Ingrid Soares
Correio Braziliense
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O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta sexta-feira, dia 31, sobre os casos do novo coronavírus no país. Segundo o chefe do Executivo, como a maioria da população eventualmente será infectada pela doença, é necessário enfrentá-la.
Ele ainda questionou qual é o temor em relação a doença, que já levou a óbito 91.263 pessoas no Brasil. Bolsonaro disse ainda que ‘morre gente todo dia de uma série de causas. É a vida”. A declaração ocorreu após a inauguração de condomínios populares em Bagé, no Rio Grande do Sul.
“MEDO DE QUÊ?” – “Nós temos três ondas a questão da vida, a recessão, e em cima da miséria, vem o socialismo. É isso que vocês querem no Brasil? Temos é que enfrentar as coisas, acontece. Eu estou no grupo de risco. Eu nunca negligenciei, eu sabia que um dia ia pegar. Como infelizmente, eu acho que quase todos vocês vão pegar um dia. Tem medo do quê? Enfrenta. Lamento. Lamento as mortes, tá certo. Morre gente todo dia de uma série de causas e é a vida. Minha esposa agora tá, depois de quase um mês que peguei o vírus, ela pegou”, relatou.
Bolsonaro ressaltou ainda que não está “apostando” na cloroquina, mas sim, que estudou sobre o medicamento. Mais cedo, ele exibiu uma caixa do medicamento a apoiadores. “Olha só. Cloroquina. Não é que eu apostei. Eu estudei a questão junto com médicos, via como estava sendo feito no mundo, em especial em países da África e quando você não tem alternativa, não proíba o médico que por ventura queira usar aquele tratamento. Se não fosse essa tentativa e erro da questão do receituário off label, fora da bula, muitas doenças ainda estariam até hoje existindo no mundo”, disse.
“É O QUE TEM” – O presidente completou: “Agora ainda não temos alternativa. O pessoal fala “ah, não tem comprovação científica”. Todos nós sabemos que não tem comprovação científica, agora não tem também ninguém cientificamente dizendo que não faz efeito. É o que tem. Então vamos usar, ora. Ouvindo o médico, obviamente”. Ao ser questionado sobre novas entregas de moradias, Bolsonaro respondeu que “faz parte” da agenda do governo e que ao menos uma vez na semana viajará pelo país.
“Falei que pelo menos uma vez por semana vou sair de Brasília. Ontem estive no Piauí. Tivemos na Bahia também, foi água encanada para 40 mil famílias que não tinham e a gente fica sensibilizado quando vê pessoas pedindo água para você. Coisa de comover. Não existe vida sem água. Estamos felizes em atender cada vez mais pessoa que necessitam”, declarou. No entanto, ao ser perguntado sobre a CPMF, Bolsonaro não respondeu sobre o assunto e decidiu finalizar a entrevista.