Posted on by Tribuna da Internet
Carlos Newton
Na “Tribuna da Internet”, não se discutem frivolidades nem são divulgados modismos ou notícias de interesse popular, digamos assim. Por isso, o Blog é frequentado basicamente por pessoas intelectualizadas, que se interessam pela abordagem de assuntos políticos e econômicos do Brasil e do mundo. É natural que se discutam aqui temas de natureza ideológica, embora as ideologias já estejam totalmente ultrapassadas, tese que defendo desde a década de 70, quando minha tese foi discutida na Escola Superior de Guerra, conforme já expus aqui na TI.
DEBATE INFINITO – É claro que as ideologias morreram e não sabem, o debate é apenas bizantino, mas está destinado a resistir in saecula saeculorum, como se dizia no Latim arcaico, e o dia a dia da “Tribuna da Internet” demonstra esta realidade à exaustão.
Como admirador do marxismo, hoje transformado em socialismo democrático, porque as teses evoluem, acompanho com especial interesse essas discussões e posso garantir que neste Blog há muito mais comentaristas de direita do que de esquerda.
Com a ascensão de Jair Bolsonaro, trazendo a reboque teorias exóticas de Olavo de Carvalho, a direita floresceu no lodo, defendendo um retrocesso político-ideológico.
SUPERAÇÃO – Na vida tudo muda, nada é permanente, conforme ensinava Sidarta Gautama, o Buda. O editor da “Tribuna” admira os ensinamentos de Karl Marx e Friedrich Engels, mas procura atualizá-los, em função das mudanças ocorridas no mundo. Reconhece que não há exercitar o marxismo , é coisa para daqui a 5 mil anos, como diz Antonio Santos Aquino.
Nos artigos que escrevi na “Revista Nacional” em 1978, sob o título “A morte das ideologias”, assinalei que, se Marx e Engels estivessem vivos e morassem na URSS, teriam sido exilados nos Gulaps da vida. Eles jamais concordariam com os rumos da Revolução russa, seriam dissidentes.
EXAGERO – A cegueira ideológica que conduz ao radicalismo entre direita e esquerda (ou vice-versa) chega a ser ridícula e patética. A meu ver, as pessoas precisam se despir desses preconceitos e raciocinar com liberdade, para identificar o que é certo ou errado.
Chamar de marxistas os regimes da URSS, da China, da Albânia, de Cuba, de Angola, do Camboja, da Coreia do Norte e da Venezuela, entre outros, é um tremendo exagero. O país que chegou mais perto do comunismo foi o Vietnã,que lutou para se libertar do imperialismo da França, da China e dos Estados Unidos, e que agora parece que está dando um salto rumo a um marxismo mais moderno, que Deus os proteja.
OS AVATARES – Nos últimos anos, tenho estudado um pouco os chamados avatares – aqueles líderes religiosos que na História da Humanidade têm ensinado os caminhos de uma vida melhor, entre os quais Jesus Cristo desponta como uma síntese de seus antecessores.
Tenho especial interesse pelo nobre hindu Sidartha Gautama, conhecido como Buda, que nasceu 560 anos antes de Cristo, na região que hoje chamamos Nepal. Foi ele quem criou o “caminho do meio”, baseado na moderação e na harmonia, sem cair em extremos. E ensinou as oito práticas para que nos libertemos do sofrimento:
“1) Entendimento correto; 2) Pensamento correto; 3) Linguagem correta; 4) Ação correta; 5) Modo de vida correto; 6) Esforço correto; 7) Atenção plena correta; 8) Concentração correta”– eis a síntese dos ensinamentos de Buda, que podem ser traduzidos como “faça a coisa certa. . No dia em que estas lições forem enfim assimiladas, a Humanidade será infinitamente melhor, sem necessidade de nenhuma ideologia.
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P.S. – Os ensinamentos de Buda confirmam minha opção por um marxismo moderno, que aproveite o que há de melhor nas ideias de Marx e Engels e as misture ao capitalismo de nossos dias, fazendo um chiclete com banana, nem que seja para lembrar o genial cantor Jackson do Pandeiro. No Brasil de hoje, a realidade é negativa, pois o governo raciocina ideologicamente, ao invés de apenas tentar fazer a coisa certa, (C.N.)
P.S. – Os ensinamentos de Buda confirmam minha opção por um marxismo moderno, que aproveite o que há de melhor nas ideias de Marx e Engels e as misture ao capitalismo de nossos dias, fazendo um chiclete com banana, nem que seja para lembrar o genial cantor Jackson do Pandeiro. No Brasil de hoje, a realidade é negativa, pois o governo raciocina ideologicamente, ao invés de apenas tentar fazer a coisa certa, (C.N.)