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segunda-feira, junho 01, 2020

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Coronavírus já matou 14 vezes mais do que projeções de Terra
Eduardo Oliveira
Correio Braziliense /Estado de Minas
A tragédia provocada pelo novo coronavírus no Brasil aumenta a cada novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O país já contabiliza, oficialmente, 28.834 óbitos pela Covid-19, e passou a ser considerado, neste fim de semana, o quarto com mais vítimas da doença.
O número é pelo menos 14 vezes maior que o previsto, por exemplo, pelo deputado federal Osmar Terra (MDB/RS), grande crítico do isolamento social que chegou a ser cogitado para assumir o Ministério da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta. Terra havia dito que a Covid-19 não mataria mais que a gripe suína no país.
SUBNOTIFICAÇÕES – Segundo dados do governo federal, a gripe suína, primeira pandemia do século 21, matou 2.060 pessoas em 2009 e outras 100 em 2010, totalizando 2.160 óbitos. Mesmo com a alta subnotificação, em abril o Brasil já havia superado este índice em mortes por coronavírus. Apesar de os gráficos mostrarem um flagrante crescimento do número de casos da doença no país, Osmar Terra persistiu em prever como se daria o avanço da doença. Em 7 de abril, o deputado disse que o coronavírus mataria menos que “gripes sazonais”.
Em 13 de abril, Terra afirmou que o pico da pandemia do novo coronavírus estava perto do fim. O deputado afirmava: “Eu estou convencido que o pico é agora, e termina em maio”, “não é o apocalipse como estão prevendo”. Ainda em abril, Terra se equivocou ao dizer, em seu Twitter, que os Estados Unidos já tinham registrado o pico da doença.
CRÍTICAS – Quando o Brasil já tinha 10 mil mortes por coronavírus, Osmar Terra criticava o isolamento social. “Depois que a epidemia está circulando, trancar as pessoas em casa é um erro”, disse o ex-ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro.

O presidente, inclusive, chegou a compartilhar as ideias de Terra em seu Twitter. Ao longo da pandemia, ambos foram na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo o fim do isolamento social, mas não apresentaram comprovações técnicas para fundamentar o argumento.
A pandemia se agravou em maio, o pior mês da doença no país até agora. Terra, então, levantou a bandeira da hidroxicloroquina. A polêmica sobre o uso do medicamento para tratar pacientes em fase inicial de Covid-19 esteve entre os motivos que derrubaram dois ministros da saúde, Henrique Mandetta e Nelson Teich, durante a maior crise de saúde da história do Brasil.
RISCOS – A comunidade científica já apresentou estudos que mostram os riscos que a cloroquina pode causar. No dia 8 de maio, o novo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Dimas Covas, disse que a quarentena evitou cerca de 40 mil mortes no estado.
Também neste mês, pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que sem a quarentena, mortes por Covid-19 em BH já teriam quadruplicado. Além disso, é consenso entre os especialistas que o distanciamento social é fundamental para evitar a contaminação de uma grande quantidade de pessoas, o que poderia provocar o colapso do sistema de saúde.

Centrão na Câmara se divide entre ala bolsonarista e ala ligada a Rodrigo Maia


Maia se mantém como um dos mais importantes lideres
Natália PortinariO Globo
Apesar do assédio do governo Jair Bolsonaro para conquistar partidos de centro no Congresso,  “centrão de Bolsonaro” não representa a totalidade do grupo na Câmara dos Deputados, que está dividida em três blocos, segundo parlamentares — o centro do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), o bolsonarista e a oposição.
Arthur Lira (AL), líder do PP, capitaneou uma aliança entre dez partidos para compor a “nova base” do governo: PP, PL, PSD, Solidariedade, Republicanos, Patriota, PROS, PTB, Avante e PSC. Contando uma parte do PSL fiel a Bolsonaro, ela é composta por cerca de 230 deputados do total de 512.
“NOVO CENTRO” – Já o deputado Rodrigo Maia tenta articular os demais partidos em um grupo que chama de “Novo Centro”. Esse grupo — composto por DEM, MDB, PSDB, Podemos, Cidadania, PV, Novo e a outra metade do PSL — não participou da última rodada de negociações de cargos com o Planalto.
Com cerca de 153 votos, o “Novo Centro” continuaria sendo o pêndulo da Casa se houver uma votação polêmica. Nesse momento, assuntos que poderiam dividir a Câmara são o projeto de regularização fundiária e o que flexibiliza o registro de armas. Além disso, o Planalto defende a liberação de cassinos no Brasil, proposta ainda não formalizada.
Nas duas alas do centrão, há cautela em relação a esses temas. O diagnóstico é que ninguém está pronto para um teste de fidelidade. Eventualmente, pode haver traições, tanto das bases quanto dos líderes — reservadamente, até lideranças do “centrão bolsonarista” são refratárias à pauta armamentista, por exemplo.
SEM PROBLEMAS – Já a agenda econômica liberal tem andado bem, já que conta com convergência na centro-direita. Nessa semana, Arthur Lira atuou como líder informal do governo para reduzir o impacto fiscal da prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Na Câmara, já foi apelidado de “04” pelos colegas, em referência à numeração dos filhos de Bolsonaro.
— O DEM tem identidade com a agenda econômica, mas não com a agenda de costumes, e prefere ter autonomia para divergir nessas pautas — diz o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB).
Nas três “alas” da Câmara, há uma divisão em torno da eleição à Presidência da Casa em 2021 — o grupo de Maia provavelmente vai apoiar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Apesar de ser do PP, Aguinaldo compõe a ala independente. Arthur Lira também é candidato e conta com a nova proximidade com Bolsonaro para se eleger na Presidência.
ALIANÇA COM DÓRIA – O DEM também está de olho em uma aliança com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para 2022. A proximidade com os tucanos faz com que bolsonaristas desconfiem dos democratas. Efraim Filho nega, porém, que isso tenha peso e diz que está cedo para pensar em 2022.
Outro partido do centro que não pediu cargos nessa última leva é o MDB. Segundo parlamentares da sigla, o partido depende mais das prefeituras do que os demais. Por isso, o presidente Baleia Rossi (SP) avalia que é arriscado carregar a pecha de governista nas eleições. Os deputados do MDB por ora se contentam com outra iniciativa relevante da articulação política de Bolsonaro: o pagamento de verbas “extras”, além das emendas parlamentares, a prefeituras da base aliada. Depois das eleições, o MDB deve avaliar a possibilidade de assumir mais cargos.
E no PSD, embora o líder do partido tenha se unido ao bloco governista, há entre quatro a seis deputados contrários à agenda mais conservadora do governo, como Fabio Trad (MS) e Otto Filho (BA).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Embora haja controvérsias, é preciso reconhecer que Rodrigo Maia continua a ser uma fortíssima liderança na Câmara, e seu apoio é indispensável ao governo, mas Bolsonaro não percebe essa realidade política. 
(C.N.)

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