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quinta-feira, junho 03, 2021

Rui avalia trocar petistas no secretariado com chegada de Joseildo e saída de Josias; entenda


por Mauricio Leiro / Matheus Caldas

Rui avalia trocar petistas no secretariado com chegada de Joseildo e saída de Josias; entenda
Josias Gomes e Joseildo Ramos | Foto: Gustavo Bezerra / PT na Câmara

As reformas no secretariado do governador da Bahia, Rui Costa (PT) devem continuar. O petista já indicou que novas cadeiras devem ser trocadas. Nesta nova leva de alterações, duas secretarias devem passar por reajustes para que algum deputado federal pelo PT siga comandando uma pasta: a de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e a de Desenvolvimento Rural (SDR).

 

O Bahia Notícias apurou com quatro fontes ligadas ao PT, em condição de anonimato, que as mudanças podem levar Joseildo Ramos à SJDHDS no lugar de Carlos Martins, que já vem sendo cotado para sair da pasta (leia mais aqui). Atualmente, Joseildo ocupa o lugar deixado na Câmara por Josias Gomes, titular da SDR, que voltaria a ocupar a cadeira no Legislativo. Desta forma, o partido seguiria com a mesma cota de deputados federais no secretariado de Rui - o outro é Nelson Pellegrino, no Desenvolvimento Urbano (Sedur).

 

O objetivo primordial da troca de cadeiras entre petistas na Câmara é manter o deputado federal Paulo Magalhães (PSD) com a cadeira no Legislativo federal. Assim, o governo conseguiria manter a negociação com o PSD para 2022 sem nenhum trauma mais grave. Caso Josias deixe a SDR, Magalhães seria "convidado" a voltar para a suplência, situação que seria contornada com a convocação de Joseildo para o primeiro escalão estadual.

 

À reportagem, ambos negaram a possibilidade. Josias disse que “desconhece a informação”. Joseildo, por sua vez, indicou que Rui Costa não o procurou para tratar sobre o assunto.

 

Desta forma, ficariam abertas, além da Sema, a vaga na SDR. Segue guardado à sete chaves o novo nome para comandar a Casa Civil, sem titular desde a saída de Bruno Dauster, no ano passado, apontado como um dos envolvidos na negociação de 300 respiradores comprados pelo Consórcio Nordeste e que não foram entregues (leia mais aqui). Neste caso, o governador estaria inclinado a escolher um nome técnico, desvinculado de partidos políticos (leia mais aqui). 

 

Em meados de maio, após uma série de especulações, Rui anunciou Luiz Caetano na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), João Carlos Oliveira, ex-Sema, foi deslocado para a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), e Bacelar assumiu a Secretaria de Turismo (Setur) (leia mais aqui). 

Bahia Notícias

Movimentos sociais e centrais convocam novo protesto contra Bolsonaro no próximo dia 19


Boulos sorri pouco e aparenta estar sempre cismado com o interlocutor. “Uma das coisas que mais me impressionaram após tanto tempo sem vê-lo foi notar como ele passou a usar trejeitos e expressões

Boulos, do PSOL, diz que pode disciplinar a aglomeração

Bruno Ribeiro
Estadão

Os movimentos sociais e centrais sindicais que organizaram os protestos realizados em todo o País, no último sábado, 29, marcaram uma nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro para o dia 19 de junho. O ato deve novamente pedir o impeachment do presidente, o retorno do auxílio emergencial enquanto durar a pandemia e a vacinação em massa contra o coronavírus. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas em mais de 200 cidades do Brasil e do interior. Mesmo usando máscaras e buscando seguir recomendações de distanciamento social, houve aglomeração entre os manifestantes.

“O objetivo de convocar essa nova mobilização é criar um ambiente para o impeachment do Bolsonaro”, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Guilherme Boulos (PSOL), ex-candidato a prefeito de São Paulo e liderança da esquerda.

CLIMA POLÍTICO – “As manifestações do último sábado já mudaram o clima político e novas manifestações expressam a definição dos movimentos sociais de não esperar até 2022 passivamente com o País no caos e na tragédia.”

