Justiça. Tuma se disse satisfeito com as explicações - “ele não precisava pedir recibo, o importante é provar que tinha recursos para os pagamentos” - e na quinta-feira amenizou ainda mais o tom. Para o PSOL e alguns parlamentares, porém, o caso ainda não foi totalmente esclarecido.
Fonte: estadao.com
quinta-feira, maio 31, 2007
Que Côr é Essa Senador?
Por Giulio SanmartiniOs senadores gostam mesmo de brincar com o fogo e, este que está ardendo, é o do clamor público indignado com as patifarias perpetradas pelo presidente da Casa. A escolha do senador Siba Machado (PT-AC) para a presidência do Conselho de Ética do Senado, que conduzirá o processo aberto pelo PSOL contra Renan Calheiros por quebra do decoro parlamentar, é mesmo brincar com o fogo, haja vista que ele é unha e carne com o acusado, conforme observação do senador Pedro Simon (PMDB-RS) um dos poucos políticos sérios da República: “É o presidente do Senado que vai a julgamento. Na presidência do conselho tinha que estar um sujeito acima de qualquer questionamento. Não entendo como, tendo a possibilidade de eleger alguém da estatura de Jefferson Peres (PDT-AM), o conselho fez a opção que fez”Reinaldo Azevedo, estabelece algumas perguntas que a opinião pública quer que Calheiros responda:- Por que Renan recorria a Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, para efetuar o pagamento à “gestante” e depois mãe?- O pagamento era feito em dinheiro? A moça não tinha conta bancária? Renan não confia em bancos?- O que Renan fazia? Sacava o dinheiro no banco e o entregava a Gontijo para que este repassasse à moça?- O tal fundo, em duas parcelas de R$ 50 mil, foi depositado em alguma conta especial ou foi entregue à mãe para que usasse livremente?- Seja ou não fundo, que diferença isso faz? A questão é a origem do dinheiro;- E o flat no hotel Blue Tree, em Brasília? É mesmo do lobista? Por que o senador precisa do flat de um lobista?- Renan é amigão de Gontijo, também seu confidente. Amizade supõe troca, reciprocidade. Qual era a parte de Renan nessa fraternidade?O resto é blá,blá, blá!Agora, sem preconceito algum, observando fotografia que mostra o senador Sibá falando ao telefone, me surpreendo, pois acho que alguém com mais de 15 anos, que tenha a coragem de possuir e usar no Senado um celular da cor lilá, com certeza não é sério.Que se cuidem os senadores, a batata deles está assando!
Fonte: prosa & política
Fonte: prosa & política
A Fila da Absolvição
Por Villas-Bôas CorrêaNão importa que a defesa do senador Renan Calheiros tenha mais furos que rede de pescador. E é pura perda de tempo catar as contradições e lacunas no seu depoimento: o presidente do Senado jamais correu qualquer risco. Tal como em comédia burlesca ou em novelas de televisão, antes do primeiro capítulo, o final está pronto na cabeça do autor. Por que infernizar a vida do presidente do Congresso, um dos líderes do PMDB que ajudou a tanger o partido para as pastagens do governo, de um companheiro sempre pronto a atender os pedidos dos colegas?Depois, os antecedentes armam a grelha - ou o limpa-trilhos do preciso regionalismo alagoano - para o pouso do senador no fofo colchão da impunidade: o Congresso não tem autoridade para punir ninguém, nem deputado do baixo clero, depois de consagrada a absolvição de dezenas de denunciados no festival de escândalos do Legislativo recordista, como nunca se viu igual na história deste país. Por entre os felizardos premiados com os gasparinos da absolvição da ladroagem do caixa 2, das propinas do mensalão, nas trapaças apuradas pelas CPI dos Correios, das ambulâncias e de emplacada a máxima de que o voto que elege e reelege tem o generoso sentido do perdão do povo, o ilustre e empelicado representante de Alagoas desfila com o garbo de carneiro em parada.A imprensa cumprirá o seu dever de catar contradições na defesa que parece armada com tela de galinheiro. Se os documentos exibidos nos 24 minutos de engasgada emoção não comprovam a origem do dinheiro que o pai pródigo gastou com a filha, fruto de uma relação extraconjugal, o senador arranjará outros. O lobista da Mendes Junior, o prestimoso amigo Cláudio Gontijo, deve dispor de pilhas de recibos para todas as serventias.O presidente do Senado obedeceu ao figurino e comportou-se como recomendam as normas da Casa. À fila de senadores de todos os partidos que o afogaram nos abraços e sacudiram o pó com as palmadas nas costas e anteciparam o desfecho sabido, seguiu-se o blablablá da bazófia: tudo deve ser apurado para a exemplar punição dos culpados. Se for o caso, o rigoroso Conselho de Ética examinará as acusações e a defesa. E, na forma do louvável costume, o plenário do Senado garante a absolvição e a nova manifestação de solidariedade.A esfuziante solidariedade pessoal ajusta-se ao modelo ético de novos tempos. Pipocam as justificativas para barrar a ressaca da indignação dos poucos que gritam e dos muitos que calam. Todas ou muitas de inegável oportunidade, como o financiamento público de campanha; a fidelidade partidária ou o fechamento dos ralos na elaboração do Orçamento.Mas não se toca nem com o dedo mindinho nas causas reais da desmoralização do mais democrático dos poderes - como as semanas de dois a três dias úteis, as quatro passagens mensais para o fim de semana com a família, a orgia das mordomias, vantagens e benefícios, como a da inqualificável verba indenizatória de R$ 15 mil para as despesas dos quatro dias da folga semanal.O ex-deputado federal e estadual, acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco Filho, confessou a sua perplexidade: "Não consigo encaixar o meu pai neste Congresso".Puxamos o fio do saudosismo e fomos longe na especulação: não apenas o senador Afonso Arinos, o mais completo parlamentar desde o fim do Estado Novo. Para ficar em alguns exemplos: Milton Campos, Nereu Ramos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro, Bilac Pinto, Carlos Lacerda, Alberto Pasqualini, Odilon Braga, Daniel Krieger, Petrônio Portela, Thales Ramalho, Célio Borja e Adauto Lúcio Cardoso.Paramos por aí. Silenciados pela vergonha.
Caetano fala sobre prisão e reafirma inocência
Após passar sete dias na carceragem da Polícia Federal, em Brasília, sob acusação de integrar uma quadrilha que fraudava licitações, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), volta a reiterar que é inocente e garante que, embora se sinta injustiçado, continuará trabalhando firme pelo município que o elegeu. Entretanto, a partir de agora, com duas frentes: dar continuidade a boa administração realizada, buscando melhorar cada vez mais e provar que nada tem a ver com as fraudes constatadas na Operação Navalha e muito menos com Zuleido Veras, o dono da Gautama, principal alvo das acusações. Entre as metas, a reeleição não foi descartada. “Obviamente que é uma idéia central, mas eu sou um homem de partido, que deve analisar esta hipótese mais na frente. Contudo, as demonstrações de carinho que eu tenho tido em Camaçari, me fizeram crer que não perderia votos”, disse. Ao descrever os dias difíceis que passou na prisão, Caetano declara que durante o banho de sol, único momento em que ele podia sair da cela de cerca de 18 metros, em que dividia com seis pessoas, Veras o pediu perdão e prometeu inocentá-lo. “Você não tem nada a ver com isso. A Gautama é p... com você, mas darei meu depoimento a seu favor”, relatou o que Zuleido lhe disse. Além disso, o prefeito de Camaçari, que em visita à Tribuna da Bahia, foi recebido pelo diretor presidente Walter Pinheiro e pelo diretor de redação, Paulo Sampaio, elogiou e agradeceu a cobertura realizada pelo jornal, de “equilíbrio, isenção e responsabilidade”, afirmou que a própria ministra do Superior Tribunal de Justiça que está conduzindo o caso, Eliana Calmon, somente ao tomar seu depoimento soube que não havia nenhum contrato e, consequentemente, obras sendo realizadas com o dinheiro federal. “Daí, ela me perguntou o que eu tinha a dizer das gravações. E eu respondi que apenas o que estava ali. Veras perguntando ao filho o que eu havia dito e recebendo como resposta a palavra nada e que por conta disso, não teve o que me dizer”, explicou, ressaltando que antes mesmo do parecer quanto aos pedidos de habeas corpus, a ministra já havia concedido o relaxamento da sua prisão. Quanto ao famoso Zaqueu, segundo palavras do próprio Caetano, que seria funcionário da prefeitura, a princípio na sua cabeça tudo não passava de uma armação, já que não se lembrava de ter nenhum funcionário com esse nome. “Estão querendo armar contra mim. Era só o que eu pensava. Mas, fui surpreendido com o meu suposto funcionário gritando da grade da sua cela para todos que quisessem ouvir: Caetano eu sou o Zaqueu, mas não sou seu funcionário e muito menos te pedi passagens aéreas”, destacou. (Por Fernanda Chagas)
Pressões da construtora por obra
