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domingo, outubro 02, 2022

Eleições 2022: o que está em jogo para a China na decisão brasileira

 




Afinal, como a China poderia se beneficiar de um governo Lula ou de um novo mandato de Bolsonaro?

Por Pablo Uchoa, De Londres 

Nota "Brasil Soberano e Livre": Lula ou Bolsonaro? Lula deveria estar preso, pois não passa de um ladrão do dinheiro publico e um grande enganador de seus eleitores, Condenado por vários juízes brasileiros, e até em terceira instância. E Bolsonaro a esta altura já deveria ter sofrido impeachment e estar respondendo por suas atitudes na justiça brasileira. Com um ou com outro o Brasil estará muito mal. A campanha externa pro Lula se deve a interesses internacionais contra o competitivo agro negócio brasileiro. E a tentativa de impedir o desenvolvimento brasileiro em áreas cruciais do Brasil como a Amazônia. 

Quando subiu a rampa do Palácio do Planalto, em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro (PL) ainda adotava uma retórica abertamente hostil contra a China.

O então recém-eleito presidente vaticinava contra o regime comunista de Pequim, que acusava de estar "comprando o Brasil".

Fã de Donald Trump, Bolsonaro fazia coro com a retórica americana que fazia uma guerra comercial com a China. No Brasil, temeu-se por laços bilaterais que haviam crescido enormemente nos governos anteriores de esquerda.

Quatro anos mais tarde, o quadro geopolítico mudou. Com a partida de Trump, Bolsonaro perdeu seu principal aliado. Os constantes ataques do presidente às instituições brasileiras suscitam preocupações nos Estados Unidos e na Europa. A avaliação é que uma aproximação com Brasília seria problemática na hipótese de uma reeleição.

A ironia é que uma situação de isolamento do Brasil em relação ao Ocidente beneficiaria justamente as relações com a China. Para alguns analistas, inclusive, um Brasil isolado sob Bolsonaro seria uma "oportunidade de ouro" para Pequim.

Relação China-Brasil

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, destino de quase um terço das exportações do país. Além da importância em volume de comércio, o Brasil é também um dos poucos países do mundo que mantêm superávit com Pequim, destaca a diretora-executiva do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Cláudia Trevisan.

Em 2021, a China foi responsável por 66% do superávit comercial do Brasil e neste ano o patamar está em 53%. Até agosto, o Brasil vendeu para o mundo US$ 44 bilhões a mais do que comprou, e a China respondeu por US$ 23,4 bilhões deste saldo.

No ano passado, ainda segundo o CEBC, as empresas chinesas investiram US$ 5,9 bilhões em 28 projetos no Brasil, em especial no setor de petróleo e energia. Foi o maior valor desde 2017.

Comparado ao ano anterior, quando a pandemia levou a uma queda brusca nos fluxos, o aumento foi de 200%. Enquanto isso, o investimento da China no resto do mundo cresceu apenas 3,6%, totalizando US$ 116 bilhões.

O China Global Investment Tracker, uma ferramenta que monitora os investimentos chineses no mundo, estima que o Brasil foi o principal destino desse fluxo em 2021, com participação de 13,6% do total. Historicamente, fica em quarto lugar, atrás apenas dos EUA, Austrália e Reino Unido, afirma Trevisan.

Além disso, junto com Rússia, Índia e África do Sul, os dois países são parte dos Brics — o grupo de países emergentes que ajudou a projetar o Brasil na geopolítica mundial.

'Vírus chinês'

Apesar dessa importância econômica e estratégica chinesa, no início do governo Bolsonaro a relação sino-brasileira viveu um momento conturbado. O pior momento foi durante a pandemia do coronavírus, quando o presidente chegou a repetir a teoria de que Pequim criara o vírus em laboratório para dominar o mundo.

Em março de 2020, Eduardo Bolsonaro gerou uma reação forte da Embaixada chinesa em Brasília ao se referir ao coronavírus como "vírus chinês" e acusar a "ditadura chinesa" de tentar encobrir informações sobre a origem da pandemia.

