Levy Guimarães
O Tempo
Pré-candidata à presidência da República pelo MDB, a senadora Simone Tebet criticou a decisão, dos líderes do Senado, de instalar a CPI do MEC só após as eleições. O anúncio foi feito nesta terça-feira (5) pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, após reunião com as lideranças partidárias.
“Lamentável a decisão de não instalar a CPI do MEC. Foi uma deliberação dos líderes que eu questiono, não concordo, porque empurrar a instalação da CPI do MEC para após as eleições é o mesmo que não apurar. Ninguém vai instalar essa CPI no final do ano. Eleição não é desculpa”, disse a senadora, em nota.
DENÚNCIAS GRAVÍSSIMAS – No texto, Simone Tebet classifica o Ministério da Educação como “a pasta mais importante hoje no Brasil” e diz que os parlamentares devem “ficar atentos 24 horas por dia, especialmente quando estamos falando de áudios e denúncias gravíssimas de autoridades públicas”.
Tebet ainda afirma que na eleição, o Brasil tem que escolher entre dois escândalos, o do Petrolão e o da Educação, ao se referir à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Recursos tão necessários faltando para a merenda escolar para a conectividade de computadores no Ensino Médio, sendo aí distribuído de acordo com interesse pessoal político, partidário, de meia dúzia de pessoas“, completou.
BLOCO INDEPENDENTE – Ainda patinando nas pesquisas de intenção de voto, com cerca de 2%, Simone Tebet faz parte do chamado bloco “independente” do Senado, com críticas ao governo Bolsonaro.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP, autor do pedido de criação da CPI do MEC, prometeu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso haja demora na leitura do requerimento por Pacheco ou na indicação dos componentes pelos líderes.
Mas tudo indica que não haverá CPI antes das eleições, devido a uma brecha no Regimento do Senado, que Pacheco está usando.