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Deu na Folha
(Agência Reuters)
Em entrevista neste domingo (29), o presidente americano, Donald Trump, mostrou-se pouco confiante sobre as chances de reverter o resultado da eleição de 3 de novembro, na qual foi derrotado. Na primeira entrevista na TV desde a eleição, ele falou por telefone à Fox News. Repetiu as alegações de fraude eleitoral, sem provas, e afirmou que continuará lutando. “Não vou mudar de ideia em seis meses.”
No entanto, o presidente não foi claro sobre os passos que pretende tomar. “O problema é que é dificil levar isso para a Suprema Corte”, afirmou, sem explicar se o problema é o tribunal aceitar o caso —a corte tem liberdade para escolher que ações julgar— ou se sua equipe não planeja nem fazer essa tentativa.
DIZEM OS ADVOGADOS – Depois da entrevista, Jenna Ellis, advogada da campanha de Trump, publicou no Twitter: “Para a Suprema Corte”. No entanto, também neste domingo, Rudy Giuliani, principal advogado do presidente, disse que sua equipe ainda avalia qual dos processos poderia ser levado ao tribunal máximo dos EUA.
A equipe de Trump apresentou diversas ações questionando os resultados, mas perdeu em dezenas delas, em estados como Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada, decisivos para a derrota republicana.
Neste domingo, Trump teve outro revés. A recontagem nos dois maiores condados de Wisconsin terminou, e os dados confirmaram que Biden venceu no estado por mais de 20 mil votos de vantagem.
VOTOS PARA BIDEN – Os dois condados em questão, Dane e Milwaukee, somam 800 mil votos. As recontagens terminaram com poucas alterações: a vantagem de Biden sobre Trump em Wisconsin aumentou 87 votos.
Biden conquistou a eleição presidencial ao conquistar 306 delegados no Colégio Eleitoral, contra 232 de Trump. O democrata também teve mais de 6 milhões de votos populares a mais do que o rival. A votação do Colégio Eleitoral, órgão no qual o resultado será confirmado oficialmente, ocorre em 14 de dezembro.
Neste domingo, alguns políticos republicanos também mostraram ter aceitado a vitória de Biden. O senador Roy Blunt, do Missouri, disse esperar que o democrata seja empossado no dia 20 de janeiro. Blunt é o chefe da comissão do Congresso responsável por organizar a cerimônia de posse presidencial.
JÁ NA TRANSIÇÃO – “Estamos trabalhando com a administração de Biden, a provável administração, na transição e na posse”, disse o senador, em entrevista à CNN.
“A transição é o que importa. As palavras do presidente Trump não são tão importantes”, afirmou Asa Hutchinson, governador republicano do Arkansas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os próprios republicanos já reconhecem a derrota. Enquanto isso, em Brasília, um certo presidente deu entrevista dizendo ter “informações” sobre a gravidade das fraudes na eleição americana. Como dizia o humorista Bussunda, “fala sério!”. (C.N.)