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sábado, novembro 17, 2007

Coisas da política: Governo rico e perdulário

Villas-Bôas Corrêa
Como todo milionário que gasta muito e mal, também para o governo não há dinheiro que chegue para aplacar a gula dos Três Poderes na frenética corrida do desperdício com que torra o dinheiro público. Convém afastar desde logo as suspeitas de que os milhões distribuídos em programas sociais, como o Bolsa Família e o Bolsa Escola estejam incluídos no rol da gastança dos esbanjadores do erário.
Por todos os títulos e merecimentos, o Congresso lidera o bloco dos dissipadores. Recente levantamento da ONG Transparência Brasil apurou que o custo mensal de cada deputado federal e senador alcança, em média, a altura estratosférica de R$ 10,2 milhões por ano. Ou R$ 11,5 mil por minuto.
Francamente, mais de R$ 800 mil por mês por um senador ou deputado é um despropósito: o trabalho de suas excelências na madraçaria da semana de dois a três dias úteis não vale tanto. Mas podemos inflar o peito de vaidade: este país ufana-se de sustentar um dos legislativos mais caros do mundo. Só perdemos para os EUA e por pequena diferença: R$ 20,2 milhões dos ianques contra os R$ 15,3 milhões anuais da nossa seleção. Até o fim do segundo mandato do presidente Lula, vamos deixar os americanos na poeira.
Para acomodar com o luxo e o requinte de marajá os felizardos que decidem os nossos destinos, na Praça dos Três Poderes e nas áreas nobres que a circundam, a cada ano novos e suntuosos palácios são construídos ao custo de milhões. Lá uma vez ou outra, a casmurrice do Tribunal de Contas da União desperta para o exagero dos custos e as discrepâncias das despesas. Como é o caso da nova e fantástica sede do Tribunal Superior Eleitoral, orçada em R$ 300 milhões. A queda-de- braço entre o TSE e o TCU promete gratas surpresas nos próximos capítulos. Uma caminhada pelo centro do cerrado constata que o TSE de tão espaçados períodos de sufoco nas folgas entre campanhas eleitorais, tem suas justificativas para a vaidade. Ele apenas não quer fazer feio entre vizinhos miliardários que o precederam na construção de suas sedes de ricaços: o palácio do Tribunal Superior do Trabalho custou R$ 200 milhões; o do Superior Tribunal de Justiça, R$ 170 milhões; o do Supremo Tribunal Federal, a modéstia de R$ 150 milhões. Para não ficar atrás, o Superior Tribunal Militar reivindica a construção de nova sede, orçada em R$ 250 milhões.
Muito justo. Afinal, o Ministério da Defesa está entregue ao ministro Nelson Jobim, um mágico na habilidade de retirar milhões da cartola da viúva para reajustar vencimentos e realizar obras. Emplacou como presidente do STF o tríplice aumento para o Judiciário e agora busca recursos para recuperar aeroportos e cumprir a adiada promessa de acabar com a desordem do serviço aéreo.
A Marinha adverte que até 2025, 87% dos navios da frota sairão de circulação. Informa o Exército que dos 1.437 blindados, 78% têm mais de 34 anos; dos 483 dos canhões e obuseiros, a maioria é de veteranos da Segunda Guerra. E a Aeronáutica suspira de inveja do Aerolula e confessa que das suas 719 aeronaves, só 267 estão em operação.
O presidente Lula gosta mesmo é da burocracia, de nomear petistas e cupinchas para sinecuras, de viajar e fazer discursos. Os gastos com o funcionalismo público dispararam de R$ 72 bilhões no fim do segundo mandato do presidente Fernando Henrique para R$ 115 bilhões no primeiro mandato de Lula e deve chegar a R$ 122,5 bilhões em 2007, segundo estimativas oficiais.
Assim, não há imposto do cheque que agüente.
Fonte: JB Online

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