O Congresso que o PSDB realizou no Fiesta Hotel, ontem, com o tema “Gestão Pública Eficiente”, não deixou de dar um novo alento à pré-candidatura do ex-prefeito Antonio imbassahy na sua luta para voltar ao comando do palácio Thomé de Souza. Além das presenças de lideranças nacionais como o governador de São Paulo, José Serra, o presidente do PSDB nacional, senador Sergio Guerra, o presidente nacional do Democrata, deputado federal Rodrigo Maia, o evento contou ainda com as presenças dos deputados federais baianos Jutahy Magalhães e João Almeida, e com uma presença marcante de público, calculado em torno de pouco mais de mil pessoas. Aberto com as explicações do advogado especialista em legislação eleitoral, Ademir Ismerin, e da representante do PSDB - mulher, Sonia Fontes, o Congresso teve o seu ponto alto durante a participação do ex-prefeito Antonio Imbassahy, presidente estadual da legenda e pré-candidato à prefeitura de Salvador. Imbassahy falou sobre como fazer uma administração de sucesso, tomando como exemplo as suas principais ações à frente da prefeitura de Salvador, estabelecendo, ao mesmo tempo, uma comparação com o quadro atual, o que não deixou de ser uma crítica indireta ao prefeito João Henrique. O tucano falou não só das mudanças em importantes setores da cidade em relação à modernização de praças, avenidas e logradouros, como também de ações sociais, notadamente sobre o combate às ações das chuvas e nos bairros periféricos. Com a missão de encerrar o Congresso, o governador de São Paulo, José Serra, teve a sua participação aguardada com muita expectativa pelo público presente. Em meio ao salão lotado, prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, lideranças diversas e militantes de todas as regiões do estado ouviram atentamente a sua voz. Serra falou com muita objetividade, dividindo em sete “Pês” a fórmula do sucesso para uma administração de qualidade: “Primeiro dia, prioridade, parcimônia, profissionalismo, planejamento, parceria e participação, basicamente são estes os principais itens para o administrador conseguir uma administração eficiente”, disse. O tucano pontuou um a um os motivos pelos quais elegeu estes sete itens como fundamentais para o sucesso de uma administração. Sobre profissionalismo, por exemplo, ele disse: “Nós temos de governar com os melhores. Eleição é uma coisa, administração é outra”. Serra falou ainda sobre a ingerência política na administração pública, afirmando que em São Paulo isso não acontece. “Lá, não é preciso trocar de partido para ser atendido”, disse, dando uma leve estocada no PT. O evento tucano contou também com as presenças do ex-governador Roberto Santos, do ex-senador Luiz Viana Neto, do deputado federal José Carlos Araújo (PR) dos deputados Sergio Passos, Emério Resedá, Elmar Nascimento, Ângela Souza e João Bonfim, além do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo. O Congresso trouxe também muita gente do interior. Lá estavam do vice-prefeito de Ichu, Renato Adelino, na região sisaleira, ao deputado e pré-candidato a prefeito de Jacobina, deputado estadual Sergio Passos. “O Congresso superou as expectativas. Não só pela qualidade como pela freqüência diversificada dos diretórios em toda a Bahia”, disse Passos, confirmando que a sua pré-candidatura à prefeitura de Jacobina segue firme. (Por Evandro Matos)
Líderes rechaçam 3º mandado
Antes de o deputado Marcelo Nilo encerrar o seu discurso - anunciado como governador da Bahia -, vários integrantes do partido subiram até a mesa para abraçar e tirar uma foto com o governador José Serra. Um empurra-empurra se estabeleceu e só parou quando o senador Sergio Guerra usou o microfone para fazer o discurso de encerramento do Congresso. Guerra disse ter ficado bastante satisfeito com o evento. “Uma prova de que estamos crescendo e vamos crescer mais ainda na Bahia”. Ele falou também sobre o crescimento do partido no Nordeste, lembrando as particularidades de cada estado. “Nós estamos crescendo na região, nos preparando para as eleições de agora e no nosso projeto para epois, falou do crescimento do partido em todo o Nordeste, citando as particularidades de todos os estados”, disse. “Fiquei bastante impressionado com a participação de Imbassahy sobre como administrar bem uma cidade, e com Serra sobre o que precisamos fazer para mudar o país”, disse, avaliando o Congresso. Na sua rápida coletiva, Serra falou sobre a eleição de Salvador e a presença do deputado Rodrigo Maia no Congresso do PSDB, já que o seu partido tem o deputado ACM Neto como pré-candidato à prefeitura de Salvador. “O PSDB tem os seus projetos nos municípios e vamos fazer aliança em vários deles. Agora, as condições de cada município são mais difíceis que se repitam em todo o Brasil, mas o Democratas é nosso parceiro”, disse. Sobre um possível terceiro mandato de Lula, o governador paulista disse que “o próprio presidente tem negado isso. Esse tipo de debate desestabiliza a democracia e o processo político”, avaliou. “É golpe. Mas eu não acredito nisso. Setores importantes da sociedade já se mostraram contrários a essa idéia”, reforçou o senador Sergio Guerra. (Por Evandro Matos)
