Melissa Duarte
O Globo
Nada passa despercebido nas redes sociais. O novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que o diga: uma publicação dele em defesa de Lula no Twitter voltou à tona quase três anos depois após o senador pelo PP do Piauí aceitar o convite para comandar a pasta mais importante do governo Bolsonaro. No texto, o líder do Centrão defendeu a participação do ex-presidente nas eleições em 2018.
Para Nogueira, o fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter barrado o petista tirava dos cidadãos o direito de escolha à presidência:
CARINHO ENORME – Não foi a primeira declaração dele nesse sentido. Numa entrevista ao Valor agora em maio, o presidente do PP disse: “Tenho um carinho enorme pelo presidente Lula”. A declaração podia ser um aceno a uma possível eleição do petista em 2022.
Lembrem-se que em 2017 Nogueira chamou Jair Bolsonaro de ‘fascista’ e ‘preconceituoso’. A Lula, só teceu elogios:
“O melhor presidente da história desse país, principalmente para o Piauí e o Nordeste. Não me vejo numa eleição votando contra o Lula. Por tudo que ele fez, por tudo que ele tirou de miséria desse povo” — afirmou a um programa de TV da Rede Meio Norte.
MIMETISMO POLÍTICO – A capacidade de se articular e de transitar entre os diferentes partidos no poder é uma das características mais proeminentes do Centrão, hoje formado por PP, PL, DEM e PSD, entre outros.
Agora alinhado a Bolsonaro, o bloco de partidos sem coloração ideológica pré-definida, já esteve lado a lado com PSDB, PT e MDB em outros mandatos presidenciais.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – “Tudo por dinheiro”, como diria Silvio Santos, que também se alia a qualquer governo e fez Lula evitar a falência do Banco PanAmericano e do próprio SBT. Mas que se interessa? (C.N.)