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domingo, novembro 28, 2021

Nova York declara estado de emergência diante do risco de novos casos da variante ômicron




A governadora do Estado, a democrata Katy Hochul, organiza o reforço de insumos sanitários e unidades hospitalares para enfrentar um hipotético surto

Por María Antonia Sánchez-Vallejo

Nova York - Adolescente de 13 anos recebe a primeira dose da vacina contra a covid em um bairro de Nova York, em junho.

No estado de Nova York, 90% da população adulta tomou ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 e 68% recebeu o regime completo, mas a ameaça da variante delta, altamente contagiosa, e os deslocamentos em massa por causa do feriado prolongado de Ação de Graças pressionaram a governadora do estado, a democrata Katy Hochul, a declarar o estado de emergência como medida preventiva diante do risco crescente da chegada da variante ômicron. Os deslocamentos em massa no Dia de Ação de Graças, período do ano com mais viagens internas nos Estados Unidos, é acompanhado de perto pelas autoridades sanitárias, embora a declaração de Nova York só entre em vigor no dia 3 de dezembro. “Não nos surpreende que novas variantes estejam surgindo e que provavelmente acabem em Nova York”, disse Hochul.

Embora as mortes por coronavírus sigam uma tendência decrescente, o aumento sustentado do número de casos detectados atingiu 33% nos últimos 14 dias, daí as medidas emergenciais decretadas pelo estado. “Até agora, a nova variante ômicron não foi encontrada no estado de Nova York. Mas estamos em alerta máximo. Está chegando”, tuitou Hochul na sexta-feira. “O laboratório do Centro Wadsworth do Departamento de Saúde continuará monitorando ativamente as amostras selecionadas de covid-19 em todo o estado de Nova York para comparar as sequências e identificar as variantes em circulação e as novas”, disse em um comunicado.

A declaração de emergência permitirá ao estado adquirir insumos para combater a pandemia, aumentar a capacidade hospitalar e combater a possível escassez de pessoal em um setor cujo funcionalismo ficou limitado pelo elevado número de desistências voluntárias. Também permitiria ao Departamento de Saúde do estado limitar os procedimentos não essenciais e não urgentes em hospitais em favor de um reforço das unidades covid-19.

As notícias sobre a nova variante ômicron abalaram os mercados de todo o mundo, mas o impacto foi especialmente notável nos EUA. O índice Dow Jones registrou seus piores resultados em mais de um ano, precisamente no dia mais importante do calendário comercial, a Black Friday. Os Estados Unidos apoiaram então, junto com o Canadá, o Brasil e grande parte dos países da Europa, a proibição de entrada em seu território de viajantes do sul da África. O presidente Joe Biden foi informado ao meio-dia de sábado das últimas novidades sobre a ômicron, enquanto a Administração sanitária e a equipe de resposta à covid-19 da Casa Branca monitoraram as últimas atualizações, em contato com seus colegas em todo o mundo.

Em seu comunicado de sexta-feira, Hochul pediu novamente aos nova-iorquinos ainda não imunizados que tomassem a vacina. “A vacina continua sendo uma de nossas melhores armas na luta contra a pandemia, e encorajo todos os nova-iorquinos a se vacinarem e a tomarem a dose de reforço se já estiverem totalmente vacinados”, disse.

A rede pública de hospitais de Nova York registrou na sexta-feira —quase um feriado para muitos efeitos em consequência do fim de semana prolongado, com as escolas e os edifícios da Administração fechados— uma atividade pouco frequente, tanto na imunização dos retardatários quanto na administração da dose de reforço à população maior de 18 anos. O difícil, em Nova York, é não se vacinar, dadas as facilidades que a cidade oferece. Um cenário muito diferente daquele de outros estados mais negligentes em relação à vacinação, como Arizona, Indiana, Ohio, Wyoming e Idaho, que mal chegam a 50% de imunização.

El País

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