A definição pela data para daqui a três semanas se deu para permitir aos organizadores angariar mais participantes nos protestos. Boulos disse contar com uma “participação expressiva” da população, a exemplo do que ocorreu na semana passada. A organização inclui centrais sindicais, partidos como o PSOL e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Ao comentar a eventual aglomeração de pessoas nas ruas diante de uma possível terceira onda de covid-19, que já começa a tomar forma no País, segundo alguns especialistas, Boulos afirmou que “com os protocolos que nós adotamos, foi possível fazer as manifestações. A gente espera que seja nesse cenário para o dia 19”.

Repressão no Recife – Os protestos de domingo passado ocorreram de forma pacífica, a exceção de Recife (PE), onde a repressão praticada pela Polícia Militar resultou em duas pessoas com ferimentos graves nos olhos.

Nesta terça-feira, 1º, o governador do Estado, Paulo Câmara (PT), exonerou o comandante da PM pernambucana, depois de ter afastado, antes, o comandante da tropa que atacou os manifestantes com bombas e balas de borracha.

Supremo conclui no dia 23 o julgamento que declarou Moro suspeito para condenar Lula


Marco Aurélio - STF

Marco Aurélio Mello não apoiou a decisão e pediu vista

Márcio Falcão e Fernanda Vivas
TV Globo — Brasília

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar no próximo dia 23 o julgamento do recurso contra a decisão da Segunda Turma que declarou suspeito o ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá.

O plenário já formou maioria, em abril, para manter a decisão do colegiado e manter a suspeição de Moro. Faltam ainda, no entanto, os votos do ministro Marco Aurélio Mello (que pediu mais prazo para analisar o caso) e do presidente do STF, Luiz Fux.

PAROU EM 7 A 2 – No momento da interrupção, havia sete votos pela manutenção da decisão da Segunda Turma (Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber) e dois pela revogação (Edson Fachin e Luís Roberto Barroso).

A data da retomada foi discutida pelos ministros que ainda não votaram para permitir que Marco Aurélio Mello apresente posição antes de sua aposentadoria, marcada para 5 de julho.

A decisão da Segunda Turma teve de ser apreciada pelo plenário porque, ao anular as condenações de Lula em decisão individual, em 8 de março, o ministro Edson Fachin entendeu que não caberia mais debater a suspeição em uma condenação anulada.

NOVA VOTAÇÃO – Mesmo assim, a Segunda Turma decidiu julgar o pedido, em 23 de março. Por 3 votos a 2, o colegiado declarou Moro parcial.

Isso gerou um conflito entre a decisão individual do ministro e a decisão da turma, o que fez com que o caso fosse levado para análise do plenário.

Com a manutenção pelo plenário da decisão da Segunda Turma, a suspeição de Moro fica mantida no processo do tríplex. Assim, o caso precisará ser retomado da estaca zero pelos investigadores. As provas já colhidas serão anuladas e não poderão ser utilizadas em um eventual novo julgamento pela Justiça Federal do Distrito Federal, para onde o caso foi enviado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Caramba, no afã de proteger o líder do maior esquema de corrupção do mundo, os ministros do Supremo estão querendo anular as provas, embora a jurisprudência do próprio tribunal determine exatamente o contrário, em função dos Princípios as Razoabilidade e da Economia Processual. O voto de Marco Aurélio é importantíssimo. Se votar na forma da lei, pode dar uma reviravolta no processo. Quanto aos ministros do Supremo, eles já mostraram que são muito capazes. Aliás, são capazes de tudo… (C.N.)

Cármen Lúcia autoriza abertura de inquérito para investigar ministro Ricardo Salles


Gilmar Fraga: sem novidade | GZH

Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha/ZH)

Fernanda Vivas e Márcio Falcão
TV Globo — Brasília

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (2) a abertura de um inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Cármen Lúcia atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O pedido da PGR foi feito no dia 31 de maio e tem como base a notícia-crime apresentada em abril contra o ministro por suposta tentativa de atrapalhar a apuração sobre a maior apreensão de madeira do Brasil, feita na Operação Handroanthus.

DELEGADO EXONERADO – A notícia-crime foi protocolada pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, então superintendente da PF no Amazonas. Uma semana depois, o governo nomeou outro delegado para o posto.

