Publicado em 28 de julho de 2021 por Tribuna da Internet
Ingrid Soares
Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quarta-feira (28/7) que “o povo vai reagir” caso o projeto de voto impresso do governo não seja aprovado pelo Congresso para as eleições de 2022. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o mandatário ainda rebateu o argumento do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de que a mudança teria um custo alto para os cofres públicos, de cerca de R$ 2 bilhões.
“Sei que vocês não estão preocupados em gastar R$ 2 bilhões do orçamento com uma maneira de nós termos a certeza de que se votou para prefeito, governador, vereador, deputado e que (o voto) vai ser para aquela pessoa”, apontou.
LIVE DA FRAUDE – Sobre a live desta quinta-feira (29), o mandatário convocou a população para assistir, justificando que revelará uma “bomba” alegando fraude nas eleições de 2014 e 2018. “O povo vai reagir em 22 se não tivermos eleições democráticas. Todos nós queremos eleições. Peço que amanhã, quinta-feira, às 19h, o pessoal assista porque a gente vai demonstrar todas as inconsistências de 2014, 2018… São coisas fantásticas ali para mostrar”, declarou.
O presidente disse que quem trata do Orçamento é ele e não Barroso. “Vai ganhar eleição quem tem voto. Se não for dessa maneira, poderemos ter problemas em 22. E eu não quero problema. E quando falam, o Barroso mesmo, “mais R$ 2 bilhões”. Ô Barroso, quem trata de orçamento sou eu, não é você, tá?”.
“CONTRA A DEMOCRACIA” – Por fim, o presidente questionou se o ministro é contra a democracia. “Por que o ministro Barroso está tão preocupado em não ter eleições democráticas? Ele é contra a democracia? Parece que é. Se nós estamos oferecendo uma maneira de comprovar realmente que as eleições não vão ser fraudadas, porque ele quer que acabem as eleições e permanecemos na dúvida?”, concluiu.
No último dia 23, Bolsonaro afirmou que a população não aceitaria as eleições de 2022 sem o voto impresso. O mandatário ainda comparou os eleitores a um “exército”.
Mas na verdade, em 25 anos de existência das urnas, nunca se comprovou fraude nas máquinas.