Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, junho 03, 2021

Exército decide não punir Pazuello por participação em ato com Bolsonaro no Rio

por Vinicius Sassine|Folhapress

Exército decide não punir Pazuello por participação em ato com Bolsonaro no Rio
Foto: Reprodução/CNN Brasil

O comando do Exército anunciou nesta quinta-feira (3) que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, não sofrerá punição por ter participado de um ato com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.
 

Em nota, é informado que "o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general".
 

"Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado", diz a nota.
 

Pazuello foi nomeado na terça-feira (1º) para um cargo na Secretaria de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República. Ele será secretário de Estudos Estratégicos no órgão, segundo edição extra do Diário Oficial da União.
 

O ato de designação de Pazuello foi assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
 

O ex-ministro da Saúde também é um dos principais alvos da CPI da Covid, por ter comandado a pasta durante o agravamento da pandemia no país. Ele prestou depoimento ao colegiado, quando blindou o presidente Jair Bolsonaro, e foi reconvocado.
 

No dia 23 de maio, ele participou de um ato político no Rio de Janeiro ao lado de Bolsonaro. Como militar da ativa, a presença do general na manifestação causou constrangimento no comando da Força, e Pazuello teve que apresentar explicações em um processo disciplinar.
 

Pazuello subiu em um carro de som, no aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, ao fim do passeio de moto de Bolsonaro com apoiadores. Estava sem máscara e falou ao microfone, exaltando o presidente.
 

A transgressão, levando em conta o que está previsto em lei e o que avaliam integrantes do Alto Comando, teria ocorrido da seguinte forma:
 

O regulamento disciplinar do Exército, instituído por decreto em 2002, se aplica a militares da ativa, da reserva e a reformados (aposentados). Um anexo lista 113 transgressões possíveis A transgressão de número 57 é a que mais compromete Pazuello: "Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária." Não há informação, até o momento, de que Pazuello tivesse autorização de seus superiores no Exército para a manifestação política a favor de Bolsonaro Outras transgressões listadas são "faltar à verdade ou omitir deliberadamente informações que possam conduzir à apuração de uma transgressão disciplinar"; "portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura"; e "frequentar lugares incompatíveis com o decoro da sociedade ou da classe" O comandante do Exército, a quem cabe aplicar a punição, pode cometer uma transgressão disciplinar se deixar de punir o subordinado transgressor, segundo o mesmo regulamento O propósito do regramento, conforme a lei, é preservar a disciplina militar. Existe disciplina quando há "acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições"; Para julgar uma transgressão, são levados em conta aspectos como a pessoa do transgressor, a causa, a natureza dos fatos e as consequências. Se houver interesse do sossego público, legítima defesa, ignorância ou atendimento a ordem superior, a transgressão pode ser desconsiderada, o que não parece se enquadrar no caso de Pazuello O acusado tem direito a defesa, manifestada por escrito. O bom comportamento é um atenuante. As punições vão de advertência e repreensão a prisão e exclusão dos quadros, "a bem da disciplina" O caso de Pazuello pode se enquadrar ainda no Estatuto dos Militares, uma lei em vigor desde 1980. O artigo 45 diz que "são proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político"

Bahia Notícias

Bolsonaro anda de moto e provoca aglomeração em Formosa, em Goiás

 

Segundo a Prefeitura de Formosa, 85% dos leitos de UTI estão ocupadas com pacientes de covid-19

Bolsonaro anda de moto e provoca aglomeração em Formosa, em Goiás
Notícias ao Minuto Brasil

03/06/21 13:31 ‧ HÁ 3 HORAS POR ESTADAO CONTEUDO

POLÍTICA BOLSONARO




 


Um dia após pronunciamento em que prometeu vacinar a população adulta ainda em 2021, o presidente da República, Jair Bolsonaro, viajou para Formosa neste feriado de Corpus Christi, 3, onde fez um passeio de moto na cidade, que fica em Goiás, a 80 quilômetros de Brasília


Um vídeo mostra Bolsonaro sem máscara em meio a aglomeração na chegada à cidade e outro, usando máscara, em uma missa na catedral e, depois, o presidente seguiu de moto para Salto do Itiquira, um ponto turístico do município.

O encontro não consta na agenda oficial do presidente.

Segundo a Prefeitura de Formosa, 85% dos leitos de UTI estão ocupadas com pacientes de covid-19.