Segundo Caetano, de fato não faltaram pressões para que o contrato de licitação feito na gestão anterior não fosse cancelado. “Contrato este, que apesar de estar respaldado pelo Ministério Público, resolvi não utilizar, como se estivesse prevendo que algo de errado estava por vir. Decidi então fazer outra licitação com o mesmo objetivo, o que levou a JLA, empresa fruto de uma briga entre os proprietários da Gautama, entrar na Justiça pelo sonhado contrato, revogado, para minha sorte, no final do ano passado”, destacou. “Eles queriam a todo custo manter o contrato, mas eu desde o início me opus. Se quisesse usaria o contrato do prefeito anterior, já que tinha respaldo para isso. Na verdade me considero um exemplo nesta história, pois o meu único contato com Zuleido foi parar negar-lhe às inúmeras pressões”, orgulhou-se. Questionado se após todo o constrangimento passado ele não pretendia buscar junto à Polícia Federal os seus direitos, Caetano respondeu que: “essa é a pergunta que todos me fazem, quando relato a verdadeira história e tudo que passei, mas a minha preocupação é provar a minha inocência, seguir em frente”. Em relação ao dinheiro encontrado na sua residência (R$ 142 mil e mais US$ 3 mil), o prefeito continua sem a certeza se o declarou à Receita Federal, mas afirma já ter reivindicado-o de volta, mesmo que tenha que pagar pelo imposto. “Estava fazendo as contas com minha esposa e só de mandatos seriam cento e poucos meses. Se a gente conseguiu tirar R$ 1.400 por mês daria essa quantia. A nossa idéia era comprar uma casa mais ampla, pois quem nos conhece sabe que vivemos de forma modesta. O porquê de não colocar em banco, como já havia dito, pelo simples fato de não ver nenhum crime em guardar dinheiro em casa”, ponderou. O afastamento de Iran César de Araújo e Silva e Everaldo José de Siqueira Alves, secretário e subsecretário da pasta de Infra-Estrutura, respectivamente, além do assessor especial do órgão, Edílio Pereira Neto, que foi exonerado, todos presos juntos com Caetano, se deu para facilitar a defesa dos funcionários de forma transparente e ter a apuração com clareza e lisura. “Vou esperar a defesa deles, mas tenho certeza que assim como eu, eles provarão a sua inocência. Inclusive, encaminhei um ofício para a Controladoria Geral da União solicitando uma auditoria em todo o processo, desde a gestão anterior até agora”, enfatizou. (Por Fernanda Chagas)
PF se reúne com superintendentes
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, se reuniu ontem com os 27 superintendentes do órgão. A reunião ocorreu logo depois da PF informar que vai instaurar procedimento administrativo contra três delegados afastados da instituição por determinação da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foram afastados Zulmar Pimentel (diretor-executivo da PF, considerado o segundo homem dentro da instituição), César Nunes (superintendente da PF na Bahia) e Paulo Bezerra (afastado da PF para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia). A PF confirma a reunião, mas não informa o teor do que foi discutido. A expectativa era que o afastamento e vazamentos de informações tenham sido discutidos. Os delegados afastados são acusados de ter relação com Operação Octopus (polvo), que não chegou a ser detonada por conta de vazamento de informações sigilosas. Essa operação seria uma ramificação da Navalha, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações para realização de obras na Bahia. Segundo investigações da PF, Pimentel teria avisado João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, que ele estava sendo investigado pela Operação Octopus (polvo). Nunes e Bezerra, por sua vez, teriam ligação com a suposta quadrilha que fraudava licitações na Bahia. Os dois também teriam sido avisados por Pimentel das investigações e teriam mandado prender agentes que investigavam o caso.
OAB diz que operações ferem direitos
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem, no Acre, que os direitos dos acusados não foram respeitados “em boa parte das ações da Polícia Federal”. “A OAB não apóia investigações sem limites”, afirmou. Britto disse que todo cidadão brasileiro tem de saber do que está sendo acusado, direito a um advogado e a preservação de sua imagem enquanto não for condenado judicialmente. Ele negou que o OAB seja complacente com os corruptos. Ele ressaltou que a instituição defende a criação de uma CPI para investigar a relação de deputados com todas as empreiteiras e não apenas com a Gautama —empresa apontada pela PF como líder do esquema de fraudes em licitações públicas. “É preciso acabar no Brasil com a sensação de que só pobre vai pra cadeia”, disse. A Operação Navalha, que envolveu nove Estados e o Distrito Federal, revelou esquema de fraude em licitações de obras públicas. Segundo a PF, a construtora Gautama funcionava como centro da quadrilha, direcionando editais através dos contatos que mantinha no governo federal, estadual e municipal. O inquérito provocou afastamento do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e a prisão de empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal. A Justiça Federal expediu 48 mandados de prisão. A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu quebrar o sigilo do inquérito. Com isso, o processo resultante da Operação Navalha deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Fonte: Tribuna da Bahia
Pressões da construtora por obra
Segundo Caetano, de fato não faltaram pressões para que o contrato de licitação feito na gestão anterior não fosse cancelado. “Contrato este, que apesar de estar respaldado pelo Ministério Público, resolvi não utilizar, como se estivesse prevendo que algo de errado estava por vir. Decidi então fazer outra licitação com o mesmo objetivo, o que levou a JLA, empresa fruto de uma briga entre os proprietários da Gautama, entrar na Justiça pelo sonhado contrato, revogado, para minha sorte, no final do ano passado”, destacou. “Eles queriam a todo custo manter o contrato, mas eu desde o início me opus. Se quisesse usaria o contrato do prefeito anterior, já que tinha respaldo para isso. Na verdade me considero um exemplo nesta história, pois o meu único contato com Zuleido foi parar negar-lhe às inúmeras pressões”, orgulhou-se. Questionado se após todo o constrangimento passado ele não pretendia buscar junto à Polícia Federal os seus direitos, Caetano respondeu que: “essa é a pergunta que todos me fazem, quando relato a verdadeira história e tudo que passei, mas a minha preocupação é provar a minha inocência, seguir em frente”. Em relação ao dinheiro encontrado na sua residência (R$ 142 mil e mais US$ 3 mil), o prefeito continua sem a certeza se o declarou à Receita Federal, mas afirma já ter reivindicado-o de volta, mesmo que tenha que pagar pelo imposto. “Estava fazendo as contas com minha esposa e só de mandatos seriam cento e poucos meses. Se a gente conseguiu tirar R$ 1.400 por mês daria essa quantia. A nossa idéia era comprar uma casa mais ampla, pois quem nos conhece sabe que vivemos de forma modesta. O porquê de não colocar em banco, como já havia dito, pelo simples fato de não ver nenhum crime em guardar dinheiro em casa”, ponderou. O afastamento de Iran César de Araújo e Silva e Everaldo José de Siqueira Alves, secretário e subsecretário da pasta de Infra-Estrutura, respectivamente, além do assessor especial do órgão, Edílio Pereira Neto, que foi exonerado, todos presos juntos com Caetano, se deu para facilitar a defesa dos funcionários de forma transparente e ter a apuração com clareza e lisura. “Vou esperar a defesa deles, mas tenho certeza que assim como eu, eles provarão a sua inocência. Inclusive, encaminhei um ofício para a Controladoria Geral da União solicitando uma auditoria em todo o processo, desde a gestão anterior até agora”, enfatizou. (Por Fernanda Chagas)
PF se reúne com superintendentes
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, se reuniu ontem com os 27 superintendentes do órgão. A reunião ocorreu logo depois da PF informar que vai instaurar procedimento administrativo contra três delegados afastados da instituição por determinação da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foram afastados Zulmar Pimentel (diretor-executivo da PF, considerado o segundo homem dentro da instituição), César Nunes (superintendente da PF na Bahia) e Paulo Bezerra (afastado da PF para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia). A PF confirma a reunião, mas não informa o teor do que foi discutido. A expectativa era que o afastamento e vazamentos de informações tenham sido discutidos. Os delegados afastados são acusados de ter relação com Operação Octopus (polvo), que não chegou a ser detonada por conta de vazamento de informações sigilosas. Essa operação seria uma ramificação da Navalha, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações para realização de obras na Bahia. Segundo investigações da PF, Pimentel teria avisado João Batista Paiva Santana, ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, que ele estava sendo investigado pela Operação Octopus (polvo). Nunes e Bezerra, por sua vez, teriam ligação com a suposta quadrilha que fraudava licitações na Bahia. Os dois também teriam sido avisados por Pimentel das investigações e teriam mandado prender agentes que investigavam o caso.
