por Mari Leal
Três espaços na chapa majoritária, pelo menos quatro personagens em evidência - Jaques Wagner (PT), Rui Costa (PT), João Leão e Otto Alencar - e um tabuleiro incerto no que diz respeito à conformação da chapa que pode vir a ser liderada pelo senador Wagner na disputa pelo comando do Estado da Bahia em 2022. É nesse contexto que “Leão [João] mira no que vê para acertar no que pode”.
A avaliação é de um membro importante da base do governo ao observar a relação do tripé, ou “teodolito”, como o vice-governador tem metaforizado, PT, PP e PSD (reveja). De acordo com a máxima, Leão, que tem pressionado para que haja uma mudança na posição dos partidos, fato que elevaria o PP do lugar de vice para a cabeça de chapa, deseja mesmo é inflar a possibilidade de uma candidatura do atual governador Rui Costa (PT) para, enfim, ficar à frente do Estado por alguns meses.
Questionado sobre os planos para 2022, Rui Costa tem sido um tanto poético. Reitera a “missão” de continuar cuidando da Bahia, no entanto, revela a necessidade de cuidar “da saúde mental”, “plantando e colhendo em um pedacinho de terra” (reveja). Nos bastidores da política, porém, o que se mostra posto é o desejo do ex-presidente e possível candidato petista para disputar o comando da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de que o governador, amparado pela boa avaliação pública do seu governo, permaneça no posto até o fim do mandato.
Muito se cogita a possibilidade de Rui disputar uma vaga no Senado. O fato, todavia, pode mexer na posição confortável do PSD na provável chapa, qual seja facilmente buscar uma reeleição de Otto Alencar para a Casa.
Apesar das sugestões públicas para girar a ciranda formada entre os três maiores partidos da base, fonte ligada ao centro da política baiana também evidencia uma marcha de alguns progressistas para viabilizar o nome para vice. Surgem no cenário nomes como o deputado federal Ronaldo Carletto e o prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas (reveja).
Bahia Notícias