Temeu-se que a troca de farpas prejudicasse o fornecimento de vacinas contra a covid. Os dissabores foram apontados como fator para a decisão chinesa de suspender a importação de carne brasileira em setembro de 2021, oficialmente em consequência da descoberta de dois casos da doença da "vaca louca".

Trevisan observa, entretanto, que as tensões não escalaram para além das palavras. "Apesar de toda a retórica anti-China de alguns integrantes do governo Bolsonaro, isso não se traduziu em ações discriminatórias quanto à China no plano econômico," diz.

'Em março de 2020, Eduardo Bolsonaro gerou uma reação forte da Embaixada chinesa em Brasília ao se referir ao coronavírus como 'vírus chinês' e acusar a 'ditadura chinesa'

Pelo contrário, o governo brasileiro não cedeu às pressões do governo americano para vetar a participação da Huawei na rede de 5G, atendendo às operadoras brasileiras que alegavam que a impossibilidade de comprar equipamentos da empresa chinesa elevaria custos.

Durante a cúpula virtual do Brics em setembro passado, Bolsonaro descreveu a China como "essencial para a gestão adequada da pandemia no Brasil", já que os insumos para aplicação das vacinas contra a covid-19 vinham do país asiático.

Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas) em São Paulo, avalia que os episódios que azedaram a relação no início do governo Bolsonaro estão superados.

"Esse aumento dos investimentos mostra que a relação política entre Bolsonaro e a China talvez não seja a melhor [possível], mas deixou de ser ruim a ponto de contaminar a relação econômica", diz Stuenkel à BBC News Brasil.

Como resultado, a China se encontra numa posição privilegiada de poder beneficiar-se das relações com o Brasil, independentemente de quem ganhe as eleições. Inclusive se o vencedor for Bolsonaro.

'Vácuo' do Ocidente

No atual quadro geopolítico, o presidente brasileiro está isolado. Por seu discurso em relação à Amazônia e as menções constantes de ruptura institucional, Bolsonaro é visto com suspeição em Washington e nas capitais europeias.

Para Stuenkel, o presidente brasileiro se tornou "tóxico" para outros líderes ocidentais, e um segundo mandato seu, mesmo que conquistado de forma legítima, poderia levar a um esfriamento das relações do país no plano internacional.

"A expectativa em geral no Ocidente é que, mesmo se Bolsonaro for reeleito de maneira limpa, haverá uma intensificação e uma aceleração de uma possível erosão da democracia, porque os europeus olham para o Brasil e lembram da Venezuela, da Nicarágua, da Hungria, da Turquia, da Rússia. Em todos esses lugares, a erosão pra valer só aconteceu depois da reeleição", afirma Stuenkel.

Este sentimento foi reforçado depois da reunião com dezenas de diplomatas no Planalto no dia 18 de julho, na qual Bolsonaro fez críticas às urnas eletrônicas. Várias fontes diplomáticas que conversaram com jornalistas se disseram preocupadas com as intenções do presidente, observando que nunca houve casos comprovados de fraude desde que as urnas eletrônicas entraram em uso em 1996.

Em função disso, agrega Stuenkel, "o espaço para preservar os laços [com o Ocidente] seria muito reduzido. Bolsonaro é tão tóxico que qualquer plano por parte do Ocidente de tentar conquistar mais espaço no Brasil estaria fadado ao fracasso."

O vácuo poderia ser preenchido por Pequim, argumenta o cientista político.

"A concorrência que a China enfrentaria num Brasil isolado seria muito menor do que a concorrência em um país plenamente integrado. É um país onde outros talvez não gostariam de investir, por causa do custo político", diz.

'China ditaria termos da relação'

Mas enquanto os números demonstram a posição privilegiada da China para se beneficiar da relação com o Brasil, há discordâncias, entre analistas, sobre qual ocupante do Planalto seria mais vantajoso para Pequim.

Em um artigo na revista acadêmica americana Foreign Policy, Stuenkel acendeu uma controvérsia ao dizer que o regime comunista chinês preferiria a continuidade de Bolsonaro. À BBC News Brasil, o analista disse que "a China percebe que países isolados do Ocidente são bons parceiros, porque eles não têm outras alternativas".

