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quinta-feira, novembro 15, 2007

Péres afirma que executou função nada prazerosa

BRASÍLIA - Relator da representação de número três, que tratava da acusação que o presidente licenciado do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), usou laranjas (agentes intermediários) para comprar, em sociedade oculta com o usineiro e ex-deputado João Lyra (PTB-AL), duas rádios e um jornal em Alagoas, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) pediu ontem a cassação do peemedebista com base em sete indícios.
Dizendo ter "cumprido uma missão nada prazerosa que lhe foi atribuída", Péres disse, no início da noite de ontem, que, independentemente do resultado do julgamento de Renan no plenário (a sessão está marcada para quinta-feira), ele "não tem a menor condição" de continuar à frente do Senado. "Ele perdeu muito de sua força política", disse.
Péres afirmou ainda que não se arrisca a fazer nenhum prognóstico sobre o resultado da votação da cassação em plenário. A seguir, os principais trechos da conversa com a reportagem.
PERGUNTA - O sr. acredita que o plenário do Senado seguirá seu relatório e aprovará a cassação do mandato do presidente do Senado?
PÉRES - Não estou atrás de mobilizar votos. Fiz meu relatório. Recebi uma missão que não pedi, que não dá prazer, mas que cumpri. Procurei fazer tudo com serenidade e isenção. Eu fiz a minha parte e agora espero que o Senado faça a sua. Não faço nenhum prognóstico. Espero que cada senador vote de acordo com a sua consciência.
Incluindo seu pedido, Renan teve a cassação recomendada por duas vezes. No episódio envolvendo a jornalista Mônica Veloso e o suposto lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, e agora. O sr. Crê que, mesmo que seja absolvido, o senador do PMDB de Alagoas pode voltar a presidir a Casa?
Não. Absolutamente. O Renan não tem condição nenhuma de continuar a presidir o Senado e isso eu já disse lá trás. Ele perdeu todas as condições.
A negociação para a aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em plenário não pode servir de moeda de troca com o governo para livrar Renan da cassação do mandato?
Eu acho que não. Desde que o Renan se afastou da Presidência (ele entrou em licença em 11 de outubro), ele perdeu muita força. Ele perdeu força política. Não acho que ele tem condições de negociar nada, de pleitear ou fazer trocas.
Durante o período em que o sr. relatou a terceira representação contra o senador do PMDB, foi chantageado ou pressionado a fazer um relatório diferente do apresentado hoje (ontem)?
Não. Não me senti chantageado. A não ser naquele episódio de baixarias contra mim (a divulgação de um relatório antigo e com mentiras da época em que esteve à frente de uma siderúrgica no Amazonas). Mas isso eu nem posso dizer se partiu do Renan. Eu acho que não partiu. Durante todo o processo, ninguém nem me perguntou como eu votaria. Nem o Renan e nem os outros senadores. Todos se comportaram muito bem.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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