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segunda-feira, novembro 04, 2019

Lava Jato pede para ser mantido o processo penal contra o ex-ministro Edison Lobão


Defesa pedia o trancamento do processo por “uso de dados” do Coaf
Luiz Vassallo
Estadão
A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu à juíza federal Gabriela Hardt que mantenha a ação penal contra o ex-ministro Edison Lobão e seu filho, Márcio Lobão, por supostas propinas de R$ 2,8 milhões da Odebrecht.
Os procuradores reagem a um pedido da defesa do emedebista, que pedia o trancamento do processo em razão do suposto uso de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial.
“Não basta invocar as siglas RIF ou COAF como expressões mágicas para anular o processo: é preciso ver se foram usados (não foram); é preciso ver se houve autorização judicial (houve e é inerente à tramitação no STF) e se eram genéricos ou minudentes (o caráter genérico é evidente)”, afirma a força-tarefa.
PEDIDO DA DEFESA –  Na carona da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que acolheu pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL) no caso Queiroz, e suspendeu todas as investigações do País em que se use Relatórios de Inteligência Financeira sem autorização judicial, a defesa do senador pediu que a ação fosse trancada, e que todos os bloqueios e buscas contra o emedebista fossem revogados.
Segundo os advogados, ainda em 2015, o Coaf elaborou um relatório com informações da Suíça, que, posteriormente, foi repassado à Polícia Federal no âmbito do inquérito à época em que a investigação estava ainda no Supremo Tribunal Federal em razão de prerrogativa de foro – à época, ele era senador.
Os advogados afirmam que, em março deste ano, mais um Relatório de Inteligência Financeira foi produzido, ‘contendo dados sigilosos fiscais e bancários de Edison Lobão e Márcio Lobão’. “Mostra-se evidente, portanto, que a investigação sob exame está eivada de um sem número de ilegalidades”, diz a defesa.
REAÇÃO DA LAVA JATO – A força-tarefa da Lava Jato, por outro lado, ressaltou que a decisão de Toffoli fazia uma ressalva para admitir ‘o uso de RIFs que não foram além da identificação dos titulares das operações bancárias e dos montantes globais’.
“Em exame ao Relatório de Inteligência Financeira n.40636.3.138.4809 (evento 61, anexo 6), repita-se, não usado na ação penal, assim como as informações bancárias e fiscais obtidas por meio de cautelar própria, além da identificação dos titulares das operações, apenas foram dadas as seguintes informações gerais, de montantes globais, além de, em larga parte, serem oriundas de matérias jornalísticas”, dizem, sobre o relatório de março.
FALSO ARGUMENTO– Os procuradores afirmam que é ‘falso, portanto, o argumento de que houve recebimento de elementos informativos sem decisão judicial’. “Falar o contrário é desrespeitar a autoridade da decisão de remessa”.
Já sobre o envio de informações que estavam nos autos do STF, os procuradores afirmam que, quando os autos foram declinados para a Justiça Federal do Paraná, nem o juízo, nem o Ministério Público poderiam ‘desentranhar elementos de prova no âmbito do Supremo’.
ACESSO AOS AUTOS – “Qualquer conduta nesse sentido, violaria a autoridade da decisão de declínio e impediria às demais partes o acesso a todos os meios de prova, o que contrariaria o enunciado nº 14, da Súmula Vinculante do STF”, afirmam, sobre o entendimento do Supremo sobre o acesso ao investigado à íntegra dos autos de uma investigação sobre ele.
“Ou seja, cumprir a decisão judicial e receber os autos com todos os elementos de prova era medida impositiva e em nada colide com o precedente”, sustentam. Os procuradores lembram ainda que ‘deve ser consignado que a ação penal não utiliza, não faz referência e está totalmente desvinculada de relatórios de inteligência financeira’. “Basta uma leitura da acusação para confirmar a assertiva”.
“Se esse juízo entender de modo diverso ao aqui sustentado, no sentido da possibilidade de se selecionar o que pode ser recebido pela Suprema Corte, requer-se o desentranhamento das informações apontadas pela defesa dos requerentes”, pedem os procuradores.
AÇÕES PENAIS –  Nesta ação penal, o ex-senador, seu filho, e sua nora, Marta, são réus por supostos repasses da empreiteira entre 2011 e 2014, oriundos de corrupção no contrato de construção da Usina de Belo Monte.
A investigação se iniciou no Supremo Tribunal Federal e foi declinada para a Justiça Federal do Paraná. Em 2017, o ministro Edson Fachin autorizou buscas contra Lobão e seu filho, quando foram encontrados 1,2 mil quadros com Márcio.
As obras de arte do emedebista voltaram a ser alvo de investigações em outubro de 2019, quando a Lava Jato em Curitiba deflagrou a Operação Galeria, que levou o filho de Lobão à cadeia – ele foi solto depois por decisão do desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Após a Galeria, Edison e Márcio foram denunciados novamente, por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Transpetro, nesta terça, 29.

