Líderes e jovens do DEM, PTN e PRP defendem candidatura do deputado em 2008
Aclamado por lideranças jovens do Democratas, do PTN e do PRP, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) disse ontem que não se furtará à missão de ser candidato a prefeito de Salvador se for pelo bem da cidade. O parlamentar frisou, no entanto, que a definição do candidato do DEM só sairá no ano que vem, provavelmente após o Carnaval. ACM Neto disse que até lá o momento é de intensificar as conversas com os partidos em busca de apoios.
As declarações do deputado foram feitas no Encontro Municipal de Jovens Líderes, evento promovido pela juventude do DEM e do PTN no auditório do Centro Empresarial Iguatemi, ontem à noite. Na ocasião, lideranças como o presidente do PTN na Bahia, deputado estadual João Carlos Bacelar, o vereador Paulo Magalhães Júnior e a juventude presente na platéia cobraram de ACM Neto a definição da candidatura. O deputado reagiu com bom humor aos gritos de “prefeito”, mas foi duro ao criticar os governos municipal e estadual.
“Temos um prefeito aquém das expectativas. Os principais serviços públicos prestados à população não estão funcionando. Estamos cansados de prefeitos medíocres. Salvador precisa de um projeto para o futuro, que possa revolucionar a cidade”, disse o parlamentar.
“A Bahia optou (nas eleições do ano passado) por mudança. Mas os nossos adversários venderam a ilusão de que mudariam. Mas vemos hoje que a Bahia mudou para pior. Hoje, o estado não se orgulha dos seus governantes. A frustração é geral em apenas 11 meses de governo. Um governo que não tem condições de estar à frente da Bahia”, acrescentou, lembrando que os mesmos partidos que se aliaram para eleger João Henrique (PMDB) prefeito e Jaques Wagner (PT) governador possuem hoje vários candidatos ao Palácio Thomé de Souza, “mas que representam o mesmo projeto”.
O evento contou ainda com a presença do presidente do DEM na Bahia, o ex-governador Paulo Souto; o presidente do partido em Salvador, Gerson Gabrielli; o presidente do PRP no estado, Jorge Aleluia; os deputados estaduais democratas Júnior Magalhães e Misael Neto; os vereadores Antonio Lima e Eron Vasconcelos; o prefeito de Santa Cruz da Vitória, Carlos André; Geraldo Júnior, da juventude do PTN; Alexandre Aleluia e Leonardo Prates, vice-presidentes da juventude nacional do Democratas; além de militantes da ala feminina do DEM, que lotaram o auditório, repleto, principalmente, de jovens candidatos a vereador no ano que vem em Salvador.
ACM Neto, que completa, no ano que vem, dez anos de militância política, disse ainda que o Democratas passa por um momento difícil, de reestruturação, após a perda do governo do estado e, principalmente, a morte do senador Antonio Carlos Magalhães. Ele frisou, no entanto, que o partido, unido, vai superar os novos desafios e vencer não só as eleições na capital, mas também para o governo, em 2010. “Somos o partido que mais jovens elegeu para a Câmara Federal. Temos expectativa de poder, inclusive para a Presidência da República”, ressaltou.
Lançamento - Em seu discurso, Paulo Souto praticamente lançou ACM Neto candidato a prefeito. Ele disse que, pela empolgação e entusiasmo, o deputado tem tudo para ser o nome do partido nas eleições do ano que vem em Salvador. Souto disse ainda que a política brasileira precisa de renovação. “Essa questão da juventude é importante até para valorizar mais a política, mostrar que se pode fazer política com ética, com convicção”, ressaltou.
Gerson Gabrielli disse que Salvador quer mudança, e que ACM Neto pode representar um projeto novo para a cidade. Ele disse ainda que vai preparar o partido, na capital, para vencer as eleições municipais do ano que vem.
João Carlos Bacelar, em seu discurso, fez duras críticas aos governos estadual e municipal. Ele disse que o estado perdeu a referência no Nordeste, como era nos tempos de ACM, deixando de receber investimentos, que foram para outros estados como Pernambuco. “A Bahia cresce hoje a taxas menores do que no período de Paulo Souto”, disse. Ele também defendeu a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.