OAB diz que operações ferem direitos
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem, no Acre, que os direitos dos acusados não foram respeitados “em boa parte das ações da Polícia Federal”. “A OAB não apóia investigações sem limites”, afirmou. Britto disse que todo cidadão brasileiro tem de saber do que está sendo acusado, direito a um advogado e a preservação de sua imagem enquanto não for condenado judicialmente. Ele negou que o OAB seja complacente com os corruptos. Ele ressaltou que a instituição defende a criação de uma CPI para investigar a relação de deputados com todas as empreiteiras e não apenas com a Gautama —empresa apontada pela PF como líder do esquema de fraudes em licitações públicas. “É preciso acabar no Brasil com a sensação de que só pobre vai pra cadeia”, disse. A Operação Navalha, que envolveu nove Estados e o Distrito Federal, revelou esquema de fraude em licitações de obras públicas. Segundo a PF, a construtora Gautama funcionava como centro da quadrilha, direcionando editais através dos contatos que mantinha no governo federal, estadual e municipal. O inquérito provocou afastamento do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e a prisão de empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal. A Justiça Federal expediu 48 mandados de prisão. A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu quebrar o sigilo do inquérito. Com isso, o processo resultante da Operação Navalha deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Fonte: Tribuna da Bahia
Justiça determina suspensão da greve dos professores
A greve dos professores da rede estadual de ensino deve ser suspensa em um prazo máximo de 24 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil, de acordo com decisão do juiz Ricardo D´Ávila, titular da 5ª Vara da Fazenda Pública, publicada ontem no Diário do Poder Judiciário. A multa deve ser paga pela APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a cada dia de continuidade da paralisação. Com base na decisão, o governador Jaques Wagner assina, ainda hoje, decreto convocando os servidores para retornarem ao trabalho imediatamente. A decisão judicial, que determina “o retorno dos docentes do ensino público estadual às suas normais atividades em classe e extra-classe, no prazo máximo de 24 horas”, é reflexo de ação civil pública impetrada pelo governo através da Procuradoria Geral do Estado. Na ação, o governo argumenta a defesa do interesse coletivo social, quanto ao “direito à prestação de educação pública” assegurada pelo artigo 205 da Constituição Federal, e enfatiza que a paralisação acontece a despeito das negociações salariais em curso e do reajuste entre 4,5% e 17,28%, acordado com as demais categorias, aprovado pela Assembléia Legislativa e sancionado ontem pelo governador Jaques Wagner. O juiz Ricardo D´Ávila encerra o texto da decisão “concitando os professores” para o “retorno a sala de aula, em razão da relevância dos fundamentos da demanda”. A decisão cita os argumentos e provas documentais apresentadas pelo governo, incluindo a demonstração quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema: tendo em vista que ainda não foi editada lei específica sobre o direito de greve do funcionalismo, já está “pacificada a jurisprudência do STF quanto à inexistência de auto-aplicabilidade do direito de greve do servidor público, principalmente nos chamados serviços essenciais”. A decisão, segundo o despacho do juiz, baseia-se no artigo 37 da Constituição Federal, e nos artigos 11 e 12 da Lei 7.347/85, combinada com o artigo 461, parágrafos 3º, 4º e 5º do Código do Processo Penal.
"A corrupção é um problema de saúde pública"
“ Eu vejo a corrupção como uma doença no País que precisa ser tratada. É um grave problema de saúde pública, porque esse dinheiro desviado daria para se fazer muita coisa pra uma população que é muito carente. Eu acho que a corrupção deveria ser visto como um crime hediondo e o corrupto como um assassino em série”. A declaração é do Dr. Raymundo Paraná, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador geral do X Simpósio Internacional de Terapêutica em Hapatite Viral – Hepatologia do Milênio 2007, um dos mais importantes eventos da Hepatologia na América do Sul. Para ele, num país que se morre de tuberculose, hepatite, de falta de assistência, “ quem rouba dinheiro público está assassinando alguém”, afirmou ontem, ao receber a Imprensa no Hotel Pestana, local do encontro que reunirá centenas de especialistas nacionais e internacionais de hoje até sábado. Entretanto, apesar da saga da corrupção, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um programa de assistência aos pacientes com hepatites virais. “Eu tenho visto um esforço enorme do Programa Nacional de Hepatites Virais para atender as necessidades da população. Tem havido um sentido enorme no sentido de negociar preços mais baixos com os laboratórios, no sentido de suprir o Brasil com insumos, diagnósticos. Nós estamos muito melhores do que estávamos, neste aspecto, há quatro anos atrás, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas, se há uma coisa que eu posso dizer que é séria neste país se chama o Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde”, garante. Segundo o Dr. Paraná, o Brasil é um País carente em profissionais e especialistas na área de doenças do fígado. “ Por isso necessitamos implementar encontros de treinamento como este para suprir o atendimento aos portadores de hepatites virais”. Quanto à detecção dos vírus de hepatites nas pessoas, o médico orienta que nem todo mundo precisa fazer teste para ver se tem ou não hepatites B e C. “ Aqueles que tiveram comportamento de risco, indivíduos com a vida sexual sem proteção, que tiveram doenças sexualmente transmissíveis, que fizeram tatuagens, tratamentos dentários com profissionais não habilitados, não dentistas, não graduados, também quem tomou transfusão de sangue antes de 94 ou injeções com seringa de vidro no passado, esses indivíduos devem conversar com seus médicos, as mulheres com seus ginecologistas, os homens com o seu clínico, porque o médico vai saber, perceber, qual o paciente que ele precisa rastrear a doença. Não é para fazer o rastreamento em todo mundo porque não há necessidade disso”, afirmou. Novos tratamentos e propostas terapêuticas, assim como os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do fígado, com ênfase nas hepatites virais, serão destaques nas discussões e conferências. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de três milhões de brasileiros têm hepatites virais, a maior causa de mortalidade por doença infecciosa no norte do Brasil. Estima-se, também, que para cada morte de Aids no mundo existem de 7 a 9 mortes relacionadas a hepatite. O objetivo do Simpósio, promovido pela Associação do Curso de Pós-Graduação em Medicina da Ufba, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Baiana para Estudos do Fígado, é ampliar a capacitação de clínicos, gastroenterologistas, pediatras, hepatologistas e infectologistas para lidar com portadores de doenças hepáticas. (Por Nelson Rocha)
Falta de recursos parou o Pelourinho
“O Pelourinho não é um palco, é um bairro que não pode manter o Projeto Dia e Noite como se fosse uma agência bancária. Quando assumimos o governo o Pelourinho já se encontrava em um processo de desaquecimento”, disse o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Frederico Mendonça, durante a audiência pública, realizada ontem no plenário da Câmara dos Vereadores, em que se discutiu a falta de investimento cultural no local, principalmente em relação à tradicional “Terça da Benção”. No final, foi formada uma comissão com representantes de todos os segmentos presentes para discutir o futuro do Centro Histórico, que segundo o governo do estado não há recursos suficientes para continuar o projeto anterior bancado por um fundo de cultura, mantido por empresas e que hoje se encontra sem recursos. O vereador Virgílio Pacheco, presidente da Comissão de Economia, Emprego e Renda do legislativo municipal, presidiu o debate que contou com a participação de comerciantes, associações, representante da prefeitura, governo do Estado e Polícia Militar.” A Terça da Benção é um elemento no conjunto que é o Pelourinho, uma história que não se restringe só aos casarões, mas uma cultura ao longo destes anos.” Na mesa se posicionaram, além do diretor do Ipac, Paulo Bello, da Bahiatursa, Clarindo Silva, do Projeto Cantina da Lua, o capitão Barros, representando o 18º Batalhão da PM, a delegada Mariita Silva, titular da Delegacia do Turista e Moacyr Brum, gerente da Getax, representando a prefeitura e na abertura dos trabalhos o vereador Virgílio Pacheco foi bem claro no seu posicionamento. “Ninguém é contra ninguém, nós estamos a favor da cultura, da renda, do emprego e do bem-estar. Queremos a preservação da cultura no Pelourinho e iniciamos com a volta da Terça da Benção, esperando que outras discussões prossigam para sabermos o que é melhor para todos”, afirmou o vereador. Pacheco assinalou que há um fluxo menor de turista devido a desvalorização do dólar, mas lembra que o Pelourinho não é só freqüentado por turistas “ é um excedente que se dá à população local e aos turistas”. Todos presentes à audiência, a exemplo da associação de moradores, de taxistas, de músicos e comerciantes, cobram reversão no quadro atual de abandono e alegam que como está não deve continuar. Muitos se propuseram até mesmo arregaçar as mangas e pedir auxílio a empresários e músicos para não deixar paralisada a parte cultural. Na opinião de Mendonça, que representava o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, “O Pelourinho é um bairro da cidade que tem um diferencial:a área mais antiga da cidade. O modelo de visitação turística não se sustentou, por isto devemos repensar o Pelourinho que não é um shopping e nos precuparmos com quem mora lá”. O diretor do Ipac teceu várias críticas ao antigo Projeto do Pelourinho “um dos grandes equívocos é de que as pessoas que moravam no local tiveram que sair para botar só lojas. O Estado entrava com palco, luz e a gente chamava inadequadamente de praça”. Mendonça não quis adiantar o novo projeto, mesmo porque alegou não ter ainda os recursos financeiros, mas tudo indica que o Projeto Dia e Noite se extingue.“É um bairro que as pessoas moram, dormem, trabalham , mas tombado pelo Iphan. O objetivo é agregar espaço que as pessoas melhorem suas condições de renda e de moradia”, afirmou. (Por Noemi Flores)
