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sexta-feira, julho 08, 2022

Pacheco e Alcolumbre recuam e adiam a votação da execrável PEC das Embaixadas

Publicado em 8 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Rodrigo Pacheco não vai tirar de Alcolumbre a prerrogativa de pautar a sabatina de Mendonça | Lauro Jardim - O Globo

Rodrigo Pacheco errou ao aceitar a PEC de Alcolumbre

Igor Gadelha e Gustavo Zucchi
Metrópoles

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou na manhã desta sexta-feira (8/7) ao chanceler Carlos França que decidiu adiar para depois do recesso de julho a votação da PEC que permite parlamentares assumirem embaixadas sem terem de renunciar a seus mandatos.

O ministro das Relações Exteriores confirmou à coluna que falou com Pacheco. Segundo o diplomata, o senador comunicou que a proposta, prevista para ser votada na próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), só voltará a ser debatida na volta do recesso, mas não deu uma data específica.

SENSIBILIDADE – Na conversa, França agradeceu a “sensibilidade” do presidente do Senado em adiar a votação. Nesta semana, o Itamaraty e a Casa Civil emitiram notas se posicionando contra a PEC, em uma rara manifestação sobre matérias que tramitam no Legislativo.

Com a decisão de Pacheco, o chanceler disse à coluna que pretende manter sua viagem a Nova York, onde participará de reuniões do G-20 e do Conselho de Segurança da ONU.

França contou que estava prestes a voltar da Indonésia para o Brasil, para acompanhar a votação da PEC, quando falou com o senador.

ENTENDA A PEC

A PEC foi apresentada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça. O relatório da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) chegou a ser lido na última quarta-feira (6/7), mas houve um pedido de vista, o que adiou a votação. Até então, Alcolumbre queria votar a matéria na próxima semana.

A decisão de Pacheco confirma movimento antecipado mais cedo pela coluna. Conforme noticiado, o governo já apostava em um “recuo estratégico” de Alcolumbre. O motivo seria evitar um embate com setores do governo e do funcionalismo público em plena campanha eleitoral, quando ele tentará reeleição.

Já no Itamaraty, a previsão é que cedo ou tarde o Senado irá aprovar a proposta. A explicação é que os senadores têm muito a ganhar com a proposta. A aposta entre diplomatas brasileiros é que a Câmara dos Deputados pode enterrar a PEC.

 

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