Ao pedir a abertura de inquérito ao Supremo, o Ministério Público informou quer apurar se o ministro do Meio Ambiente cometeu delitos como: advocacia administrativa; obstar ou dificultar a fiscalização ambiental; impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

A PGR pediu, ainda, autorização para que sejam realizadas as seguintes diligências: depoimento do ministro; depoimento de proprietários rurais e agentes de fiscalização do Ibama e do Departamento de Polícia Federal relacionados à Operação Handroanthus; cópia digitalizada da integralidade dos procedimentos de fiscalização e investigação relativos aos ilícitos ambientais.

PRÁTICAS DELITUOSAS – Ao analisar o pedido da PGR, a ministra afirmou que, em tese, há fatos que podem configurar práticas delituosas “cuja materialidade e autoria” precisam ser investigadas.

Conforme a decisão, a investigação busca apurar “a veracidade e a autoria” dos fatos citados na notícia-crime enviada pela PF contra Salles. Cármen Lúcia também afirmou ser “imprescindível” a apuração dos fatos mencionados.

“A investigação penal é dever jurídico do Estado e constitui resposta legítima do ente estatal ao que se contém na notícia do crime. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos delatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado”, escreveu.

PRAZO DE 30 DIAS – A ministra também autorizou as diligências propostas pela PGR e estabeleceu prazo de 30 dias para que as investigações sejam realizadas.

Na decisão, a ministra destacou o papel do STF em relação às apurações. “Na fase investigatória, é sua atribuição [do STF] controlar a legitimidade e a regularidade de atos e procedimentos de coleta de provas, autorizando ou não as medidas persecutórias submetidas a reserva de jurisdição, como, por exemplo, as que importam restrição a direitos constitucionais fundamentais”.

A ministra também determinou que a PGR se manifeste “com máxima urgência” sobre a situação de Eduardo Bim, presidente afastado do Ibama. A ministra lembrou que a situação de Bim não foi tratada no pedido feito ao STF na última segunda.

OPERAÇÃO DA PF – Em outra frente, no dia 19 de maio, Ricardo Salles foi alvo da Operação Akuanduba, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, também do STF.

As investigações apuram suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa. Quando a operação foi deflagrada, Salles chamou a ação de “exagerada” e negou envolvimento em exportação ilegal de madeira.

“Vou fazer aqui uma manifestação de surpresa com essa operação, que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, como todos os demais que foram citados e foram incluídos nessa investigação estiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões. O Ministério do Meio Ambiente, desde o início da gestão, atua sempre com bom senso, respeito às leis, respeito ao devido processo legal”, disse Salles na ocasião.

CORRUPÇÃO EVIDENTE – Ao pedir a abertura de inquérito, a PGR relatou que, no caso sob a relatoria do ministro Moraes, “investiga-se suposta atuação coordenada de servidores ocupantes de cargos em comissão do Ministério do Meio Ambiente” que atuariam para garantir interesses ilegítimos de empresas madeireiras.

“Indicaram-se, naqueles autos, diversos episódios de atuação desses servidores em descompasso com as recomendações técnicas, com o objetivo de promover a regularização de cargas exportadas irregularmente e apreendidas pelas autoridades norte-americanas. Tal cenário evidencia, de forma ampla, a necessidade de aprofundamento investigativo dos fatos noticiados”, ressaltaram.

Ainda no documento, a PGR afirmou que, em manifestação ao MP, Salles chamou a notícia-crime de “infundada” e confirmou ter participado de reunião com empresários para tratar de assuntos relativos à Operação Handroanthus.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Se fosse no governo Itamar Franco, o ministro já teria sido afastado do cargo desde a primeira denúncia, para se defender. No governo Bolsonaro, o estilo é diferente. O presidente deixa o ministro apodrecer no cargo, ao vivo e a cores, como se esse espetáculo não prejudicasse os trabalhos do ministério. (C.N.)