Stunkel nota que "isso não tem a ver com esquerda-direita" e cita os governos da Hungria, Rússia, Nicarágua e Venezuela, países que variam da extrema-direita à esquerda radical. "Todos esses países que acabam sendo isolados diplomaticamente do Ocidente se aproximam de Pequim e Pequim consegue ditar os termos dessa aproximação", diz.

"Bolsonaro, por incrível que pareça, é hoje um parceiro que está tão isolado no Ocidente que não tem mais como bater na China. Se amanhã a China invadir Taiwan, Bolsonaro não vai falar nada. Não tem como."

Stuenkel crê que um Brasil integrado seria menos dependente da China e tenderia a buscar protagonismo em espaços globais, como o Fórum Econômico Mundial, a ONU (Organização das Nações Unidas) e o G20.

'Para China, interessa um Brasil forte'

Outros analistas discordam dessa avalição, lendo o contexto geopolítico de forma diferente.

Atualmente, a China se encontra sob pressão do Ocidente na questão de Taiwan e dos direitos humanos em suas regiões autônomas; sua aliança com a Rússia é afetada pela guerra na Ucrânia; na economia, o país enfrenta a competição de nações vizinhas, como a Índia.

'Atualmente, a China se encontra sob pressão do Ocidente na questão de Taiwan e dos direitos humanos em suas regiões autônomas'

Nesse sentido, um Brasil integrado ao mundo seria mais vantajoso para Pequim, inclusive pelo potencial de abrir portas para diálogos comerciais na América Latina.

Rodrigo Zeidan, professor de Finanças e Economia da New York University em Xangai e da Fundação Dom Cabral, enfatiza a importância política do Brasil para a China, mais que econômica.

Entre 2018 e 2021, embora o comércio bilateral tenha crescido 37%, passando de US$ 99 bilhões para mais de US$ 135 bilhões, o peso do Brasil no total negociado pela China com o mundo ficou estável e até decresceu, em torno de 2%.

Na relação geopolítica, porém, as coisas adquirem pesos diferente, afirma Zeidan. "Quando você tem coisas como os Brics, o Brasil tem uma participação muito maior para a política chinesa do que um país como a Indonésia, que tem a mesma população, tem uma economia similar e está do lado da China, mas não faz parte dos Brics", argumenta.

"Então nesse sentido o Brasil tem mais importância dentro dos discursos políticos chineses, porque os Brics são uma instituição formal."

Para Zeidan, as relações atuais do Brasil com a China são "basicamente frias" e "não se desenvolveram nesses últimos quatro anos como poderiam ter se desenvolvido sem retóricas contra o investimento chinês, retóricas nacionalistas, retóricas anticomunistas".

Salientando que o regime chinês é "nacionalista" e prefere não externar preferências políticas por este ou aquele candidato, Zeidan enfatiza o bom histórico das relações bilaterais sob os dois governos Lula.

"No caso do Lula, o governo teve excelentes relações diplomáticas, avançou os Brics. Se for pra ter preferência, não tenho dúvida que a China vai preferir a vitória de um presidente que já teve boas relações com a China," diz.

Cláudia Trevisan, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), aponta também a possibilidade de que uma vitória de Lula revigore o Fórum China-Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o principal diálogo da China com a América Latina. O Brasil abandonou a Celac em janeiro de 2020 e desde então o fórum perdeu peso.

"Uma eventual volta de Lula vai levar ao regresso do Brasil à Celac, o que vai fortalecer o diálogo da China com a América Latina", aponta.

Manutenção da institucionalidade

Trevisan sublinha, principalmente, que as relações da China com o Brasil são estratégicas e de alto nível, e que o interesse na parceria deve continuar aceso independente de quem ganhe as eleições.

"A relação Brasil-China é muito institucionalizada, em um grau que o Brasil tem poucos parceiros", explica. "Tem mecanismos de diálogo de alto nível que continuaram funcionando durante o governo."

