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sexta-feira, setembro 04, 2020

No rumo das urnas e atendendo a pedidos, Bolsonaro pode desistir de privatizar Eletrobrás

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TRIBUNA DA INTERNET | Como é fácil quebrar a Eletrobras!
Charge do Latuff (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
A reportagem de Bernardo Caran, Tiago Resende, Fabio Pupo e Gustavo Uribe, Folha de São Pauloo de quinta-feira, antecipou pontos importantes do projeto de emenda constitucional sobre a reforma administrativa. Um desses pontos refere-se ao programa de privatização de estatais. A venda poderia ser barrada se o governo de algum estado manifestar o interesse de preservar a empresa estatal. É exatamente o caso da Chesf, em relação a qual o governador da Bahia, Rui Costa, já se anunciou contrário. Logo surge um novo enfoque.
Na edição de hoje da Folhs, Bernardo Caran e Tiago Resende não focalizam este ponto. Ele também não é trstado pela reportagem de Marcelo Correia, Manoel Ventura e Geralda Doca, O Globo. Portanto, vamos aguardar a publicação do texto integral da PEC da reforma.
PARA O FUTURO – Ficou nítido, entretanto, que o presidente Bolsonaro não deseja problemas com o eleitorado, uma vez que fez questão de assinalar que a redução dos direitos do funcionalismo público só valerá para os que ingressarem após a promulgação da emenda.  A emenda encaminhada abrange por igual o funcionalismo federal, estadual e municipal.
Francamente, com base nas afirmações de Rodrigo Maia, não vejo sentido na atitude de Paulo Guedes proibindo que seus secretários se encontrEm com o presidente da Câmara dos Deputados. Isso só pode dificultar os entendimentos políticos e prejudicar o próprio governo. Não se compreende uma atitude tão juvenil de alguém que já acrescentou em seu currículo ter lido John Maynard Keynes no original. Aliás, acentuo eu, as teses de Keynes são opostas das ideias de Paulo Guedes.
CPI DOS GUARDIÕES – Ontem, por escassa maioria a Câmara de Vereadores do Rio não deu sequência ao processo de impedimento do prefeito Marcelo Crivella. Entretanto, a vereadora Teresa Bergher conseguiu o número necessário de assinaturas para instalar uma CPI para investigar as responsabilidades pelas ações da equipe de choque da Prefeitura para impedir as livres manifestações dos que procuram a rede pública municipal de saúde, tentando também impedir o trabalho da imprensa, especialmente as atividades da TV Globo.
Teresa Bergher pretende convocar primeiramente os que comandam a estupidez da administração municipal.

TCM DIVULGA COMPÊNDIO DE PARECERES JURÍDICOS


A Assessoria Jurídica do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia reuniu em um compêndio – agora disponível em seu site na internet – uma série pareceres jurídicos relevantes sobre os temas mais demandados pelos administradores públicos municípios, que envolvem gastos públicos e ações administrativas relacionadas ao combate à pandemia da Covid-19 e também temas vinculados ao período eleitoral e vedações impostas às administrações municipais neste período. Todos os pareceres, agora selecionados e organizados, foram elaborados e publicados no período entre os meses de maio e agosto deste ano pelos assessores da AJU, e podem agora ser acessados facilmente no link “Jurisprudência”, na página principal do site do TCM.
O chefe da Assessoria Jurídica do TCM, Alessandro Macedo ressaltou a importância do material para a tomada de decisões dos gestores municipais de modo a evitar equívocos ou ilegalidade e, consequentemente, sanções graves por parte do órgão do controle externo, e até mesmo ações judiciais punitivas. O conjunto de pareceres, segundo ele, “está amparado na mais atualizada jurisprudência e doutrina pátrias”, e é fruto de ampla pesquisa e estudos realizados pelos assessores jurídicos do TCM. Destacou ainda que alguns deles abordam “matérias inéditas, ainda não enfrentadas por outros tribunais de contas e até mesmo pelo Poder judiciário.”
Frisou que o compêndio, sem qualquer dúvida, “será uma fonte de pesquisa essencial para os gestores municipais baianos na tomada de decisões durante este período de excepcionalidade – que exige ações emergenciais para o controle da doença –, e cujas consequências irá se alongar no tempo”. A publicação – ressaltou – tem por objetivo orientar os jurisdicionados sobre os principais temas enfrentados pela unidade jurídica do TCM nestes tempos de pandemia, em especial aspectos relacionados às vedações impostos em ano eleitoral, contratações durante a pandemia, despesas com pessoal durante este período de emergência (LC nº 173/2020); licitações; e outras questões relacionadas.

