Entre as acusações estão crimes de difamação por mensagens publicadas nas redes sociais, investigações sobre corrupção, lavagem de dinheiro e agressão, com citações em operações como a Lava Jato
Um levantamento feito pelo site G1 aponta que dos 9 candidatos a presidência da Câmara dos Deputados, que acontece na segunda-feira (1º), 8 parlamentares são investigados e responde, ou já respondeu, a processos na Justiça.
Entre as acusações estão crimes de difamação por mensagens publicadas nas redes sociais, investigações sobre corrupção, lavagem de dinheiro e agressão, com citações em operações como a Lava Jato, Taturana e Sevandija. O único sem acusação ou processo judicial é General Peternelli (PSL-SP). Confira a lista:
Alexandre Frota (PSDB-SP): o deputado federal é alvo de uma ação apresentada pelo colega de partido, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), por injúria, calúnia e difamação, após Frota afirmar no Twitter que ele é negociador de votos de Arthur Lira (PP-AL) em troca de emendas parlamentares.
Frota tem uma queixa-crime rejeitada pelo ministro Luiz Fux, que apresentada pelo empresário Otávio Oscar Fakhouri. Na ocasião, o deputado disse que Fakhouri era integrante de um grupo ligado à ala ideológica do governo Bolsonaro de Olavo de Carvalho.
O deputado foi condenado pela Justiça de São Paulo, em primeira instância, a indenizar o ex-presidente do PT de Ubatuba Gerson Florindo por danos morais após acusar Florindo de se passar por apoiador de Bolsonaro para xingar Haddad em uma igreja. Ele também foi condenado em 2018 a pagar R$ 295 mil por injúria e difamação por ter atribuído uma fala falsa sobre pedofilia ao ex-deputado federal Jean Wyllys.
André Janones (Avante-MG): o deputado responde a um processo cível na Justiça de MG após ter chamado o chefe de gabinete do então prefeito de Capelinha (MG) de estelionatário e nepotista.
Outro processo ligado a Janones é de um vídeo com críticas aos políticos de Barbacena (MG) intitulado “Em Barbacena ninguém vai pagar IPTU para sustentar corrupto”. Janones respondeu na Justiça mineira outros dois processos por injúria, calúnia, difamação e desacato.
Arthur Lira (PP-AL): forte candidato à presidência, Lira é acusado por corrupção passiva dentro da operação Lava Jato. Segundo investigadores o parlamentar recebeu R$ 1,6 milhão em propina da empreiteira Queiroz Galvão.
Lira também é acusado de ter aceitado R$ 106 mil de propina do então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo, em troca de mantê-lo no cargo.
Em 2019 o deputado foi investigado por organização criminosa com outros três parlamentares do PP. Lira foi acusado de desviar dinheiro da Petrobras.
Lira foi investigado por suspeita de participação em um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Alagoas na Operação Taturana, é alvo de uma ação apresentada pela ex-mulher, Jullyene Cristine Santos Lins, foi acusado de agressão física pela ex-companheira em 2006 e 2007 e também teve uma arma apreendida após a denúncia de Jullyene, que teria sido usada para ameaçá-la.
Baleia Rossi (MDB-SP): o nome do deputado é na investigação de um esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 200 milhões da Prefeitura de Ribeirão Preto (SP). As investigações fazem parte da Operação Sevandija, de 2016.
Rossi ainda aparece na delação premiada da JBS, após Joesley Batista afirmar que pagou R$ 240 mil à Ilha Produções, cujo dono é irmão do deputado. O valor teria servido como caixa 2 para a campanha eleitoral de Baleia em 2010.
Capitão Augusto (PL-SP): o parlamentar responde a um processo por calúnia após ter ofendido à família de um adversário político em Marília, São Paulo.
Fábio Ramalho (MDB-MG): o deputado foi investigado pelo STF em um inquérito que apurou suposta prática de fraude em licitações em municípios de Minas Gerais.
O parlamentar também foi investigado por ter atuado em favor de uma empresa farmacêutica junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de ter sido citado na delação de executivos da Odebrecht.
Luiza Erundina (PSOL-SP): a deputada foi condenada em uma ação popular, após a Justiça entender que ela não poderia ter usado dinheiro público para pagar publicações em apoio à greve geral de 1989.
Marcel Van Hattem (Novo-RS): o deputado respondeu a um processo por um atropelamento ocorrido em 2006 próximo a Novo Hamburgo (RS). A vítima morreu meses depois em decorrência dos ferimentos. O processo foi extinto sem condenação criminal em 2011. O Ministério Público não apresentou denúncia.
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