O melhor exemplo é o diálogo presidido pelos vice-presidentes da China e do Brasil, através da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). A iniciativa tem 11 subcomissões, que abrangem diálogos sobre tecnologia, finanças, agricultura, turismo, cultura e saúde. O planejamento estratégico considera um prazo de dez anos, com cronogramas executivos de cinco.

"Então isso faz com que as burocracias dos dois países tenham contato frequente", diz Trevisan. "Não acho que haverá, com Bolsonaro ou Lula, ruptura nessa institucionalidade. Os diálogos com a China vão continuar."

Futuro da relação

Hoje a China é o principal destino para o petróleo brasileiro, um posto anteriormente ocupado pelos EUA. Da mesma forma, o Brasil fornece 20% das importações de alimento da China, tendo desbancado os EUA nas exportações de soja.

Mas Trevisan diz que a CEBC tem identificado novos setores estratégicos de cooperação comercial: por exemplo, a área de sustentabilidade, que incluiria finanças verdes, agricultura de baixo carbono e o mercado de carbono, no qual a China precisaria adquirir créditos para compensar seu veloz crescimento.

Empresas chinesas já estão presentes no setor de energia solar e eólica, como a China Three Gorges, que possui 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos no Brasil. Outras possíveis fontes de investimentos são a área de eletrificação da mobilidade urbana, tecnologia da informação e o comércio eletrônico. Trevisan afirma que o comércio virtual seria um canal importante para diversificar e aumentar o valor das exportações do Brasil para a China no futuro.

"A gente avalia que sustentabilidade e tecnologia são dois setores que tendem a atrair cada vez mais investimentos chineses e que podem colocar essa relação no futuro", afirma. "Conectar essa relação com uma agenda do futuro."

BBC Brasil

Vitória de Lula no primeiro turno segue tão incerta quanto a definição do terceiro colocado

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro e Lula se atacam em debate 'acalorado', diz imprensa  internacional - BBC News Brasil

A grande dúvida persiste: haverá ou não o segundo turno?

Eliane Cantanhêde
Estadão

As eleições chegam ao seu dia D com os dois principais candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, procurando ganhar no grito, ou na narrativa, ou no imaginário popular, produzindo demonstrações de força, sejam elas reais ou apenas para inglês, ops!, eleitor ver.

É a derradeira busca pelo voto, especialmente pelos 13% de eleitores indecisos ou pelos que podem mudar de candidato na última hora. No caso de Ciro Gomes, 46%. No de Simone Tebet, 38%.

ADESÕES DIÁRIAS – Lula ostenta troféus, com listas diárias de adesões em setores-chave, que influenciam eleitores e podem puxar votos, como artistas, atletas, intelectuais, economistas, ex-candidatos à Presidência, ex-ministros principalmente do tucano Fernando Henrique Cardoso e ex-presidentes do Supremo.

São eles Joaquim Barbosa, Celso de Mello, Ayres Britto, Nelson Jobim (que foi ministro de Lula) e, sem necessidade de notas ou declarações, Sepúlveda Pertence. Só Ellen Gracie, consultada pela campanha petista, preferiu não manifestar voto.

E, mais uma vez, já fora do STF, Marco Aurélio Mello, é voto vencido: é o único pró-Bolsonaro.

IMAGENS DE MULTIDÕES – Já Bolsonaro coleciona imagens de comícios e motociatas com multidões, quando a velha militância aguerrida do PT não pareceu muito animada. E, além das fotos e vídeos reais, a campanha do presidente distribui descrédito contra as pesquisas mais respeitadas do País.

A ansiedade no QG lulista é para fechar a eleição no primeiro turno, temendo um adversário poderoso, a abstenção, que atinge os segmentos em que o petista é mais forte: mais pobres, menos escolarizados, mulheres, Nordeste. O foco é convencer esse eleitor a ir votar.

Nas pesquisas, Lula é favorito. Nos debates, Simone Tebet e Soraya Thronicke são vencedoras, As duas são candidatas a sair muito maiores da eleição do que entraram, diferentemente de Ciro Gomes.