https://www.tcm.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/compendio-dos-pareceres-na-pandemia-revisao.pdf
 

Pseudônimo, disfarces e 'Anjo': o que disse a advogada que conviveu com Queiroz em Atibaia

Pseudônimo, disfarces e 'Anjo': o que disse a advogada que conviveu com Queiroz em Atibaia
Foto: Divulgação / Polícia Civil
Em entrevista à revista VEJA, a advogada Ana Flávia Rigamonti, que conviveu em Atibaia (SP) com o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, contou segredos sobre o tempo de confinamento no escritório do advogado Frederick Wassef, ligado à família Bolsonaro.

A advogada se mudou para o local porque Wassef tinha feito uma proposta de trabalho, e lá ela ficaria até encontrar um apartamento na capital, São Paulo. A ideia surgiu porque os dois tinham atuado juntos em algumas causas e queriam estender a parceria.

Queiroz chegou ao escritório pouco depois de Rigamonti, porém com o pseudônimo "Felipe". Ele era investigado no inquérito das rachadinhas, no gabinete de Flávio Bolsonaro, instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

Após reconhecê-lo, a advogada ficou preocupada com a situação. No entanto, a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, se aproximou dela e a tranquilizou, dizendo que seu marido não era foragido da Justiça.

Ainda assim, a ideia da defesa do policial aposentado era mantê-lo escondido, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse o caso, que poderia resultar em arquivamento do inquérito.

Dessa forma, Rigamonti e Queiroz criaram um laço, pois eram as únicas companhias um do outro. De acordo com a VEJA, os dois iam ao mercado juntos, cozinhavam juntos e gastavam o tempo conversando. A advogada acompanhou o ex-assessor em tratamento médico e até mesmo emprestou o carro para que ele visitasse a família no Rio de Janeiro.

Porém, como regras de segurança, Queiroz não podia usar o celular ou qualquer cartão de crédito. Ele fazia compras apenas em dinheiro, e só saía de casa de óculos ou boné. Quando não fez isso e alguém o reconheceu no supermercado, se condenou e se policiou.

Suas viajens para outras cidades eram feitas de madrugada. E Queiroz não costumava conversar sobre a vida pessoal. Apenas falava que o presidente Jair Bolsonaro era muito seu amigo e que Flávio Bolsonaro, seu ex-chefe, era "gente boa".

Em uma troca de mensagens entre Rigamonti e Márcia Aguiar é possível ler a esposa de Queiroz dizendo. "A gente não é foragido. Ah, que saco. Eu já não estou aguentando mais essa situação, amiga. Não estou. Ganhando ou não ganhando, o nosso nome vai ficar na mídia, o nome do Queiroz vai ficar na mídia por muito tempo”, desabafou.

Durante essa troca de mensagens, Aguiar afirma que um "Anjo" tinha traçado um plano para que seu marido sumisse dali, caso fosse derrotado no STF. O ex-assessor se mudaria para uma casa alugada ali mesmo, em Atibaia.

Entretanto, com a derrota de Queiroz no STF, o celular de Márcia Aguiar foi preso, e as mensagens em questão foram lidas. O policial aposentado foi preso no escritório de Wassef, na Operação Anjo.

A desconfiança dos promotores é que o "Anjo" a quem as duas se referem seja o agora ex-advogado da família Bolsonaro. Porém, Wassef negou veementemente em entrevista à VEJA. "Nunca alguém me chamou de Anjo. Nunca o presidente Bolsonaro me chamou de Anjo e duvido que ele chamou alguém de Anjo na vida. Ninguém na família Bolsonaro me chamou de Anjo e eu nunca tive apelido de Anjo. Agora, se alguém inventou isso, eu não sei”, afirmou.