Em pronunciamento feito na noite de quarta-feira, Bolsonaro prometeu vacinas para todos os brasileiros "que assim o desejarem" até o fim do ano,

Durante a fala do presidente, houve panelaços em todo o País.

Leia Também: Bolsonaro é alvo de panelaços durante pronunciamento em rede nacional

Até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Até esta terça-feira, 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização.








.



Retrocesso político nos leva de volta aos tempos de Adhemar e Maluf — “rouba, mas faz”

Publicado em 3 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Luscar (Arquivo Google)

Carlos Alberto Sardenberg
O Globo

Quando se cita o mote, os mais jovens — e nem tão jovens assim — lembram Paulo Maluf. Mas até isso Maluf pegou, digamos, de maneira indevida. O verdadeiro dono do “rouba mas faz” é Adhemar de Barros, político dos anos 40 a 60, prefeito e governador de São Paulo, senador, candidato a presidente.

Ele mesmo espalhava as piadas a seu respeito. Nos comícios, dizia: “Neste bolso nunca entrou dinheiro roubado”. E a plateia, divertida: “Calça nova, governador”. Ele ria. Também lançou o que poderia ser o lema da atual velha política: amigo meu não fica na estrada.

AMIGO DOS AMIGOS – Era verdade. Adhemar no governo, não tinha um ademarista que ficasse sem cargo público. O folclore ficou para Adhemar de Barros, mas a coisa se espalhava por todo o espectro político.

O consenso tácito era o seguinte: todo mundo levava o seu, o importante é que abrisse estradas (ou construísse Brasília), oferecesse bons negócios públicos aos correligionários e nomeasse a turma.

O capitalismo de amigos sempre esteve na raiz da política brasileira. Até que foram apanhados o mensalão e o petrolão — mas que, vistos de hoje, parecem mesmo dois pontos fora da curva. Todo mundo está sendo perdoado nas instâncias judiciárias e políticas.

DE VOLTA À AÇÃO – O STF vem cancelando condenações e devolvendo ao cenário político personagens que curtiram cana em anos recentes. Na política, não há melhor exemplo de anistia plena, geral e irrestrita do que o encontro entre Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Lula saiu de lá com o voto de FHC e o passado limpo. Não precisou pedir desculpas pelos eternos ataques ao tucano (herança maldita, entreguista, neoliberal), pelos seguidos pedidos de impeachment que o PT entrava contra o governo FHC, muito menos pelo mensalão e pelo petrolão.

Em resumo, Lula levou tudo e não entregou nada.Digamos que FHC tenha feito algumas ressalvas em privado. Mas isso não conta em política. Na sua única manifestação pública, Lula disse que, se fosse FHC contra Bolsonaro, ele votaria no tucano.

ESTÃO DE GOZAÇÃO – FHC disse que ainda continua preferindo uma terceira via, mas tornou-a ainda mais difícil — se não a enterrou — ao anistiar Lula sem levar nada em troca.

Reparem no cenário político — ex-presidiários voltando ao comando, o Centrão nomeando e gastando, Bolsonaro ameaçando golpes e vendendo pedaços do Orçamento, os correligionários ocupando os cargos, a Lava-Jato destruída, os negócios de amigos só não voltam com tudo porque a economia ainda patina. Mas já se nota a ocupação de estatais e fundos de pensão pela turma do governo.

Eis o quadro: amigo meu não fica na estrada; ganhar 200 mil por mês do governo não tem nada demais; para os amigos, tudo, para os adversários, o rigor da lei. (Dizem que esta última era do Getúlio!) E Bolsonaro quer colocar os militares na roda.

PÓS-PANDEMIA – Boa parte do mundo desenvolvido está saindo da pandemia e voltando a crescer. Há riscos pela frente, como a temida volta da inflação elevada, provocada pelo excesso de dinheiro que os governos gastaram e continuam gastando. Sim, era preciso apoiar pessoas e empresas na pandemia, mas, como já dizem alguns economistas, talvez tenham colocado água demais na bacia.

De todo modo, por aqui estamos longe de superar a pandemia. O nível de investimento público e privado está em torno de 15% do PIB, insuficiente para sustentar o crescimento. A reforma tributária foi cortada em fatias tão finas que nem se veem. É possível que o sistema piore com vários impostos e contribuições sobre as mesmas mercadorias e serviços.