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PCdoB desafia PMDB
O PCdoB voltou a desafiar o PMDB, ontem, e disse que permanece com os cargos que ocupa na prefeitura de Salvador – cuja ruptura foi deflagrada com o anúncio da pré-candidatura da vereadora Olívia Santana à prefeitura, em 2008. Ontem, o debate ganhou novas proporções ao ser levado para o plenário da Assembléia. De um lado, o líder do PCdoB, deputado Álvaro Gomes, reafirmou que o partido não vai ceder às pressões de peemedebistas para deixar a máquina pública. Do outro, o líder do PMDB, deputado Leur Lomanto Júnior, disse que os aliados devem entregar os cargos no município. “Se estão insatisfeitos com a gestão de João Henrique (PMDB), que peguem seu boné e larguem o osso”, ironizou o parlamentar.
Na verdade, Leur Lomanto Júnior comunga da tese do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de que não dá para permanecer ocupando cargos na prefeitura e tocando, em paralelo, projeto de candidatura própria à sucessão da capital. Geddel já chegou, inclusive, a cobrar do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) um posicionamento da sigla. Ele reconhece a legitimidade dos comunistas de entrar na disputa, mas afirma que os aliados devem decidir se vão marchar juntos com o atual prefeito ou se vão assumir projetos próprios em 2008. Já o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), principal interessado na disputa, disse que só vai se pronunciar com a oficialização da candidatura de Olívia Santana.
Do plenário da Assembléia, o deputado Álvaro Gomes reafirmou que a posição de disputar o assento do Thomé de Souza era “uma decisão de partido” e que não iria aceitar interferências externas, “de quem quer que seja”. “Fazemos parte da administração João Henrique. Entendemos que este não é o momento de sair do governo. Portanto, da mesma forma como o PMDB tem o poder de tirar o PCdoB da máquina pública, o PCdoB tem a prerrogativa de lançar-se na disputa, como determina a executiva nacional do partido”.
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PPS também deve concorrer
O PPS deve lançar candidato a prefeito de Salvador em 2008. A orientação nacional – de lançar candidaturas em todas as capitais e municípios com mais de cem mil habitantes – é um dos motivadores da pré-candidatura da capital baiana, que afunila para o nome do presidente estadual, George Gurgel de Oliveira. “Esse é um nome consensual. Pode surgir outro, mas creio que será Paulo Gurgel”, avalia o vereador Virgílio Pacheco. O tema foi debatido em reunião partidária na noite de ontem.
Segundo o pré-candidato, o PPS participará do pleito de forma independente, sem integrar o campo do prefeito João Henrique (PMDB) e partidos aliados, mas que podem lançar chapa própria; nem se apresentando como oposição. “Será uma candidatura do partido, da nossa autonomia em nível nacional, da nossa identidade”, frisou. Para Gurgel, o primeiro turno servirá para os partidos apresentarem suas propostas para Salvador.
Virgílio Pacheco considera que a história da sigla – oriunda do antigo PCB –, a “qualidade da nossa bancada no Congresso” e a postura do partido, permitirão a construção de propostas e ações para Salvador. Engenheiro, professor universitário e doutor em planejamento de sistemas, Gurgel garante estar preparado para o desafio. “Todos os planos de governo (do grupo) de Waldir Pires (PT) e Lídice da Mata (PSB) tiveram minha participação, vitoriosos ou não. A candidatura terá a concepção de que fazer política é dialogar e aprofundar o conhecimento da realidade. Naturalmente nenhum partido vai fazer isso sozinho. Fará quem conseguir esse diálogo com a sociedade”, acrescenta.
Mandatos - Por intermédio de Tiago Martins, o PPS baiano requereu os mandatos dos deputados federais baianos Colbert Martins e Raymundo Velloso. A medida foi endossada ontem pelo presidente estadual do PPS. Segundo Gurgel, “eles são considerados pessoas que traíram o partido”. “Colbert Martins e do Raymundo Velloso não seriam eleitos só com os votos deles”.
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PDT vai ao TRE contra infiel
O PDT contestará na justiça informações prestadas pelo PMDB e pedirá de volta o mandato da deputada Maria Luiza Orge de Barradas e Carneiro hoje. O partido ingressará com ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), com base na Resolução 22.610, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida determina que os mandatos parlamentares pertencem aos partidos, permitindo recurso como o dos pedetistas contra deputados e vereadores que trocaram de legenda a partir de 27 de março.
Alexandre Brust, afirmou que ele e o advogado do partido, Eduardo Rodrigues, entendem que a filiação ao PMDB da deputada só aconteceu no mês passado. “O nome da deputada aparecia no painel na Assembléia como sem partido até outubro”, argumentou. “O partido entende que a deputada ficou sem partido até outubro. Sendo assim, o mandato é do PDT”.
Fonte: Correio da Bahia
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