São João ainda será mantido
Muitas pessoas presentes se exaltaram e se emocionaram lembrando das dificuldades que já passaram para prosseguir com seu comércio,. Foi o caso do comerciante Clarindo Silva, proprietário da Cantina da Lua, um dos points mais freqüentados do Pelourinho. Clarindo contou que vendeu até a sua casa própria e um sítio em duas ocasiões de grande dificuldades, em épocas passadas. Ele recordou que a Terça da Benção surgiu em 1983 “devido a ousadia de vários boêmios, artistas e comerciantes, em um dos piores momentos do Centro Histórico, sendo que no outro ano, em 1984, conseguimos levar a atriz e cantora Zezé Motta que fazia uma novela na ocasião.” O comerciante frisou que “muita gente pensa que estamos ricos, muito pelo contrário, lutamos com muita dificuldade, o movimento caiu muito. Acreditamos que esta reunião daqui seja um caminho para muitos outros caminhos, temos que nos unir. E só esta satisfação do governo do estado para conosco mostra que não estamos desamparados”. Mas uma notícia que amenizou um pouco a ansiedade dos comerciantes e músicos em relação ao futuro cultural do local foi quando a diretora cultural do Pelourinho, Ivana Souto, anunciou que vai ter a festa de São João no bairro, a confirmação aconteceu na terça-feira, intitulada “Santos Juninos no Centro Histórico”, nos períodos 11 a 13, 22 a 24, 28 a 29. A diretora também falou da falta de recursos que foi deixada pelo governo passado e criticou o modelo passado do projeto implantando que “ não tinha uma preocupação com o social”. Souto afirmou ainda que é preciso se trabalhar com aprimoração, se tentar um modelo que não dependa 100% do estado. Por que se fazer cultura se temos um problema social muito grande”, indagou. (Por Noemi Flores)
Fonte: Tribuna da Bahia
"A corrupção é um problema de saúde pública"
“ Eu vejo a corrupção como uma doença no País que precisa ser tratada. É um grave problema de saúde pública, porque esse dinheiro desviado daria para se fazer muita coisa pra uma população que é muito carente. Eu acho que a corrupção deveria ser visto como um crime hediondo e o corrupto como um assassino em série”. A declaração é do Dr. Raymundo Paraná, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador geral do X Simpósio Internacional de Terapêutica em Hapatite Viral – Hepatologia do Milênio 2007, um dos mais importantes eventos da Hepatologia na América do Sul. Para ele, num país que se morre de tuberculose, hepatite, de falta de assistência, “ quem rouba dinheiro público está assassinando alguém”, afirmou ontem, ao receber a Imprensa no Hotel Pestana, local do encontro que reunirá centenas de especialistas nacionais e internacionais de hoje até sábado. Entretanto, apesar da saga da corrupção, o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um programa de assistência aos pacientes com hepatites virais. “Eu tenho visto um esforço enorme do Programa Nacional de Hepatites Virais para atender as necessidades da população. Tem havido um sentido enorme no sentido de negociar preços mais baixos com os laboratórios, no sentido de suprir o Brasil com insumos, diagnósticos. Nós estamos muito melhores do que estávamos, neste aspecto, há quatro anos atrás, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas, se há uma coisa que eu posso dizer que é séria neste país se chama o Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde”, garante. Segundo o Dr. Paraná, o Brasil é um País carente em profissionais e especialistas na área de doenças do fígado. “ Por isso necessitamos implementar encontros de treinamento como este para suprir o atendimento aos portadores de hepatites virais”. Quanto à detecção dos vírus de hepatites nas pessoas, o médico orienta que nem todo mundo precisa fazer teste para ver se tem ou não hepatites B e C. “ Aqueles que tiveram comportamento de risco, indivíduos com a vida sexual sem proteção, que tiveram doenças sexualmente transmissíveis, que fizeram tatuagens, tratamentos dentários com profissionais não habilitados, não dentistas, não graduados, também quem tomou transfusão de sangue antes de 94 ou injeções com seringa de vidro no passado, esses indivíduos devem conversar com seus médicos, as mulheres com seus ginecologistas, os homens com o seu clínico, porque o médico vai saber, perceber, qual o paciente que ele precisa rastrear a doença. Não é para fazer o rastreamento em todo mundo porque não há necessidade disso”, afirmou. Novos tratamentos e propostas terapêuticas, assim como os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do fígado, com ênfase nas hepatites virais, serão destaques nas discussões e conferências. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de três milhões de brasileiros têm hepatites virais, a maior causa de mortalidade por doença infecciosa no norte do Brasil. Estima-se, também, que para cada morte de Aids no mundo existem de 7 a 9 mortes relacionadas a hepatite. O objetivo do Simpósio, promovido pela Associação do Curso de Pós-Graduação em Medicina da Ufba, Fundação Oswaldo Cruz e Associação Baiana para Estudos do Fígado, é ampliar a capacitação de clínicos, gastroenterologistas, pediatras, hepatologistas e infectologistas para lidar com portadores de doenças hepáticas. (Por Nelson Rocha)
Falta de recursos parou o Pelourinho
“O Pelourinho não é um palco, é um bairro que não pode manter o Projeto Dia e Noite como se fosse uma agência bancária. Quando assumimos o governo o Pelourinho já se encontrava em um processo de desaquecimento”, disse o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Frederico Mendonça, durante a audiência pública, realizada ontem no plenário da Câmara dos Vereadores, em que se discutiu a falta de investimento cultural no local, principalmente em relação à tradicional “Terça da Benção”. No final, foi formada uma comissão com representantes de todos os segmentos presentes para discutir o futuro do Centro Histórico, que segundo o governo do estado não há recursos suficientes para continuar o projeto anterior bancado por um fundo de cultura, mantido por empresas e que hoje se encontra sem recursos. O vereador Virgílio Pacheco, presidente da Comissão de Economia, Emprego e Renda do legislativo municipal, presidiu o debate que contou com a participação de comerciantes, associações, representante da prefeitura, governo do Estado e Polícia Militar.” A Terça da Benção é um elemento no conjunto que é o Pelourinho, uma história que não se restringe só aos casarões, mas uma cultura ao longo destes anos.” Na mesa se posicionaram, além do diretor do Ipac, Paulo Bello, da Bahiatursa, Clarindo Silva, do Projeto Cantina da Lua, o capitão Barros, representando o 18º Batalhão da PM, a delegada Mariita Silva, titular da Delegacia do Turista e Moacyr Brum, gerente da Getax, representando a prefeitura e na abertura dos trabalhos o vereador Virgílio Pacheco foi bem claro no seu posicionamento. “Ninguém é contra ninguém, nós estamos a favor da cultura, da renda, do emprego e do bem-estar. Queremos a preservação da cultura no Pelourinho e iniciamos com a volta da Terça da Benção, esperando que outras discussões prossigam para sabermos o que é melhor para todos”, afirmou o vereador. Pacheco assinalou que há um fluxo menor de turista devido a desvalorização do dólar, mas lembra que o Pelourinho não é só freqüentado por turistas “ é um excedente que se dá à população local e aos turistas”. Todos presentes à audiência, a exemplo da associação de moradores, de taxistas, de músicos e comerciantes, cobram reversão no quadro atual de abandono e alegam que como está não deve continuar. Muitos se propuseram até mesmo arregaçar as mangas e pedir auxílio a empresários e músicos para não deixar paralisada a parte cultural. Na opinião de Mendonça, que representava o secretário da Cultura, Márcio Meirelles, “O Pelourinho é um bairro da cidade que tem um diferencial:a área mais antiga da cidade. O modelo de visitação turística não se sustentou, por isto devemos repensar o Pelourinho que não é um shopping e nos precuparmos com quem mora lá”. O diretor do Ipac teceu várias críticas ao antigo Projeto do Pelourinho “um dos grandes equívocos é de que as pessoas que moravam no local tiveram que sair para botar só lojas. O Estado entrava com palco, luz e a gente chamava inadequadamente de praça”. Mendonça não quis adiantar o novo projeto, mesmo porque alegou não ter ainda os recursos financeiros, mas tudo indica que o Projeto Dia e Noite se extingue.“É um bairro que as pessoas moram, dormem, trabalham , mas tombado pelo Iphan. O objetivo é agregar espaço que as pessoas melhorem suas condições de renda e de moradia”, afirmou. (Por Noemi Flores)
São João ainda será mantido