Ele ainda ressaltou que abrigou Queiroz por questões humanitárias, já que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro lutava contra um câncer à época.

Segudo Rigamonti, porém, Queiroz e a esposa utilizavam o apelido para se referir a Wassef. "Não fui eu que criei esse apelido. Não sei o que significa esse apelido e quem inventou esse apelido. Quando conheci o Queiroz e a Márcia, esse apelido já existia. Não fui eu que inventei. Eram eles que usavam esse apelido", afirmou, e depois confirmou que o advogado era o tal "Anjo". 
Bahia Notícias

Castro Alves: Câmara segue TCM-BA e rejeita contas de ex-prefeito Cloves Rocha

Castro Alves: Câmara segue TCM-BA e rejeita contas de ex-prefeito Cloves Rocha
Foto: Reprodução / Bahia 10
O ex-prefeito de Castro Alves, no Recôncavo, Cloves Rocha, teve as contas de 2011 rejeitadas. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (3) pela Câmara de Vereadores da cidade. Segundo o site Bahia 10, a votação ocorreu em sessão especial para apreciação do parecer do tribunal de contas da Bahia (TCM-BA). Dez legisladores votaram a favor da rejeição. Apenas um vereador se ausentou da sessão.

Com a desaprovação das contas, o ex-gestor continua inelegível por oito anos. Ainda segundo o site, Cloves Rocha teve cinco contas rejeitadas durante o mandato pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA).
Bahia Notícias

Toffoli defende reforma administrativa com salários menores a juízes em início de carreira

por Matheus Teixeira / Folhapress

Toffoli defende reforma administrativa com salários menores a juízes em início de carreira
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta sexta-feira (4) que é a favor da redução do salário de juízes, promotores e defensores públicos em início de carreira. Nesta quinta-feira (3), o governo de Jair Bolsonaro entregou a reforma administrativa ao Congresso, mas excluiu os juízes das mudanças propostas.

Toffoli, porém, defendeu a aprovação de uma reforma do serviço público que preveja maior diferença salarial entre magistrados de diferentes instâncias a fim de estimular os profissionais a melhorar o desempenho e buscar reajustes ao longo da carreira. A declaração foi dada em coletiva de balanço da sua gestão à frente do STF e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). No próximo dia 10, Toffoli deixará o posto e dará lugar ao ministro Luiz Fux no comando do Supremo.

Atualmente, o salário dos integrantes do STF é o parâmetro para o vencimento dos juízes. Os ministros de tribunais superiores têm remuneração equivalente a 95% em relação à do Supremo; desembargadores federais ganham 90% e estaduais 90,25%; e juízes de primeiro grau recebem entre 80% e 85% do subsídio do STF. Para Toffoli, essa determinação colocou todos praticamente no mesmo nível salarial, o que não é adequado.
Bahia Notícias

Levantamento do IBGE mostra que 71,5% da população brasileira depende do SUS


Levantamento do IBGE mostra que 71,5% da população brasileira depende do SUS
Foto: Divulgação
A Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 71,5% dos brasileiros - mais de 150 milhões de pessoas - dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento. Os dados levam em conta o ano de 2019, quando a Covid-19 ainda não tinha alcançado o status de pandemia. 

De acordo com o UOL, a pesquisa aponta que 59,7 milhões de pessoas (28,5%) no país possuíam algum tipo de plano de saúde - médico ou odontológico. Se analisados apenas os planos médicos, esse número cai para 26%. Dessa forma, 74% dos brasileiros dependem da saúde pública.

A região Sudeste é a que possui maior concentração de pessoas com plano de saúde, com 37,5%. Ela é seguida por Sul (32,8%), Centro-Oeste (28,9%), Nordeste (16,6%) e Norte (14,7%).

No Nordeste, a Bahia é apenas o sexto colocado nesse ranking, com 14,6% da população tendo acesso a um plano de saúde. À frente, estão Sergipe (18,7%), Pernambuco (17,4%), Rio Grande do Norte (16,4%), Piauí (15,9%) e Ceará (15,1%). Alagoas (12,8%), Paraíba (12,2%) e Maranhão (5%) completam a lista. Este último, inclusive, é o que possui mais pessoas dependentes do SUS em todo o país.

