José Carlos Werneck
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou denúncia por crime de peculato contra o senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL). De acordo com a acusação, Collor teria usado de influência para firmar contratos de R$ 240 milhões a favor do empresário João Lyra.
A peça acusatória sustenta que o ex-presidente da República atuou para que a BR Distribuidora assinasse contratos com a empresa Laginha Agro Industrial, de propriedade de João Lyra.
SÃO AMIGOS – Fernando Collor mantém relações profissionais, familiares e de amizade com João Lyra. Os fatos que embasam a denúncia do Ministério Público Federal, teriam ocorrido em 2010, quando Collor era candidato a governador e Lyra concorria a uma vaga de deputado federal.
Os contratos não levaram em consideração que à época a Laginha Agro Industrial estava passando por uma crise financeira.
As investigações indicam que, em 2010, houve uma reunião na sede da BR Distribuidora, no Rio de Janeiro, ocasião em que o senador e o empresário disseram da necessidade da compra futura da safra de álcool, no valor de R$ 1 bilhão, mas a negociação foi barrada por técnicos da empresa.
ALTERNATIVA – “O presidente da BR Distribuidora, que estava presente à reunião, assegurou ao senador que seria encontrada alternativa para o pedido, o que acabou sendo viabilizado por meio de três contratos, negociados e firmados em tempo recorde. O primeiro foi assinado em 9 de julho, apenas dez dias após a reunião na sede da BR Distribuidora”, diz a denúncia.
Segundo a investigação, o então diretor de operações logísticas da empresa, José Zônis, é apontado como principal executor dos contratos firmados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A investigação contra Collor durou uma eternidade. As maracutaias dele foram levantadas pela Lava Jato, eram conhecidas há anos e somente agora chegam ao final. Como todos sabem, Collor nunca foi flor que se cheire, a onda dele era outra. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A investigação contra Collor durou uma eternidade. As maracutaias dele foram levantadas pela Lava Jato, eram conhecidas há anos e somente agora chegam ao final. Como todos sabem, Collor nunca foi flor que se cheire, a onda dele era outra. (C.N.)