Vereador Neguinho de Lié denuncia que prefeito de Jeremoabo alugou uma rodoviária e não casa de apoio, e que uma gestante em acompanhamento na saúdel passou dois meses com a criança morta na barriga




Começo esse artigo comentando a respeito das palavras do vereador Neguinho quando diz que: o Blog quando publicava  matéria favorecendo os vereadores Ivande e outros, não mentia só falava a verdade, já hoje que eles são situação, o BLOG na palavra dele mente.
Será que falar a verdade na mente e na " consciência" do vereador Ivande é ser capacho de prefeito, omitindo a verdade e jogando a sujeira pata debaixo do tapete?
 Ou trair e desonrar   o juramento que na posse o vereador diz?
 "Prometo exercer com dedicação e lealdade o meu mandato, cumprindo as Leis e respeitando as instituições, promovendo o bem geral do Município e pugnando pela manutenção da Democracia"

O Vereador é pago para com independência  fiscalizar o prefeito e não  para ser omisso e prevaricador, lamento  que o vereador Ivande desconheça que "   A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que  lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que a ameaça." (Rui Barbosa).
Devido o clamor e insatisfação dos pacientes que submetem-se a Tratamento Fora do Domicilio, os vereadores da oposição convidou alguns colegas da situação e foram até Salvador fiscalizar o que estava acontecendo na Casa de Apoio.
Chegando lá, o vereador Neguinho e Zé Miúdo falaram que não sabiam se estavam diante de uma Rodoviária  devido a quantidade de ônibus oriundas de cidades do interior, ou uma casa de apoio, porta da de entrada do COVID-19.
As outras ilicitudes já citei em matérias anteriores inclusive com depoimentos de vereadores, fatos macabros que daria para confeccionar um filme de terror.
Mas as aberrações não ficam só por ai, o vereador Neguinho da tribuna denunciou, estradas esburacadas, PSFs sem médicos, poços artesianos quebrados, médicos sobrecarregados, verdadeiros robôs; sendo que a denúncia mais grave foi de uma jovem que estava grávida, sendo acompanhada pela saúde de Jeremoabo, no entanto, já estava há mais de dois meses com a criança morta na barriga, aliás, está denúncia está pipocando nas redes sociais.
O pior de tudo isso é que o vereador Ivande é sabedor de todas essas atrocidades, porém, permanece calado, omisso, prevaricando e ainda condenando e chamando de mentiroso quem exerce seu direito de cidadania e tem a coragem de levar ao conhecimento da população.

 "Queria Platão, é o discurso que diz as coisas como são; falso é aquele que as diz como não são. Ou seja, e com licença filosófica, verdade é a exata correspondência entre o conhecimento e a coisa".

Oposição fecha acordo e Israel terá novo premier após 12 anos da Era de Netanyahu


Bennett é conservador, mas representa um passo à frente

Correio Braziliense
(Agência Estado)

Uma ampla coalizão de partidos trabalhou contra o relógio para fechar nesta quarta-feira, 2, último dia do prazo, uma aliança que encerra os 12 anos de governo do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, em Israel. Líderes de direita, centro, esquerda e até políticos árabes concluíram as negociações dos últimos detalhes – principalmente cargos e o papel de cada um novo governo.

Segundo a coalizão, o próximo governo deverá ser comandado inicialmente pelo conservador Naftali Bennett, ex-ministro da Defesa e um antigo aliado de Netanyahu, que decidiu romper com o premiê e negociar com a oposição.

GOVERNO ROTATIVO – O grande articulador da aliança foi Yair Lapid, ex-apresentador de noticiários de TV e um desafeto de longa data do primeiro-ministro.

O acordo foi fechado para que Bennett e Lapid anunciassem um comando rotativo – dois anos para cada um à frente do governo. A alternância de cadeiras não é incomum na política israelense. Entre 1984 e 1988, o trabalhista Shimon Peres governou a primeira metade do mandato, e Yitzhak Shamir, do Likud, concluiu o governo.

A última vez que isso aconteceu foi em maio do ano passado, para resolver o impasse causado por três eleições inconclusivas – ninguém obteve maioria no Parlamento nas votações de abril e de setembro de 2019, e de março de 2020. Foi quando Netanyahu decidiu oferecer o rodízio ao líder da oposição, Benny Gantz, que aceitou.

SEM ORÇAMENTO – A aliança, no entanto, desandou. A falta de aprovação de um orçamento para 2021 fez o Parlamento ser dissolvido, em dezembro, e uma quarta eleição em dois anos foi convocada, com Gantz e outros líderes de oposições acusando Netanyahu de usar a manobra regimental para evitar entregar o cargo.

A oposição afirmava que Netanyahu está apegado ao poder por razões pessoais. Indiciado por corrupção, ele estaria buscando imunidade processual. O premiê nega. Na última eleição, em março, seu partido, o Likud, saiu das urnas outra vez como o mais votado, com cerca de um terço do eleitorado. Nas negociações, Netanyahu manteve a aliança com partidos religiosos, mas não conseguiu maioria para formar um governo.