Neste momento, a recuperação dos desenvolvidos está nos ajudando, via commodities e juros zerados pelo mundo afora. Mas, se lá subirem inflação e juros, teremos outra conta a pagar — num mau momento. Capaz de piorar. Ficar no rouba e nem faz.

Insubordinação militar é algo no ar, além dos aviões de carreira, diria o Barão de Itararé

Publicado em 3 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Exército: CPI exuma crise e expõe erro dos militares | VEJA

Bolsonaro e sua equipe tentam sublevar os militares, mas não conseguem

Merval Pereira
O Globo

No dia 2 de julho de 2012, dois caças supersônicos Mirage F-2000 da Força Aérea Brasileira sobrevoaram a Praça dos Três Poderes tão baixo que estilhaçaram todos os vidros do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). O fato se repetiria, não em forma de acidente, caso o desejo do presidente Bolsonaro se realizasse.

Irritado com uma decisão do Supremo, o presidente revelou a pessoas próximas que gostaria de dar um susto nos ministros, fazendo com que os novos caças Gripen dessem um voo rasante sobre o prédio. O mais próximo disso aconteceu no dia 21 de outubro do ano passado, quando os novos F-39E Gripen foram apresentados em voo sobre a Esplanada dos Ministérios, sendo ouvidos na sala em que o hoje ministro do STF Nunes Marques estava sendo sabatinado pelo Senado.

BULLYING PRESIDENCIAL – O desejo do presidente não foi atendido, em mais um episódio do que está sendo conhecido nos meios militares como bullying de Bolsonaro, que quer impor suas vontades às Forças Armadas.

Os generais do Alto-Comando do Exército, reunidos ontem para debater a situação da indisciplina do general de divisão da ativa Eduardo Pazuello, decidiram não anunciar a decisão no momento. Aproveitarão o feriado para amadurecer a tendência de puni-lo, em clima de indignação com a atitude do presidente de proteger seu ex-ministro da Saúde, em claro confronto com a instituição a que pertence.

Embora o vice-presidente Hamilton Mourão tenha falado que a nomeação de Pazuello como assessor diretamente ligado ao presidente na secretaria de Assuntos Estratégicos não interferirá na sua punição, que ele defende, ela é um recado do presidente ao Exército.

NOMEAÇÃO DESAFIADORA – Evidente que um general da ativa investigado por indisciplina não poderia ser nomeado para nenhum cargo, muito menos um diretamente ligado ao presidente da República, a menos que ele queira protegê-lo e impor sua condição de comandante em chefe das Forças Armadas para pressionar o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira.

Bolsonaro não tem limites e não respeita nada nem ninguém. Ou você o aceita como é, ou será confrontado sempre, não apenas o STF, o Congresso, mas até as instituições militares a que ele é ligado, sempre marcado por indisciplina e insubordinações.

A visão dele da Presidência da República é totalitária, acha que pode mandar em todo mundo. Caso Pazuello não seja punido, podem começar a surgir manifestações em escalões inferiores das Forças Armadas, que sempre foram proibidas.

INSUBORDINAÇÃO CLARA – Há um movimento muito claro de insubordinação incipiente, mas preocupante, nas polícias militares, como no caso do guarda de Goiás que queria obrigar um civil a tirar do carro um adesivo de “Bolsonaro genocida” e foi afastado. Em Pernambuco, o comandante da PM caiu, depois da violência excessiva contra manifestantes que estavam nas ruas contra o presidente.

Cenas recentes de formatura de turma da Polícia Federal em tons marciais e pronunciamentos de coronéis da PM do Distrito Federal usando o mesmo slogan de Bolsonaro —“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”— reforçam a sensação de que a influência bolsonarista nos quartéis está se alastrando.

Se a atividade política for liberada implicitamente, a chance de acontecer uma crise atrás da outra é grande. Até porque Bolsonaro incentiva a participação de militares na política.

DESMORALIZAÇÃO – Se Pazuello for punido, e se Bolsonaro cancelar a punição, estará desmoralizando o comandante do Exército. Já tivemos graves crises por causa de indisciplina militar, de embates entre presidentes da República e o Exército. A crise de 1955 é a mais clara, quando o general Lott, ministro da Guerra, reagiu contra um coronel que, mesmo à paisana, fez um discurso num velório contra a posse de Juscelino Kubitschek, recém-eleito presidente da República.

