FORTALEZA - A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público cearense, indiciou ontem quatro empresários de Icó, a 410 quilômetros de Fortaleza (CE), por prática de retenção ilegal de 93 cartões magnéticos de contas bancárias de aposentados, pensionistas e beneficiários de programas assistenciais do governo federal.
Outros três lojistas responderão por crime de porte de munição e de arma de fogo. Esse foi o resultado da Operação Retenção Zero, realizada na cidade do Sertão Central cearense.
Com posse de mandados de busca e apreensão, os policiais federais entraram em 14 lojas para apreender os cartões magnéticos de aposentadoria, pensão e de benefícios sociais em poder dos lojistas. Pelo crime, foram indiciados Luciano Nascimento Lourenço, Francisco Antônio Vieira, Antônio Aroldo Nunes e Eduardo Souza Amorim.
A PF, na mesma operação, realizou três flagrantes por porte de munição e de arma de fogo contra os lojistas José Melo Dias, Paulo César Dias e Damon de Castro Magalhães. Os acusados vão responder os crimes em liberdade, após terem pago fiança.
Na operação, que terá continuidade em outras cidades nordestinas, foram apreendidos 93 cartões, sendo que a maioria deles (74) estava com Antônio Aroldo Nunes. Os policiais federais apreenderam ainda comprovantes de saques bancários em contas de aposentados, pensionistas e de notas promissórias. O Ministério Público estadual diz que, mantendo os cartões retidos, os empresários obrigavam os donos dos documentos a comprarem seus produtos.
Os beneficiários, conforme informou o promotor público Luiz Alcântara, entregavam os cartões em troca de mercadorias e de dinheiro adiantado a juros com taxas acima das verificadas pelo mercado. "Os comerciantes movimentavam as contas dos aposentados, faziam empréstimos, retiravam talonários de cheques como se fossem os próprios aposentados", constatou Luiz Alcântara.
Em depoimento, os comerciantes alegaram que é comum nas cidades do interior cearense a "guarda" dos cartões. Segundo eles, esta "guarda" teria por objetivo manter a fidelidade do cliente. Eles negaram que cobrassem um preço mais alto pelos produtos aos beneficiários que os praticados nas lojas e que os aposentados deixavam o cartão na loja por confiança neles.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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