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quinta-feira, julho 29, 2021

TSE desmente Bolsonaro, que exibiu vídeo fake sobre urna eletrônica na sua live


Presidente Jair Bolsonaro faz tradicional live na quinta-feira (29).

Bolsonaro disse que ia soltar uma bomba, soltou um traque

André Shalders
Estadão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou a jornalistas no começo da noite desta quinta-feira, 29, diversas checagens rebatendo pontos do discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes na urna eletrônica. Problemas nas teclas da urna e a suposta exclusividade do Brasil no uso do sistema eletrônico foram alguns dos pontos do discurso do presidente desmentidos pelo tribunal.

No começo da transmissão ao vivo, Bolsonaro disse ter relatos de pessoas que tentaram votar em seu número na eleição presidencial de 2018 e foram impedidos pela urna, ao passo que pessoas que tentaram votar no então candidato do PT, Fernando Haddad, não enfrentaram problemas. O TSE esclarece que, neste caso, as pessoas estavam tentando votar em um candidato a governador e não a presidente — o que inviabiliza o número “17” na urna.

USO NO MUNDO – Em outro momento, o presidente disse que só três países no mundo usam a urna eletrônica, entre eles o Butão. Sobre isso, o TSE esclarece que 23 países usam urnas com tecnologia eletrônica em suas eleições gerais. Outras 18 nações usam a urna em pleitos regionais. “Entre os países estão o Canadá, a Índia e a França, além dos Estados Unidos, que têm urnas eletrônicas em alguns estados”, diz um trecho da checagem do TSE.

Em vários momentos da live, Bolsonaro disse que a apuração dos votos será feita “pelos mesmos que tornaram o ex-presidente Lula (PT) elegível e que o tiraram da cadeia”. No entanto, a apuração dos votos é feita de forma pública, como explica o TSE.

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DOSSIÊ TEM VÍDEO FAKE DA IRMÃ DE NISE YAMAGUCHI

Plinio Teodoro  Revista Forum

Não é apenas com cloroquina e informações negacionistas sobre a Covid-19 que a família Yamaguchi municia as fake news que embasam as teorias da conspiração divulgadas por Jair Bolsonaro (Sem partido) junto aos seguidores.

Além de Nise Yamaguchi, que participou do chamado gabinete paralelo do Ministério da Saúde, a irmã dela, Naomi Yamaguchi atua nos bastidores, mas para dar munição sobre a tese de Bolsonaro sobre a fraude nas eleições presidenciais de 2014.

DIZ A CNN – Segundo informações de Caio Junqueira, na CNN Brasil, Bolsonaro já teria recebido um dossiê sobre o assunto e conta com o auxílio de “especialistas” defensores da tese, que estariam chegando em Brasília para a live desta tarde, propalada pelo presidente para comprovar as fraudes nas urnas eletrônicas.

Entre os especialistas, estaria um profissional de tecnologia da informação que aparece em vídeo divulgado por Naomi em 2018, durante sua candidatura à Câmara Federal pelo PSL.

É dele a tese da “moeda” divulgada por Bolsonaro, que mostraria um suposto algoritimo acionado para favorecer Dilma Rousseff (PT), que venceu o pleito contra Aécio Neves (PSDB).

NÃO HÁ PROVAS – Segundo a CNN, que teve acesso ao documento, o dossiê não apresenta provas, apenas sugere a partir de cálculos que houve fraude.

A tese central é que, nas eleições de 2018, havia, segundo o documento, “impossibilidade matemática do resultado final, a partir dos resultados parciais divulgados pelo TSE até as 19 hs”.

Além disso, existia “alta probabilidade de manipulação dos dados na totalização dos votos, pois o natural teria sido o percentual de votos a favor de Bolsonaro subir com a entrada dos votos das regiões sul e sudeste, as mais populosas do país”, diz o documento.

TESE SEM CONSISTÊNCIA – No entanto, a tese apresentada já foi desmentida, pois o vídeo compara resultados parciais da eleição com uma única pesquisa de intenção de voto, que apontava cerca de 70% das intenções pró-Aécio.

A análise gráfica sobre a curva dos votos dos candidatos ignora que a contabilização dos votos não é distribuída de maneira uniforme durante o período de apuração.

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