SEGUNDO TURNO? – No QG bolsonarista, o esforço é para garantir a realização do segundo turno, quando seus estrategistas acham que haverá tempo e material suficiente para reverter a desvantagem para Lula. Citam que a população poderá então saber e usufruir da melhora da economia, com recuo do desemprego e da inflação abaixo dos 10% e gasolina mais barata.

Além da guerra entre Lula e Bolsonaro, há também uma disputa, ponto a ponto, pelo terceiro lugar. Ou pelo pódio. Na reta final, há expectativa de Tebet ultrapassar Ciro, como já começou a acontecer dias antes do pleito em São Paulo. Além disso, Tebet poderá ser a candidata mais votada à Presidência da história do MDB.

Se houve uma sólida estabilidade ao longo de toda a campanha, uma coisa é certa: a emoção irá até o último minuto. Assim como o Datafolha deixou o debate de ontem ainda mais eletrizante, também jogou uma grande interrogação no domingo: vai ter ou não segundo turno?

Fátima Bernardes lamenta falta de união da terceira via e revela que votará em Lula

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Culpada? Fátima Bernardes revela como “Encontro” substituiu “TV Globinho” -  POPline

“Esperei muito por uma terceira via”, disse Fátima Bernardes

Deu no G1

A apresentadora Fátima Bernardes revelou neste sábado (1º) que votará em Lula (PT) nas eleições presidenciais. Em um vídeo postado nas redes sociais, ela disse que esperou muito por uma terceira via que renovasse a política brasileira — mas que, diante da atual polarização, optou pelo petista.

É a primeira vez que Fátima declara publicamente em quem vai votar. “Eu sempre mantive o meu voto em sigilo, porque é um direito meu e uma necessidade pela função que eu exercia”, diz.

NOVA FUNÇÃO – Fátima foi apresentadora do Jornal Nacional por 14 anos e, em 2012, passou a comandar o programa Encontro com Fátima Bernardes, no qual ficou até julho, quando foi anunciada como a nova apresentadora do The Voice Brasil. No vídeo, ela elencou os motivos pelos quais deseja evitar um segundo mandato de Jair Bolsonaro (PL):

“Hoje, depois do que aconteceu nos últimos 4 anos, da falta de humanidade diante das centenas de milhares de vítimas da pandemia, dos seguidos ataques às mulheres, à imprensa, à ciência, às artes, à democracia, do retorno da fome de uma maneira inaceitável, da campanha pelo aumento do número de armas nas mãos dos civis, da mistura da religião – algo sagrado – com a política, eu achei importante revelar meu voto”.

E finalizou a gravação: “Nestas eleições, diante do momento que estamos vivendo, eu voto 13, voto Lula. E que seja um domingo de paz e respeito entre todos os brasileiros.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O lamento da jornalista e apresentadora Fátima Bernardes revela a mesma sensação de muitos milhões de brasileiros, que esperaram uma união dos presidenciáveis da terceira via, para possibilitar o fortalecimento de uma candidatura alternativa à Presidência, capaz de evitar que a eleição fosse vencida por Lula ou Bolsonaro. Assim, devido à desunião que marcou os presidenciáveis da terceira via, que não souberam entender o momento histórico em que vivemos, Fátima Bernardesresolveu optar por aquela candidatura que considera “menos ruim”. No caso de Lula, seria o “menas“ ruim, como ele falava antes das aulas intensivas de Português, que evitaram que continuasse cometendo esse tipo de corrupção vernacular, digamos assim. (C.N.)

Michelle Bolsonaro prestigia Damares Alves e diz que “as portas do inferno não prevalecerão”

Publicado em 1 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Michelle participou de evento com Damares Alves, no Distrito Federal - Foto: Reprodução / Instagram

Michelle continua achando (?) que eleição é guerra santa

Deu em O Tempo

A primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado (1), em evento político em Brasília, que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do senhor”. A declaração foi dada em evento ao lado da ex-ministro da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves, sua candidata ao senado pelo Distrito Federal.

Oficialmente, o marido de Michelle, presidente Jair Bolsonaro, está apoiando Flavia Arruda (PL), também ex-ministra e casada com o ex-governador José Roberto Arruda, que foi cassado por corrupção. 

