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sexta-feira, julho 29, 2022

Com manifestos, o establishment se mexeu em defesa das urnas e reduziu as chances de golpe

Publicado em 29 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

 (crédito: Maurenilson Freire)

Ilustração de Maurenilson Freire (Correio Braziliense)

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

O encontro do presidente Jair Bolsonaro com diplomatas estrangeiros para falar mal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levantar suspeitas de que haveria fraudes nas urnas eletrônicas virou uma espécie de “efeito borboleta”, uma variante da Teoria do Caos, que consiste em grandes acontecimentos provocados inicialmente por pequenas alterações.

É mais ou menos o que conseguiu o presidente Jair Bolsonaro com o seu inusitado e espantoso ataque às urnas eletrônicas na reunião de representantes de quase 70 países, que provocou a forte reação da sociedade civil.

DAR UM BASTA – O establishment jurídico e empresarial resolveu dar um basta aos ataques de Bolsonaro à democracia. Suprapartidariamente, saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF).

A iniciativa partiu de ex-ministros da Corte, professores e estudantes da tradicional Faculdade de Direito do Largo do São Francisco (USP), com uma declaração que começou com três mil assinaturas e já soma mais de 300 mil signatários.

Outro manifesto, organizado pela poderosa Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), mobilizou o grande empresariado nacional, inclusive a Febraban. Os principais banqueiros do país assinaram os dois manifestos, como pessoa física. Recebeu apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical e de outras centrais sindicais.

GOVERNO RESPONDE – Enquanto o establishment se mexia, o governo divulgava dados positivos sobre a economia, entre os quais a redução do preço da gasolina, a geração de emprego e a distribuição do Auxílio Brasil. E o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tentava minimizar a importância dos manifestos.

Ciro Nogueira alega que os banqueiros assinaram os documentos porque perderam R$ 40 bilhões com o PIX. Mas o lucro dos bancos não condiz com essa tese. A adesão dos banqueiros é resultado da PEC das Eleições, que agrediu a institucionalidade da economia e a segurança jurídica.

Protagonista do rolo compressor governista montado no Congresso, com recursos das emendas secretas ao Orçamento da União (somam R$ 16,5 bilhões), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi ao Twitter como se nada houvesse:

DISSE LIRA – “Má notícia para os pessimistas de plantão! Estamos na contramão do mundo, mas isso é bom! Inflação em baixa, PIB em alta”.

Levou um banho de água fria com a divulgação do DataFolha nesta quinta-feira. O pacote de bondades do governo ainda não mudou os humores dos eleitores.

Na pesquisa estimulada, Lula (PT) tem 47% e Bolsonaro (PL), 29%; Ciro (PDT), 8%; Simone (MDB), 2%; Janones (Avante), Marçal (Pros)n e Vera Lúcia (PSTU) têm 1%. Branco/nulo/nenhum: 6%. Não sabe: 3% (4% na pesquisa anterior). Os demais candidatos não pontuaram.

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