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quinta-feira, novembro 01, 2007

Emagrecer diminui o risco de câncer

Washington. Emagrecer ajuda a reduzir o risco de câncer, mesmo que a pessoa não esteja acima do peso, segundo um novo estudo internacional publicado ontem pela World Cancer Research Fund, uma organização de pesquisa sobre a doença.
Esta é a maior pesquisa sobre a relação entre câncer e estilo de vida já realizada. Os cientistas analisaram dados de 7 mil estudos anteriores e publicaram uma série de recomendações para diminuir os riscos. A conclusão foi que até um terço dos casos de câncer poderiam ser evitados se as pessoas mudassem a forma como vivem.
Entre as recomendações estão não engordar na vida adulta, evitar bebidas açucaradas (refrigerantes, por exemplo) e não comer carne processada, entre elas presunto, bacon e salame.
As pessoas com índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 25 são consideradas saudáveis, mas o estudo afirma que o risco de desenvolver a doença aumenta à medida que o ICM se aproxima de 25. O documento recomenda que todos tentem ficar o mais próximo de 18,5 possível.
O câncer do intestino e de mama são algumas das formas mais comuns da doença, e o relatório mostra que há evidências convincentes de que a gordura corporal tem papel-chave no desenvolvimento desses tumores.
Além de aconselhar a parar de comer carnes processadas, os pesquisadores dizem que as pessoas deveriam limitar o consumo de carne vermelha a 500g por semana. O estudo também recomenda evitar bebidas alcoólicas, mas os pesquisadores aceitam que, se forem consumidas em pequenas quantidades, elas podem ajudar a evitar outras doenças.
Refrigerantes e outras bebidas açucaradas devem ser consumidas com muita moderação porque engordam, e o consumo de suco de frutas também deve ser reduzido.
O documento ainda recomenda a amamentação como forma de proteção contra o câncer, argumentando que ela pode reduzir os riscos de câncer de mama na mãe e ajuda a evitar a obesidade na criança - embora isso ainda não tenha sido provado.
Os pesquisadores afirmam que a gordura corporal é um fator chave no desenvolvimento de câncer, estimando que sua importância é muito mais alta do que se pensava. Os autores do relatório produziram uma lista de recomendações, mas ponderam que não devem ser encaradas como "mandamentos".
- Se as pessoas estiverem interessadas em reduzir o risco de desenvolver câncer, seguir essas recomendações é a melhor forma - disse um dos autores, o professor Martin Wiseman. - O câncer não é destino, é uma questão de risco, e você pode ajustar esses riscos no modo como você se comporta. É muito importante que as pessoas se sintam em controle sobre o que estão fazendo.
Acredita-se que dois terços dos casos de câncer não estão relacionados a estilo de vida, e há muito pouco que as pessoas podem fazer para evitar a doença nessas circunstâncias.
- No entanto, mais de 3 milhões dos 10 milhões de casos de câncer registrados no mundo anualmente poderiam ser evitados se as recomendações fossem seguidas - disse Wiseman.
Fonte: JB Online

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