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sábado, abril 27, 2019

Para os militares refletirem: Política da Petrobras é a mais irresponsável do mundo


Paulo Guedes oculta os números e quer fazer seus negócios sob sigilo
Carlos Newton
Caramba, a ganância desse pessoal não tem limites! O presidente Bolsonaro disse num dia (quinta-feira) que a Petrobras poderia privatizar refinarias e no dia seguinte (sexta-feira) a direção da empresa já anunciava que venderá oito das 13 unidades de que dispõe aqui na filial Brazil. Esses entreguistas das riquezas da pátria deviam lembrar o grande magnata John D. Rockefeller. Lá na matriz USA, ele costumava dizer que “o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada e o segundo melhor é uma mal administrada”.
Quando Rockefeller falava em empresa de petróleo, na verdade estava se referindo às refinarias, porque quem faz prospecção pode não encontrar jazidas e quem extrai petróleo pode ver a reserva se esgotar. Mas a refinaria não tem esses riscos empresariais, está sempre no lucro. É preciso raciocinar sobre isso, neste momento em que o país tem um ministro da Economia (Paulo Guedes) que sonha em privatizar todas as estatais e a Petrobras é presidida justamente por um defensor dessa tresloucada ideia (Roberto Castello Branco).
Sei que os artigos da Tribuna da Internet são distribuídos aos chefes militares pelos serviços de inteligência. Por isso, faço esse apelo ao núcleo duro do governo, em especial ao almirante Bento Albuquerque, para que evitem esse crise de lesa-pátria, porque Guedes não abre a discussão sobre a Petrobras e quer fazer seus negócios sempre sob sigilo.
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A PIOR POLÍTICA DE PREÇOS DO MUNDO
Cláudio da Costa Oliveira      (Site da Aepet)
O ministro Paulo Guedes já falou muitas vezes que quer privatizar a Petrobrás. Nomeou Roberto Castello Branco, seu amigo de longa data, presidente da companhia. Em recente evento Castello Branco externou que seu “sonho” é vender a Petrobrás. Ambos afirmam que greve de caminhoneiros só existe no Brasil e que é causado pelo monopólio da Petrobrás no refino. Mais uma grande falácia.
Ocorre que à partir de 2016 a política de preços da Petrobrás passou a seguir a paridade internacional. Isto implica em fazer oscilar os preços no mercado interno em função do preço internacional do petróleo e da variação cambial real/dólar.
Acontece que a volatilidade cambial brasileira não encontra paralelo em nenhum país do mundo. Em apenas um mês o real pode se valorizar ou desvalorizar 20 ou 30%.
IMPACTO PROFUNDO – Havendo um aumento nos preços internacionais do petróleo, associado a uma desvalorização do real, o impacto nos preços internos podem ser insuportáveis.
Neste caso o consumidor normal tem a opção de deixar o carro na garagem e ir trabalhar de ônibus. O caminhoneiro não tem opção e terá de enfrentar uma difícil negociação com seus clientes. Fica claro que esta política de paridade internacional é incompatível com a realidade brasileira.
Por outro lado, é bom lembrar que a renda dos brasileiros não é a mesma de americanos, europeus e canadenses. Com renda menor, a capacidade de absorver os aumentos de preços nos combustíveis também é menor.
TODOS PERDEM – O pior da política de paridade internacional é que ela além de prejudicar o consumidor brasileiro, prejudica também a Petrobras, que fica com suas refinarias ociosas e perde mercado interno para os importadores.
Para comprovar isto, basta verificar os números publicados pela Petrobrás. No período de 2011 a 2013 quando vigorava um subsídio ao consumo interno, que muitos alegam que causou severos “prejuízos” à companhia, a empresa registrou a seguinte Geração Operacional de Caixa, em US$ bilhões: em 2011, 33,69; em 2012, 27,04; em 2013, 26,30; com Tota de 87,03.
No período 2016 a 2018, com implantação do preço de paridade internacional, a empresa registrou a seguinte Geração Operacional de Caixa, em US$ bilhões: em 2016, 26,10; em 2017, 27,11; em 2018, 26,35; com Total de 79,56. Notem que, mesmo com o aumento da produção, no período 2016 a 2018 a companhia gerou menos cerca de US$ 2,5 bilhões de caixa por ano.
SEM “PREJUÍZO” – No período 2011 a 2013, com o subsídio, nos pagávamos preços mais baixos do que os do mercado internacional, o que tornava o país mais competitivo, e a Petrobras gerava mais caixa. Portanto, o alegado “prejuízo” não existiu.
Já no período 2016 a 2018, nós passamos a pagar preços mais altos do que os do mercado internacional, prejudicando a competitividade do país, e a Petrobras gerou menos caixa. Isto foi causado pela ociosidade das refinarias, obrigando a empresa a exportar óleo cru. Hoje, sim, estamos tendo prejuízos.
Os únicos que lucram neste processo são as refinarias americanas, os traders internacionais e os produtores de etanol. Mas, Guedes e Castello Branco já disseram que querem privatizar a Petrobras. Vão começar vendendo seus ativos (refinarias, distribuidora, Transpetro etc).
EFEITO NA ECONOMIA – Como já demonstrado em diversos estudos, os investimentos da Petrobras, por serem autônomos, tem um forte efeito multiplicador na economia brasileira, segundo a Secretaria de Tesouro Nacional.
Existe uma forte correlação entre os investimentos da Petrobras e o resultado primário. Investimentos acima de US$ 35 bilhões ano podem trazer equilíbrio e até superávits primários. Portanto, num forte programa de investimentos da Petrobrás pode, por si só, provocar superávits fiscais, independentemente de reformas previdenciárias.
Pode também melhorar substancialmente o nível de emprego no país. A Petrobrás não é uma empresa do passado e nem do presente. A Petrobrás é uma empresa do futuro. Mas as últimas administrações tem tentado de toda forma esconder esta verdade.
MUITO COMPETITIVA – Com a descoberta do pré-sal e os investimentos feitos no período 2009/2014, a Petrobras está pronta para se transformar numa das maiores petroleiras do mundo. Mas a descoberta do pré-sal trouxe também a ganância e o poder do capital estrangeiro.
E a mídia hegemônica passou a atacar a empresa sistematicamente, como vemos no artigo “A saga da Petrobras e a torpe participação da rede Globo”:
http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo- geral/item/2184-a-saga-da-petrobras-e-a-torpe-atuacao-da- rede-globo
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AMANHÃ – A diferença entre a Petrobras e a Aramco, a estatal do petróleo saudita.

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