Muitas pessoas presentes se exaltaram e se emocionaram lembrando das dificuldades que já passaram para prosseguir com seu comércio,. Foi o caso do comerciante Clarindo Silva, proprietário da Cantina da Lua, um dos points mais freqüentados do Pelourinho. Clarindo contou que vendeu até a sua casa própria e um sítio em duas ocasiões de grande dificuldades, em épocas passadas. Ele recordou que a Terça da Benção surgiu em 1983 “devido a ousadia de vários boêmios, artistas e comerciantes, em um dos piores momentos do Centro Histórico, sendo que no outro ano, em 1984, conseguimos levar a atriz e cantora Zezé Motta que fazia uma novela na ocasião.” O comerciante frisou que “muita gente pensa que estamos ricos, muito pelo contrário, lutamos com muita dificuldade, o movimento caiu muito. Acreditamos que esta reunião daqui seja um caminho para muitos outros caminhos, temos que nos unir. E só esta satisfação do governo do estado para conosco mostra que não estamos desamparados”. Mas uma notícia que amenizou um pouco a ansiedade dos comerciantes e músicos em relação ao futuro cultural do local foi quando a diretora cultural do Pelourinho, Ivana Souto, anunciou que vai ter a festa de São João no bairro, a confirmação aconteceu na terça-feira, intitulada “Santos Juninos no Centro Histórico”, nos períodos 11 a 13, 22 a 24, 28 a 29. A diretora também falou da falta de recursos que foi deixada pelo governo passado e criticou o modelo passado do projeto implantando que “ não tinha uma preocupação com o social”. Souto afirmou ainda que é preciso se trabalhar com aprimoração, se tentar um modelo que não dependa 100% do estado. Por que se fazer cultura se temos um problema social muito grande”, indagou. (Por Noemi Flores)
Fonte: Tribuna da Bahia
quarta-feira, maio 30, 2007
Carta Aberta ao Presidente do Senado
Prezado senador José Renan Vasconcelos Calheiros,
Em meados de junho de 1946, a bordo do navio brasileiro Duque de Caxias, completei dois anos de idade e oito dias depois desembarcava no porto do Rio de Janeiro. Estava emigrando da Itália para a terra do futuro, para a terra da esperança.Cresci junto a brasileiros e junto a eles aprendi a amar essa tão sofrida terra. O bandeira auriverde é a minha bandeira e o hino de Francisco Manoel da Silva e Osório Duque Estrada é o meu hino, aquele que sempre me emociona, quando ouço seus o primeiros acordes.Sou o décimo oitavo primogênito descendente de tradicional família que se estabeleceu em Belluno ( onde nasci) no século XIV. Comigo encerrou-se a linhagem italiana e sinto o maior orgulho que meus descendentes, filhos e netos tenham nascido no Brasil. Durante os cinqüenta anos que aí vivi, tive a rara oportunidade de viajar, morar e trabalhar em diversas cidades de diversos estados. Sou um conhecedor do hinterland não por ouvir dizer, ou por ler em livros, mas por ter vivido.Desde ainda criança, por motivos que não cabem nessa carta, acompanhei as sérias crises nacionais do após guerra: o atentado de rua Tonelero, o suicídio de Getulio Vargas, a deposição do presidente Carlos Luz e o impedimento “manu militari”, para que Café Filho assumisse o que lhe era de direito constitucional. A renuncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo feito a enxó, a derrubada de João Goulart , as duas décadas da ditadura militar, o desastrado governo de José Sarney e a renuncia motivada pela desonestidade pessoal de Fernando Collor de Mello.Todavia, jamais vi a nação mergulhada num lamaçal de tal envergadura como nestes últimos cinco anos. A corrupção e a impunidade andando juntas pelos corredores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Os escândalos tem a freqüência de um por semana. Ainda se apurava a chamada Operação Hurricane, quando surgiu a devastadora Operação Navalha.Lembro quando a capital ainda era o Rio de Janeiro e o Senado estava no Palácio Monroe. Os senadores dos outros estados ficavam hospedados no Hotel O.K (rua Senador Dantas), quando passava por lá, ficava no hall de entrada olhando para esses senhores doutos, sérios e honestos, como que em estado de reverência. Eram senadores da República.Agora senador, com grande desanimo o vejo atingido por um corte profundo dessa navalha. O jornalista Policarpo Junior, do hebdomadário Veja (edição 2010), não dá a notícia sobre um seu “suposto” envolvimento com o sr. Cláudio Gontijo, ele o acusa frontalmente, entre outras coisas, de ter as contas pagas por uma pessoas que representa os interesses de uma empresa que serve ao governo.Um sua “fala defesa” no Senado (28/5), o senhor acabou desperdiçando tempo e palavras, pois as acusações continuaram onde estavam. O sr. pediu a uma pessoa de quem, por idoneidade, deveria manter distância, que pagasse a pensão devida à sua filha, com dinheiro que o senhor diz que lhe dava. Mas não mostrou documento algum que sustentassem essa afirmativa, ontem declarou a alguns jornalista que não tem como comprovar os pagamentos. Também faltou com a verdade ao dizer sobre Cláudio Gontijo que“Ele fez a interlocução entre as partes pois tinha amizade com a mãe da criança..” e o fato foi logo desmentido por Pedro Calmon Filho, advogado da mãe de sua filha afirmando que: “Minha cliente nunca tinha visto Gontijo e não tinha amizade nenhuma com ele”.Senador, um homem de bem, que se veja envolvido em fatos dessa gravidade, deve licenciar-se de sua cadeira senatorial, até que as desconfianças que lhe pesam sejam dirimidas.Essa é a forma de impedir que o Congresso, já muito desacreditado, se desmoralize mais ainda, fato que acelerará a crise institucional que começou a germinar lenta mas inexorável no país. As crises dessa natureza se sabe quando e como começam, não se sabe como terminam, mas a experiência mostra que sempre de forma traumática para nação.O que espero senador, é que raspando no fundo do tacho, recolha o que lhe restar de dignidade e se licencie, pois agora se trata de uma obrigação cívica, haja vista que o senhor perdeu a condição moral de continuar no cargo para o qual foi eleito..Meus atenciosos cumprimentosGiulio Sanmartini
Fonte: prosa & política
Em meados de junho de 1946, a bordo do navio brasileiro Duque de Caxias, completei dois anos de idade e oito dias depois desembarcava no porto do Rio de Janeiro. Estava emigrando da Itália para a terra do futuro, para a terra da esperança.Cresci junto a brasileiros e junto a eles aprendi a amar essa tão sofrida terra. O bandeira auriverde é a minha bandeira e o hino de Francisco Manoel da Silva e Osório Duque Estrada é o meu hino, aquele que sempre me emociona, quando ouço seus o primeiros acordes.Sou o décimo oitavo primogênito descendente de tradicional família que se estabeleceu em Belluno ( onde nasci) no século XIV. Comigo encerrou-se a linhagem italiana e sinto o maior orgulho que meus descendentes, filhos e netos tenham nascido no Brasil. Durante os cinqüenta anos que aí vivi, tive a rara oportunidade de viajar, morar e trabalhar em diversas cidades de diversos estados. Sou um conhecedor do hinterland não por ouvir dizer, ou por ler em livros, mas por ter vivido.Desde ainda criança, por motivos que não cabem nessa carta, acompanhei as sérias crises nacionais do após guerra: o atentado de rua Tonelero, o suicídio de Getulio Vargas, a deposição do presidente Carlos Luz e o impedimento “manu militari”, para que Café Filho assumisse o que lhe era de direito constitucional. A renuncia de Jânio Quadros, o parlamentarismo feito a enxó, a derrubada de João Goulart , as duas décadas da ditadura militar, o desastrado governo de José Sarney e a renuncia motivada pela desonestidade pessoal de Fernando Collor de Mello.Todavia, jamais vi a nação mergulhada num lamaçal de tal envergadura como nestes últimos cinco anos. A corrupção e a impunidade andando juntas pelos corredores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Os escândalos tem a freqüência de um por semana. Ainda se apurava a chamada Operação Hurricane, quando surgiu a devastadora Operação Navalha.Lembro quando a capital ainda era o Rio de Janeiro e o Senado estava no Palácio Monroe. Os senadores dos outros estados ficavam hospedados no Hotel O.K (rua Senador Dantas), quando passava por lá, ficava no hall de entrada olhando para esses senhores doutos, sérios e honestos, como que em estado de reverência. Eram senadores da República.Agora senador, com grande desanimo o vejo atingido por um corte profundo dessa navalha. O jornalista Policarpo Junior, do hebdomadário Veja (edição 2010), não dá a notícia sobre um seu “suposto” envolvimento com o sr. Cláudio Gontijo, ele o acusa frontalmente, entre outras coisas, de ter as contas pagas por uma pessoas que representa os interesses de uma empresa que serve ao governo.Um sua “fala defesa” no Senado (28/5), o senhor acabou desperdiçando tempo e palavras, pois as acusações continuaram onde estavam. O sr. pediu a uma pessoa de quem, por idoneidade, deveria manter distância, que pagasse a pensão devida à sua filha, com dinheiro que o senhor diz que lhe dava. Mas não mostrou documento algum que sustentassem essa afirmativa, ontem declarou a alguns jornalista que não tem como comprovar os pagamentos. Também faltou com a verdade ao dizer sobre Cláudio Gontijo que“Ele fez a interlocução entre as partes pois tinha amizade com a mãe da criança..” e o fato foi logo desmentido por Pedro Calmon Filho, advogado da mãe de sua filha afirmando que: “Minha cliente nunca tinha visto Gontijo e não tinha amizade nenhuma com ele”.Senador, um homem de bem, que se veja envolvido em fatos dessa gravidade, deve licenciar-se de sua cadeira senatorial, até que as desconfianças que lhe pesam sejam dirimidas.Essa é a forma de impedir que o Congresso, já muito desacreditado, se desmoralize mais ainda, fato que acelerará a crise institucional que começou a germinar lenta mas inexorável no país. As crises dessa natureza se sabe quando e como começam, não se sabe como terminam, mas a experiência mostra que sempre de forma traumática para nação.O que espero senador, é que raspando no fundo do tacho, recolha o que lhe restar de dignidade e se licencie, pois agora se trata de uma obrigação cívica, haja vista que o senhor perdeu a condição moral de continuar no cargo para o qual foi eleito..Meus atenciosos cumprimentosGiulio Sanmartini
Fonte: prosa & política
Presidente Lula critica vazamento de informações da Polícia Federal
LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na noite desta terça-feira o vazamento de informações de investigações da Polícia Federal. Durante abertura do 24º Congresso Brasileiro de Rádio Difusão, em Brasília, Lula defendeu a liberdade de imprensa e garantiu que as operações da PF continuarão.
