Publicado em 8 de junho de 2023 por Tribuna da Internet
Thays Martins
Correio Braziliense
Pressionado por 23 senadores, inclusive os do seu partido, para levar o projeto do marco temporal ao Plenário por meio de regime de urgência, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou a sessão pré-feriado esperando que o Supremo Tribunal Federal (STF) resolvesse o problema.
O STF, porém, adiou a solução. Assim, o esquema não deu certo e, agora, na semana que vem, o pedido de urgência será lido pela Mesa. O presidente Pacheco, porém, promete resistir. Se depender da disposição dele, a proposta será debatida nas comissões técnicas da Casa, sem a urgência.
NA FORMA DA LEI – Só tem um probleminha: o Regimento do Senado, conforme o leitor assíduo da coluna já sabe, dá respaldo ao pedido dos senadores. A urgência dispensa o parecer das comissões técnicas e a matéria pode ser levada diretamente ao plenário.
Em tempo: o pedido de urgência conta com a assinatura de vários integrantes do PSD. Além disso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também já se colocou à favor do marco temporal.
Pacheco está numa encruzilhada, enquanto as lideranças indígenas protestam em todo o país.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma confusão dos diabos. O Supremo senta em cima do marco temporal jurídico, enquanto os senadores querem urgência para a versão parlamentar, exibindo a esculhambação institucional que assola o país. Ninguém se entende, ninguém me ama, ninguém me quer, diria jornalista e compositor Antônio Maria. (C.N.)