O IBGE também apontou diferenças entre o grau de instrução. "Quanto mais elevado o grau de instrução, maior, também, a cobertura de plano de saúde, variando, abruptamente, de 16,1% (sem instrução ou com ensino fundamental incompleto) a 67,6% (nível superior completo)", diz a pesquisa.

Cerca de 8,9 milhões de pessoas foram internadas em hospitais do SUS por 24 horas ou mais em 2019. Isso representa 64,9% de todas as internações no país. As regiões Norte e Nordeste lideram também esse quesito, com 77,8% e 76,2%, respectivamente.

No Norte, a principal causa de internação foram doenças respiratórias (2.195 registros), originadas principalmente da fumaça ocasionada pelas queimadas na região, como mostra a pesquisa Humans Right Wathc (HRW). Bahia Notícias 

Mais uma crise! Rodrigo Maia torna público seu rompimento com o ministro da Economia, Paulo Guedes


Em entrevista, Maia acusa Guedes de passar informações falsas à sociedade -  Jornal de Itatiba
Maia diz preferir dialogar com o ministro Eduardo Ramos
José Carlos Werneck
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia , decidiu esfriar as relações com Paulo Guedes e disse, que, a partir de agora, irá tratar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, os assuntos referentes às votações importantes, como a Reforma Administrativa, porque o ministro da Economia proibiu o diálogo dele com os secretários da área econômica.
A declaração do presidente da Câmara foi feita logo após ter recebido do ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, a proposta da Reforma Administrativa do Governo.
NOVO CONFRONTO – Jorge Oliveira estava representando o presidente da República, Jair Bolsonaro, que viajou ao interior de São Paulo. E o deputado Rodrigo Maia tornou público o novo confronto com Guedes informando que o ministro proibiu os membros da equipe econômica de dialogar diretamente com ele.
“Eu não tenho conversado com o ministro Paulo Guedes. Ele tem proibido a equipe econômica de conversar comigo. Ontem (quarta-feira), a gente tinha um almoço com o Esteves Colnago, chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais e com o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião”.
O almoço, que seria na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, acabou sendo cancelado. “Foi encerrada a interlocução”, afirmou Maia. Sem esconder a briga, ele disse que suas conversas, agora, serão com o ministro Ramos, mesmo as referentes a assuntos econômicos.
UM NOVO ALIADO – “Ramos tem sido um aliado da Câmara dos Deputados, fundamental nas últimas votações, como a Lei
do Gás. Então, decidi que a relação da presidência da Câmara será com o ministro Ramos, e o ministro Ramos conversa com a equipe econômica, para não criar constrangimento mais para ninguém. Mas isso não vai atrapalhar os nossos trabalhos, de forma nenhuma”.
A cerimônia de entrega da Reforma Administrativa tinha sido planejada pelo Governo para marcar um momento bom do relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional e contou com a presença dos líderes do governo.
Maia fez questão de agradecer Bolsonaro e alguns ministros, mas em momento algum de suas declarações fez menção ao titular da Economia.
PONTO CORRETO – “Parabenizo pela correta decisão de encaminhar reforma que vai no ponto correto”, afirmou Maia que depois mencionou sua divergência com Guedes.
Para experientes observadores políticos, quem sai perdendo nessa briga é o ministro da Economia, Paulo Guedes, pois num Estado Democrático de Direito o presidente da Câmara dos Deputados é uma figura importantíssima no encaminhamento de qualquer Reforma desejada pelo Governo.
Quem viver verá! Aguardemos as próximas semanas, ou, quem sabe, a próxima semana…

Vice de Aras cobra providências sobre futuro das investigações da Lava Jato em SP após demissão coletiva,