"Nós ficaremos muito mais tranqüilos se não permitir que um processo vaze para alguém antes de ser concluído, criando uma imagem negativa da pessoa", afirmou.
Lula lembrou que tanto a imprensa quanto os políticos devem ter compromisso com a verdade. "Se hoje uma saraivada de más notícias eu acho ruim, muito pior seria se não tivesse democracia para imprensa falar o que pensa", comentou.
Afastamento
Hoje à tarde, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou o afastamento de três delegados da instituição pelo prazo de 60 dias por vazamento de informações sigilosas e suposto envolvimento com a quadrilha que fraudava licitações para realização de obras públicas na Bahia.
Os delegados afastados são Zulmar Pimentel, diretor-executivo da PF; César Nunes, superintendente da PF na Bahia; e Paulo Bezerra, delegado da PF que está afastado do cargo para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Após a decisão da ministra, a PF confirmou que vai instaurar procedimento administrativo contra os três delegados afastados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na noite desta terça-feira o vazamento de informações de investigações da Polícia Federal. Durante abertura do 24º Congresso Brasileiro de Rádio Difusão, em Brasília, Lula defendeu a liberdade de imprensa e garantiu que as operações da PF continuarão.
"Nós ficaremos muito mais tranqüilos se não permitir que um processo vaze para alguém antes de ser concluído, criando uma imagem negativa da pessoa", afirmou.
Lula lembrou que tanto a imprensa quanto os políticos devem ter compromisso com a verdade. "Se hoje uma saraivada de más notícias eu acho ruim, muito pior seria se não tivesse democracia para imprensa falar o que pensa", comentou.
Afastamento
Hoje à tarde, a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou o afastamento de três delegados da instituição pelo prazo de 60 dias por vazamento de informações sigilosas e suposto envolvimento com a quadrilha que fraudava licitações para realização de obras públicas na Bahia.
Os delegados afastados são Zulmar Pimentel, diretor-executivo da PF; César Nunes, superintendente da PF na Bahia; e Paulo Bezerra, delegado da PF que está afastado do cargo para comandar a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Após a decisão da ministra, a PF confirmou que vai instaurar procedimento administrativo contra os três delegados afastados.
Ministra do STJ quebra sigilo de inquérito sobre Operação Navalha
da Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu na noite desta terça-feira quebrar o sigilo do inquérito que investiga o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Com isso, o processo deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Segundo o tribunal, a ministra decretou a quebra do sigilo diante da divulgação de vários fatos e documentos do processo. "Todos os trâmites processuais estão sendo acompanhados de perto pela mídia, sendo inevitável a ostensividade das providências a serem adotadas na esfera judicial."
Para Calmon, a decisão foi necessária "pela esteira de boatos e maledicências que pairam sobre pessoas que nenhum envolvimento têm com os fatos em apuração, e pela necessidade constante de alinharem-se os órgãos do Estado para, conjuntamente, adotarem as providências cabíveis dentro de suas competências e atribuições".
Hoje, a ministra toma novos depoimentos de envolvidos no esquema. O primeiro a ser ouvido é o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Em seguida será a vez do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que não havia procurado a ministra para marcar o horário do depoimento, mas já está no tribunal.
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deverá prestar depoimento ainda na manhã de hoje.
No início da tarde, ainda estão previstos os depoimentos de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude em licitações. Já Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação.
Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), decidiu na noite desta terça-feira quebrar o sigilo do inquérito que investiga o esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Com isso, o processo deixa de tramitar em segredo de Justiça.
Segundo o tribunal, a ministra decretou a quebra do sigilo diante da divulgação de vários fatos e documentos do processo. "Todos os trâmites processuais estão sendo acompanhados de perto pela mídia, sendo inevitável a ostensividade das providências a serem adotadas na esfera judicial."
Para Calmon, a decisão foi necessária "pela esteira de boatos e maledicências que pairam sobre pessoas que nenhum envolvimento têm com os fatos em apuração, e pela necessidade constante de alinharem-se os órgãos do Estado para, conjuntamente, adotarem as providências cabíveis dentro de suas competências e atribuições".
Hoje, a ministra toma novos depoimentos de envolvidos no esquema. O primeiro a ser ouvido é o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Em seguida será a vez do deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que não havia procurado a ministra para marcar o horário do depoimento, mas já está no tribunal.
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), deverá prestar depoimento ainda na manhã de hoje.
No início da tarde, ainda estão previstos os depoimentos de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); e do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude em licitações. Já Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação.
Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF
Em 1978, um Fusca foi o patrimônio declarado por senador à Justiça Eleitoral
FÁBIO GUIBUda Agência Folha, em MaceióMARIA APARECIDA DE OLIVEIRAcolaboração para a Agência Folha
Em 1978, aos 23 anos, o então estudante de direito Renan Calheiros iniciava sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Alagoas. Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir apenas um Fusca. Hoje presidente do Senado, com salário bruto de R$ 12.720 mensais, Renan (PMDB-AL) informa que é dono de uma fazenda e diz que seus rendimentos o permitem pagar, além de despesas próprias, pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de dois anos e 10 meses.
Em seu discurso, anteontem, o senador disse ainda que constituiu, com recursos próprios, um fundo de R$ 100 mil para custear a educação da criança. Disse que, antes de a filha nascer, pagou à jornalista R$ 8.000 mensais, a título de "assistência à gestante", além do aluguel, cujo valor não especificou.
A partir do Fusca de 1978, o patrimônio de Renan sempre evoluiu. Teve casas financiadas, carros da moda, como Opala e Passat, investiu em linhas telefônicas, mas, segundo suas declarações entregues à Justiça Eleitoral, foi a partir de 1994, após ser eleito senador pela primeira vez, que esse crescimento acelerou. Antes de tomar posse, Renan declarou naquele ano possuir três casas (duas em Maceió e uma em Brasília) e seis linhas telefônicas (somando as de Alagoas e Brasília), além de um Uno Mille.
Em 2002, reeleito, informou possuir uma casa e um apartamento em Brasília, uma Toyota Hillux sr5 e um Mitsubishi L200 GLS, além de um apartamento, de 240 m2 à beira-mar, em área nobre de Maceió. Sua participação nominal no setor agropecuário, que teria melhorado ainda mais seus rendimentos nos últimos anos, só estaria presente nas declarações de renda posteriores a 2002. Esses documentos, porém, não foram disponibilizados pelo senador à imprensa. Pouco se sabe sobre a evolução patrimonial de Renan desde então. Em 2004, ele adquiriu uma casa no balneário de Barra de São Miguel (AL), conforme reportagem da Folha publicada em 2005.
Procurado ontem pela reportagem para explicar a origem de sua renda e como pagou os benefícios à jornalista, Renan não se pronunciou. Sua assessoria informou que um advogado convocará os jornalistas para tirar as dúvidas que permanecem sobre o caso.
Citado em gravações telefônicas da Operação Navalha, Renan nega ligações com a empreiteira Gautama, suspeita de comandar esquema de fraudes em licitações. Também nega que a construtora Mendes Júnior esteja envolvida no pagamento da pensão à jornalista.
Em 1978, aos 23 anos, o então estudante de direito Renan Calheiros iniciava sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Alagoas. Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir apenas um Fusca. Hoje presidente do Senado, com salário bruto de R$ 12.720 mensais, Renan (PMDB-AL) informa que é dono de uma fazenda e diz que seus rendimentos o permitem pagar, além de despesas próprias, pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de dois anos e 10 meses.
Em seu discurso, anteontem, o senador disse ainda que constituiu, com recursos próprios, um fundo de R$ 100 mil para custear a educação da criança. Disse que, antes de a filha nascer, pagou à jornalista R$ 8.000 mensais, a título de "assistência à gestante", além do aluguel, cujo valor não especificou.