O coronel Bizarria Mamede acabou preso, e sua prisão gerou uma crise política que derrubou presidentes, até que Juscelino tomasse posse no tempo correto. Há ainda uma dúvida jurídica se o presidente da República, na condição de comandante em chefe das Forças Armadas, tem capacidade, pela Constituição, de interferir numa questão disciplinar de uma das Forças, que têm suas próprias regras e comandantes.

Há quem considere que ele pode apenas indultar o punido, pois, no caso de um general de divisão, nem mesmo anistiar poderia, pois a anistia só pode ser concedida a cidadãos comuns, não a funcionários do Estado. Tomando esse caminho tortuoso, Bolsonaro estaria buscando uma crise institucional.

Brasil vai mal na vacina! Em relação ao total de habitantes, está lá no 78º lugar…

Publicado em 3 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Como agendar 1ª dose da vacina da COVID-19 no sistema de xepa?

As estatísticas têm de levar em conta a população do país

Matheus Magenta
BBC News Brasil

Praticamente todos os dados que tratam da situação do Brasil na pandemia de coronavírus são questionados, comparados, recortados ou distorcidos desde que a doença chegou oficialmente ao país, em fevereiro de 2020. Como as quase 500 mil mortes são atualmente incontornáveis, as críticas ao governo de Jair Bolsonaro e os contrapontos têm se concentrado no desempenho brasileiro na vacinação.

Afinal, o Brasil vacina pouco ou muito? Se a comparação considerar apenas o número total de doses que cada país aplicou, o Brasil aparece em quarto lugar no ranking global de dados oficiais compilados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Um patamar esperado para o sexto país mais populoso do mundo, com 212 milhões de habitantes.

EM 78º LUGAR… – Mas quando a comparação do total de doses aplicadas leva em conta o tamanho da população de cada país, o Brasil aparece em 78º entre 190 nações e territórios.

A comparação pode ser feita também com o próprio Brasil. O Ministério da Saúde afirma que o país tem capacidade instalada de vacinar 2,4 milhões por dia. E já chegou a vacinar 18 milhões de crianças em campanha contra a poliomielite. Mas desde 17 de janeiro de 2021, o Brasil só superou dez vezes a marca de 1 milhão de vacinados em 24h.

Os dados brasileiros, descentralizados, costumam ter ligeiras diferenças a depender da fonte: governo federal, secretarias de saúde, pesquisadores independentes ou consórcio de veículos jornalísticos. As comparações abaixo se baseiam nos dados mais recentes de cada país e coletados no portal de Oxford.

COM UMA DOSE – Até o momento, 840 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose contra a covid-19 ao redor do mundo, equivalente a cerca de 11% da população.

Que porcentagem da população recebeu pelo menos uma dose? Até o dia 02/05, o Brasil havia aplicado pelo menos uma dose em 21% da população brasileira. Isso coloca o país em 72º lugar no ranking de 190 nações e territórios.

Na América, o Brasil figura em 15º lugar. O país mais bem posicionado do continente é o Chile, que aplicou pelo menos uma dose em 55% da população. E mesmo com o avanço expressivo da vacinação por lá, o país sul-americano também tem enfrentado desafios graves no sistema de saúde, o que indica que a contenção da pandemia precisa ser associada a medidas eficazes de distanciamento social e uso universal de máscaras capazes de evitar a infecção.

COM DUAS DOSES – Com exceção da vacina da farmacêutica Janssen, todos os imunizantes precisam de duas doses para atingir a máxima eficácia contra o coronavírus. Em geral, uma pessoa pode ser considerada completamente imunizada duas semanas depois de receber a segunda dose.

Alguns países decidiram ampliar o período entre as duas doses, a fim de garantir logo a imunização parcial de uma fatia maior de sua população, como o Reino Unido.

No ranking da proporção da população que recebeu duas doses, o Brasil (10,4%) aparece em 74º no mundo e 18º na América.

E A VELOCIDADE??? – No quesito velocidade de doses aplicadas diariamente por cada 1 milhão de habitantes, o Brasil (3.561) aparece em 89º no mundo e 13º na América. O ritmo tem caído: em meados de maio o Brasil aplicava 4.207 doses por cada 1 milhão de habitantes. E desde fevereiro, o Brasil leva de 12 a 14 dias para aplicar 10 milhões de doses contra a covid-19.

Como dito acima, o Brasil tem uma enorme capacidade instalada por trás de um programação nacional de vacinação reconhecido mundialmente, mas a falta de vacinas impede o país de atingir os níveis de imunização de outras décadas. Na pandemia de H1N1, por exemplo, o Brasil imunizou quase 80 milhões de pessoas em três meses.

