Leandro Mazzini
Brasília No vaivém das negociações em torno da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, depois do descompasso na dança com o PSDB, o governo agora foca os olhos nos cinco senadores do aliado PDT a fim de conquistar o mínimo de 49 votos para a aprovação da PEC que prorroga o "imposto do cheque" até 2011. Na quarta-feira, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), contou sete parlamentares da base - três deles pedetistas - que ainda estão indecisos sobre o voto em plenário.
É o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente do partido, quem vai entrar em cena na tentativa de convencer o grupo. Apesar do otimismo dos governistas e do próprio Tião Viana sobre a possibilidade de conquistar esse apoio, quatro dos sete senadores estão praticamente fora da lista pró-CPMF: Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Pedro Simon (PMDB-RS), Mão Santa (PMDB-PI) e Expedito Junior (PR-RO). Outros três senadores desse seleto grupo mirado pelo Planalto são do PDT, que ainda vão decidir semana que vem como votar: Patrícia Saboya (CE), novata no partido, Jéfferson Péres (AM) e Osmar Dias (PR). Nas contas do Planalto, o governo precisa de quatro votos para aprovar a CPMF. Esse trio é fundamental no diálogo. Mas mostra-se, ainda, reticente quanto às propostas do governo, apesar da redução da alíquota em 0,08% em quatro anos.
- A minha decisão vai ser de acordo com a bancada. A última reunião com Mantega (ministro da Fazenda) apontou para alguns pontos que satisfazem à bancada - disse ontem a senadora Patrícia Saboya. - Mas ainda teremos uma reunião esta semana com o ministro Carlos Lupi (do Trabalho, presidente do PDT) para tratarmos a questão.
Os pedetistas, liderados pelo senador Cristovam Buarque (DF) - hoje propenso a votar com o governo - querem seguir a bandeira histórica do partido. Embora façam parte da coalizão e recebam pressão do ministro Lupi para que votem com o governo, os senadores defendem um índice de repasse da CPMF para a educação. Uma emenda proposta por Cristovam. Já Péres cobra também o indicativo do governo para uma reforma tributária. Esta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que envia uma o Congresso ainda este ano.
- Meu desejo é votar a favor porque tenho consciência da importância da CPMF - comentou ontem Péres, mas avisando que ainda condiciona o voto. - Pedi ao governo que envie ao Congresso um projeto de lei instituindo um mecanismo de contenção de gastos correntes. Se o governo não fizer isso não voto, nem compareço. Mas acredito que, mesmo sem mim, o governo consiga os votos de que precisa.
O PDT, segundo os senadores, deve fechar questão em torno da aprovação da CPMF, mesmo que essa demanda em torno da educação seja atendida ano que vem, por meio de Medida Provisória - o que fontes do Planalto acham difícil de acontecer. Desse grupo de sete senadores citados por Tião Viana, outro deles, do aliado PR, já avisou também que está contra o governo e não barganha.
- Não tenho conversado com ninguém, e meu voto é contra a CPMF. A redução de alíquota foi muito tímida - criticou Expedito Junior (PR-RO), que propõe o fim da contribuição em dois anos. - Qualquer proposta que venha do presidente é difícil acreditar.
Fonte; JB Online
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