A partir do Fusca de 1978, o patrimônio de Renan sempre evoluiu. Teve casas financiadas, carros da moda, como Opala e Passat, investiu em linhas telefônicas, mas, segundo suas declarações entregues à Justiça Eleitoral, foi a partir de 1994, após ser eleito senador pela primeira vez, que esse crescimento acelerou. Antes de tomar posse, Renan declarou naquele ano possuir três casas (duas em Maceió e uma em Brasília) e seis linhas telefônicas (somando as de Alagoas e Brasília), além de um Uno Mille.
Em 2002, reeleito, informou possuir uma casa e um apartamento em Brasília, uma Toyota Hillux sr5 e um Mitsubishi L200 GLS, além de um apartamento, de 240 m2 à beira-mar, em área nobre de Maceió. Sua participação nominal no setor agropecuário, que teria melhorado ainda mais seus rendimentos nos últimos anos, só estaria presente nas declarações de renda posteriores a 2002. Esses documentos, porém, não foram disponibilizados pelo senador à imprensa. Pouco se sabe sobre a evolução patrimonial de Renan desde então. Em 2004, ele adquiriu uma casa no balneário de Barra de São Miguel (AL), conforme reportagem da Folha publicada em 2005.
Procurado ontem pela reportagem para explicar a origem de sua renda e como pagou os benefícios à jornalista, Renan não se pronunciou. Sua assessoria informou que um advogado convocará os jornalistas para tirar as dúvidas que permanecem sobre o caso.
Citado em gravações telefônicas da Operação Navalha, Renan nega ligações com a empreiteira Gautama, suspeita de comandar esquema de fraudes em licitações. Também nega que a construtora Mendes Júnior esteja envolvida no pagamento da pensão à jornalista.
Ex-ministro Silas Rondeau e dois governadores prestam depoimento hoje no STJ
da Folha Online
O ex-ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e os governadores do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), prestam depoimento nesta quarta-feira no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a partir das 8h.
Eles foram convocados para depor pela ministra Eliana Calmon no inquérito que apura o suposto esquema de fraudes em licitações de obras públicas revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Pela agenda divulgada, o primeiro a ser o ouvido será Teotônio Vilela, às 8h. Depois será a vez de Jackson Lago, às 10h. O último a depor será Rondeau, às 14h.
Também está previsto o depoimento de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), marcado para as 12h.
Segundo o STJ, os horários foram acertados com os quatro que serão ouvidos, e os depoimentos não durarão mais que duas horas.
O deputado distrital Pedro Passos (PMDB), cujo depoimento também estava previsto para hoje, não procurou a ministra para marcar um horário, segundo o STJ.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O governador Jackson Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação da PF.
Já Teotônio Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF.
O ex-ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) e os governadores do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), prestam depoimento nesta quarta-feira no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a partir das 8h.
Eles foram convocados para depor pela ministra Eliana Calmon no inquérito que apura o suposto esquema de fraudes em licitações de obras públicas revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
Pela agenda divulgada, o primeiro a ser o ouvido será Teotônio Vilela, às 8h. Depois será a vez de Jackson Lago, às 10h. O último a depor será Rondeau, às 14h.
Também está previsto o depoimento de Ulisses César Martins de Sousa, conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), marcado para as 12h.
Segundo o STJ, os horários foram acertados com os quatro que serão ouvidos, e os depoimentos não durarão mais que duas horas.
O deputado distrital Pedro Passos (PMDB), cujo depoimento também estava previsto para hoje, não procurou a ministra para marcar um horário, segundo o STJ.
Rondeau deixou o governo na semana passada depois de ser apontado pela PF como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O governador Jackson Lago teve dois sobrinhos presos na Operação Navalha --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior-- e foi citado na investigação da PF.
Já Teotônio Vilela Filho também foi citado no inquérito, mas não incriminado diretamente pela PF.
Wagner mantém correligionário no cargo
Impedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de retornar à Policia Federal, se assim desejasse, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, foi mantido no comanda da pasta pelo governador Jaques Wagner (PT). Porém, ao contrário do que ocorreu na semana passada, não foi uma decisão fácil. A informação oficial só foi divulgada no final da noite de ontem.
Junto com dois outros delegados federais, inclusive o superintendente atual da PF, César Nunes, Paulo Bezerra foi afastado da corporação por 60 dias pela ministra do STJ, Eliana Calmon, a mesma que autorizou a prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, e mais 46 pessoas no âmbito da Operação Navalha.
Segundo assessores do governo estadual, Paulo Bezerra e Jaques Wagner tiveram um encontro às 13h, quando a permanência do secretário teria sido confirmada. Porém, após solenidade em que assinou a lei que define o reajuste do funcionalismo, Jaques Wagner, por não se sentir informado o suficiente sobre o caso, não falou com a imprensa sobre a situação do secretário. O governador vai prosseguir colhendo informações do caso e pode mudar de opinião sobre a permanência de Bezerra.
Em cinco meses, Bezerra coleciona dissabores no governo estadual, como o aumento no índice de violência no Carnaval e a atrapalhada atuação da pasta nas investigações do assassinato do servidor da Secretaria de Saúde de Salvador e parcerias suspeitas com empresas de economia mista e particulares.
Na semana passada, antes de ser afastado da PF, Bezerra havia rechaçado qualquer vestígio de irregularidade contra sua conduta na instituição. “Se houver algum indício de que fui desleal com minha instituição, que me afastei um milímetro de meus deveres profissionais e do juramento que fiz quando ingressei na Polícia Federal, rasgo esta carteira (de delegado) que me acompanha há muito tempo e meus diplomas de delegado e de bacharel em direito”, afirmou, teatralmente, em coletiva de imprensa.
FONTE: CORREIO DA BAHIA
Junto com dois outros delegados federais, inclusive o superintendente atual da PF, César Nunes, Paulo Bezerra foi afastado da corporação por 60 dias pela ministra do STJ, Eliana Calmon, a mesma que autorizou a prisão do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, e mais 46 pessoas no âmbito da Operação Navalha.
Segundo assessores do governo estadual, Paulo Bezerra e Jaques Wagner tiveram um encontro às 13h, quando a permanência do secretário teria sido confirmada. Porém, após solenidade em que assinou a lei que define o reajuste do funcionalismo, Jaques Wagner, por não se sentir informado o suficiente sobre o caso, não falou com a imprensa sobre a situação do secretário. O governador vai prosseguir colhendo informações do caso e pode mudar de opinião sobre a permanência de Bezerra.
Em cinco meses, Bezerra coleciona dissabores no governo estadual, como o aumento no índice de violência no Carnaval e a atrapalhada atuação da pasta nas investigações do assassinato do servidor da Secretaria de Saúde de Salvador e parcerias suspeitas com empresas de economia mista e particulares.
Na semana passada, antes de ser afastado da PF, Bezerra havia rechaçado qualquer vestígio de irregularidade contra sua conduta na instituição. “Se houver algum indício de que fui desleal com minha instituição, que me afastei um milímetro de meus deveres profissionais e do juramento que fiz quando ingressei na Polícia Federal, rasgo esta carteira (de delegado) que me acompanha há muito tempo e meus diplomas de delegado e de bacharel em direito”, afirmou, teatralmente, em coletiva de imprensa.
FONTE: CORREIO DA BAHIA
Mais de 3 mil brasileiros têm câncer de pênis
Doença é mais comum entre os nordestinos e o número de amputações chegou a 908 no ano passado
RIO DE JANEIRO - A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) divulgou ontem um estudo estimando em mais de três mil o número de brasileiros com câncer de pênis e alertando para o fato de o registro no SUS de amputações por causa da doença ter atingido, em 2005, o maior patamar desde 2000, com 908 casos. O estudo, feito a partir de uma amostra de 281 casos catalogados pela entidade, estima que São Paulo é o estado com maior número de registros, o que já era esperado por se tratar da unidade da federação com maior população. A situação mais preocupante, no entanto, é a de Maranhão e Ceará, estados com maiores registros após São Paulo.
Mesmo no caso de São Paulo, o presidente da entidade, Sidney Glina, afirma que uma parcela expressiva dos casos registrados é de pessoas que vieram do interior do Nordeste. As causas da doença são desconhecidas. Sabe-se, no entanto, que há uma forte correlação entre câncer de pênis e excesso de pele no órgão genital masculino. Outro fator associado a uma maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer é a falta de higiene.
O secretário geral da SBU, Luciano Favorito, diz que, por ser uma doença fortemente associada à falta de cuidados na higiene, o câncer de pênis é mais comum nas populações de baixa renda e escolaridade. Isso ajuda a explicar por que o Nordeste _ região com índices de pobreza maiores _ tem, proporcionalmente, mais casos.
Nos registros do SUS, o número de 908 amputações em 2005 é 9,4% superior às 830 de 2004. A SBU estima, no entanto, que esses dados estejam subestimados porque muitos hospitais não relatam todos os casos e porque há também casos de amputação em pacientes atendidos por planos particulares. “Os homens não têm costume de visitar um médico regularmente como as mulheres; então, às vezes, têm algumas lesões no pênis e não cuidam. Essas lesões podem ser pequenos tumores malignos que, se não tratados, podem crescer muito, destruindo o órgão genital e provocando metástase em outros”, diz o presidente da SBU.
