Talita FernandesFolha
O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião de emergência nesta terça-feira (30) para discutir a situação da Venezuela. O encontro teve a presença do vice-presidente, general Hamilton Mourão, do presidente e dos ministros Augusto Heleno (GSI), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo (Defesa).
Após a reunião, o presidente divulgou uma nota na qual encoraja outros países a apoiarem o movimento para depor o ditador Nicolás Maduro.
SOLIDARIEDADE – Em uma rede social, Bolsonaro afirmou que o “Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos”. “Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia.”
Líderes da oposição do país vizinho, Juan Guaidó e Leopoldo López foram no início da manhã desta terça até a base aérea de La Carlota, em Caracas, para anunciar o apoio de militares dissidentes na luta contra o regime do ditador Nicolás Maduro.
“Hoje soldados que são valentes vieram até aqui porque nosso primeiro de maio começou hoje. Estamos chamando as Forças Armadas para acabar com a usurpação hoje.” Guaidó deu as declarações por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, no qual aparece cercado de militares que o apoiam, armados, e ao lado de López.
APOIO DO BRASIL – Guaidó foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto no fim de fevereiro, pouco tempo depois de ter feito juramento na Assembleia Nacional como “presidente interino” da Venezuela.
O governo brasileiro apoia a oposição venezuelana contra o regime de Maduro, mas militares e o próprio presidente têm negado qualquer iniciativa de intervenção no território do país vizinho, deixando que os próprios venezuelanos resolvam seus problemas internos.