Porteiro que aparece no áudio de Carlos Bolsonaro não é o mesmo que diz ter falado com ‘seu Jair’


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Carlos Bolsonaro pode ter plantado mais uma fake news
Lauro JardimO Globo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já tem algumas novidades nas investigações sobre a portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde Jair Bolsonaro morou até 31 de dezembro e onde mora Carlos, um dos filhos do presidente. 
A Polícia já sabe que o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (o da casa de Jair Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro e periciado em duas horas pelo Ministério Público. Trata-se de outro porteiro.
DE FÉRIAS – O porteiro que prestou os dois depoimentos em outubro — e disse ter ouvido o O.K. do “seu Jair” quando Élcio Queiroz quis entrar no condomínio — ainda está de férias.
Queiroz é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. E Lessa é suspeito de ter disparado os tiros.
Há 27 dias o porteiro — personagem relevante, mas ainda sem nome — do condomínio “Vivendas da Barra”, onde Jair Bolsonaro morou até 31 de dezembro e onde mora um dos filhos do presidente — deu o primeiro de dois depoimentos polêmicos no caso Marielle. Em seguida, o porteiro entrou de férias. E, sabe-se lá o porquê, ainda não prestou um novo depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
 É tudo estranho, tudo esquisito. Segundo o diretor da TV Globo, Ali Kamel, a família Bolsonaro sabia que o assunto viria à tona, com ares de escândalo, e armou uma espécie de “habeas corpus preventivo” com o áudio divulgado poucas horas depois da reportagem do Jornal Nacional. Ou seja, estava tudo preparado para criar a denúncia do JN e imediatamente desmoralizá-la, conforme aconteceu, e no dia seguinte apenas a Tribuna da Internet se contrapôs às promotoras e à armação de Carlos Bolsonaro, fazendo a grande mídia (primeiro, a Folha; depois, O Globo e o Estadão) correrem atrás do prejuízo. Agora, esta nota de Lauro Jardim desmonta todo o esquema da família Bolsonaro, que se julga muito capaz e na verdade demonstra ser capaz de tudo, como se dizia antigamente(C.N.)

Tistinha a salvação da desastrosa administração Deri Do Paloma

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A salvação da fracassada administração Deri do Paloma chama-se Tistinha, Secretário de Infraestrutura, dá duro para fazer jus ao que ganha, embora o prefeito de Jeremoabo diga que o povo de Jeremoabo é incompetente, esse é competente e trabalha, tem todo apoio desse Blog.
Da mesma forma que com toda veemência critico um ARTISTA PROTEGIDO DO PREFEITO, apelidado de Procurador Municipal de Jeremoabo, que de procurador não tem nada, que veio para Jeremoabo ganhar dinheiro sem trabalhar, zombado da honestidade do trabalhador jeremoabense; com essa mesma veemência e independência elogio e apoio esse jovem que está dando seu sangue em benefício do povo de Jeremoabo.
Vá em frente Tista, não se espelhe em sangue sungas. 