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Medeiros disse que pedido coletivo de demissão se trata de um “revés”
Marcelo Rocha
Folha
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, solicitou nesta quinta-feira, dia 3, providências de diferentes instâncias do MPF (Ministério Público Federal) para garantir a continuidade das investigações da Lava Jato em São Paulo, após o pedido de demissão coletivo de integrantes da força-tarefa no estado. A PGR (Procuradoria Geral da República) afirmou, em nota, que há preocupação com o andamento das apurações, com prazos processuais e prescrição punitiva.
Os oito procuradores da Lava Jato em São Paulo pediram para deixar seus cargos no grupo, em ofício apresentado à PGR nesta quarta-feira, dia 2. A decisão foi uma resposta a divergências do grupo com a procuradora Viviane de Oliveira Martinez, titular do ofício no MPF de São Paulo responsável por casos da operação.
PROVIDÊNCIAS – O pedido de providências de Medeiros foi feito à procuradora Viviane Martinez, à chefia da Procuradoria da República no estado, a 5ª CCR (Câmara de Combate à Corrupção), instância vinculada à PGR, e à Corregedoria do MPF. O vice-procurador-geral solicitou que sejam indicadas quais providências podem ser adotadas para administrar o acervo e fazer a redistribuição emergencial.
O representante da PGR comentou que o pedido coletivo de demissão se trata de um “revés”, mas não há possibilidade de não acolhimento. É preciso buscar, frisou ele, uma solução que impeça a interrupção dos trabalhos, “até mesmo pelo risco de prescrição, que é permanente em matéria penal”.
De acordo com a legislação, câmaras de Coordenação e Revisão do MPF têm a prerrogativa de “resolver sobre a distribuição especial de inquéritos, feitos e procedimentos, quando a matéria, por sua natureza ou relevância, assim o exigir”.

Gilmar Mendes decidirá se Conselho do Ministério Público deve retomar processo contra Deltan Dallagnol


Segundo Advocacia-Geral da União, caso pode prescrever no dia 10
Márcio Falcão e Fernanda Vivas
G1 / TV Globo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai decidir sobre um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o Conselho Nacional do Ministério Público retome a análise de um processo disciplinar contra o procurador Deltan Dallagnol. A ação é de relatoria do ministro Celso de Mello, que está em licença médica. Com o afastamento, o processo foi encaminhado pelo STF para o gabinete de Mendes.
Essa movimentação segue a previsão regimental. A regra estabelece que o relator, em caso de licença, é substituído pelo ministro mais antigo do colegiado. Como neste caso a competência para discutir a ação de Deltan é da Segunda Turma do Supremo, cabe a Mendes assumir o processo. Nesta semana, Deltan anunciou que vai deixar a força-tarefa da Lava Jato. Coordenador do grupo, ele disse que a filha, de 1 ano e 10 meses, apresentou sinais de regressão no desenvolvimento e que, por isso, precisaria dedicar mais tempo a ela.
RISCO DE PRESCRIÇÃO – A AGU questionou a decisão de Celso de Mello, que deu prazo de 15 dias para Dallagnol contestar os pareceres que pedem a continuidade de dois processos, suspensos a pedido da defesa do procurador. Em seu argumento, a AGU aponta que há o risco de prescrição do processo disciplinar contra o procurador. Um processo prescreve quando se esgota o período previsto em lei durante o qual pode haver alguma sanção.
Segundo a Advocacia, o processo que discute se Deltan cometeu infração disciplinar por ter supostamente tentado interferir na disputa à presidência do Senado com postagens contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve prescrever no dia 10 de setembro. “Nesse contexto, mantido referido despacho automático, já terá se concretizado a prescrição da pretensão punitiva quando da finalização do prazo processual, fulminando a utilidade do agravo interposto pela União”, diz a AGU.
Segundo a AGU, caso os efeitos da decisão do ministro não sejam suspensos, não haverá prejuízo imediato ao procurador. “Afinal, não necessariamente haverá a aplicação de penalidade ao autor. Isso porque o recurso já interposto objetiva tão somente permitir que o CNMP exerça sua função constitucional de controle do cumprimento dos deveres funcionais de seus”, diz o texto.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO – Ao suspender a tramitação do processo, Mello entendeu que havia problemas na tramitação do processo no conselho e ressaltou que membros do MP têm liberdade de expressão. O ministro está de licença e deve voltar ao STF no dia 11 de setembro.
O outro processo suspenso por Mello trata de um pedido de remoção apresentado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), em que ela afirma que o procurador já foi alvo de 16 reclamações disciplinares no conselho, deu palestras remuneradas e firmou um acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem direcionados para uma fundação da Lava Jato.

