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sexta-feira, abril 28, 2023

Toffoli pede transferência para Segunda Turma, onde decidirá caso Tacla Duran e Lava Jato

Publicado em 27 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Ministro do Supremo Dias Toffoli.

Toffoli sabe se posicionar estrategicamente no Supremo

Pepita Ortega
Estadão

Ainda sob a indefinição do próximo nome a ocupar vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli encaminhou ofício à presidente Rosa Weber pedindo transferência para a Segunda Turma da Corte. O colegiado está com uma cadeira vazia após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, no dia 11 de abril.

Se conduzido à Segunda Turma, Toffoli deverá votar em processos sensíveis ainda remanecentes da Operação Lava Jato, inclusive no caso Tacla Duran  advogado que afirma ter sido alvo de extorsão no âmbito da investigação, implicando o senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol, respectivamente, ex-juiz e ex-procurador da operação.

FACHIN É O RELATOR – No caso de Tacla Duran, que chegou a ser distribuído para o gabinete de Lewandowski antes da aposentadoria, houve redistribuição. A ministra Rosa Weber decidiu que o caso tramitará junto ao gabinete do ministro Edson Fachin.

A troca não é imediata. Ela só será efetivada caso um integrante mais antigo do Supremo não demonstre interesse pela vaga. No caso, a única integrante da Primeira Turma que ingressou na Corte máxima antes de Toffoli é a ministra Cármen Lúcia.

A ministra, no entanto, passou a integrar a Primeira Turma há pouco tempo. Em agosto de 2021, quando o Marco Aurélio Mello se aposentou do STF, a magistrada manifestou interesse na cadeira vaga. Na ocasião, o movimento acabou desbancando o pedido do ministro Edson Fachin.

PRÓXIMO NOMEADO – Se a mudança se concretizar, o próximo nome indicado à Corte máxima assume o posto deixado por Toffoli na Primeira Turma.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não indicou o próximo ministro. Os dois preferidos à vaga são o advogado Cristiano Zanin, que representou Lula durante a Operação Lava Jato, e o jurista Manoel Carlos Almeida Netto, pupilo de Lewandowski.

Integram hoje a Segunda Turma do STF os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Já a Primeira Turma é composta pelos ministros Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes e pelas ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber.

DANÇA DE CADEIRAS – Mesmo que a mudança se concretize, Toffoli ainda manterá sob seu crivo a relatoria de processos já em curso na Primeira Turma. Assim ele eventualmente participará das sessões de julgamento de tal colegiado. Já os processos que ainda não começaram a ser julgados, seguem com o ministro para a Segunda Turma.

A mesma movimentação aconteceria com os casos que eram relatados por Lewandowski. Os que começaram a ser julgados, seguem na segunda Turma. Aqules cuja análise ainda não teve início vão para a Primeira Turma com o sucessor de Lewandowski.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Caramba, a que ponto chega a hipocrisia dessa gente. A movimentação de Toffoli significa, simplesmente, garantir a impunidade a um criminoso vulgar como o doleiro Tacla Duran, que lavava dinheiro para empreiteiras como Odebrecht e UTC, emitindo notas fiscais frias em nome de duas empresas de fachada que criou na Espanha e em Cingapura. Aliás, não dá para entender essa mania que a grande imprensa tem, sempre chamando o doleiro Tacla Duran de “advogado da Odebrecht”. Dá para desconfiar, não é mesmo? (C.N.)


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