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sábado, junho 04, 2022

Campanhas de Tebet e Ciro enfim articulam um pacto de não agressão e agenda comum


Ciro Gomes elogia Simone Tebet e diz que ela está sendo traída | Pesquisa  eleitoral MG: Zema lidera - YouTube

Arte reproduzida do MyNews (YouTube)

Pedro Venceslau
Estadão

Aliados da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) tentam promover uma aproximação dos dois pré-candidatos à Presidência. A iniciativa visa estabelecer uma convivência pacífica – espécie de pacto de não agressão –, em meio à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles podem construir uma agenda mínima.

Entre as pautas convergentes estão os desafios da economia – a inflação, o desemprego e a pobreza –, a defesa da democracia e a crítica à radicalização imposta no atual ciclo pré-eleitoral.

TERCEIRA VIA – Simone e Ciro se colocam como pré-candidaturas do centro democrático. Porém, enquanto ela se situa na chamada terceira via, ele se posiciona mais à esquerda no espectro político.

Em outra frente, o MDB abriu um canal de diálogo com o Podemos para tentar ampliar a coligação da senadora. O partido chegou até a lançar a pré-candidatura do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Sérgio Moro, mas a iniciativa foi frustrada com a migração do ex-juiz da Lava Jato para o União Brasil. Atualmente, após a chancela da cúpula emedebista para representar a terceira via, Simone conta apenas com o apoio do Cidadania e espera pela palavra final do PSDB.

O primeiro sinal do movimento entre Ciro e Simone se deu na participação, na quarta-feira passada, do ex-senador gaúcho Pedro Simon, decano do MDB, em um programa apresentado pelo pedetista nas redes sociais. Na ocasião, Simon classificou como um desastre a “dobradinha” Lula e Bolsonaro e disse que os pré-candidatos do MDB e do PDT precisam “caminhar, discutir e debater com grandeza”.

DIÁLOGO ABERTO – Ciro concordou, elogiou Simone e o pai dela, o ex-senador Ramez Tebet, e se colocou à disposição para o diálogo. “Em qualquer mesa em que o senhor estiver, eu estarei na cabeceira. Me convoque que eu estarei”, afirmou ele.

Os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do MDB, Baleia Rossi, reforçaram a ideia. “Estamos abertos para o diálogo com a Simone. Esse é o caminho natural”, disse Lupi. “Temos de conversar com todos aqueles que são alternativas à polarização. O diálogo está no DNA do MDB. Não se faz política com veto. Temos de buscar os pontos de convergência”, afirmou Baleia Rossi.

A articulação no centro político esbarra, porém, em questões regionais, especialmente no Ceará. No Estado, o MDB e o PDT são rivais históricos. Uma reunião entre Ciro e Simone neste momento, dizem aliados, acirraria os ânimos com o grupo do ex-senador Eunício Oliveira, que é próximo de Lula e se opõe à pré-candidatura da emedebista.

PERTO DO PODEMOS – Do lado da senadora, enquanto os tucanos caminham para um acordo na disputa presidencial, o MDB abriu um canal de diálogo com o Podemos, que ficou sem candidato próprio. As conversas ainda são preliminares, mas integrantes do MDB avaliam que a chapa de Simone com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na vice, que já indicou que pode aceitar o posto, tem o que chamam de afinidades históricas com o Podemos.

Há resistências. Segundo o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), a sigla estaria dividida entre lançar candidatura própria ou liberar os filiados.

EM PORTO ALEGRE – Simone deve ir próxima semana a Porto Alegre para uma rodada de conversas com líderes locais do MDB e com o ex-governador Eduardo Leite (PSDB).

O acordo local passa pela desistência do deputado estadual Gabriel Souza (MDB) de disputar o Palácio Piratini para apoiar o candidato tucano, que deve ser o próprio Eduardo Leite, com muitas chances de vitória.

Após a desistência de João Doria de disputar o Palácio do Planalto, o PSDB estabeleceu como contrapartida ao apoio a Simone que o MDB abrisse mão de lançar candidatos próprios em três Estados para apoiar tucanos: Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Nos dois últimos Estados, já está certo que a pré-candidata terá dois palanques. (Colaborou Gustavo Queiroz)

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, a poeira está baixando e de repente tudo começa a caminhar bem para a terceira via. A união entre Simone Tebet e Ciro Gomes é o que faltava para garantir uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro. Não importa quem esteja à frente da chapa, a chamada maioria silenciosa não aceita votar em Lula ou Bolsonaro e vai apoiar entusiasticamente  Ciro/Simone ou Simone/Ciro, uma dupla que tem muita chance de vencer esta eleição. Aliás, se chegar ao segundo turno, a vitória estará garantida. (C.N.)   

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