Na pandemia atual, o governo federal distribuiu de 17/01 a 02/06 quase 97 milhões de doses para Estados e municípios, mas apenas 68,2 milhões tinham sido aplicadas, segundo dados do Ministério da Saúde. A diferença entre o número de doses distribuídas e aplicadas no Brasil se explica em parte à necessidade de reservar uma quantidade como segunda dose.

Exército segue o exemplo da impunidade dada a Mourão e deixa de punir o general Pazuello


Ex-ministro Pazuello terá de se explicar ao exército

General Pazuello foi blindado pela proteção do comandante-em-chefe

Vinicius Sassine
Folha

O comando do Exército anunciou nesta quinta-feira (3) que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, não sofrerá punição por ter participado de um ato com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Em nota, é informado que “o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”.

ARQUIVAMENTO – “Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, diz a nota.

Pazuello foi nomeado na terça-feira (1º) para um cargo na Secretaria de Assuntos Estratégicos, vinculada à Presidência da República. Ele será secretário de Estudos Estratégicos no órgão, segundo edição extra do Diário Oficial da União. O ato de designação de Pazuello foi assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

O ex-ministro da Saúde também é um dos principais alvos da CPI da Covid, por ter comandado a pasta durante o agravamento da pandemia no país. Ele prestou depoimento ao colegiado, quando blindou o presidente Jair Bolsonaro, e foi reconvocado.

ATO POLÍTICO – No dia 23 de maio, ele participou de um ato político no Rio de Janeiro ao lado de Bolsonaro. Como militar da ativa, a presença do general na manifestação causou constrangimento no comando da Força, e Pazuello teve que apresentar explicações em um processo disciplinar.

Pazuello subiu em um carro de som, no aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, ao fim do passeio de moto de Bolsonaro com apoiadores. Estava sem máscara e falou ao microfone, exaltando o presidente.

A transgressão, levando em conta o que está previsto em lei e o que avaliam integrantes do Alto Comando, teria ocorrido da seguinte forma: Artigo 57: “Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária.”

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Para isentar Pazuello e aplacar a ira de Bolsonaro, o Alto Comando entendeu que o general da ativa obedeceu ordens do presidente da República, que é comandante-em-chefe das Forças Armadas. Foi uma maneira ardilosa, ilusória e enganadora de evitar a punição de Pazuello, com base nos precedentes do general Hamilton Mourão, hoje vice-presidente da República.

Em 2015, quando estava à frente do Comando do Sul, Mourão esculhambou a presidente Dilma Rousseff, que diz ter sido torturada no regime militar, e elogiou o coronel Brilhante Ustra, torturador e assassino. Não foi punido, O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, apenas trocou o cargo de Mourão, mas o manteve no Alto Comando do Exército.

Em 2017, já no governo Temer, Mourão vestiu a farda de gala e fez palestra na Maçonaria de Brasília, onde defendeu a possibilidade de uma nova intervenção militar. E mais uma vez não foi punido. Simplesmente pediu passagem para a reserva e foi presidir o Clube Militar, de onde só saiu quando se elegeu vice-presidente. Ora, um Exército que não pune um encrenqueiro como Mourão, por iria punir uma puxa-saco como Pazuello. Ora, não faz sentido. (C.N.)

OS DESAFIOS DA IMPRENSA.

 

                                                          Foto Divulgação - FaceBook



OS DESAFIOS DA IMPRENSA.

