Vicente Limongi Netto
Por mais que o Messias por correspondência mereça o absoluto desprezo dos homens de bem, não há como deixar de registrar as parlapatices do chefe da nação. Portanto, vamos a elas. Desprezava a debochava da vacina coronavac. Jogava toda sua colossal ira contra as providências do governador João Dória.
Sabotava e ainda sabota, junto à Anvisa (antro de sabujos) todas as solicitações de Dória, através do Butantã. Decidiu, de vez, politizar a vacinação. Atrasando tudo. Preferindo adotar postura de omisso e insensível. A população sofre, se angustia, à espera da vacinação.
PESADELOS COM DORIA – Mas o Brasil está nas mãos de incompetentes. Nada anda. Nada avança. O povo que se lasque. Morram todos, parece torcer Bolsonaro e áulicos. Desde o início da pandemia, lá se vai um ano, Bolsonaro passou a ter pesadelos com João Doria.
Antecipou, por conta própria e completa irresponsabilidade, o jogo político de 2022. Botou na cabeça oca que Dória é adversário forte nas urnas. Nisso acertou. Mas precisa trabalhar pelo país. Deixar Doria também cumprir as missões dele.
E o governador paulista saiu na frente, disparado, na maratona pela vacina. Faz excelente trabalho a favor dela. Tem, assim, com méritos, a honra histórica de vacinar a primeira cidadã no Brasil. Foi vacinada, aos olhos da mídia mundial, a enfermeira Monica Calazans, que cuida de pacientes com covid-19.
APLAUSOS AO GOVERNADOR – Mesmo quem não simpatiza com Dória, seguramente aplaude o governador pelo saudável momento. Pela vacinação histórica e também pela coletiva de Dória e eficiente equipe. Dória tirou a máscara de Bolsonaro, Pazuello e demais estrupícios. Esperam os generais de plantão que o mito de meia pataca não ateie fogo às vestes.
E Bolsonaro com o ego em pedaços. Já foi chamado de tudo. Debochado, omisso, irresponsável, destrambelhado, incompetente, bravateiro, homofóbico e grosseiro. Faltou mentiroso. Não falta mais.
Motivo: culpou o Supremo Tribunal Federal por não fazer mais para evitar o crescimento da covid-19 no país. Resultado: foi chamado de mentiroso por William Bonner, no Jornal Nacional e ganhou ruidoso panelaço, com as cores de um Brasil indignado, cansado e desesperado.
BELAS CRÔNICAS – Domingo é dia de alegrar os ouvidos e os olhos. Momentos de saborear o Correio Braziliense em busca de notícias boas, tentando ficar longe das malvadezas dos incapazes e mesquinhos.
Nessa linha, prefiro deliciar o espírito lendo dois grandes cronistas, Paulo Pestana e Alexandre de Paula (“Revista do Correio” – 17/01). Por coincidência, Pestana saudando os 90 anos de idade do pai. Alexandre, recordando os traços marcantes do avô.
Não há nada mais grandioso do que atitudes dignas. O respeito aos mais velhos faz parte das lições que Paulo Pestana e Alexandre de Paula acolheram e cultivam com alegria, gratidão e intensidade.