SÃO PAULO - Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprir sua intenção de visitar 20 estados, nos próximos meses, para mostrar serviço e ajudar os candidatos a prefeito da base aliada, cedo descobrirá que essas visitas não serão muito pacíficas. Levantamento mostrou que nas 16 principais capitais do País a base aliada está rachada em 14. Nas outras duas, o PT está unido a seu maior adversário, o PSDB. Apenas em São Paulo a disputa será de governo (PT) contra oposição (PSDB/DEM).
Uma das situações mais complexas para o governo federal é o Rio de Janeiro, onde se antecipa uma disputa com cinco candidatos de partidos integrantes da base aliada. O senador Marcelo Crivella (PRB, partido do vice José Alencar) tem sido o candidato mais promovido por Lula, em suas visitas ao Rio, mas o que desponta na preferências das pesquisas é o radialista Wagner Montes (do PDT do ministro Carlos Lupi).
O PCdoB lançará a ex-deputada Jandira Feghali, que perdeu a eleição para o Senado em 2006. E o PT fará uma prévia em março para escolher seu candidato entre a ex-ministra Benedita da Silva, o deputado Edson Santos, o estadual Alessandro Molon ou Vladimir Palmeira.
Mas a complicação maior está no PMDB, partido do governador Sérgio Cabral, aliado incondicional de Lula, que tirou o ex-deputado Eduardo Paes (atual secretário estadual de Esportes) do PSDB para ser o candidato do seu partido.
Mas o deputado estadual Jorge Picciani (presidente da Assembléia do Rio) e o ex-governador Anthony Garotinho, que comandam uma facção majoritária do PMDB, acertaram com o prefeito Cesar Maia que o partido apoiará a candidata do DEM, a deputada Solange Amaral. Essa algaravia, provavelmente, vai inviabilizar viagens de Lula ao Rio durante a campanha.
Opções radiacais
Em Porto Alegre, a discórdia está semeada. O PMDB está engajado na reeleição do atual prefeito José Fogaça, um militante histórico do partido. Mas o PT está pintado para a guerra e vai fazer prévias para escolher entre dois candidatos radicais - a deputada Maria do Rosário, que tem boa posição nas pesquisas, e o o ex-ministro Miguel Rossetto.
Além dos dois, o PCdoB vai lançar a deputada Manuela d'Ávila. Não é só. O PSB, que em 2004 concorreu com o deputado Beto Albuquerque, ainda não decidiu o que fazer agora. E o PDT, que no Sul não é aliado de Lula, pode lançar candidato. Em Belém, o desconforto de Lula não promete ser menor.
O atual prefeito, Duciomar Costa (PTB), vai enfrentar, na luta pela reeleição, o deputado José Priante (PMDB), do grupo do deputado Jader Barbalho. O que pode azedar mais ainda o clima da disputa é que o PT está ameaçando lançar o ex-secretário estadual de Educação Mário Cardoso, embora tivesse recebido o apoio de Jader em 2006 para eleger a governadora Ana Júlia Carepa, com o compromisso de apoiar Priante este ano.
Em Manaus, o atual prefeito Serafim Corrêa (PSB) vai enfrentar Omar Aziz, candidato do governador Eduardo Braga (PMDB), do PT e do PCdoB, numa disputa que fragmenta a base aliada federal no maior estado brasileiro. Em Florianópolis, o racha na base não terá culpa do PT, que é minúsculo em Santa Catarina.
Lá, o enfrentamento será entre o atual prefeito Dário Berger (que trocou o PSDB pelo PMDB e é alvejado por denúncias de corrupção) e o PR do ex-governador Esperidião Amin e sua mulher, deputada Ângela Amin. Um dos dois será candidato.
Em Maceió, o atual prefeito, radialista Cícero Almeida (PR), ligado ao usineiro João Lyra, vai enfrentar Judson Cabral (PT, com apoio do PCdoB), o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT, com apoio do PSB) e um candidato da aliança entre o governador Teotônio Villela Filho (PSDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB).
Em Salvador, na luta pela reeleição, o atual prefeito João Henrique (que trocou o PDT pelo PMDB) pode ter adversário da base aliada, porque o deputado Nelson Pellegrino (PT) e a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) anunciam disposição de se candidatar.
Em Campo Grande, o PT pressiona o ex-governador Zeca do PT a se candidatar contra o atual prefeito, Nelson Trad Filho (PMDB). O deputado Dagoberto Nogueira Filho (PDT) está anunciando que concorrerá também. Em Cuiabá, o PT decidiu que concorrerá com o deputado Carlos Abicalil. O PMDB já definiu que terá candidato próprio, que será o deputado estadual e apresentador de TV Walter Rabelo.
O governador Blairo Maggi, aliado firme de Lula, no entanto, não apoiará nem um nem outro. O candidato dele é o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Mauro Mendes, que nunca concorreu a cargos eletivos.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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