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segunda-feira, novembro 19, 2007

Operação Esporão

Polícia Civil estoura rinha em Itapetinga, prende 89 acusados e recolhe 74 galos usados em brigas


Uma das maiores rinhas de galos já encontradas na Bahia foi fechada neste sábado pela Polícia Civil, em Itapetinga, distante 580km de Salvador. Na Operação Esporão, que envolveu 23 policiais, 89 pessoas foram presas pela prática de crime ambiental e 74 galos foram apreendidos, sendo que um dos animais já estava morto. Todos os detidos foram liberados, após a assinatura de um termo circunstancial de ocorrência (TCO) e deverão comparecer ao Juizado Especial Criminal da região.
Os policiais ficaram surpreendidos com a completa infra-estrutura da rinha, que ficava localizada em um sítio, no bairro de Vitória Régia, distante apenas um quilômetro da delegacia da cidade. Os galos eram colocados para brigar em um espaço construído em concreto de aproximadamente dois metros quadrados e cercado por uma arquibancada com capacidade para, no mínimo, cem pessoas, conhecido na gíria da contravenção como “tambor”.
Do lado de fora, diversas barracas montadas exclusivamente para o evento serviam refeições e bebidas para os freqüentadores. “Encontramos mulheres e até crianças trabalhando no comércio em volta do evento. Parecia uma festa de largo, tudo muito bem organizado”, afirmou o delegado Marcus Vinicius de Morais Oliveira, da 21ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Itapetinga.
A investigação agora prossegue para identificar quem são os proprietários dos galos de briga, uma vez que o dono da rinha, Joselito Ferreira Lima Filho, afirmou que todas as aves são suas. “Nós sabemos que ele não tem como ser dono de tudo e deve estar protegendo os comparsas”, afirmou o delegado plantonista da 21ª Coorpin, Antônio Roberto Júnior. No local ainda foram recolhidos material para a preparação dos galos de briga, balanças, cadernos para anotação de apostas, medicamentos, anabolizantes e uma pequena quantidade de crack.
A polícia chegou ao local depois de desconfiar, desde o mês passado, da grande movimentação de carros entrando e saindo do sítio. Na ocasião, eles não conseguiram articular uma operação com a quantidade de policiais necessária para prender tanta gente. No local, dezenas de carros, dos quais muitos de luxo, tinham placas de diversas cidades do interior do estado. Entre os presos estavam empresários, funcionários públicos e pessoas influentes do município de Itapetinga.
Segundo a polícia, no momento em que eles chegaram para realizar as prisões, muitas apostas estavam sendo realizadas com valores entre R$1 e R$2 mil, mas havia acordos individuais com valores mais altos. Os galos apreendidos estão avaliados entre R$3 mil e R$6 mil, e foram todos encaminhados para o Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Vitória da Conquista.
Pena - A briga de galos é proibida no país e os acusados podem pegar até dois anos de cadeia. Em casos como estes, a Justiça estabelece que, além da assinatura do TCO, os envolvidos são obrigados a pagar uma multa, a ser estabelecida por um juiz, ou a prestar serviços sociais. Mas em caso de reincidência, eles perdem este direito. “Se prendermos mais uma vez pelo menos quatro destas pessoas, além do crime ambiental elas vão responder pela formação de quadrilha e ficarão presas”, alertou Oliveira.
Em 2007, o combate às brigas de galos vem sendo intensificado na Bahia. Recentemente uma rinha foi estourada em Porto Seguro; no dia 10 de novembro, 15 pessoas foram presas em Salvador quando faziam apostas em uma rinha localizada em Campinas de Brotas, próximo ao Cemitério Jardim da Saudade. Na capital, existem ainda denúncias de outras rinhas funcionando na Avenida Vasco da Gama e em Itapuã. No interior do estado, há informações do funcionamento rinhas em vários municípios, como Esplanada, Cruz das Almas e Ipiaú.
Fonte: Correio da Bahia

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