DISSE A PRIMEIRA-DAMA – “As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do senhor. Não prevalecerão contra as nossas famílias. A porta do inferno não prevalecerá contra a nossa nação brasileira”, afirmou a primeira-dama no evento, antes de enfatizar a importância da votação de amanhã. 

“Este domingo é o momento em que nós daremos a resposta nas urnas, de que o bem vai prevalecer, em nome de Jesus, porque os ataques não são contra mim, não são contra o presidente, não são contra os ministros, não são contra os princípios e valores de Deus”, completou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A primeira-dama tem todo o direito de defender a candidatura da amiga, mas fica muito feio, é realmente patético e deplorável que insista em misturar política com religião, quebrando um dos dez mandamentos, pois não se pode usar o nome de Deus em vão. Como é uma pessoa de pouca cultura e escassos neurônios, virou uma espécie de Ofélia presidencial, ao interpretar aquela personagem idiotizada e que só abre a boca quando tem certeza… (C.N.)


Por vaidade e egoísmo, a terceira via perdeu a chance de renovar a política brasileira

O medo de Bolsonaro é ter que enfrentar um candidato da 3ª via

A terceira via era viável, mas os candidatos eram inviáveis…

Carlos Newton

Enfim, chegamos a mais paradoxal e insana eleição desde que foi proclamada a República. Nenhum dos candidatos hoje favoritos é do agrado da maioria dos eleitores brasileiros, mas Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) acabaram se tornando os preferidos por via das circunstâncias, como diria o genial pensador espanhol José Ortega y Gasset.

Seria de se esperar uma polarização entre os radicalismo de esquerda e direita, como de hábito. O que não se esperava era a inabilidade dos representantes das políticas de centro, que infantilmente se deixaram enredar nas teias dessa armadilha polarizada, digamos assim. E não foi por falta de aviso.

TENTATIVA DE UNIÃO – Quando começaram as articulações para escolher os candidatos destinados a enfrentar Lula e Bolsonaro, ainda no ano passado, houve uma importante tentativa de unir as correntes de centro, iniciada por Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, que se lançara pré-candidato pelo DEM.

Em debates e reuniões com outros pré-candidatos do chamado centro democrático, Mandetta plantou a ideia da união da terceira via e ganhou três importantes adeptos, o cientista político Felipe d’Ávila, do Novo, e os então governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), que também eram pré-candidatos.

Era um farol enorme iluminando no fim do túnel, para tirar das trevas a política brasileira, mas o esforço desses quatro presidenciáveis foi em vão. Outros pré-candidatos já lançados, como Ciro Gomes (PDT) e Sérgio Moro (Podemos) simplesmente voltaram as costas para união da terceira via. E depois Simone Tebet (MDB) entrou na mesma balada egoísta, da campanha do eu sozinho.

Assim, quando a apresentadora Fátima Bernardes lamenta ter cansado de esperar a terceira via, está personificando o mesmo sentimento de milhões de brasileiros que formam a maioria silenciosa e ficaram decepcionados com a falta de união, de solidariedade e de amadurecimento dos candidatos da terceira via.

Concorrendo separadamente, eles não representam nada, absolutamente nada. Tornaram-se patéticos e desprezíveis. Movidos pela vaidade e pelo egoísmo, traíram o povo brasileiro e entregaram a eleição de mão beijada, como se dizia antigamente. O pior é que pensam que pode concorrer novamente daqui a quatro anos, com mais chances de vitória, mas é ilusão à toa, diria o cantor Johnny Alf, acrescentando que em política, dificilmente o inesperado consegue nos fazer uma surpresa.

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P.S. –
 Sintetizando, pode-se dizer que esta é a inútil eleição do voto útil, na qual a grande maioria dos brasileiros votou tapando o nariz, devido à podridão generalizada(C.N.)   


sábado, outubro 01, 2022

A corrupção banalizou na administração municipal de Jeremoabo, ganha força em uma sociedade em que o uso da famosa promoção pessoal legitima a ilegalidade acobertada pela impunidade

 Maus um ato de corrupção e autopromação em beenfício do prefeito de Jeremoabo, do vice-prefeito e da secretaria de saúde, tudo isso em véspera de wleição.

