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sábado, outubro 01, 2022

A corrupção banalizou na administração municipal de Jeremoabo, ganha força em uma sociedade em que o uso da famosa promoção pessoal legitima a ilegalidade acobertada pela impunidade

 Maus um ato de corrupção e autopromação em beenfício do prefeito de Jeremoabo, do vice-prefeito e da secretaria de saúde, tudo isso em véspera de wleição.

Vídeos no final da matéria.



" A reiteração das práticas corruptas e a inevitável sedimentação da concepção de que, além de inevitáveis, são toleráveis, possibilita a ―institucionalização da corrupção‖, o que tende a atenuar a consciência coletiva e associar a corrupção às instituições, implementando uma simbiose que dificilmente será revertida (Grifou-se)."

O perigo se torna concreto com a institucionalização desses comportamentos, quando se percebe a deslegitimação das regras jurídicas oriunda da certeza de que a corrupção dominou política e economia e permitiu o suborno dos legisladores e a fraude na justiça. Este quadro distorce todas as funções sociais, minando as instituições no plano político, freando a economia e desviando-a de seus objetivos principais. No plano social, concentra riqueza e poder nas mãos dos ricos e poderosos23 (Grifou-se). (  GARCIA, op. cit., p. 4.).

A corrupção está associada à fragilidade dos padrões éticos de determinada sociedade, os quais se refletem sobre a ética do agente público. Sendo este, normalmente, um mero ―exemplar‖ do meio em que vive e se desenvolve, um contexto social em que a obtenção de vantagens indevidas é vista como prática comum dentre os cidadãos, em geral, certamente fará com que idêntica concepção seja mantida pelo agente nas relações que venha a estabelecer com o Poder Público. Um povo que preza a honestidade provavelmente terá governantes honestos. Um povo que, em seu cotidiano, tolera a desonestidade e, não raras vezes a enaltece, por certo terá governantes com pensamento similar29 (Grifou-se).( GARCIA; ALVES, op. cit., p. 9)

CONCLUSÃO

Diante dos argumentos apresentados é possível constatar que a corrupção não é um fenômeno recente ou um ―mal deste século‖ uma vez que se originou no período em que o Brasil foi colônia de Portugal adentrando na República e chegando à forma institucionalizada que se verifica nos dias de hoje.

Dessa maneira, o Estado que era para ―proteger‖ a sociedade passou a ser o seu maior vilão devido a corrupção ter chegado às suas esferas Executiva, Legislativa e Judiciária

Neste ínterim a ―banalização do mal‖ passou a predominar virando um círculo vicioso onde de um lado é possível verificar o uso de fatores desumanos e do outro a apatia e da população aliada ao processo de normalização da desumanidade e das calamidades dos ―sem-direitos‖. Todos estes fatores conduziram para as inúmeras desigualdades e todas as formas de exclusão social uma vez que desestabilizaram o Estado e a democracia ante à afronta, ao massacre e ao descumprimento dos direitos fundamentais; sendo, portanto, a corrupção a geradora da não operacionalização/efetivação dos direitos fundamentais consagrados na Constituição Federal de 1988.

Esta situação chegou ao seu limite. Não é possível que a população continue acreditando que a corrupção não tem nada a ver com ela. Torna-se preciso romper com a situação de conforto que permeia a população e despertar para uma democracia ativa, participativa e questionadora que não aceite o patrimonialismo e nem a corrupção, sendo que a democracia meramente representativa por si só não surte mais os efeitos esperados.

Portanto, torna-se imprescindível o surgimento de um ―novo‖ poder fincado na educação e na informação como forma de garantir um despertar da ética, dos costumes e dos valores em geral e, consenquentemente, um despertar para a democracia. 

A corrupção é problema de todos. Reverter este quadro é dever de todos os cidadãos. A corrupção não está em Brasília. Seus efeitos são sentidos no dia a dia pelos brasileiros.

O momento é de ―libertação‖ do patrimonialismo, das práticas de corrupção, da improbidade administrativa e da exclusão que afeta as classes sociais. É a hora de tirar o véu da ignorância e abrir os olhos para a educação, como forma de inclusão social por meio de um despertar da democracia ativa e participativa que busque o combate à corrupção e gere à efetivação, bem como o respeito aos direitos fundamentais e ao patrimônio público.

Acorda Brasil! A sua hora é agora!

Daniela Martins MADRID2  

http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=41f1f19176d38348


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