Wagner vai ao México participar do Fórum Econômico Mundial
O governador Jaques Wagner embarcou ontem, no final da manhã, para o Rio de Janeiro e de lá seguiu para o México, onde participa do Fórum Econômico Mundial da América Latina. O evento acontece até o dia 16 próximo, na cidade de Cancún, e vai contar com a participação de 46 países e mais de 500 líderes de empresas, governos e organizações internacionais. Este ano, o fórum tem como tema garantindo um lugar num cenário econômico incerto. Além do cumprimento da pauta oficial, Wagner vai aproveitar o encontro para a realização de contatos com o objetivo de atrair investimentos em diversos setores para o estado. Durante os dias em que estiver no México, o governador será substituído pelo presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo. O vice-governador Edmundo Pereira está de licença médica e não poderá ocupar o cargo. Em Cancún, ainda hoje, às 11h45, o governador baiano será recebido por Borge Brende, diretor-geral do Fórum. No encontro - acompanhado de Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, Wagner vai apresentar a candidatura da Bahia como sede da próxima edição do evento. Logo após, às 14h30, ele se encontra com Ricardo Schaefer, diretor de Gestão e Planejamento da Apex Brasil, agência brasileira de promoção de exportações e investimento, ligada ao Ministério do Desenvolvimento. No final do dia, o governador se reúne com Klaus Schwab, presidente do Fórum, onde mais uma vez apresenta o nome da Bahia para sediar o evento em 2009. No encontro com Schwab, Wagner estará acompanhado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Amanhã, o governador participa como expositor da mesa Cidades: condições institucionais e sociais para alcançar o desenvolvimento urbano sustentável. Além de Wagner, a mesa vai contar com as presenças dos governadores do Amazonas, Eduardo Braga, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Participam também representantes de países latinos como os governadores José Natividad González Paras, de Nuevo Leon (México), e Enrique Peña Nieto, do Estado do México.
Time de não-petistas ganha força entre os conselheiros do presidente
Na comitiva da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Holanda e à República Tcheca, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ouviu um desabafo. Lula está inconformado com o bombardeio na direção da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - alvo dos adversários após o vazamento do dossiê com dados secretos do governo FHC. A relação entre o presidente e o governador ultrapassa as fronteiras administrativas: Campos compõe o time dos interlocutores que Lula consulta, na alegria e na tristeza, fora do PT. O que inclui o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. “Esse menino quer me lançar candidato ao Senado por Pernambuco, em 2010”, disse Lula. Geddel assumiu o Ministério da Integração Nacional em retribuição a seu apoio a Jaques Wagner (PT), eleito governador da Bahia, e, apesar das cotoveladas em petistas, tem ótimo relacionamento com Lula. Para sua surpresa, defende no palanque até a transposição do Rio São Francisco, prioridade do ministério que sempre foi atacada na Bahia.Em recente reunião convocada para fazer a radiografia dos cargos, a “consultoria” do ministro também chamou a atenção. Lula perguntou à cúpula do PMDB quem era o padrinho de Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Embora todos soubessem que Machado é afilhado do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), ninguém abriu a boca. Coube a Geddel quebrar a monotonia. “Bom, se esse cargo não é de ninguém, eu quero!”, provocou. Lula achou graça, mas os peemedebistas torceram o nariz. “Eu sou desbocado mesmo e já disse para o meu partido: não me aporrinhe, não. Cresci na oposição e não vou ficar preso. Eu digo o que penso”, resumiu o ministro baiano.
Fonte: Tribuna da Bahia
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