Configura enriquecimento sem causa servidor receber salário sem trabalhar, é isso que está acontecendo com o Procurador da Prefeitura de Jeremoabo.

Essa é para o prefeito do império Jeremoabo, que está pagando ao Procurador da Prefeitura sem trabalhar.


 "Segundo a AGU, determinar que os órgãos públicos paguem aos servidores o valor equivalente aos salários que teriam recebido durante o tempo em que o caso ficou sob análise do Poder Judiciário configuraria enriquecimento sem causa, uma vez que não houve, no período, prestação de serviços, ou seja, o servidor não trabalhou para fazer jus à remuneração pleiteada.

De acordo com a Secretária-Geral de Contencioso da AGU, Grace Maria Fernandes, não é possível falar em contrapartida remuneratória se o servidor não estava em exercício. “Não há dever do Poder Público de efetuar o pagamento sem que se tenha uma prestação de serviços. Se é disso que se trata, se está diante, na verdade, de um enriquecimento sem causa”, argumentou Grace em sustentação oral durante a sessão."

Fonte: Secretaria de Comunicações da AGU.

MPPE investiga servidor da Emlurb que recebe salário sem ir ao trabalho

Promotora de justiça Áurea Rosane Vieira pediu à autarquia as folhas de frequência do empregado nos anos de 2017 e 2018
Abril 5, 2019 às 19:38 - Por: 
Nome do servidor da Emlurb aparece desde 2007 em portarias da prefeitura. Foto: Reprodução/Google Maps
Um inquérito civil foi instaurado nesta sexta-feira (5) pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para investigar um suposto servidor fantasma na Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), vinculada à Prefeitura do Recife. De acordo com o MPPE, um funcionário, que seria filho de um ex-deputado de Pernambuco, estaria recebendo salário sem comparecer ao local de trabalho.
A denúncia chegou por meio da Ouvidoria do Ministério Público. A decisão de apurar o caso foi da promotora de justiça Áurea Rosane Vieira, em portaria publicada no Diário Oficial. Ela pediu que a Emlurb forneça, no prazo de 15 dias, as folhas de frequência do empregado nos anos de 2017 e 2018, além da documentação que comprove as atividades desempenhadas por ele durante este período.
O nome do servidor aparece em portarias da Prefeitura do Recife desde 2007. Embora seja da Emlurb, o funcionário já foi lotado, por meio de cessão, na Secretaria de Saneamento do Recife, em 2010 e 2013. De acordo com o Portal da Transparência, em novembro de 2018, o salário dele foi de R$ 3,5 mil.
Procurada, a Emlurb informou que o funcionário é celetista (regime comum a empresas públicas) da Emlurb desde 1988. Ele possui nível superior e exerce a função de técnico em administração. A entidade destacou ainda que está prestando ao MPPE os esclarecimentos requeridos.

Nota da redação deste Blog - Estou transcrevendo essas matérias para que os senhores entendam a ilegalidade que o Prefeito de Jeremoabo está praticando para pagar a um Procurador do Município de Jeremoabo, seu protegido que está recebendo os vencimentos de forma imoral e ilegal, um verdadeira afronta a Lei e ao povo de Jeremoabo, principalmente esses que trabalham de forma honesta e e estão sendo perseguidos, conforme denúncias quase que diárias através dos rádios locais.
O mais vergonhoso é os vereadores que abrem a boca para se autointitularem representantes e defensores do povo, aceitar de forma omissa uma ato  degradante e constrangedor igual a esse que o prefeito da " mudança" está enfiando de goela abaixo contra o povo de Jeremoabo.
Essas atitudes é uma demonstração onde está provando que infelizmente temos que reconhecer, que diante tanta fraude, de tanta corrupção, de tanta sangria do dinheiro público, o povo não pode negar que com a ex-prefeita Anabel era feliz e não sabia, e que a mudança não passou de uma enganação para pior. 
Sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A corrupção mata mais do que os fuzis. Uma verdade que nos assombra

Corrupção, uma forma de extermínio em massa
Corrupção, uma forma de extermínio em massa

Enquanto a corrupção dos nossos governantes continuar impune, os fuzis serão apenas uma das formas de matar o povo.