Por: Marcelo do Sindicato
A liberdade de imprensa é elemento fundamental para o aprofundamento democrático. Sem ela os desmandos políticos imperam livremente, assim como o conhecimento das ações dos homens públicos fica limitado. Ocupar um cargo público, seja ele efetivo, contratado, comissionado ou eletivo é assumir - a priori - uma responsabilidade com a coisa pública, que é da conta de todos, inclusive da minha e da sua.
A liberdade de imprensa pela autonomia desta em relação ao estado.
Nas esfera municipal a situação ainda é mais problemática. Jornais de poucos recursos acabam virando refém das administrações públicas uma vez que muitos contratos são firmados pelo gestor municipal, os quais são quase sempre a principal fonte de financiamento.
A declaração de chapultepec, de 1994, assinada em 1996 pelo ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e, em 2006, pelo ex-presidente Lula destaca que:
" UMA IMPRENSA LIVRE É CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUE AS SOCIEDADES RESOLVAM SEUS CONFLITOS, PROMOVAM O BEM-ESTÁ E PROTEJAM SUA LIBERDADE. NÃO DEVE EXISTIR NENHUMA LEI OU ATO DE PODER QUE RESTRINJA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO OU DE IMPRENSA, SEJA QUAL FOR O MEIO DE COMUNICAÇÃO."
De acordo com a declaração de "CHAPULTEPEC", o exercício da liberdade de expressão e de imprensa ( não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo) e que "toda pessoa tem o direito de buscar e receber informações e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esse direito. Determina o documento que as autoridades devem estar legalmente obrigadas a por a disposição dos cidadãos, de forma oportuna e equitativa, a informação gerada pelo setor".
Parabenizo este blog (dedemontalvão) pelo cumprimento de sua missão em manter os seus leitores informados acerca de assuntos relacionados ao interesse comum. Mesmo diante da tentativa de censura que vem sofrendo constantemente, por parte daqueles que, geneticamente tem fortes ligações com o totalitarismo, mesmo assim o referido blog vem cumprindo com seu papel de imprensa livre.
Em nome dos homens de bem e democráticos de nossa terra, eu quero aqui dizer : parabéns Dedemontalvão, pelo o seu brilhante trabalho como imprensa e, pela coragem de lutar contra a tirania que, tenta calar as vozes rouca das ruas.

Nota da redação deste Blog - Companheiro Marcelo, você e todos jeremoabenses são sabedores do que aconteceu quando pela última vez esses fariseus tentaram calar, agredindo covardemente a imprensa em Jeremoabo; conseguiram uma cadeira cativa na lista negra da ABI, esses artistas conseguiram fazer Jeremoabo ser conhecida mundialmente como o munícipio que persegue o jornalismo, a imprensa livre.
Indiretamente é salutar para atingir s reputação do Blog, isso porque eles ficam irritados e incomodados, portanto, é sinal que o Blog está surtindo efeito; em segundo lugar, se eles tentam com o dedo sujo macular o Blog, o IBOPE aumenta consideravelmente, isso porque todo mundo quer saber o que aconteceu, na realidade não passa de uma propaganda gratuita.
Além de Odorico Paraguaçu, ontem em Jeremoabo apareceu o Justos Veríssimo genérico.

Corrupção, Imprensa e Opinião Pública: por um Diálogo entre o Direito e o Jornalismo Corruption, Press and Public Opinion: for a dialogue between Law and Journalism

“A liberdade de um começa onde começa a liberdade do outro.” Tercio Sampaio Ferraz Jr. Fala-se muito – e recorrentemente – nas orquestrações da “mídia” para ludibriar a opinião pública. É uma história que se repete. Suas origens talvez se encontrem nas fábulas de princesas desprotegidas sob o domínio de um dragão botando labaredas pela bocarra. A “mídia”, claro, fica no papel do dragão. A opinião pública é a donzela inocente. A “liberdade” de seios nus na tela de Delacroix não nos deixa mentir. Mas, em Delcaroix, a liberdade em forma de mulher, que marcha à frente dos revoltosos, carrega a bandeira da consciência transformadora. É uma mulher liberta. Na nossa fábula mais presente, em que a opinião pública é vítima da maldade, a donzela ainda não descobriu em si a chama da coragem, ainda não tem aquela iniciativa toda e, reclusa, encarcerada, ainda espera um príncipe valente que a liberte. E então? Quem seria o príncipe? Muito simples: o príncipe valente é o destemido crítico de mídia que, armado de sua pena inteligentíssima, mais afiada que a espada de São Jorge, desmonta o embuste e emancipa a opinião pública de seu algoz fumegante. Chega de orquestrações! Desconfio dessa lente. Quantas vezes não tenho visto a mesma fábula, sempre mal contada. Quantas vezes não tenho visto a imprensa (cada vez mais reduzida a essa designação perversa, “mídia”) levar a culpa pelos infortúnios dos poderosos que fazem ares de coitados. A culpa é sempre da “mídia”.2 Você acredita nesse enredo?
Rev. Cult. Ext. USP, São Paulo, n. 16, p.27-37, nov. 2016 DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9060.v16i0p27-37

Em destaque

Até quando Moraes vai desfrutar de tantos superpoderes?

Publicado em 5 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Jota A (O Dia/PI) Glenn Greenwald Folha ...

Mais visitadas