A tarefa então passou para Lapid, o segundo mais votado, que articulou uma coalizão disforme, com partidos de todos os espectros políticos que têm apenas uma coisa em comum: a rejeição a Netanyahu.

DIVISÕES IDEOLÓGICAS – Para selar o acordo, os partidos precisaram deixar de lado divisões ideológicas e superar as pretensões ministeriais de todas as bancadas, especialmente às pastas de Defesa e Justiça. “Até a formação do governo, enfrentamos muitos obstáculos”, disse Lapid. “Foi nosso primeiro teste para ver se conseguimos encontrar compromissos inteligentes e alcançar nosso objetivo mais importante. Israel pode entrar em uma nova era.”

Lapid tem o apoio de 57 deputados de um total de 120. Para os quatro que faltam, ele buscou um acordo com os partidos árabes, que deveriam dar seu respaldo sem buscar postos ministeriais. Nesta terça-feira, Mansour Abbas, líder do partido Raam, participou de uma reunião com Lapid e Bennett, e saiu garantindo que “está na coalizão”.

Netanyahu tentou mais uma cartada e questionou a validade de uma aliança de oposição, alegando que Lapid não foi autorizado a ceder o cargo de primeiro-ministro a Bennett. O presidente de Israel, Reuven Rivlin, no entanto, rejeitou a reclamação. Agora, só falta o Parlamento de reunir para aprovar o novo governo e evitar outra eleição. (Com agências internacionais)

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bennett, de 49 anos, é um rico empresário de direita, ultraliberal na economia e que defende uma linha dura contra o Irã e sempre foi favorável à anexação de áreas palestinas da Cisjordânia. Paradoxalmente, junto com Lapid, pode vir a facilitar um acordo de paz com as lideranças árabes. É um fio de esperança naquela região sagrada para quatro religiões e que vivem em guerra permanente. (C.N.)

Receita Federal atuou para blindar Bolsonaro, Michelle, ex-mulheres, filhos e Queiroz


Charge do Aroeira (DCM)

Italo Nogueira
Folha

A Receita Federal solicitou uma devassa em seus sistemas para tentar identificar investigações em dados fiscais do presidente Jair Bolsonaro, de seus três filhos políticos, de suas duas ex-mulheres e da primeira-dama, Michelle.

O levantamento foi solicitado pelo fisco no ano passado ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), órgão responsável pela guarda das informações dos sistemas da Receita Federal.

A devassa também abrangeu acessos aos dados fiscais de Fabrício Queiroz, amigo de Bolsonaro e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) apontado como operador financeiro do esquema da “rachadinha” no antigo gabinete do senador na Assembleia Legislativa.

BLINDANDO A FAMIGLIA – O levantamento foi muito mais amplo do que apontado meses atrás como um movimento apenas da defesa de Flávio contra a investigação da “rachadinha” tocada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Atingiu, na verdade, todo o entorno familiar do presidente, incluindo suas duas ex-mulheres com quem dividiu seu patrimônio e que não são alvo da investigação contra o senador. O rastreamento abrangeu 22 sistemas de dados da Receita no período de janeiro de 2015 a setembro de 2020.

A pesquisa custou R$ 490,5 mil à Receita, pagos ao Serpro. O valor, obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, foi publicado nesta quarta-feira (2) pelo site Metrópoles.

Procurada, a Receita afirmou que não iria se manifestar sobre a amplitude das pesquisas.

SOB SIGILO – A mobilização sigilosa da estrutura do governo em favor de Flávio foi revelada em outubro pela revista Época. Na ocasião, soube-se que as advogadas Juliana Bierrenbach e Luciana Pires recorreram à Receita e ao Serpro para tentar descobrir em que momentos os dados fiscais do senador e de sua mulher foram acessados.

O motivo manifestado pela defesa era o de que o relatório do Coaf (órgão federal de inteligência financeira) que originou a investigação das “rachadinhas” continha informações com detalhes cuja origem não eram os bancos, com os quais o órgão troca informações. Os dados viriam, na verdade, da Receita Federal.

