Paulo Peres
Site Poemas & Canções
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O cantor, escritor, poeta e compositor carioca Chico Buarque de Hollanda e seu parceiro Milton Nascimento, na letra de “Primeiro de Maio”, usaram o infindo lirismo para inverter os papéis diários do casal de trabalhadores que, neste dia, através do amor, personificarão a usina e a ferramenta tecendo o homem de amanhã. Essa música foi gravada por Milton e Chico no Compacto Cio da Terra, em 1977, pela Philips/Phonogram.
PRIMEIRO DE MAIO
Chico Buarque e Milton Nascimento
Chico Buarque e Milton Nascimento
Hoje a cidade está parada
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhar do seu ventre
O homem de amanhã
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhar do seu ventre
O homem de amanhã