O fato de a doença estar fortemente associada ao excesso de pele no pênis levou a SBU a planejar um mutirão na próxima sexta e sábado no estado do Maranhão. Além de um trabalho de conscientização, serão realizadas nessa atividade 200 cirurgias de fimose. Para conscientizar a população em relação à higiene do pênis, a SBU lançará também uma campanha nacional com a participação do ex-jogador de futebol Zico, que gravará um comercial com o slogan “jogue limpo com o seu amigo”. (Folhapress)
RIO DE JANEIRO - A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) divulgou ontem um estudo estimando em mais de três mil o número de brasileiros com câncer de pênis e alertando para o fato de o registro no SUS de amputações por causa da doença ter atingido, em 2005, o maior patamar desde 2000, com 908 casos. O estudo, feito a partir de uma amostra de 281 casos catalogados pela entidade, estima que São Paulo é o estado com maior número de registros, o que já era esperado por se tratar da unidade da federação com maior população. A situação mais preocupante, no entanto, é a de Maranhão e Ceará, estados com maiores registros após São Paulo.
Mesmo no caso de São Paulo, o presidente da entidade, Sidney Glina, afirma que uma parcela expressiva dos casos registrados é de pessoas que vieram do interior do Nordeste. As causas da doença são desconhecidas. Sabe-se, no entanto, que há uma forte correlação entre câncer de pênis e excesso de pele no órgão genital masculino. Outro fator associado a uma maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer é a falta de higiene.
O secretário geral da SBU, Luciano Favorito, diz que, por ser uma doença fortemente associada à falta de cuidados na higiene, o câncer de pênis é mais comum nas populações de baixa renda e escolaridade. Isso ajuda a explicar por que o Nordeste _ região com índices de pobreza maiores _ tem, proporcionalmente, mais casos.
Nos registros do SUS, o número de 908 amputações em 2005 é 9,4% superior às 830 de 2004. A SBU estima, no entanto, que esses dados estejam subestimados porque muitos hospitais não relatam todos os casos e porque há também casos de amputação em pacientes atendidos por planos particulares. “Os homens não têm costume de visitar um médico regularmente como as mulheres; então, às vezes, têm algumas lesões no pênis e não cuidam. Essas lesões podem ser pequenos tumores malignos que, se não tratados, podem crescer muito, destruindo o órgão genital e provocando metástase em outros”, diz o presidente da SBU.
O fato de a doença estar fortemente associada ao excesso de pele no pênis levou a SBU a planejar um mutirão na próxima sexta e sábado no estado do Maranhão. Além de um trabalho de conscientização, serão realizadas nessa atividade 200 cirurgias de fimose. Para conscientizar a população em relação à higiene do pênis, a SBU lançará também uma campanha nacional com a participação do ex-jogador de futebol Zico, que gravará um comercial com o slogan “jogue limpo com o seu amigo”. (Folhapress)
Ministra manda afastar três delegados da PF
Entre eles está o secretário de Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, acusado de vazar informações
BRASÍLIA - Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal afastou ontem das funções três delegados dos seus quadros, todos eles alcançados pela Operação Navalha. A medida atingiu o diretor-executivo Zulmar Pimentel, segundo homem da hierarquia da PF; o superintendente na Bahia, Antônio César Nunes; e o atual secretário de Segurança Pública do mesmo estado, Paulo Bezerra, ex-superintendente.
No despacho que determina a punição, a ministra Eliana Calmon, do STJ, informa que os três são suspeitos de vazamento de informações sigilosas da operação e responderão a inquérito criminal na 2ª Vara da Justiça Federal da Bahia. O afastamento deve durar 60 dias para que eles não interfiram nas investigações. Acostumada a liderar as grandes operações, a PF reagiu mal ao abalo e entrou em crise.
O diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, mandou abrir sindicância administrativa, que pode resultar até na demissão dos três a bem do serviço público. Nunes e Bezerra são investigados em inquérito sobre o envolvimento de policiais com uma quadrilha de empresários baianos especializada em fraudes de licitações de obras públicas. Pimentel teria alertado um acusado de que ele era alvo de investigação e seria afastado.
A investigação contra policiais começou em 2005, com a Operação Octopus. O inquérito chegou ao STJ em junho de 2006, dando origem à Operação Navalha, com a constatação de que autoridades com direito a foro especial estariam envolvidas com a quadrilha. Nunes ficou conhecido como o delegado que conduziu o inquérito contra o ex-chefe da Assessoria Parlamentar da Presidência Waldomiro Diniz, que até hoje não foi concluído.
Procurado, ele incumbiu a assessoria da PF de responder por ele. De acordo com a corporação, ele negou a acusação e entregou um notebook em cuja memória, acredita, estaria a prova da sua inocência. Bezerra, por sua vez, avisou, por meio da assessoria, que não comentaria o caso porque já está afastado da Polícia Federal desde que assumiu a secretaria de Segurança Pública do governo Jaques Wagner (PT), em janeiro. Pimentel explicou que foi ao Ceará, em missão oficial, para avisar ao superintendente da PF local, João Batista Paiva Santana, que ele estava afastado do cargo.
Antes mesmo da conclusão da sindicância sobre o caso, Paulo Lacerda confirmou a versão e informou que Pimentel não cometeu irregularidade, pois teria ido ao Ceará como emissário seu.
O diretor-executivo estava ontem no Amazonas, onde foi se reunir com delegados e acompanhar o lançamento de mais uma operação da PF, para prender servidores da Receita acusados de corrupção. A Operação Hiena é uma referência ao animal que mais compete com o leão, símbolo da Receita. Um dos policiais mais importantes da PF, candidato à sucessão de Lacerda, Pimentel costuma dar nomes, geralmente bíblicos ou bizarros, às megaoperações. O delegado acredita que o envolvimento do seu nome parta dos seus adversários na disputa sucessória
Fonte: Correio da Bahia
BRASÍLIA - Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Polícia Federal afastou ontem das funções três delegados dos seus quadros, todos eles alcançados pela Operação Navalha. A medida atingiu o diretor-executivo Zulmar Pimentel, segundo homem da hierarquia da PF; o superintendente na Bahia, Antônio César Nunes; e o atual secretário de Segurança Pública do mesmo estado, Paulo Bezerra, ex-superintendente.
No despacho que determina a punição, a ministra Eliana Calmon, do STJ, informa que os três são suspeitos de vazamento de informações sigilosas da operação e responderão a inquérito criminal na 2ª Vara da Justiça Federal da Bahia. O afastamento deve durar 60 dias para que eles não interfiram nas investigações. Acostumada a liderar as grandes operações, a PF reagiu mal ao abalo e entrou em crise.
O diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, mandou abrir sindicância administrativa, que pode resultar até na demissão dos três a bem do serviço público. Nunes e Bezerra são investigados em inquérito sobre o envolvimento de policiais com uma quadrilha de empresários baianos especializada em fraudes de licitações de obras públicas. Pimentel teria alertado um acusado de que ele era alvo de investigação e seria afastado.
A investigação contra policiais começou em 2005, com a Operação Octopus. O inquérito chegou ao STJ em junho de 2006, dando origem à Operação Navalha, com a constatação de que autoridades com direito a foro especial estariam envolvidas com a quadrilha. Nunes ficou conhecido como o delegado que conduziu o inquérito contra o ex-chefe da Assessoria Parlamentar da Presidência Waldomiro Diniz, que até hoje não foi concluído.
Procurado, ele incumbiu a assessoria da PF de responder por ele. De acordo com a corporação, ele negou a acusação e entregou um notebook em cuja memória, acredita, estaria a prova da sua inocência. Bezerra, por sua vez, avisou, por meio da assessoria, que não comentaria o caso porque já está afastado da Polícia Federal desde que assumiu a secretaria de Segurança Pública do governo Jaques Wagner (PT), em janeiro. Pimentel explicou que foi ao Ceará, em missão oficial, para avisar ao superintendente da PF local, João Batista Paiva Santana, que ele estava afastado do cargo.
Antes mesmo da conclusão da sindicância sobre o caso, Paulo Lacerda confirmou a versão e informou que Pimentel não cometeu irregularidade, pois teria ido ao Ceará como emissário seu.
O diretor-executivo estava ontem no Amazonas, onde foi se reunir com delegados e acompanhar o lançamento de mais uma operação da PF, para prender servidores da Receita acusados de corrupção. A Operação Hiena é uma referência ao animal que mais compete com o leão, símbolo da Receita. Um dos policiais mais importantes da PF, candidato à sucessão de Lacerda, Pimentel costuma dar nomes, geralmente bíblicos ou bizarros, às megaoperações. O delegado acredita que o envolvimento do seu nome parta dos seus adversários na disputa sucessória
Fonte: Correio da Bahia
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