Presidente da Argentina ironiza crítica de Eduardo : “A família Bolsonaro está muito preocupada comigo”


Eduardo atua como chanceler informal do governo brasileiro
Deu no O Globo
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta quinta-feira, dia 3, que a família do presidente Jair Bolsonaro “está muito preocupada comigo e com a Argentina”. O comentário é uma resposta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que afirmou em seu Twitter que o país vizinho foi “destruído pelo governo socialista em poucos meses” e que Bolsonaro acertou quando previu que a Argentina “viraria uma calamidade”.
O tuíte do deputado, que foi presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, acompanha um vídeo de pouco mais de dois minutos, que começa com Fernández defendendo a solidariedade em meio à pandemia e afirmando a empresários que havia chegado a “hora de ganhar menos”. A gravação, em seguida, mostra o depoimento de cinco  pequenos e médios empresários que foram afetados pela crise.
ATO DE POPULISMO – Os momentos finais do vídeo mostram o presidente argentino afirmando a um jornalista que não iria reduzir seu salário, pois isso seria um “ato de populismo que não resolve nada”. Diversos outros presidentes da região, incluindo o próprio Bolsonaro, também não o fizeram. O vídeo encerra com uma tela preta que indaga: “Quem são os miseráveis?”
Questionado sobre os tuítes de Eduardo durante o programa de televisão “A dos voces”, o presidente argentino respondeu: “A família Bolsonaro está muito preocupada comigo e com a Argentina. Não sei. Não posso dizer muito sobre o que esse senhor disse”, afirmou, dizendo ainda não conhecer Eduardo, mas reforçando que “a relação entre a Argentina e o Brasil é indissolúvel”.
RELAÇÃO CONTURBADA – Opostos no espectro ideológico, Bolsonaro e Fernández têm uma relação conturbada desde as eleições argentinas de 2019, quando o presidente brasileiro fez campanha aberta contra o peronista. Após a vitória, houve tentativas de moderação do discurso, mas o brasileiro não compareceu à posse do vizinho, quebrando uma tradição de décadas.
As tensões entre as duas maiores economias sul-americanas aparentavam ter dado uma trégua no final de agosto, quando o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, se reuniu com Bolsonaro no Planalto. Na ocasião, disse que Buenos Aires desejava trabalhar em conjunto com o Planalto e deixar “desencontros” para trás. Bolsonaro, por sua vez, disse desejar o melhor para o país vizinho.
CHANCELER INFORMAL – As críticas de Eduardo, que age como chanceler informal do governo brasileiro, ecoam os sentimentos de parte das classes médias e altas da Argentina, frustradas com as prolongadas medidas de isolamento social impostas pela Casa Rosada. O grupo, encabeçado pelo ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), acusa o governo de atacar liberdades sociais.
Em meio ao descontentamento, as medidas de restrição vêm sendo gradualmente aliviadas: encontros ao ar livre de grupos de até 10 pessoas foram permitidos e espaços gastronômicos, reabertos, mesmo que com limitações. Ao todo, o país contabiliza 439.172 casos de Covid-19, com 9.155 mortes.
ATRITOS DIPLOMÁTICOS – Esta não é a primeira vez que o filho do presidente, que chegou a ser cotado para assumir a embaixada brasileira em Washington, cria atritos diplomáticos. Em março, ele causou uma crise diplomática com a China, maior parceiro comercial do Brasil, ao responsabilizá-la pela pandemia. Na ocasião, o embaixador chinês manifestou repúdio veemente ao “insulto maléfico” e disse que isso poderia atrapalhar as relações bilaterais.
Em julho, novamente, fez uma postagem a favor da campanha de reeleição de Donald Trump — em resposta, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, Eliot Engel, disse que o brasileiro deveria “ficar fora” do pleito americano.

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