A suspeita da equipe de Flávio era que ele tenha sido vítima de prática semelhante à revelada por mensagens obtidas pelo Intercept Brasil e analisadas pela Folha e pelo site, na qual dados fiscais sigilosos eram obtidos informalmente por procuradores da Operação Lava Jato. A prática é conhecida como “fishing expedition”, no qual investigadores acessam dados fiscais de uma pessoa sem justificativa legal em busca de possíveis irregularidades.

ACIONARAM A ABIN – As advogadas também acionaram o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a justificativa de que as supostas fraudes atingiam um membro da família de Bolsonaro. À época, o órgão afirmou que, após análise, concluiu que não tinha atribuição sobre o caso e não realizou nenhuma ação.

As petições apresentadas pelas advogadas aos órgãos públicos solicitavam apenas informações sobre acessos aos dados de Flávio e sua mulher, Fernanda, seus clientes alvos das investigações. Contudo, ofício do Serpro obtido pela Folha mostra que o pedido de levantamento feito pela Receita foi muito maior do que o apontado como necessário pelas advogadas e incluiu pessoas que nem sequer eram mencionadas no caso do senador.

ENTORNO FAMILIAR – Todas as outras pessoas também fazem parte do entorno familiar próximo do presidente Jair Bolsonaro: o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), a primeira-dama Michelle Bolsonaro, as ex-mulheres Ana Cristina Siqueira Valle e Rogéria Bolsonaro, além de Queiroz.

Queiroz se tornou o pivô da investigação contra Flávio após o Coaf identificar movimentações consideradas atípicas em sua conta bancária. Uma das transações descritas no relatório é o repasse de R$ 40 mil para Michelle Bolsonaro.

Carlos é alvo de outra investigação do MP-RJ sob suspeita de práticas semelhantes à “rachadinha” atribuída a Flávio. A outra investigada neste caso é Ana Cristina, que foi chefe de gabinete do vereador na Câmara por sete anos, além de ter nomeado 17 parentes nos gabinetes da família.

APURAÇÃO ESPECIAL – De acordo com o documento do Serpro, a devassa nos nove CPFs foi pedida pela Coordenadoria-geral de Tecnologia da Informação (Cotec) da Receita. Ela solicitou uma apuração especial, meio pelo qual se obtém todo e qualquer “log”, como são chamados os arquivos sobre as consultas aos sistemas do Fisco.

Os “logs” indicam a data e o nome do auditor responsável pela consulta aos dados fiscais dos contribuintes. Caso não haja justificativa para a atuação, o servidor pode ser punido pelo acesso imotivado.

O resultado da apuração especial, porém, também permite identificar investigações legais ainda em sigilo contra o dono do CPF analisado.

APÓS A REUNIÃO – Segundo o documento, a demanda da Cotec foi feita no dia 28 de agosto de 2020, três dias após as advogadas terem relatado suas suspeitas ao presidente e ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), e dois dias depois delas terem se encontrado com o secretário da Receita, José Barros Tostes Neto.

O ofício afirma que o resultado do pedido “foi separado em dois lotes”. O papel não informa as conclusões das apurações especiais nem para onde foram enviadas.

A tese sobre acesso imotivado a dados de Flávio foi inspirada num grupo de cinco auditores fiscais do Rio de Janeiro suspeitos de enriquecimento ilícito. Contudo eles têm sofrido sucessivas derrotas judiciais na tentativa de fazer valer a alegação de que tiveram seus dados acessados ilegalmente.

AUDITOR EXONERADO – Ainda assim, a movimentação das advogadas teve efeito na estrutura da Receita. O auditor-fiscal Christiano Paes Leme Botelho, apontado pelo grupo como responsável pelos acessos imotivados, foi exonerado em dezembro do cargo de chefe do Escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro (Escor07).

O corregedor-geral da Receita, José Pereira de Barros Neto, também chegou a ter o cargo ameaçado. O mandato de dois anos conferido ao posto, porém, deu tempo para que ele garantisse a permanência. Há possibilidade, agora, de ser reconduzido em julho.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É fato inédito na República. Jamais se viu presidente usar recursos e servidores públicos para impedir investigações de corrupção, prevaricação, lavagem de dinheiro e fraude, pois é disso que está se tratando no caso dessa estranha famiglia. (C.N.)

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