SINDICATO COMPETENTE FUNCIONA ASSIM.

SENTENÇA FAVORÁVEL NO PROCESSO PASEP

Organização política e administrativa
04/11/2019 09h:48
O Coordenador Geral do SINDIPREV/SE, Joaquim Antonio, se reuniu na manhã de hoje, 04, com o assessor jurídico Wágner Filho, para tratar da sentença favorável do processo do PASEP no valor de R$ 62.000,00, ainda a ser corrigido, impetrado na Ação jurídica conjunta da assessoria do SINDIPREV/SE, Advocacia Operária e Wágner Filho com os cálculos judiciais realizados pelo Técnico Márcio Britto.
ESTRATÉGIAS JURÍDICAS
O processo do PASEP, apropriações indevidas, foi discutido em Assembleia convocada pelo SINDIPREV/SE com a participação dos assessores jurídicos Dr Lucas Rios e Dr Wágner Filho, além da participação de advogados de Recife, onde as sentenças favoráveis estimularam o debate e ações em Sergipe.
A assembleia traçou como estratégia, impetrar processos de menores valores para dar maior celeridade e observar o andamento dos processos no Judiciário Sergipano, tendo em vista que as ações tramitam na Justiça Estadual. Após seguir a estratégia, a assessoria observou a dificuldade do julgamento do judiciário e a construção de um plano B, caso o processo fosse “negado”.
SENTENÇA FAVORÁVEL
Após a demorada decisão e tramitação, enfim nos chega a sentença favorável!
Diante da sentença, o SINDIPREV/SE se reunirá com a assessoria jurídica para discutir o melhor encaminhamento sem tumultuar o judiciário estadual, incorrendo em problemas que dificultam a vitória por completo.
A ação conjunta da assessoria jurídica, Advocacia Operária e Wágner Filho, proporciona a tranquilidade jurídica para que os filiados e filiadas ao SINDIPREV/SE tenham êxito.
QUEM TEM DIREITO AO PROCESSO DO PASEP
A ação do PASEP é individual, devendo o filiado e filiada solicitarem ao BANCO DO BRASIL a Microfilmagem de “todo” período do PASEP. Após receberem a microfilmagem, compareçam ao setor Jurídico do SINDIPREV/SE com os documentos pessoais para assinar a procuração e enviar as microfilmagens para cálculo.
Parabéns Lucas Rios e Wágner Filho pela estratégia, condução processual e “vitória”, mesmo que parcial.

O SINDIPREV SERGIPE NÃO FOGE À LUTA!
Gestão 2017/2020 - Coordenador Geral: Joaquim Antonio Ferreira
Por: Marcos Jefferson (DRT/SE 376)

O povo de Jeremoabo não é bobO, abaixo a corrupção...

Nenhuma descrição de foto disponível.
Ainda bem que de forma civilizada o povo de Jeremoabo está aprendendo a protestar e denunciar através da INTERNET.


Está faltando colocar nessa relação o dinheiro recebido pelo PROCURADOR MUNICIPAL DE JEREMOABO QUE ESTÁ RECEBENDO SEM TRABALHAR.


Exigimos a devolução do pagamento recebido  indevidamente, a nossa esperança é que a Lei TARDA MAIS NÃO FALHA.