Vídeos no final da matéria.



" A reiteração das práticas corruptas e a inevitável sedimentação da concepção de que, além de inevitáveis, são toleráveis, possibilita a ―institucionalização da corrupção‖, o que tende a atenuar a consciência coletiva e associar a corrupção às instituições, implementando uma simbiose que dificilmente será revertida (Grifou-se)."

O perigo se torna concreto com a institucionalização desses comportamentos, quando se percebe a deslegitimação das regras jurídicas oriunda da certeza de que a corrupção dominou política e economia e permitiu o suborno dos legisladores e a fraude na justiça. Este quadro distorce todas as funções sociais, minando as instituições no plano político, freando a economia e desviando-a de seus objetivos principais. No plano social, concentra riqueza e poder nas mãos dos ricos e poderosos23 (Grifou-se). (  GARCIA, op. cit., p. 4.).

A corrupção está associada à fragilidade dos padrões éticos de determinada sociedade, os quais se refletem sobre a ética do agente público. Sendo este, normalmente, um mero ―exemplar‖ do meio em que vive e se desenvolve, um contexto social em que a obtenção de vantagens indevidas é vista como prática comum dentre os cidadãos, em geral, certamente fará com que idêntica concepção seja mantida pelo agente nas relações que venha a estabelecer com o Poder Público. Um povo que preza a honestidade provavelmente terá governantes honestos. Um povo que, em seu cotidiano, tolera a desonestidade e, não raras vezes a enaltece, por certo terá governantes com pensamento similar29 (Grifou-se).( GARCIA; ALVES, op. cit., p. 9)

CONCLUSÃO

Diante dos argumentos apresentados é possível constatar que a corrupção não é um fenômeno recente ou um ―mal deste século‖ uma vez que se originou no período em que o Brasil foi colônia de Portugal adentrando na República e chegando à forma institucionalizada que se verifica nos dias de hoje.

Dessa maneira, o Estado que era para ―proteger‖ a sociedade passou a ser o seu maior vilão devido a corrupção ter chegado às suas esferas Executiva, Legislativa e Judiciária

Neste ínterim a ―banalização do mal‖ passou a predominar virando um círculo vicioso onde de um lado é possível verificar o uso de fatores desumanos e do outro a apatia e da população aliada ao processo de normalização da desumanidade e das calamidades dos ―sem-direitos‖. Todos estes fatores conduziram para as inúmeras desigualdades e todas as formas de exclusão social uma vez que desestabilizaram o Estado e a democracia ante à afronta, ao massacre e ao descumprimento dos direitos fundamentais; sendo, portanto, a corrupção a geradora da não operacionalização/efetivação dos direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal de 1988.

Esta situação chegou ao seu limite. Não é possível que a população continue acreditando que a corrupção não tem nada a ver com ela. Torna-se preciso romper com a situação de conforto que permeia a população e despertar para uma democracia ativa, participativa e questionadora que não aceite o patrimonialismo e nem a corrupção, sendo que a democracia meramente representativa por si só não surte mais os efeitos esperados.

Portanto, torna-se imprescindível o surgimento de um ―novo‖ poder fincado na educação e na informação como forma de garantir um despertar da ética, dos costumes e dos valores em geral e, consenquentemente, um despertar para a democracia. 

A corrupção é problema de todos. Reverter este quadro é dever de todos os cidadãos. A corrupção não está em Brasília. Seus efeitos são sentidos no dia a dia pelos brasileiros.

O momento é de ―libertação‖ do patrimonialismo, das práticas de corrupção, da improbidade administrativa e da exclusão que afeta as classes sociais. É a hora de tirar o véu da ignorância e abrir os olhos para a educação, como forma de inclusão social por meio de um despertar da democracia ativa e participativa que busque o combate à corrupção e gere à efetivação, bem como o respeito aos direitos fundamentais e ao patrimônio público.

Acorda Brasil! A sua hora é agora!

Daniela Martins MADRID2  

http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=41f1f19176d38348


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