Gabriela Oliva
O Globo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp anunciaram, nesta quarta-feira, dia 18, o banimento de mais de mil contas por suspeita de disparos de mensagens em massa no aplicativo. As denúncias foram feitas em uma ferramenta criada pelo TSE em parceria com o aplicativo.
Segundo o TSE, no período de 27 de setembro a 15 de novembro, o canal recebeu 4.759 denúncias, mas 129 foram desconsideradas por não estarem relacionadas às eleições. Também foram enviados ao WhatsApp 4.630 casos para verificação de violação dos Termos de Serviço.
BLOQUEIO – Após uma primeira etapa de revisão, o aplicativo de mensagens identificou números duplicados. Das 3.236 contas válidas identificadas, 1.004 foram banidas por violação dos Termos de Serviço do WhatsApp. Ainda de acordo com o TSE, o número corresponde a mais de 31% das contas válidas denunciadas ao Tribunal e, dentre as contas banidas, mais de 63% já tinham sido bloqueadas de forma automática pelo sistema de segurança do WhatsApp — antes mesmo da denúncia.
Aline Osorio, secretária-geral da Presidência do TSE e coordenadora do Programa de Combate à Desinformação, ressaltou que os resultados revelam a importância de colaborar no combate à desinformação durante as eleições: “O disparo em massa de mensagens é uma prática proibida, passível de punição nas eleições. Os eleitores devem estar atentos e denunciar atividades suspeitas que desequilibrem o processo eleitoral”, informou.
A parceria entre o TSE e o WhatsApp inclui também a criação do chatbot “Tira-dúvidas no WhatsApp”, cursos de capacitação para servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) sobre como combater a desinformação nas plataformas digitais e a disponibilização de um pacote de figurinhas para incentivar o engajamento dos eleitores no processo eleitoral.