MP investiga servidores que declaram falsa jornada de trabalho | Folha de Londrina


Sobre este site
FOLHADELONDRINA.COM.BR|POR FOLHA DE LONDRINA
Inserir declaração falsa em documento público tem pena de um a cinco anos de reclusão e multa, podendo ser agravada em até um sexto se for cometido por funcionário público | Anderson Coelho Cornélio Procópio - Uma agent



Nota da redação deste Blog -  Essa matéria trata de uma FALSIFICAÇÃO IDEOLÓGICA, semelhante a que o prefeito Deri do Paloma está apoiando, aprovando e concordando que aconteça na Prefeitura Municipal de Jeremoabo.
A presente matéria é composta por uma parte escrita e por um Áudio.
A unica diferença  do acontecido para com a Prefeitura de Jeremoabo, é que lá foi denunciado ao Ministério Público, e em Jeremoabo o povo denúncia a Câmara e essa não sei qual o motivo que acoberta e não leva ao conhecimento do Ministério Público.
Esse caso é semelhante ao que está sendo praticado pelo Procurador Municipal de Jeremoabo com o aval do prefeito Deri do Paloma, aqueel cidadão que antes das eleições usou um programa de RÁDIO PARA INFORMAR AO POVO DE JEREMOABO NÃO IRIA ACONTECER CORRUPÇÃO, E SECRETÁRIO CORRUPTO SERIA DEMITIDO SUMARIAMENTE.
E agora prefeito DERI DO PALOMA, só foi o senhor entrar na prefeitura ficou logo acometido de amnésia, que esqueceu tudo que prometeu, inclusive não apoiar corrupção?

É correto senhor prefeito, usar o dinheiro suado do povo para bancar ilicitude praticada por um procurador que recebe mesmo faltando ao serviço, recebe como se trabalhando estivesse, em desrespeito a todo cidadão de Jeremoabo?


Bolsonaro tenta intimidar apuração do caso Marielle, dizem associações de delegados

Bolsonaro tenta intimidar apuração do caso Marielle, dizem associações de delegados
Foto: Divulgação
Associações que representam delegados de polícia no Brasil divulgaram neste domingo (3) nota conjunta de repúdio a declarações do presidente Jair Bolsonaro sugerindo direcionamento nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Eles acusam Bolsonaro de tentar intimidar a Polícia Civil do Rio, "com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade", ao insinuar em vídeo e entrevistas a adulteração de provas e referir-se ao delegado que comanda o inquérito como "amiguinho" do governador Wilson Witzel (PSC-RJ). 

Bahia Notícias

Culpar a Venezuela por óleo nas praias do Nordeste é sandice cotidiana no Brasil de 2019

Segunda, 04 de Novembro de 2019 - 07:20


por Fernando Duarte
Culpar a Venezuela por óleo nas praias do Nordeste é sandice cotidiana no Brasil de 2019
Praia de Guaibim foi atingida neste domingo (3) | Foto: Reprodução/ WhatsApp
Ao que parece, o brasileiro passou a ser cada vez mais crente em teorias de conspiração. Isso é bem comum, no Brasil pós-eleição de 2018, que popularizou mentiras dantescas como se verdades fossem. O difícil é acreditar que uma parcela expressiva dessas teorias ilógicas segue sendo alimentada por figurões da República, como é o caso da associação do derramamento de óleo nas praias do Nordeste à Venezuela. O país vizinho foi acusado de participação no desastre ambiental antes de qualquer investigação e o resultado disso é 23% da população crendo que os venezuelanos são os responsáveis pelo derramamento de petróleo bruto no Oceano Atlântico, conforme pesquisa do Ipespe, divulgada no último sábado (2).

Claro que, a partir do momento que o “DNA” do óleo aponta a Venezuela como origem, é natural que os olhos fiquem voltados para o país comandado pela ditadura chavista. Porém a simples declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, depois endossada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, transformou os “companheiros” sul-americanos em alvos preferenciais da campanha de desinformação em torno dos culpados pelo caso. Salles, inclusive, não satisfeito por conspirar contra a Venezuela, ainda propôs o absurdo de que um navio do Greenpeace teria derramado o óleo propositalmente para prejudicar o Brasil e o governo. É autoestima que chama?

Pois, às vésperas da divulgação desse índice trágico de pessoas que acreditam em teorias da conspiração sem qualquer prova, a Polícia Federal deu indícios de que pode ter encontrado a origem do problema: um navio grego que abasteceu na Venezuela e desligou os radares ao cruzar a costa brasileira em direção ao leste, possivelmente tendo a África como destino. A hipótese de um navio pirata, contrabandeando petróleo venezuelano, não era nova e os caminhos da PF sugerem que é algo bem plausível. No entanto, enquanto você lê este texto, algumas milhares de pessoas ainda seguem acreditando que foi Nicolás Maduro que resolveu desperdiçar petróleo, de uma plataforma quase abandonada no Lago Maracaibo ou de uma orquestrada ação para prejudicar o Brasil.

Longe de mim defender Maduro ou quem quer que seja responsável pela tragédia humanitária que se tornou nosso país vizinho. A crítica vai para quem acredita piamente que grupos como o “Foro de São Paulo” poderiam ter construído o maior desastre ambiental do litoral brasileiro apenas para atacar o governo federal, adversário ferrenho da esquerda bolivariana da América do Sul. Pasmem, não são poucos a crerem que, até mesmo incidentes trágicos como o óleo nas praias do Nordeste, fazem parte de uma conspiração internacional, com objetivos explícitos de evitarem a permanência da direita conservadora no comando do Brasil. Essa esquerda que aplaude Maduro e companhia até pode querer demover a extrema direita do Palácio do Planalto, mas daí a sujar de óleo todo o litoral do Nordeste e ainda ameaçar o Parque Nacional de Abrolhos apenas para atingir essa meta é pender demais para a sandice.

A maturidade exigida não chega a ser grande. É apenas a expectativa de aguardarmos que instituições como a Polícia Federal e a Marinha consigam concluir a tarefa que lhes foi demandada. Isso é acreditar que o governo federal está fazendo a sua parte – mesmo que seja a passos mais lentos do que gostaríamos. O que não vale é ficar acreditando em qualquer asneira que uma autoridade pública fala, sendo você adepto da seita a que ela pertence ou não. E, a cada nova mancha de óleo a aparecer numa praia, mais e mais famílias, que dependem do mar para o seu sustento, ficarão fragilizadas pela letargia com que agem os mesmos que pregam que a Venezuela e o Greenpeace são os grandes vilões desse problema. Parabéns ao envolvidos.

Este texto integra o comentário desta segunda-feira (4) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM e Valença FM.

Bahia Notícias

De repente, querem mudar a História sobre 1955 e o revólver do almirante…


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O ridículo da História parece estar querendo se repetir
Sebastião Nery
Alto, desengonçado, mal ajeitado, um dos melhores repórteres da história da imprensa mineira, Felipe Henriot Drummond chegou à porta da suíte presidencial do Hotel Financial, em Belo Horizonte. Dois seguranças de preto e mal encarados pediram os documentos. Felipe mostrou a carteira do “Estado de Minas”. Aprovada. Tocou a campainha.
A porta abriu e lá de dentro uma voz esganiçada gritou: – Entre!
Felipe entrou. Não viu ninguém. Atrás da porta, um homem baixinho, fardado, apontava um revolver para as costas dele:
– Sente-se ali. Por que chegou antes, se a entrevista é às 12 horas?
Felipe não sabia se dava uma risada ou ia embora. Daí a pouco, fomos chegando nós, outros jornalistas, para a entrevista coletiva do almirante Penna Botto, presidente da Cruzada Brasileira Anticomunista, que foi a Minas fazer campanha contra a posse de Juscelino e João Goulart na presidência da República, eleitos dias antes, em 3 de outubro de 55.
PALHAÇADA – Logo no dia 5, Penna Boto tinha dado entrevista ao “Globo”: – “É indispensável impedir que Juscelino e Goulart tomem posse dos cargos para que foram indevidamente eleitos”.
A entrevista a nós foi uma palhaçada. O atarracado almirante queria nos convencer de que o Partido Comunista estava criando um “Soviet” no Triangulo Mineiro, que iria instalar-se logo que JK tomasse posse.
Não houve “soviet” mas por pouco não houve a posse. Nas redações, passávamos madrugadas agarrados às rádios do Rio, que transmitiam a crise ininterruptamente. Até que o presidente Café Filho teve (ou fingiu) um infarto, passou o governo para o presidente da Câmara, Carlos Luz, víbora gorda do PSD mineiro que, no dia 10 de novembro, demitiu do ministério da Guerra o marechal Lott, vermelhão, olho azul, mais Caxias do que Caxias, e o substituiu pelo general udenista-golpista Fiúza de Castro, numa ação articulada para impedir a posse de Juscelino e Jango.
TANQUES NA RUA – De madrugada, Lott e Denis, comandante do Iº Exercito, fizeram o “11 de novembro” (terça-feira faz 53 anos), “retorno aos quadros constitucionais vigentes”: puseram os tanques na rua, a Câmara votou o impeachment de Carlos Luz e entregou o governo ao presidente do Senado, Nereu Ramos.
Em Minas, quando a notícia chegou ao amanhecer, corremos para o palácio da Liberdade. Juscelino, presidente eleito, já estava lá, trancado com seu vice, o governador Clovis Salgado, e o comandante da região, general Jaime de Almeida. Os dois tentaram de todo jeito segurar Juscelino, mas ele resolveu ir de qualquer forma para o Rio. Abre-se a porta e ele sai:
– Bom dia, vocês já aqui? Vou agora mesmo para o Rio.
UMA PERGUNTA… – “Mas, presidente, há notícias de que a Aeronáutica está ao lado de Carlos Luz, que foi para Santos com Lacerda no “Tamandaré”, comandado pelo Penna Boto, e o brigadeiro Eduardo Gomes já chegou lá para tentar a resistência com a cobertura do governador Jânio Quadros. Como é que o senhor vai descer no Santos Dumont ou no Galeão? Derrubam o avião…”
– Já discutimos tudo, eu, o governador e o general. Eles estão contra, mas a decisão é minha e já a tomei. Vou a qualquer risco.
Entrou em um carro e disparou para o aeroporto. Fomos atrás, repórteres e fotógrafos. Lá, uma cena dramática. Juscelino dava ordens, aos gritos, a João Milton Prates e outro piloto, queridos amigos seus, para levantarem voo em um pequeno avião particular. Mas havia uma ordem definitiva da Aeronáutica: ninguém podia decolar.
CHORO DA AUDÁCIA – Impedido, encostou os dois cotovelos no balcão do aeroporto, cobriu o rosto com as mãos trêmulas e chorou de sacudir. Era o choro da audácia impotente: – “Meu Deus, isso não pode acontecer. Preciso assumir”!
Foi no dia seguinte. Em 31 de janeiro, o presidente era JK. Assumiu, mas só depois de Café Filho sumir, também impichado. O cruzador “Tamandaré”, comandado pelo pequenininho Penna Boto, levou três tiros de festim do Forte de Copacabana e seguiu para São Paulo, onde Jânio não quis nada com eles e voltou de rabo (popa e proa) entre as pernas.
Lacerda foi direto para a embaixada de Cuba, asilado pelo ditador Fulgêncio Batista.
GOLPE ADIADO – A tentativa de golpe não conseguira apagar os milhões de votos de Juscelino. Mais uma vez o golpe de 50, 54 e 55 fora adiado para 64.
Há alguns dias, “O Globo” informava que “o Instituto Histórico e Geográfico homenageou (sic) o almirante Penna Boto pelos 53 anos do bombardeio (sic) sofrido pelo cruzador Tamandaré, em 55, ao tentar sair da baia da Guanabara”…
Ao que parece, querem mudar a história.

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